O documento discute a safra de café de 2015 no Brasil. Devido a um período seco em janeiro, a safra pode ser menor do que as estimativas iniciais. Além disso, a produção mundial de café em 2014/15 deve cair 3,6% em relação ao ano anterior, principalmente devido a condições climáticas adversas no Brasil e na Indonésia.
1. Conselho Nacional do Café – CNC
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CLIPPING – 16/01/2015
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CNC: safra 2015 de café deverá ficar abaixo das primeiras estimativas oficiais
P1 / Ascom CNC
16/01/2015
— Safra 2015 deverá apresentar redução em relação aos números oficiais. Pesquisa foi realizada em
dezembro, antes dos efeitos do veranico deste mês.
SAFRA 2015 — Na segunda-feira, dia 12, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou
seu primeiro levantamento para a safra 2015 de café, no qual apontou a produção total de 44,11
milhões a 46,61 milhões de sacas de 60 kg. Os volumes apresentados no intervalo representam uma
redução de 2,7% em relação a 2014, caso seja atingida a menor estimativa, ou uma alta de 2,8%, se
alcançar o montante superior, e são condizentes com o volume anunciado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) na semana antecedente, de 45,5 milhões de sacas.
Ao tempo em que o Conselho Nacional do Café congratula ambas as estatais pela aproximação dos
números referentes à mesma safra, a entidade também salienta que os volumes projetados foram
apurados com trabalhos de campo em dezembro, não considerando, portanto, esse novo veranico
que vem se estabelecendo sobre o cinturão cafeeiro do Brasil.
Dessa forma, destacamos que a safra 2015 de café do País poderá se situar em patamares inferiores
aos anunciados, haja vista que janeiro e fevereiro são meses fundamentais para o desenvolvimento
dos grãos e, semelhante ao ocorrido em 2014, temos vivenciado temperaturas muito elevadas,
escassez de chuvas e déficits hídricos no solo, condições que, certamente, trarão novo prejuízo para
a produção.
O CNC reitera, ainda, que, com o intuito de contribuir com o Governo Federal na apuração do
tamanho da colheita cafeeira, contratou a conceituada Fundação Procafé para realizar trabalhos de
campo, agora em janeiro, para apurar as perdas iniciais que o novo veranico trará à safra deste ano.
Por ser realizado neste mês, o levantamento deverá trazer informações mais atualizadas e já
condizentes com a realidade da falta de água e das altas temperaturas, sinalizando, de fato e até o
momento, qual deverá ser a quebra ocasionada por essa nova anomalia climática.
MERCADO — As condições meteorológicas atípicas para o mês de janeiro no Brasil, com elevadas
temperaturas e precipitações aquém das médias históricas, voltam a gerar preocupações quanto à
oferta de café na safra 2015/16, aumentando a volatilidade do mercado. No acumulado da semana,
as cotações do arábica acumularam perdas, principalmente devido às realizações de lucros que
predominaram no final da sessão de ontem em Nova York.
Nos últimos 30 dias, a disponibilidade de água no solo em Minas Gerais esteve cerca de 70% abaixo
da média, conforme dados disponibilizados pelo MDA Weather Services. Já o Reuters Weather
Dashboard informou que um bloqueio atmosférico continua impedindo o avanço de frentes frias sobre
a região Sudeste do Brasil, que deverá receber, até 27 de janeiro, metade do volume normal de
chuvas para esta época do ano. A restrição de umidade é crítica nessa fase de granação do café que
será colhido nos próximos meses.
2. Conselho Nacional do Café – CNC
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O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) realizou um levantamento para
avaliar a percepção dos agentes de mercado sobre o desenvolvimento regional da safra brasileira
2015/16, cujos resultados encontram-se resumidos no quadro abaixo. A instituição reforçou que ainda
é precoce qualquer estimativa dos danos causados pelo clima recente, porém há indicativos que a
produção poderá ser menor que a estimada pela Conab, caso a seca e o calor persistam.
Fonte: Cepea
O cenário climático no Brasil preocupa bastante, principalmente porque a oferta global do grão já
sofreu retração na temporada 2014/15, conforme estimativas iniciais da Organização Internacional do
Café (OIC). Segundo a entidade, a produção mundial em 2014/15 aproximou-se de 141,4 milhões de
sacas, com queda de 3,6% ante as 146,8 milhões de sacas registradas em 2013/14. Houve queda
tanto nos volumes colhidos de arábica, em 3,7%, como de robusta (3,6%), resultantes das condições
climáticas adversas no Brasil e na Indonésia, além do surto de ferrugem na América Central, embora
seus efeitos tenham sido menores em relação ao ciclo 2013. Apenas os suaves colombianos
apresentaram recuperação, dadas as perspectivas de crescimento da produção de café naquele país.
A queda dos volumes produzidos vem acompanhada de significativa retração de estoques nos países
produtores, principalmente no Brasil, devido ao aumento dos fluxos de exportação. De acordo com o
último informe estatístico do Ministério da Agricultura, as exportações brasileiras totais de café (verde
e industrializado) atingiram 36,74 milhões de sacas em 2014, volume 14,8% superior ao de 2013. A
receita cambial também apresentou expressivo crescimento, de 26,3%, resultando em US$ 6,66
bilhões no ano. Com isso, o café consolidou-se como o quinto principal produto da pauta de
exportações do agronegócio do Brasil, sendo responsável por aproximadamente 7% das divisas
geradas por esse setor.
No tocante ao câmbio brasileiro, não houve variação significativa no acumulado da semana. Até a
quarta-feira predominava a tendência de valorização do real, mas ontem o dólar fechou em alta,
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praticamente zerando as perdas, a R$ 2,6422.
O vencimento março do Contrato C, negociado na bolsa de Nova York, foi cotado, na quinta-feira, a
US$ 1,7665 por libra-peso, acumulando queda de 340 pontos em relação ao final da semana
passada. Na ICE Futures Europe, o vencimento março/2015 dos futuros do café robusta encerrou a
sessão de ontem a US$ 1.998 por tonelada, com ganhos de US$ 35 desde a última sexta-feira.
As perspectivas de menor produção de robusta no Vietnã nesta temporada e a tendência de seus
cafeicultores retraírem as vendas, auxiliados pela oferta de crédito mais barato para a estocagem,
têm sustentado as cotações da bolsa londrina. Segundo a Agência Safras, a colheita da temporada
2014/15 está quase finalizada no país asiático e os produtores venderam apenas 15% da safra até o
final de dezembro, em comparação a 22% no ano anterior.
Quanto ao mercado físico brasileiro, os negócios apresentaram baixa liquidez, já que os produtores
seguraram as vendas aguardando novas valorizações nos preços do café. Ressaltamos que, dadas a
elevada volatilidade e a incerteza resultante do mercado climático, é importante que os produtores
acompanhem seus custos e tenham em mente as margens de comercialização almejadas para
garantirem boas vendas. Ontem, os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e
conilon foram cotados a R$ 490,22/saca e a R$ 287,13/saca, respectivamente, com variação de -
0,7% e 1%.
Nesta semana, o Mapa também divulgou o fechamento do Valor Bruto da Produção do café de 2014.
Segundo as estatísticas divulgadas, o VBP da atividade apresentou aumento de 17%, para R$ 16,96
bilhões ante os R$ 14,5 bilhões alcançados em 2013. Como esse é um indicador da geração de
renda de uma atividade, concluímos que a alta dos preços no ano passado não foi suficiente para a
recuperação das condições financeiras dos produtores, já que, em 2011 e 2012, o VBP do café
superou os R$ 20 bilhões. Esse fato, aliado ao aumento dos custos, reforça a necessidade do
planejamento e da implementação de uma política cafeeira de longo prazo, que garanta renda à
produção e a posição do Brasil como o principal fornecedor do produto no mundo.
Atenciosamente,
Silas Brasileiro
Presidente Executivo do CNC
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CNC: Informe da Assessoria de Comunicação
P1 / Ascom CNC
16/01/2015
Em função de viagem para acompanhamento da fase internacional do Cup of Excellence Naturals
2014, realizado pela nossa associada BSCA, em parceria com Apex-Brasil, ACE e Sebrae, e com
apoio institucional do Conselho Nacional do Café, informamos que não serão elaborados e enviados
os clippings diários ao longo da semana entre 19 e 23 de janeiro de 2015.
O balanço semanal será enviado e publicado normalmente na próxima sexta-feira, dia 23, e os
clippings diários serão retomados a partir da segunda subsequente, 26 de janeiro. Obrigado pela
compreensão!
Atenciosamente,
Paulo André Colucci Kawasaki
Diretor de Comunicação – CNC
Período atípico para produtores de café
Ascom Acarpa
16/01/2015
Lena Oliveira
Janeiro começou com clima similar ao de 2014:
ausência de chuvas, baixa umidade do ar e muito
sol. Para os cafeicultores, o período é de
preocupação. Mesmo em lavouras irrigadas, as
plantas estão sentindo os efeitos da falta de chuva.
As altas temperaturas estão ocasionando
escaldaduras nos cafezais, causando lesões nas
folhas e favorecendo a entrada de fungos e
bactérias. Um segundo detalhe é que esta época é o
período de frutificação da lavoura, formação do grão
e determinação do volume produtivo para a próxima
safra.
Os produtores na região de Patrocínio (MG) que arriscaram a formação de novas áreas de café foram
surpreendidos por um veranico que só tem previsão para terminar na última semana de janeiro.
A solução, para esses produtores, é a "molhação" (foto: Lena Oliveira), técnica que consiste em
aplicar a água de forma localizada, bem junto às plantas, para molhar o torrão. O ideal na molhação é
a aplicação de 3 a 5 litros de água por muda, o que exige dos produtos métodos eficientes para não
perder a lavoura.
OIC: produção mundial de café deve cair para 141,4 mi/sacas em 2014/15
Agência SAFRAS
16/01/2015
Fábio Rübenich
A Organização Internacional do Café (OIC) divulgou nesta
sexta-feira seu relatório mensal de mercado. Segundo a
entidade, a produção mundial de café deve cair para 141,4
milhões de sacas de 60 quilos na temporada, 3,6% abaixo
das 146,8 milhões de sacas colhidas em 2013/14. A
produção de café arábica e de café robusta deve cair 3,7% e 3,5%, respectivamente.
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Com os embarques de dezembro, as exportações do país em outubro-dezembro --o primeiro
trimestre do ano-safra 2014/15-- somaram 295,2 mil toneladas, aumento de quase 7 por cento ante o
mesmo período do ano anterior.
O ano-safra de café do Vietnã vai de outubro a setembro.
Operadores tinham previsto que as exportações de café no mês passado atingiriam entre 120 mil e
150 mil toneladas, enquanto o governo estimava 120 mil toneladas.
Etiópia: exportação de café cresce 8,5% no acumulado da safra 2014/15
Agência Estado
16/01/2015
As exportações de café da Etiópia, maior produtor da commodity na África, registraram aumento de
8,5% de julho a novembro, para 64.227 toneladas. O período compreende os cinco primeiros meses
da temporada de café do país, que vai de julho de um ano até junho do ano seguinte. As informações
foram divulgadas nesta sexta-feira pelo Ministério do Comércio do país.
Já a receita das exportações aumentou 37%, para US$ 274 milhões, em virtude dos preços mais
altos da variedade arábica no mercado mundial. Os preços da commodity registraram alta de cerca
de 50% em 2014, na Bolsa de Nova York (ICE Futures US).
Na temporada 2013/14, a Etiópia obteve receita de US$ 719 milhões com o embarque de 190.873
toneladas de café, conforme a Associação de Exportadores de Café da Etiópia. A estimativa é de que
os embarques totalizem 235 mil toneladas na safra 2014/15, alta de 23%.
A Etiópia produz alguns dos grãos arábica mais procurados no mercado de cafés especiais, o que
eleva o preço da commodity do país. Apesar de ficar atrás de Uganda em volume embarcado, o valor
obtido pela Etiópia com as exportações de café foi quase o dobro da receita obtida por Uganda em
2013/14.
A Etiópia é o terceiro maior produtor de arábica do mundo, atrás do Brasil e da Colômbia. No entanto,
mais da metade da produção é consumida internamente, reduzindo o volume de exportação. Fonte:
Dow Jones Newswires.
Camarões: exportações de café arábica sobem quase 300% em out-nov/2014
Agência SAFRAS
16/01/2015
Cândida Schaedler
As exportações de café arábica de Camarões, nos dois primeiros meses da
temporada 2014/15, foram maiores do que no ano anterior, conforme dados do
Conselho Nacional de Cacau e Café do país. Em torno de 284 toneladas do grão
foram embarcadas pelo país africano entre outubro e novembro, ante 72
toneladas durante o mesmo período de 2013 - incremento de 294%.
A nação do Oeste Africano exportou um total de 2.175 toneladas entre outubro de 2013 e setembro
de 2014 - menos do que as 2.734 toneladas no ciclo anterior. A oferta de café arábica camaronês,
que era de 6.000 toneladas anuais, caiu pela metade, pois agricultores mudam gradualmente para
culturas mais lucrativas. As informações são de agências internacionais.