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Aneurismas Cerebrais
Neurologia e Neurocirurgia
Mestrado Integrado em Medicina
2011/2012
Aneurisma Cerebral



Aneurisma é a dilatação de um vaso sanguíneo que
pode resultar na formação de um divertículo.
Deve-se a um enfraquecimento da parede vascular.
Epidemiologia







A incidência de aneurismas cerebrais na população
geral é de 3,2%.
Representam 0,4 a 0,6% da taxa de mortalidade
global.
9% das hemorragias subaracnoídeas são causadas
por ruptura de aneurismas cerebrais.
10% dos pacientes com aneurisma morre antes de
chegar ao hospital.
20 a 30% de pacientes com aneurismas têm
aneurismas múltiplos.
As mulheres antes do 50anos representam 54 a
61% de todos os pacientes com aneurisma; a partir
dos 50 o ratio entre mulher e homem passa para
2:1.
Classificação de Aneurismas
Etiologia & Morfologia
Aneurismas Saculares




Verdadeiros aneurismas.
Divertículos arredondados:






Com pescoço – Aneurismas saculares em baga

85-95% localizados em bifurcações do
Polígono de Willis.
Saco aneurismático composto por camada
intima e adventícia.
Saco aneurismático com thrombotic debris.
Aneurismas Saculares


Congénitos – defeito no desenvolvimento na
camada muscular lisa da túnica média;




Herdados – síndromes genéticos associados com aumento do
risco para desenvolvimento de aneurismas.

Adquiridos:









Degenerativos;
Traumáticos;
Micóticos;
Neoplásicos;
Desequilíbrios hemodinâmicos;
Vasculopatias;
Relacionado com o uso de drogas.
Aneurismas Fusiformes









Aneurismas arterioscleróticos.
Lesão da túnica média – resulta num
estiramento e elongação da parede
vascular
Afectam maioritariamente a artéria
vertebro-basilar.
Configurações gigantes e serpenteadas.
Fluxo intraluminal é lento e turbulento.
Podem formar trombos intraluminais.
Aneurismas Dissecantes
Acumulação de sangue na parede vascular devido a
ruptura na túnica intima e média.
 Causa estreitamento luminal e/ou oclusão.
 Se o hematoma se estender para a túnica subadventícia
poderá formar um divertículo sacular.
Pseudoaneurisma – quando há nova comunicação com o
lúmen vascular
Normalmente são causados por trauma ou vasculopatia,
contudo podem ocorrer espontaneamente.
Aneurismas dissecantes intracranianos são raros e afectam
principalmente a carótida interna ou a artéria vertebral.
Morfologia:











Ovóide;
Sacular;
Alongada.
Localização dos aneurismas
Carótida interna
(35%)
Supratentorias
(85%)

Comunicante
anterior (30%)

Infratentoriais
(15%)

Cerebral média
(25%)
Tamanho
•
•
•
•

(diâmetro mm)

Pequeno - <7mm
Médio– 8-12mm
Grande – 13-24mm
Gigante - >25mm
Classificação de Aneurismas
Escalas de Hunt and Hess e Fisher
Escala de Hunt e Hess
CLASSIFICAÇÃO

DESCRIÇÃO

0

Aneurisma sem ruptura.

1

Assintomático ou com cefaleia e
rigidez de nuca fracas.

1a

Sintomas meníngeos mínimos ou
ausentes, mas com défices
neurológico fixo.

2

Cefaleia/rigidez de nuca moderada a
severa ou paralisia de pares
cranianos.

3

Sonolência, confusão mental, défice
focal discreto.

4

Estupor, hemiparesia moderada a
severa.

5

Coma profundo, postura de
descerebração.
Escala de Fisher
GRAU

DESCRIÇÃO

I

Sangue não detectado.

II

Hemorragia difusa ou com espessura
< 1mm .

III

Hemorragia com espessura > 1mm ou
coágulo localizados no espaço
subaracnóide.

IV

Hematoma intracerebral ou
intraventricular com ou sem sangue
no espaço subaracnóide.
Grau I na escala de
Fisher
Normal.
Grau II na escala
de Fisher
Hemorragia nas cisternas
da base com menos de
1mm.
Grau III na escala
de Fisher
Hemorragias
subaracnoídeas com
mais de 1mm.
Grau IV na escala
de Fisher
Hemoventrículo.
História natural dos aneurismas
International Study of Unruptured Intracranial aneurysms
(ISUIA)
 Maior estudo alguma vez realizado
(4060 pacientes dos E.U.A., Canadá e
Europa)
 Tamanho e localização
Tamanho




Quanto menor o aneurisma, menor a probabilidade
de ruptura
<7mm – baixo risco
Acima de 7mm o risco aumenta proporcionalmente
ao tamanho do aneurisma


Ao fim de 5 anos para aneurismas da circulação anterior




Entre 7 e 12mm Ruptura em 2,6%
Entre 13 e 24mm  Ruptura em 14,5%
Maiores que 25mm  Ruptura em 40%
Tamanho


Crescimento dos aneurismas mais provável ocorrer
em aneurismas maiores


Ao fim de 47 meses






Menores que 8mm – crescimento em 7%
Entre 8 e 12mm – crescimento em 25%
Maiores que 13mm – crescimento em 83%

Hipótese do crescimento e ruptura
Hipótese do crescimento e ruptura


Aneurismas intracraniais saculares são lesões
adquiridas e não lesões congénitas



Maior parte destes aneurismas desenvolve-se num
curto período (horas, dias ou semanas) e atinge o
tamanho máximo permitido pelo limite de
elasticidade da parede.

Sofre ruptura

Processos de estabilização
e endurecimento
Hipótese do crescimento e ruptura


Aqueles aneurismas que não entram em ruptura vão
ganhar forças de tensão significantes devido ao
endurecimento compensatório com a formação
excessiva de colagéneo



Aneurismas com mais de 1cm de diâmetro no
momento da estabilização inicial estão mais
susceptiveis de sofrer crescimento e ruptura, visto
que o stress exercido na parede aumenta com o
diâmetro
Localização


De acordo com o ISUIA


Divisão em três grandes grupos
relacionando a localização do
aneurisma com a probabilidade
de ruptura


Baixa probabilidade – Aneurisma
do segmento cavernoso da artéria
carótida



Probabilidade intermédia –
Aneurismas da circulação anterior



Alta probabilidade – Aneurismas
da circulação posterior
Relação Tamanho-Localização


Taxa cumulativa de ruptura em 5 anos relacionando
o tamanho e a localização do aneurisma
Tamanho

7- 12 mm

13- 24 mm

> 25 mm

Segmento cavernoso
da arteria carotidabaixa probabilidade

0%

3.0%

6.4%

Circulação anteriorprobabilidade
intermédia

2.6%

14.5%

40%

Circulação posterioralta probabilidade

14.5%

18.4%

50%

Localização
Factores de Risco
Genéticos e Ambientais
Factores genéticos na formação de
aneurismas intracraniais


Estudos revelaram correlação entre alguns síndromes
hereditários e a ocorrência de aneurismas em
determinadas famílias



Quando um aneurisma é diagnosticado em mais do que
um membro da mesma família, normalmente há uma
doença hereditária subjacente
Síndromes hereditários conhecidos


Doenças do tecido conjuntivo



Síndrome de Ehlers-Danlos
Pseudoxantoma elástico



Hiperaldosteronismo familiar tipo 1



Doença renal poliquística autossómica dominante
Aneurismas familiares


Familiares de doentes com aneurismas intracraniais
têm um risco acrescido de vir a ter também um
aneurisma.



Modo de hereditariedade variável.



Tendência para romperem mais cedo e com
tamanho inferior relativamente a aneurismas
esporádicos.
Outros factores


Tabaco



Hipertensão



Deficiência em estrogénios


Coarctação da aorta
Clínica e Diagnóstico
Clínica

Sintomatologia
Assintomáticos

Ruptura

HSA

Acidentalmente

Sintomáticos

Efeito de massa






Cefaleias
↓ da acuidade visual
Neuropatias dos pares
cranianos
Disfunção tracto
piramidal
Clínica – Ruptura


Hemorragia normalmente dura alguns segundos



Hemorragia recorrente é comum e ocorre mais

frequentemente durante o primeiro dia


Hemorragia sentinela



Quadro HSA
Clínica – Ruptura
Cefaleia sentinela





30 a 50% dos pacientes
Hemorragia minor ou “warning leak”
Precede uma hemorragia major num espaço de 6 a
20 dias
Cefaleia repentina intensa
Clínica – Ruptura
Hemorragia Sub- Aracnoideia









Cefaleia intensa e súbita
Perda de consciência
Náuseas
Vómitos
Convulsões
Alterações neurológicas focais
Sinais meníngeos e dor lombar

Podem apenas
surgir apenas várias
horas após a
hemorragia
Clínica – Ruptura


A ruptura pode ser precipitada por um aumento
repentino da pressão sanguínea:


Actividade física



Consumo de cafeína



Ataque de raiva, ansiedade, susto…



Actividade sexual
HSA – Complicações


Alta taxa de mortalidade


10% morrem antes de chegar ao hospital



25% morrem dentro de 24h



45% morrem dentro de 30 dias
HSA – Complicações










Segunda hemorragia
Vasoespasmo (isquemia cerebral)
Hidrocefalia
Hipertensão craniana
Hiponatremia
Anormalidades cardíacas
Disfunção hipotalâmica
Insuficiência hipofisária
Segunda hemorragia


73% ocorre nas primeiras 72h

Factores preditivos







Classificação Hunt-Hess
na admissão
Diâmetro do aneurisma
Pressão sanguínea inicial
levada
Cefaleia sentinela
Intervalo entre hemorragia
e admissão hospitalar

Diagnóstico


Deterioração aguda do
estado neurológico



TAC: nova hemorragia



Punção lombar não é
útil
Vasoespasmo


Causador de enfarte e isquemia cerebral em 20 a 30%
dos pacientes com HSA



Causa major de morte e sequelas



Inicia-se ao 3º dia e tem o pico ao 7/8º dia



Gravidade depende da artéria afectada e da circulação

colateral


Causado por metabolitos sanguíneos, gerados durante a
lise de trombos subaracnoides, responsáveis pela lesão

e contracção vascular.
Vasoespasmo
Factores de risco


Localização e extensão

Diagnóstico


da hemorragia


Idade menor que 50

neurológico


anos


Declínio do estado

Anormalidades
neurológicas focais

Menor classificação



Doppler transcraneano

clínica



TAC de perfusão , MRI
Enfarte cerebral


Complicação frequente



Lesões hipodensas sugestivas encontradas na TAC de
40 a 60% sobreviventes após 3 a 12 meses
Causas






Vasoespasmo
Hipovolémia
Oclusão, permanente ou temporária
(cirurgia)
Dano nos vasos cerebrais (cirurgia)
Fluxo turbulento ou estagnação no
aneurisma
Hidrocefalia
Precoce 24h
• Hemorragia
intraventricular
• Aneurismas da circulação
posterior
• Tratamento com agentes
antifibrinolíticos
• Score de escala de
Glasgow baixo na
admissão
• Hx de HTA e idade
avançada

Hidrocefalia
obstrutiva não
comunicante

Tardio 2 sem.
• Coágulo
• Aderências
• Diminuição da absorção
do LCR na aracnóide

Hidrocefalia não
obstrutiva
comunicante
Hidrocefalia
Precoce 24h
• Hemorragia
intraventricular
• aneurismas da circulação
posterior
• Tratamento com agentes
antifibrinóticos
• Score de escala de
Glasgow baixo na
admissão
• Hx de HTA e idade
avançada

Melhoria
espontânea em
metade dos
pacientes (24h)

Tardio 2 sem.
• Coágulo
• Aderencias
• Diminuição da absorção
do LCR na aracnóide

Aumento de morbilidade
e
mortalidade (rebleeding)
Hipertensão intracraneana
• Aumento da
resistência ao
fluxo de LCR
• Hidrocefalia
aguda
• Volume de
hemorragia
• Hiperemia
reactiva após
hemorragia
• Dilatação
arteriolar cerebral
distal

Convulsões
• Complicação
precoce
• Factor de risco
para crises
tardias
• Lesões focais
• Enfarte
cerebral
• Hematoma
cerebral

Hiponatremia
• Comum
• ↑ produção de
ADH por lesão do
hipotálamo
Diagnóstico

Sintomatologia
Assintomáticos

Ruptura






Acidentalmente

TAC
Punção lombar
Angio-TAC
Angiografia

Sintomáticos

Efeito de massa




Angio-TAC
Angiografi
a
Diagnóstico – A. sintomáticos


Angio-TAC








Sensibilidade de 95% para aneurismas de 7mm
Sensibilidade de 53% para aneurismas de 2mm
Especificidade aumenta para aneurismas maiores

Aneurismas de menores tamanhos (2mm) podem
ser detectados se o angio-TAC for comparado com a
angiografia
Angiografia apenas é realizada se existir uma clínica
muito sugestiva de aneurisma
Diagnóstico – Ruptura


Clínica de HSA



TAC

Punção lombar

Negativo

Positivo


Angio-TAC
Angiografia

TAC normal com grande suspeita de
HSA



Elevada contagem de hemácias (RBC)
que não diminui ao 4º tubo
(centrifugação)







Diminuição da RBC no 4º tubo
também pode acorre na HSA



Xantocromia


Avaliada por comparação com
H2O em fundo branco



Sensibilidade e especificidade de
93 e 95%



Só ocorre 2h após a hemorragia
Tratamento
Unruptured Aneurysms
HSA
Unruptured Aneurysms
Idade, hx de HSA
prévia, sintomatologia
e estado
médico/neurológico do
paciente; Localização e
dimensão do
aneurisma.

Característic
as individuais
(do paciente e
do aneurisma)

Risco da
Intervenção

Quem
tratar?

Benefício da
Intervenção

Relação
custobenefício
Unruptured Aneurysms


Conclusões do ISUIA

Aneurisma do segmento intracavernoso da carótida interna
• Pequenos e descobertos acidentalmente: Tratamento não indicado
• Grandes e sintomáticos: Decisão individual conforme a idade do paciente e a severidade e o progresso
dos sintomas.

Aneurisma sintomático intradural
• Independentemente do tamanho, tratamento relativamente urgente

Aneurismas em pacientes com hx de HSA devido à ruptura de um outro anuerisma
• Independentemente do tamanho, considerar tratamento

Aneurismas assintomáticos >7-10mm
• Considerar fortemente o tratamento

Aneurismas descobertos acidentalmente <7mm
• Em pacientes sem hx prévia de HSA: observação.
• Pacientes com idade <50 anos: considerar tratamento
HSA





Monitorização/ gestão geral
Intervenção cirúrgica
Gestão das complicações




Prevenção/ Tratamento do Vasospasmo
Hidrocefalia
Re-hemorragia precoce
Monitorização/ gestão geral
UCI
• Monitorização hemodinâmica constante
• Repouso total + Analgesia >> Diminuir as flutuações hemodinâmicas, de modo a baixar o
risco de re-hemorragia

Monitorização e gestão da PIC e da PA
• Pressão de perfusão cerebral = PAMédia – PIC
• Pacientes alerta com PPC adequada > manter PA <140mmHg, de modo a evitar o risco de
nova ruptura aneurismática

Doppler Transcraniano
• Medições tomadas como linha de base para o progresso do paciente ao longo do
tratamento
• Monitorização do vasospasmo

Descontinuação da terapêutica antitrombótica
• Reversão de qualquer anticoagulação/ antiagregação ANTES do tratamento do aneurisma

Profilaxia de TVP
• Meias elásticas/ Compressão pneumática intermitente
• Heparina não-fraccionada SÓ APÓS o tratamento do aneurisma
Monitorização/ gestão geral
Administração de Nimodipina – bloqueador dos canais de
Ca2+
• Inicialmente era utilizada para prevenir o vasospasmo… Mas os estudos não
indicam nenhuma relação estatisticamente válida relativamente a esse
efeito!
• No entanto, está demonstrado que realmente melhora o resultado do
tratamento dos pacientes com HSA, sendo sempre administrada!
• O mecanismo inerente a este benefício é desconhecido!

Profilaxia de Convulsões

• O uso de fármacos antiepiléticos é muito debatido e controverso
• Alguns estudos sugerem que a sua administração pode ser associada a um pior
estado cognitivo/neurológico após a HSA
• No entanto, nos pacientes que tiveram convulsões num estadio agudo inicial o
risco que a administração destes fármacos comporta é menor que a gravidade das
consequências de um novo episódio.

Terapia Glucocorticóide
• Administração ontroversa
• Efeitos benéficos na resolução do edema cerebral, na prevenção do vasospasmo e
na hidrocefalia tardia.
Intervenção Cirúrgica


Surgical Clipping




O objectivo deste tratamento é colocar um clip em torno do
pescoço do aneurisma de modo a obstruir o fluxo sanguíneo
para o aneurisma,
sem comprometer o fluxo no vaso sanguíneo em causa nem
nos vasos adjacentes.
Intervenção Cirúrgica


Endovascular Coiling






Espiras de platina são
sucessivamente inseridas
no lúmen do aneurisma,
promovendo a formação de
um trombo,
(electrotrombose)
obliterando então o saco
aneurismático.
Técnica em
desenvolvimento



Espiras biologicamente
activas;
Associação com colocação de
stent/ balão;
Intervenção Cirúrgica



Algumas
Escolha da técnica cirúrgica >> CONTROVERSO!
limitações
International Subarachnoid Aneurysm Trial (ISAT) …
Clipping

Coiling

Maior duração da obstrução do
fluxo para o aneurisma

Parece ser mais segura, pelo
menos nas intervenções precoces

Maior risco de complicações,
nomeadamente
1. Ruptura durante o procedimento
2. Vasospasmo pós-op.
3. Convulsões pós-op.

Limitações (em extinção): aneurimas
com pescoços muito largos e com
morfologia complexa.

Maior prevalência de epilepsia e de
défices cognitivos1 ano após a
cirurgia

Perigo de compactação das espiras
metálicas >> reperfusão do
aneurisma

TM avaliada 1 ano após cirurgia
superior Escolha deve ser

Risco superior de re-hemorragia

ponderada caso a caso!
Intervenção cirúrgica


Timing of treatment


Argumentos a favor de uma intervenção…
Precoce (48-72h)

Tardia (10-14 dias)

• Se bem sucedida, elimina o risco
de re-hemorragia
• Facilita o tratamento agressivo e
precoce do vasospasmo
• Permite lavagem do espaço
circundante, removendo potenciais
agentes espasmogénicos
• TM após cirurgia mais elevada,
MAS TM global menor

• A inflamação e o edema cerebral
são mais severos e a presença de
um trombo sólido é mais provável
imediatamente após a HSA >>
complica o procedimento cirúrgico
• O risco de ruptura durante o
procedimento também é mais
elevado na intervenção precoce

A técnica endovascular elimina muitos dos problemas que limitavam a cirurgia
precoce!
Por vezes, em aneurismas de pior grau (IV/V de Hunt and Hess) opta-se por realizar
o tratamento endovascular inicialmente, e mais tarde realizar uma oclusão definitiva
por clipping.
Terapia
hiperdinâmica –
triple-H therapy:
• Hemodiluição
• Hipertensão
• Hipervolémia

Estatinas

Vasospasmo refractário

Prevenção e Tratamento
do Vasospasmo

Gestão das complicações
Focal, em grandes
vasos –
angioplastia com
balão
Difuso, com
envolvimento de
pequenos ramos
arteriais –
vasodilatadores,
nomeadamente a
papaverina
Gestão das complicações

Hidrocefalia

Rehemorragia
precoce

• Ventriculostomia:
• Drenagem externa
• Derivação ventriculo-peritoneal

• Novo tratamento do aneurisma
Bibliografia











Cerebral Aneurysms by David S Liebeskind, MD, 2010
Neurosurgery for Cerebral Aneurysm by Jonathan L Brisman,
MD, 2010
What You Should Know About Cerebral Aneurysms – From the
Cerebrovascular Imaging and Intervention Committee of the
American Heart Association Cardiovascular Council by Randall
T. Higashida, MD
Unruptured intracranial aneurysms by Robert J Singer, MD,
Christopher S Ogilvy, MD and Guy Rordorf, MD, 2011
Treatment of aneurysmal subarachnoid hemorrhage by Robert J
Singer, MD, Christopher S Ogilvy, MD and Guy Rordorf, MD,
2011
Neurologia – Princípios, Diagnóstico e Tratamento, por José
Ferro e José Pimentel
Trabalho realizado por






Obrigada
pela vossa
atenção!!

Ana Catarina B. Guedes
Jorge Miguel C. da Costa
Marta Rebocho N. Alves
Penélope Aguiar S. G. de Almeida

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Aneurismas cerebrais

  • 1. Aneurismas Cerebrais Neurologia e Neurocirurgia Mestrado Integrado em Medicina 2011/2012
  • 2. Aneurisma Cerebral   Aneurisma é a dilatação de um vaso sanguíneo que pode resultar na formação de um divertículo. Deve-se a um enfraquecimento da parede vascular.
  • 3. Epidemiologia       A incidência de aneurismas cerebrais na população geral é de 3,2%. Representam 0,4 a 0,6% da taxa de mortalidade global. 9% das hemorragias subaracnoídeas são causadas por ruptura de aneurismas cerebrais. 10% dos pacientes com aneurisma morre antes de chegar ao hospital. 20 a 30% de pacientes com aneurismas têm aneurismas múltiplos. As mulheres antes do 50anos representam 54 a 61% de todos os pacientes com aneurisma; a partir dos 50 o ratio entre mulher e homem passa para 2:1.
  • 5. Aneurismas Saculares   Verdadeiros aneurismas. Divertículos arredondados:     Com pescoço – Aneurismas saculares em baga 85-95% localizados em bifurcações do Polígono de Willis. Saco aneurismático composto por camada intima e adventícia. Saco aneurismático com thrombotic debris.
  • 6. Aneurismas Saculares  Congénitos – defeito no desenvolvimento na camada muscular lisa da túnica média;   Herdados – síndromes genéticos associados com aumento do risco para desenvolvimento de aneurismas. Adquiridos:        Degenerativos; Traumáticos; Micóticos; Neoplásicos; Desequilíbrios hemodinâmicos; Vasculopatias; Relacionado com o uso de drogas.
  • 7. Aneurismas Fusiformes       Aneurismas arterioscleróticos. Lesão da túnica média – resulta num estiramento e elongação da parede vascular Afectam maioritariamente a artéria vertebro-basilar. Configurações gigantes e serpenteadas. Fluxo intraluminal é lento e turbulento. Podem formar trombos intraluminais.
  • 8. Aneurismas Dissecantes Acumulação de sangue na parede vascular devido a ruptura na túnica intima e média.  Causa estreitamento luminal e/ou oclusão.  Se o hematoma se estender para a túnica subadventícia poderá formar um divertículo sacular. Pseudoaneurisma – quando há nova comunicação com o lúmen vascular Normalmente são causados por trauma ou vasculopatia, contudo podem ocorrer espontaneamente. Aneurismas dissecantes intracranianos são raros e afectam principalmente a carótida interna ou a artéria vertebral. Morfologia:         Ovóide; Sacular; Alongada.
  • 9. Localização dos aneurismas Carótida interna (35%) Supratentorias (85%) Comunicante anterior (30%) Infratentoriais (15%) Cerebral média (25%)
  • 10.
  • 11. Tamanho • • • • (diâmetro mm) Pequeno - <7mm Médio– 8-12mm Grande – 13-24mm Gigante - >25mm
  • 12. Classificação de Aneurismas Escalas de Hunt and Hess e Fisher
  • 13. Escala de Hunt e Hess CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO 0 Aneurisma sem ruptura. 1 Assintomático ou com cefaleia e rigidez de nuca fracas. 1a Sintomas meníngeos mínimos ou ausentes, mas com défices neurológico fixo. 2 Cefaleia/rigidez de nuca moderada a severa ou paralisia de pares cranianos. 3 Sonolência, confusão mental, défice focal discreto. 4 Estupor, hemiparesia moderada a severa. 5 Coma profundo, postura de descerebração.
  • 14. Escala de Fisher GRAU DESCRIÇÃO I Sangue não detectado. II Hemorragia difusa ou com espessura < 1mm . III Hemorragia com espessura > 1mm ou coágulo localizados no espaço subaracnóide. IV Hematoma intracerebral ou intraventricular com ou sem sangue no espaço subaracnóide.
  • 15. Grau I na escala de Fisher Normal.
  • 16. Grau II na escala de Fisher Hemorragia nas cisternas da base com menos de 1mm.
  • 17. Grau III na escala de Fisher Hemorragias subaracnoídeas com mais de 1mm.
  • 18. Grau IV na escala de Fisher Hemoventrículo.
  • 19. História natural dos aneurismas International Study of Unruptured Intracranial aneurysms (ISUIA)  Maior estudo alguma vez realizado (4060 pacientes dos E.U.A., Canadá e Europa)  Tamanho e localização
  • 20. Tamanho    Quanto menor o aneurisma, menor a probabilidade de ruptura <7mm – baixo risco Acima de 7mm o risco aumenta proporcionalmente ao tamanho do aneurisma  Ao fim de 5 anos para aneurismas da circulação anterior    Entre 7 e 12mm Ruptura em 2,6% Entre 13 e 24mm  Ruptura em 14,5% Maiores que 25mm  Ruptura em 40%
  • 21. Tamanho  Crescimento dos aneurismas mais provável ocorrer em aneurismas maiores  Ao fim de 47 meses     Menores que 8mm – crescimento em 7% Entre 8 e 12mm – crescimento em 25% Maiores que 13mm – crescimento em 83% Hipótese do crescimento e ruptura
  • 22. Hipótese do crescimento e ruptura  Aneurismas intracraniais saculares são lesões adquiridas e não lesões congénitas  Maior parte destes aneurismas desenvolve-se num curto período (horas, dias ou semanas) e atinge o tamanho máximo permitido pelo limite de elasticidade da parede. Sofre ruptura Processos de estabilização e endurecimento
  • 23. Hipótese do crescimento e ruptura  Aqueles aneurismas que não entram em ruptura vão ganhar forças de tensão significantes devido ao endurecimento compensatório com a formação excessiva de colagéneo  Aneurismas com mais de 1cm de diâmetro no momento da estabilização inicial estão mais susceptiveis de sofrer crescimento e ruptura, visto que o stress exercido na parede aumenta com o diâmetro
  • 24. Localização  De acordo com o ISUIA  Divisão em três grandes grupos relacionando a localização do aneurisma com a probabilidade de ruptura  Baixa probabilidade – Aneurisma do segmento cavernoso da artéria carótida  Probabilidade intermédia – Aneurismas da circulação anterior  Alta probabilidade – Aneurismas da circulação posterior
  • 25. Relação Tamanho-Localização  Taxa cumulativa de ruptura em 5 anos relacionando o tamanho e a localização do aneurisma Tamanho 7- 12 mm 13- 24 mm > 25 mm Segmento cavernoso da arteria carotidabaixa probabilidade 0% 3.0% 6.4% Circulação anteriorprobabilidade intermédia 2.6% 14.5% 40% Circulação posterioralta probabilidade 14.5% 18.4% 50% Localização
  • 27. Factores genéticos na formação de aneurismas intracraniais  Estudos revelaram correlação entre alguns síndromes hereditários e a ocorrência de aneurismas em determinadas famílias  Quando um aneurisma é diagnosticado em mais do que um membro da mesma família, normalmente há uma doença hereditária subjacente
  • 28. Síndromes hereditários conhecidos  Doenças do tecido conjuntivo   Síndrome de Ehlers-Danlos Pseudoxantoma elástico  Hiperaldosteronismo familiar tipo 1  Doença renal poliquística autossómica dominante
  • 29. Aneurismas familiares  Familiares de doentes com aneurismas intracraniais têm um risco acrescido de vir a ter também um aneurisma.  Modo de hereditariedade variável.  Tendência para romperem mais cedo e com tamanho inferior relativamente a aneurismas esporádicos.
  • 30. Outros factores  Tabaco  Hipertensão  Deficiência em estrogénios  Coarctação da aorta
  • 33. Clínica – Ruptura  Hemorragia normalmente dura alguns segundos  Hemorragia recorrente é comum e ocorre mais frequentemente durante o primeiro dia  Hemorragia sentinela  Quadro HSA
  • 34. Clínica – Ruptura Cefaleia sentinela     30 a 50% dos pacientes Hemorragia minor ou “warning leak” Precede uma hemorragia major num espaço de 6 a 20 dias Cefaleia repentina intensa
  • 35. Clínica – Ruptura Hemorragia Sub- Aracnoideia        Cefaleia intensa e súbita Perda de consciência Náuseas Vómitos Convulsões Alterações neurológicas focais Sinais meníngeos e dor lombar Podem apenas surgir apenas várias horas após a hemorragia
  • 36. Clínica – Ruptura  A ruptura pode ser precipitada por um aumento repentino da pressão sanguínea:  Actividade física  Consumo de cafeína  Ataque de raiva, ansiedade, susto…  Actividade sexual
  • 37. HSA – Complicações  Alta taxa de mortalidade  10% morrem antes de chegar ao hospital  25% morrem dentro de 24h  45% morrem dentro de 30 dias
  • 38. HSA – Complicações         Segunda hemorragia Vasoespasmo (isquemia cerebral) Hidrocefalia Hipertensão craniana Hiponatremia Anormalidades cardíacas Disfunção hipotalâmica Insuficiência hipofisária
  • 39. Segunda hemorragia  73% ocorre nas primeiras 72h Factores preditivos      Classificação Hunt-Hess na admissão Diâmetro do aneurisma Pressão sanguínea inicial levada Cefaleia sentinela Intervalo entre hemorragia e admissão hospitalar Diagnóstico  Deterioração aguda do estado neurológico  TAC: nova hemorragia  Punção lombar não é útil
  • 40. Vasoespasmo  Causador de enfarte e isquemia cerebral em 20 a 30% dos pacientes com HSA  Causa major de morte e sequelas  Inicia-se ao 3º dia e tem o pico ao 7/8º dia  Gravidade depende da artéria afectada e da circulação colateral  Causado por metabolitos sanguíneos, gerados durante a lise de trombos subaracnoides, responsáveis pela lesão e contracção vascular.
  • 41. Vasoespasmo Factores de risco  Localização e extensão Diagnóstico  da hemorragia  Idade menor que 50 neurológico  anos  Declínio do estado Anormalidades neurológicas focais Menor classificação  Doppler transcraneano clínica  TAC de perfusão , MRI
  • 42. Enfarte cerebral  Complicação frequente  Lesões hipodensas sugestivas encontradas na TAC de 40 a 60% sobreviventes após 3 a 12 meses Causas      Vasoespasmo Hipovolémia Oclusão, permanente ou temporária (cirurgia) Dano nos vasos cerebrais (cirurgia) Fluxo turbulento ou estagnação no aneurisma
  • 43. Hidrocefalia Precoce 24h • Hemorragia intraventricular • Aneurismas da circulação posterior • Tratamento com agentes antifibrinolíticos • Score de escala de Glasgow baixo na admissão • Hx de HTA e idade avançada Hidrocefalia obstrutiva não comunicante Tardio 2 sem. • Coágulo • Aderências • Diminuição da absorção do LCR na aracnóide Hidrocefalia não obstrutiva comunicante
  • 44. Hidrocefalia Precoce 24h • Hemorragia intraventricular • aneurismas da circulação posterior • Tratamento com agentes antifibrinóticos • Score de escala de Glasgow baixo na admissão • Hx de HTA e idade avançada Melhoria espontânea em metade dos pacientes (24h) Tardio 2 sem. • Coágulo • Aderencias • Diminuição da absorção do LCR na aracnóide Aumento de morbilidade e mortalidade (rebleeding)
  • 45. Hipertensão intracraneana • Aumento da resistência ao fluxo de LCR • Hidrocefalia aguda • Volume de hemorragia • Hiperemia reactiva após hemorragia • Dilatação arteriolar cerebral distal Convulsões • Complicação precoce • Factor de risco para crises tardias • Lesões focais • Enfarte cerebral • Hematoma cerebral Hiponatremia • Comum • ↑ produção de ADH por lesão do hipotálamo
  • 47. Diagnóstico – A. sintomáticos  Angio-TAC      Sensibilidade de 95% para aneurismas de 7mm Sensibilidade de 53% para aneurismas de 2mm Especificidade aumenta para aneurismas maiores Aneurismas de menores tamanhos (2mm) podem ser detectados se o angio-TAC for comparado com a angiografia Angiografia apenas é realizada se existir uma clínica muito sugestiva de aneurisma
  • 48. Diagnóstico – Ruptura  Clínica de HSA  TAC Punção lombar Negativo Positivo  Angio-TAC Angiografia TAC normal com grande suspeita de HSA  Elevada contagem de hemácias (RBC) que não diminui ao 4º tubo (centrifugação)    Diminuição da RBC no 4º tubo também pode acorre na HSA  Xantocromia  Avaliada por comparação com H2O em fundo branco  Sensibilidade e especificidade de 93 e 95%  Só ocorre 2h após a hemorragia
  • 50. Unruptured Aneurysms Idade, hx de HSA prévia, sintomatologia e estado médico/neurológico do paciente; Localização e dimensão do aneurisma. Característic as individuais (do paciente e do aneurisma) Risco da Intervenção Quem tratar? Benefício da Intervenção Relação custobenefício
  • 51. Unruptured Aneurysms  Conclusões do ISUIA Aneurisma do segmento intracavernoso da carótida interna • Pequenos e descobertos acidentalmente: Tratamento não indicado • Grandes e sintomáticos: Decisão individual conforme a idade do paciente e a severidade e o progresso dos sintomas. Aneurisma sintomático intradural • Independentemente do tamanho, tratamento relativamente urgente Aneurismas em pacientes com hx de HSA devido à ruptura de um outro anuerisma • Independentemente do tamanho, considerar tratamento Aneurismas assintomáticos >7-10mm • Considerar fortemente o tratamento Aneurismas descobertos acidentalmente <7mm • Em pacientes sem hx prévia de HSA: observação. • Pacientes com idade <50 anos: considerar tratamento
  • 52. HSA    Monitorização/ gestão geral Intervenção cirúrgica Gestão das complicações    Prevenção/ Tratamento do Vasospasmo Hidrocefalia Re-hemorragia precoce
  • 53. Monitorização/ gestão geral UCI • Monitorização hemodinâmica constante • Repouso total + Analgesia >> Diminuir as flutuações hemodinâmicas, de modo a baixar o risco de re-hemorragia Monitorização e gestão da PIC e da PA • Pressão de perfusão cerebral = PAMédia – PIC • Pacientes alerta com PPC adequada > manter PA <140mmHg, de modo a evitar o risco de nova ruptura aneurismática Doppler Transcraniano • Medições tomadas como linha de base para o progresso do paciente ao longo do tratamento • Monitorização do vasospasmo Descontinuação da terapêutica antitrombótica • Reversão de qualquer anticoagulação/ antiagregação ANTES do tratamento do aneurisma Profilaxia de TVP • Meias elásticas/ Compressão pneumática intermitente • Heparina não-fraccionada SÓ APÓS o tratamento do aneurisma
  • 54. Monitorização/ gestão geral Administração de Nimodipina – bloqueador dos canais de Ca2+ • Inicialmente era utilizada para prevenir o vasospasmo… Mas os estudos não indicam nenhuma relação estatisticamente válida relativamente a esse efeito! • No entanto, está demonstrado que realmente melhora o resultado do tratamento dos pacientes com HSA, sendo sempre administrada! • O mecanismo inerente a este benefício é desconhecido! Profilaxia de Convulsões • O uso de fármacos antiepiléticos é muito debatido e controverso • Alguns estudos sugerem que a sua administração pode ser associada a um pior estado cognitivo/neurológico após a HSA • No entanto, nos pacientes que tiveram convulsões num estadio agudo inicial o risco que a administração destes fármacos comporta é menor que a gravidade das consequências de um novo episódio. Terapia Glucocorticóide • Administração ontroversa • Efeitos benéficos na resolução do edema cerebral, na prevenção do vasospasmo e na hidrocefalia tardia.
  • 55. Intervenção Cirúrgica  Surgical Clipping   O objectivo deste tratamento é colocar um clip em torno do pescoço do aneurisma de modo a obstruir o fluxo sanguíneo para o aneurisma, sem comprometer o fluxo no vaso sanguíneo em causa nem nos vasos adjacentes.
  • 56. Intervenção Cirúrgica  Endovascular Coiling    Espiras de platina são sucessivamente inseridas no lúmen do aneurisma, promovendo a formação de um trombo, (electrotrombose) obliterando então o saco aneurismático. Técnica em desenvolvimento   Espiras biologicamente activas; Associação com colocação de stent/ balão;
  • 57. Intervenção Cirúrgica   Algumas Escolha da técnica cirúrgica >> CONTROVERSO! limitações International Subarachnoid Aneurysm Trial (ISAT) … Clipping Coiling Maior duração da obstrução do fluxo para o aneurisma Parece ser mais segura, pelo menos nas intervenções precoces Maior risco de complicações, nomeadamente 1. Ruptura durante o procedimento 2. Vasospasmo pós-op. 3. Convulsões pós-op. Limitações (em extinção): aneurimas com pescoços muito largos e com morfologia complexa. Maior prevalência de epilepsia e de défices cognitivos1 ano após a cirurgia Perigo de compactação das espiras metálicas >> reperfusão do aneurisma TM avaliada 1 ano após cirurgia superior Escolha deve ser Risco superior de re-hemorragia ponderada caso a caso!
  • 58. Intervenção cirúrgica  Timing of treatment  Argumentos a favor de uma intervenção… Precoce (48-72h) Tardia (10-14 dias) • Se bem sucedida, elimina o risco de re-hemorragia • Facilita o tratamento agressivo e precoce do vasospasmo • Permite lavagem do espaço circundante, removendo potenciais agentes espasmogénicos • TM após cirurgia mais elevada, MAS TM global menor • A inflamação e o edema cerebral são mais severos e a presença de um trombo sólido é mais provável imediatamente após a HSA >> complica o procedimento cirúrgico • O risco de ruptura durante o procedimento também é mais elevado na intervenção precoce A técnica endovascular elimina muitos dos problemas que limitavam a cirurgia precoce! Por vezes, em aneurismas de pior grau (IV/V de Hunt and Hess) opta-se por realizar o tratamento endovascular inicialmente, e mais tarde realizar uma oclusão definitiva por clipping.
  • 59. Terapia hiperdinâmica – triple-H therapy: • Hemodiluição • Hipertensão • Hipervolémia Estatinas Vasospasmo refractário Prevenção e Tratamento do Vasospasmo Gestão das complicações Focal, em grandes vasos – angioplastia com balão Difuso, com envolvimento de pequenos ramos arteriais – vasodilatadores, nomeadamente a papaverina
  • 60. Gestão das complicações Hidrocefalia Rehemorragia precoce • Ventriculostomia: • Drenagem externa • Derivação ventriculo-peritoneal • Novo tratamento do aneurisma
  • 61. Bibliografia       Cerebral Aneurysms by David S Liebeskind, MD, 2010 Neurosurgery for Cerebral Aneurysm by Jonathan L Brisman, MD, 2010 What You Should Know About Cerebral Aneurysms – From the Cerebrovascular Imaging and Intervention Committee of the American Heart Association Cardiovascular Council by Randall T. Higashida, MD Unruptured intracranial aneurysms by Robert J Singer, MD, Christopher S Ogilvy, MD and Guy Rordorf, MD, 2011 Treatment of aneurysmal subarachnoid hemorrhage by Robert J Singer, MD, Christopher S Ogilvy, MD and Guy Rordorf, MD, 2011 Neurologia – Princípios, Diagnóstico e Tratamento, por José Ferro e José Pimentel
  • 62. Trabalho realizado por     Obrigada pela vossa atenção!! Ana Catarina B. Guedes Jorge Miguel C. da Costa Marta Rebocho N. Alves Penélope Aguiar S. G. de Almeida

Notas del editor

  1. Hipótese do crescimento e ruptura Nos estudos realizados observa-se que há muito pouca percentagem de ruptura de aneurismas com menos de 7mm. Contudo uma grande percentagem de doentes com hemorragia subaracnoideia parece ter ruptura de aneurismas com menos de 10mm e muitos deles mesmo menos de 7mm.
  2. Com esta formação excessiva de colagéneo a probabilidade de ruptura vai diminuir, a não ser que o aneurisma já possuísse um grande tamanho na altura da estabilização inicial.Se a hipótese for correcta verificamos que o ponto crítico para ruptura de aneurismas é menor para aneurismas que sofrem ruptura logo apõs a formação, que seria o caso da maioria dos aneurismas pequenos que rompem.
  3. Circulação anterior – comunicante anterior, cerebral anterior e restantes segmentos carótida internaCirculação posterior- vertebrobasilar, sistema arterial cerebral posterior e comunicante posterior
  4. O mecanismo pelo qual as doenças do tecido conjuntivo podem formar aneurismas envolve uma fraqueza da parede arterial exposta ao fluxo não-laminar de sangue, estando esta exposta a forças de cisalhamento.No hiperaldosteronismo deve-se provavelmente a hipertensão congénita nos primeiros estádios de formação cerebrovascular.No rim poliquistico, hipertensão coexistente poderá também contribuir para a formação de aneurismas, mas o mecanismo ainda não é certo.
  5. Mecanismo pelo qual o tabaco aumenta a probabilidade de vir a ter aneurismas parece dever-se a diminuição da acção efectora da alfa-1 antitripsina, um importante inibidor de proteases, como a elastase.Pessoas fumadores e hipertensas tem 15 vezes mais risco de hemorragias que pessoas normotensas e não fumadoras.Maior frequência de ruptura de aneurismas em mulheres. Deficiência em estrogénios na menopausa causa uma redução do colagéneo nos tecidos. Esta falta de colagéneo pode contribuir para o desenvolvimento de aneurismas nas mulheres com menopausa, isto de ocorre de uma forma semelhante aos doentes com doenças do tecido conjuntivo.