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Capitulo 3
Sons da Paixão...

Dia 14 de abril de 2012, Marco estava na sala de aula, como sempre olhando o pátio
através da janela que ficava ao seu lado. Eren ainda estava com as mãos enfaixadas, pois o
produto que explodira em sua mão era altamente químico, causando um dano razoável. Sarah,
séria como sempre olhava fixamente para frente, porém sem atenção nenhuma à aula, e Jéssica
escrevia em seu caderno rapidamente algumas palavras como se quisesse que ninguém notasse
seus movimentos; Soou então o sinal da escola, era a hora do lanche matinal. Todos saíram da
sala, mas Marco nem se mexeu, estava pensativo e olhando a paisagem pela janela que nem
notara o sinal tocar.
-Hey, Marco! Acorda, amigo. Já soou o sinal do intervalo, vamos comer alguma coisa! –
Disse Eren, cutucando o amigo.
-No-Nossa! E-Eu nem percebi! Vamos! – Disse Marco voltando em si.
No pátio havia vários bancos, e alguns sob a sombra de uma enorme árvore no meio do
local onde se sentaram os dois colegas. O dia estava ensolarado, o sol estava forte, porém a brisa
que batia era demasiadamente refrescante.
-Então, Marco... Por que você esta tão desligado hoje? – Perguntou Eren.
-Não é nada, Eren... – respondeu o amigo tranquilamente.
-Você ainda está se sentindo culpado pelo ocorrido, não é? Eu já disse que não foi nada!
-N-Não é isso... Eu ainda penso no que eu fiz, mas não é isso que me incomoda...
-Então, o que é, amigo? – Pergunto Eren interessado na seriedade do amigo.
-É que de algum tempo para cá percebi que a Jéssica estava diferente... Comportava-se
diferente... Ela esta escrevendo alguma coisa, mas não quer que alguém note... – Disse Marco
pensativo.
-Já sei você acha que é uma carta de amor para outra pessoa que não é você! Eu sabia! –
Disse Eren, começando a rir.
-N-Não é nada disso, Eren! Seu trouxa, por que você sempre pensa que eu sou tão
gamado assim nela? – Disse Marco dando um pulo e levantando do banco.
-Simples, Marco... É porque te conheço, meu amigo, você não me engana! – Respondeu
Eren dando muita risada.
-E-Eren, você não sabe de nada, seu idio – Marco foi interrompido pelo som do sinal.
-Tudo bem... Tudo bem... Eu não sei de nada, Marco, agora vamos para a sala, anda logo.
– Disse Eren, dando ainda algumas risadas.
Terminou as aulas pela manhã, Marco ficou e almoçou no refeitório da escola, pois
deveria passar no mercado para comprar legumes para sua avó e o caminho era mais curto do
que se almoçasse em casa. Assim o fez. Terminou e foi ao mercado. Lá chegando, adentrou e foi
direto à sessão de legumes, porém no meio de suas escolhas seu celular tocou e ao atender, a voz
de Sarah saiu do aparelho dizendo:
-É você, seu imbecil?
-O-O que? Espera... Sarah? C-Como você conseguiu meu numero de celular? – perguntou
Marco assustado.
-Isso não importa! Eu tenho meus meios! Liguei para te falar que é para você passar aqui
em casa na hora que você sair do supermercado!
-Já tem um novo plano? Pensei que você iria demorar mais para bolar outro após a falha
do antigo... E-espera... Como você sabe que eu estou no supermercado?
-Somente venha aqui depois... E eu já disse que tenho meus jeitos, seu idiota... Sem mais
perguntas! – e a ligação caiu.
Vamos começar mais outra loucura. De novo, meu Deus, pensou o jovem rapaz. Pagou
pelo que comprou e assim saiu em direção à casa de Sarah, hesitante, mas continuou em frente.
Chegou à casa, respirou fundo e bateu na porta, que logo em seguida foi aberta por Sarah, que
logo se virou ordenando que Marco entrasse. Entrou e sentou-se no sofá e esperou Sarah que
havia entrado no quarto, até o momento que a garota reapareceu, e, vindo em direção a Marco
dizendo:
-Você vai ajudar a Jéssica a tocar violão...
-O QUE? O-O QUE VOCE DISSE? – Perguntou Marco saltando do sofá com um felino.
-Isso mesmo que você escutou... VOCÊ vai ajudar a Jéssica a tocar violão... – respondeu
tranquilamente, Sarah enquanto se sentava no lugar de Marco que se levantou em um pulo.
-M-Mas, por que isso, assim de repente e sem me consultar? – Perguntou Marco,
desacreditado no que ouvira.
-Bem... Se você não quiser, eu falo para ela procurar outro então...
-Não! – Gritou o rapaz – Quer dizer... Por que você fez tudo isso sem me avisar? Estou
totalmente perplexo... Espera... E COMO VOCÊ SABE QUE TOCO VIOLÃO!
-Eu já disse, seu idiota... Eu tenho meus mei - foi interrompida por Marco.
-Você está pesquisando sobre minha vida, é? Sobre mim?
-O-O que? – Gritou Sarah, ficando em pé – Po-Por que eu iria pesquisar sobre alguém
palhaço como vo-você? Além do mais, você deveria estar me... Me Agradecendo pelo que fiz por
você agora...
-Ah... – suspirou Marco – Não importa mais, agora... O que eu vou ter que fazer?
-Amanhã ela vai à sua casa para que você ajude ela a tocar melhor o instrumento...
- O QUE? – gritou – AMANHÃ? De repente, assim? Você é louca? E minha avó que está
em casa, agora o que eu vou dizer para ela quando a Jessica chegar?
-Bem... Agora você que de seu jeito, eu já fiz o que podia, agora, depende de você... E
pare de me chamar de louca, seu idiota, se não, vou de dar outro soco na cara! – respondeu,
agrassiva.
-M-Mas, por que eu? – Perguntou Marco, se acalmando.
-É... Agora tive certeza que você é um idiota... Marco! Acorda! Nós fizemos um acordo,
lembra? – Sarah disse, dando uma bronca em Marco – E além do mais, ela precisa melhorar de
qualquer forma... – abaixou a cabeça logo em seguida.
-Melhorar de qualquer forma? Ela é tão ruim assim?
-Você verá amanhã... – suspirou fundo.
Passaram a tarde inteira armando o plano, discutiam quais as atitudes que deveriam ser
tomadas por Marco quando Jéssica aparecesse em sua casa até que terminaram as discussões, e
Marco foi em direção a porta para ir embora, mas antes de sair, Sarah o chamou novamente
dizendo:
-M-Marco, espere um pouco!
-O que? Por quê? – perguntou o rapaz sem entender a atitude da garota.
-E-Eu comprei filés e nuggets e... – foi interrompida por Marco.
-E você não sabe como frita-los, e quer que eu os frite para você... Estou errado? –
perguntou o rapaz dando algumas risadas.
-NÃO É ISSO! – gritou Sarah, ficando envergonhada – É que... É que... Eu quero ver se
você sabe mesmo fazer outros tipos de comida sem ser aquela sopa horrível que você fez... E
além do mais, você DEVE fritar para mim, por eu ter te arrumado um encontro com a Jéssica! –
disse exaltada.
-Sei... Sei... – resmungou Marco sorrindo.
-O-O QUE? VOCÊ ACHA QUE... QUE EU NÃO SEI MESMO FRITAR NADA?
COMO VOCÊ É IDIOTA, MARCO! – gritou Sarah, ficando com o rosto vermelho - VOCÊ
DEVE FRITAR PARA MIM, POR QUE EU FIZ UM – foi interrompida por Marco, que jogou
uma almoçada em seu rosto.
-Está bom... Está bom, eu frito eles para você. Mas faça-me um favor... Fecha essa boca
um pouco e arruma a mesa, pelo menos... O resto deixe para o Chef aqui. – Disse Marco,
passando ao lado de Sarah, que estava com a almoçada no rosto, indo em direção à cozinha,
dando algumas risadas.
Sarah ficou parada logo após a atitude de Marco, não entendera ao certo o que havia
acontecido, nunca tinha visto aquela atitude por parte do rapaz. Ele esta mudando," não era mais
o garoto que bati aquele dia", pensou Sarah. Enquanto Marco fritava os filés e os nuggets, Sarah
arrumava a mesa. Estendeu a toalha, colocou os pratos e copos em cima, até que Marco trouxe as
frituras e outra panela que, quando aberta, continha arroz. Sarah não acreditava no que via, e
perguntou:
-A-Arroz? Por que você fez arroz?
-Você queria o que? Só comer frituras? Isso não faz bem, além de que fiz uma salada com
alguns legumes que achei na geladeira... – Disse Marco, colocando os alimentos sobre a mesa e
se sentando – E tem todo esse tipo de comida porque eu vou comer aqui também, como você
disse antes, os esforços devem ser recompensados! – Terminou dando um sorriso irônico.
-S-Seu APROVEITADOR! – gritou Sarah.
-Está bom, depois você me bate. Agora vamos comer, porque não comi nada desde o
almoço, e agora já são 20 horas da noite...
Sarah, enfim se acalmou, e deu algumas risadas, chamando Marco novamente de
aproveitador e idiota, mas no fim, se sentou à mesa. Jantaram e conversaram novamente sobre o
plano do dia seguinte. Marco, muitas vezes tinha crises de pânico só de pensar em ficar com a
Jéssica em sua casa, junto com sua avó. O que ela poderia falar? Pensava o rapaz, em estado de
choque. O medo de o plano falhar vinha toda hora à mente, mas Sarah dava pequenos murros na
cabeça de Marco, insistindo que o rapaz pensasse positivo, e que tudo dependeria somente dele.
Era exatamente 22 horas da noite, Marco se despediu de Sarah a qual lhe deu um soco no
ombro, como prometido para o rapaz, e foi embora. É amanhã... É amanhã que vou conquistar a
Jéssica com meus conhecimentos musicais. Vou ensinar ela tocar perfeitamente, violão! Pensava
o rapaz. Chegou a sua casa, abriu a porta, percebendo que havia um silencio, pois sua avó já fora
dormir. Passou no quarto dela, a beijou no rosto, como se desejasse boa noite, e foi em direção a
seu quarto, onde se trocou e se jogou na cama, esperando ansioso o dia clarear. Seus
pensamentos não eram relacionados a mais nada a não ser Jéssica e a música.
Eram exatamente 3 horas da manhã, e Marco não pregara os olhos, ficava rolando sobre a
cama e seu pensamento se quer relaxava por alguns minutos. A idéia de Jéssica vir aprender a
tocar violão com ele, era algo sonhado há muito tempo e que estaria se realizando, a ansiedade
era tanta que não permitia a Marco, sequer o pensamento de dormir. Logo o dia começou a raiar,
as luzes começaram a entrar pela janela do quarto. "Só pode ser brincadeira! Eu não fechei os
olhos a noite toda!" Pensou o pobre e sonolento rapaz.
Marco, inconformado com a noite de sono que perdera, tentou se levantar, porém, logo
após ficar de pé se sentiu como se alguém tivesse batido em sua cara, pois uma incrível vontade
de se deitar o acertou em cheio, mas não podia se abalar porque esse era o dia do grande plano.
Mesmo sonolento, Marco foi em direção ao banheiro. Muito cansado, parecia que seu corpo se
movia sozinho, pois seus olhos se quer abriam. Escovou os dentes, lavou o rosto com a
esperança de melhorar, entretanto, nada acontecera, e por fim foi preparar seu café da manhã,
que na verdade, foi somente Café, e se trocar para ir à escola.
No caminho da escola, como de costume, encontrou Eren, que se assustou com a
aparência do amigo e perguntou logo em seguida:
-M-Marco, você esta bem, cara?
Marco somente balançou a cabeça dando um sinal positivo.
-Vo-Você não dormiu bem, não é?
Novamente Marco balançou a cabeça sem dizer uma palavra
-É de se notar mesmo... Você esta parecendo um zumbi... – Disse Eren, começando a dar
risadas – E você não dormiu bem justo hoje, que temos aula de matemática... Que azar, em!
-O QUE? – Disse Marco, assustado e incrivelmente cansado.
-É... Você esqueceu? Ah, é verdade, você não gosta muito de matemática, não é?
Marco nem sequer mexeu a cabeça, pois não acreditava que tudo isso estava acontecendo
somente em um dia; Sem dormir, aula de matemática e ensaio com Jéssica, só pode ser
brincadeira, pensou o jovem, indignado.
Enfim, começou a aula exaustiva e estressante de matemática. Marco apoiou a cabeça
sobre as mãos e tentou fixar o máximo de atenção possível na matéria, às vezes se movimentava
levemente, quando não, dava suaves tapas em seu rosto para não cair no tentador cochilo. Não
queria dormir na aula, pois nunca o fizera, mas seu esforço funcionou até determinado ponto,
caindo em um sono profundo e se debruçando na carteira.
-Marco! – gritou o professor – MARCO, VOCÊ ESTÁ DORMINDO?
Marco acordou rapidamente, ficando sentado de forma correta, e respondeu, logo em
seguida:
-N-Não, professor... – respondeu sonolento
-Não é o que parece... Você é aluno aplicado, então essa irá passar... Vá lavar o rosto... –
Disse o professor, suspirando.
-S-Sim, professor... Obrigado! – Respondeu Marco, que logo se levantou e saiu da sala.
No banheiro, enquanto lavava o rosto, o jovem rapaz somente pensava que não poderia
sentir mais sono e cochilar, pois sua moral com o professor acabara de diminuir e a tarde o
encontro com Jessica seria um desastre se o infortúnio o acometesse novamente, mas agora, a
hora era de se preocupar com a aula. Terminou de lavar o rosto e voltou à sala. Após o primeiro
ocorrido, Marco se manteve firme quando voltou do banheiro. Ficou acordado até o intervalo,
porém, sem nenhuma atenção à matéria; Soou o sinal de intervalo, todos saíram, exceto Marco,
que parecia estar em outro lugar, distante, longe de tudo até que uma voz feminina surgiu no ar
chamando:
-Marco... Marco... Marco! – A voz começou a ficar mais alta na cabeça de Marco até que
voltou em si e, ao olhar para lado, eram Jéssica e Sarah.
-Ah! J-Jéssica!? – Disse Marco tomando um susto.
-Então está combinado mesmo, hoje à tarde em sua casa? – Perguntou a garota, sorrindo.
-S-Sim... – Responde envergonhado, o rapaz.
-Ótimo! A Sarah falou que você tocava violão extremamente bem, e como ela se importa
comigo, vendo que eu adoro musica e estou no grupo musical da escola, ela te indicou para me
ajudar a melhorar meus dons...
-P-Pode contar comigo, s-sempre! – Disse Marco dando algumas risadas, porém, tímido
ainda.
-Apesar de eu não saber como a Sarah tem o conhecimento tão avançado sobre seus
talentos, já que vocês não conversam tanto, aqui na escola... – Disse a garota, com um semblante
de dúvida.
-É... Eu também não consegui entender como ela tem adquirido essas informações –
Disse Marco, olhando para Sarah com um olhar irônico. Neste instante, Sarah deu um pulo, e
gritou, logo em seguida:
-E-Eu já te disse que tenho meus meios de obter informações, seu idiota!
-Que meios? Assuma Sarah, você pesquisou sobre mim na internet! – Disse Marco, dando
risadas irônicas.
-O-O que você disse? Você quer morrer, não é? – Respondeu Sarah, ficando vermelha.
-Pessoal, calma... Não vamos brigar aqui, não é? – Perguntou Jéssica, tentando apaziguar
a situação.
-M-Mas foi ele que começou, Jéssica! Você viu como ele – Sarah foi interrompida pelo
sinal do fim do recreio.
-Pronto, acabou o intervalo, agora vamos nos sentar e esfriar os ânimos, não é? – Disse
Jéssica, sorrindo.
-E ai, pessoal, o que está acontecendo aqui? – Disse Eren, chegando junto ao grupo.
-Não é nada, Eren... Somente esses dois se estranhando, de novo. – Respondeu Jéssica.
-O que é isso gente, vão brigar novamente? Marco você não tem boas recordações, não é?
– Disse Eren, dando risadas.
-Hey, Eren, não estávamos brigando, e não lembre mais disso, por favor.
-Sarah, por favor, perdoe esse meu amigo, ele é meio paspalho mesmo... – Disse Eren,
colocando sua mão sobre um dos ombros de Sarah, que nesse mesmo instante, ficou totalmente
vermelha, abaixando a cabeça.
-S-Sim, Eren... – respondeu Sarah, sem olhar para o rosto do rapaz – V-Vamos, Jéssica.
Está na hora de voltar para os nossos lugares – agarrou Jéssica pela blusa, e saiu mais rápida que
um raio.
-Então, agora você esta conversando com a Sarah e a Jéssica? – Perguntou Eren
-Bem... Mais ou menos...
-Boa, rapaz! – Gritou, Eren – Você se desenvolveu muito rápido! O objetivo era a Jéssica,
mas até a Sarah está conversando com você, isso é um pequeno passo para nós, mas um grande
passo para a humanidade! – Disse Eren, em meio de contagiantes risadas
-Hey! Não é nada disso, Eren! Cara, CALE A BOCA! – Respondeu Marco, saltando da
cadeira.
-Relaxe, meu caro amigo, é só uma brincadeira! – Neste momento, o professor adentrou a
sala, e começou a aula.
Marco continuou o resto da aula com um sono imensurável, mas não cedeu, e ficou
acordado até que soou o sinal do fim do dia no colégio. A primeira fase do dia está completa, que
venha a próxima, pensava o jovem e sonolento rapaz a caminho de casa. Ao chegar a casa, não
prestou atenção em nada, e foi direto à sua cama, seu sonho de consumo no momento, porém,
logo ao deitar, escutou a voz de sua avó dizendo:
-Marco, não precisa arrumar o almoço para mim, almocei na casa de uma colega que
encontrei enquanto fazia caminhada!
-Tudo bem, vovó... Eu vou preparar somente para mim ent – Marco interrompeu sua fala
repentinamente, se levantou como um raio e balbuciou algumas palavras – Espera... Minha avó
esta em casa, isso quer dizer que ela vai ver a... – Deu um salto como se tivesse tomado um susto
– DROGA, ESQUECI DESTE DETALHE! A Jéssica irá aparecer às duas horas, então devo ter
tempo para... – olhou no relógio que marcava exatamente 13:50h, e logo gritou – MAS JÁ?!
Marco saiu como uma bala de seu quarto, e foi em direção à sala, onde sua avó estava
sentada. A pegou pelo braço, e começou arrastá-la para fora, lhe entregando a bolsa e colocando
os óculos na pobre senhora, que não estava entendendo o que acontecia.
-Legumes? – Perguntou a Senhora que já estava da porta, para fora de sua casa.
-Isso, vovó, legumes! Compre mais legumes, porque sem eles, não conseguirei fazer meu
almoço! – Respondeu Marco, com um sorriso forçado.
-Mas e os que você comprou ontem no mercado, onde estão, meu neto?
-E-Eu... Na verdade, estavam estragados... Percebi agora de manhã, e você sabe como
gosto de legumes, não é?
-O-Ora então, está bom... Você está cansado demais... Vou indo, mas volto logo para te
ajudar a preparar seu almoço! – Disse a senhora, saindo da frente de sua casa, e ingressando a
caminho do mercado.
-Sem pressa, vovó! Curta o dia, está ótimo para caminhar bem vagarosamente hoje!
Marco fechou a porta e se encostou à parede, levando as mãos ao rosto. Essa foi por
pouco, pensava o rapaz, quando de repente, bateram na porta que ele acabara de fechar, e que ao
abrir, deu-se de frente com Jéssica e um violão.
-Olá, Marco! Posso entrar? – Perguntou a jovem e sorridente Jéssica.
-Po-Pois não... Fi-Fique à vontade – Respondeu timidamente o rapaz.
-Aonde você vai me ensinar? – Perguntou, enquanto adentrava a casa.
-Vamos ao meu quarto... Lá é melhor e a acústica é muito boa também.
-Tudo bem então.
Ambos se dirigiram ao quarto, e lá chegando, Jéssica foi retirando o instrumento da capa,
onde o guardava; Marco, com o rosto totalmente vermelho e tímido, pegou seu violão, sentou-se
na cama e começou a afinar suas cordas, quando inopnadamente, Jéssica sentou-se ao seu lado e
o olhou dizendo:
-Então... O que você vai me ensinar?
-É... É... Vo-Você tem alguma musica que gostaria de pegar para treinar? Acho que ficaria
mais fácil te passar dicas com uma música de base... – Respondeu Marco, completamente tímido
e da cor de um morango maduro.
-Ah... Uma música... – a garota ficou pensativa – Eu posso te mostrar uma coisa? Mas,
promete que não irá rir? – Perguntou envergonhada.
-Pro-Prometo... O que é? – Nesse instante, Jéssica tirou uma folha de dentro do bolso de
seu short; Marco reconheceu como sendo a folha que ela estava escrevendo na manhã do dia
anterior, e que queria que ninguém notasse.
-A-Aqui... Isto é uma música que terminei de escrever ontem... Comecei logo que entrei
para o clube de música... – Entregou a letra para Marco.
-Realmente, é muito boa a letra... – Disse Marco, surpreso – O que você acha de tocar ela
para mim, para que eu possa ver como está a harmonia das notas musicais?
-É-É sério? – Perguntou a garota surpresa e tímida ao mesmo tempo.
-S-Sim, tenho certeza que ficou perfeita.
Jéssica, envergonhada, aceitou e começo a tocar sua música. Entretanto, Marco, logo
após o início, não acreditava que um violão poderia fazer sons tão estridentes e esquisitos como
os provenientes do violão da garota, a música até que era realmente boa, mas as habilidades de
Jéssica com o pobre instrumentos eram, digamos, um pouco abaixo da média. Por que esse
quarto tinha que ter tanta acústica? Ecoa de mais aqui dentro! Eu vou morrer! Pensava o pobre
rapaz, até o momento que Jéssica terminou de tocar.
-E então, o que achou? – Perguntou timidamente a garota
-Bem... – Respondeu o rapaz, olhando para o lado e passando a mão sobre a cabeça.
-Eu sabia ficou horrível! – gritou a menina.
-N-Não! Não ficou! – ergueu a voz – Na verdade... A letra é muito boa, só temos que
lapidar esse seu talento, e estamos aqui para isso, não é? – Disse em meio de risadas.
-É sério mesmo, Marco?
-S-Sim, confie em mim...
Logo após todo aquele sofrimento, Marco começou a dar dicas para Jéssica de como
tocar o instrumento de uma forma que melhorasse o som, as notas e todo o resto que somente
músicos entendem. No meio de um dos treinamentos, enquanto Marco lavava o rosto para
impedir que cochilasse, Jéssica parou, e começou a dizer:
-Marco... Sério mesmo que essa letra ficou boa?
-Eu já te disse, não? Ficou muito boa... – Disse Marco, entrando no quarto, e sentando ao
lado da garota.
-É que... É que eu estou com muita vergonha de que alguém saiba que eu escrevi uma
música... – Disse com a cabeça baixa e olhando para a letra que escrevera.
-Pôr que? – Perguntou Marco.
-Porque se eles descobrirem que eu escrevi uma música, todos irão ficar me infernizando
ainda mais, dizendo que minha letra é incrível e não sei o que, só para ver se conseguem alguma
chance comigo... Estou cansada de ficar sendo a garota atrativa da sala...
-Pode ficar tranqüila, não irei contar para ninguém. – Disse Marco, com uma voz
tranqüila.
-É sério? – Disse a garota, erguendo a cabeça novamente.
-S-Sim. – Respondeu envergonhado.
-Sabe... Essa música tem uma historia por trás dela... Tudo começou quando...
E assim, Jéssica começou a contar d'onde tirara a inspiração de sua música, infelizmente
foi o tiro letal para o sono de Marco começar a agir novamente, após um tempo da história, o
jovem piscava firme e lutava contra o sono, que o queria derrubar, até o momento em que fechou
os olhos por alguns segundos, e Jéssica percebeu.
-B-Bem acho que vou embora, já fiquei muito tempo aqui, não é? – Disse a garota,
guardando seu violão, e se levantando.
-O que? – Disse Marco, voltando em si – Não, espera! Não é isso que você está
pensando! É que eu n – foi interrompido por uma voz de pessoa mais velha.
-Voltei, meu neto! Desculpe a demora, mas o mercadinho aqui perto estava fechado...
Acho que aconteceu alguma coisa com os familiares do dono...
Isso só pode ser um pesadelo, pensou o rapaz em estado de choque. Neste momento,
Jéssica se dirigiu a porta da casa para ir embora, e Marco foi seguindo, se desculpando pelo
ocorrido, tentando explicar que não dormira direito, até que encontraram sua avó na entrada.
-Olha, meu neto com uma linda garota em casa! Então era isso, seu danadinho! É sua
namoradinha? – Disse a senhora com um sorriso estampado no rosto.
-O que? N-Não é nada disso que a senhora es-está pensando, vovó! – Respondeu o rapaz
envergonhado, dando um salto para trás.
-Não sou namorada dele... Sou amiga da escola, ele ficou de me ensinar violão, mas acho
que ele esta cansado por hoje – respondeu a garota sorrindo para a senhora.
-Jé-Jéssica, por favor, não me entenda mal! – Pediu o rapaz, indignado com o que estava
acontecendo.
-T-Tudo bem, Marco, não tem problema... Bem, agora tenho que ir, tenho que comprar
alimentos no mercado para levar para casa. Até mais, e foi um prazer conhecer a Senhora! –
Disse Jéssica, saindo pela porta e correndo para a calçada.
-Jé-Jéssica... – Lamentou o pobre rapaz.
-Muito ousado você em – Disse a avó em meio de gargalhadas – Eu sei como estão os
hormônios na sua idade... Você está certo!
-NÃO, VOVÓ! SEM COMENTARIOS DESSE GÊNERO! – Gritou Marco, sem jeito.
-Tudo bem... Tudo bem... – Respondeu a senhora, que foi em direção a cozinha para
guardar os legumes.
Marco fechou a porta, mas foi questão de segundos até baterem novamente. É hoje!
Pensou o rapaz, que ao abrir a porta, se deparou com Sarah.
-Sa-Sarah? – Disse assustado.
-Então, como foi?
-Bem... – abaixou a cabeça.
-Você fez besteira, não é?
-Mais ou menos, na verdade foi um... – foi interrompido por Sarah.
-Como você é idiota, te dei uma chance dessas e você não conseguiu nada! – Disse Sarah,
nervosa e ficando de costas para Marco.
-H-Hey, não foi minha culpa... – Disse, erguendo a cabeça novamente - Quer dizer... Eu
acho que não foi... E além do mais, porque você não me falou que ela era tão... Tão... Ah! Mais
ou menos com o instrumento?
-O-O que? – virou novamente, Sarah para Marco – Não fale assim da minha amiga! Você
vai apanhar novamente!
-Mas, não é verdade?
-Bem... – Disse Sarah, abaixando a cabeça.
-AHA! Eu sabia, você também concorda! – Disse Marco, dando um pulo.
-N-Não disse isso, idiota! Pare de colocar palavras em minha boca! – Respondeu Sarah,
nervosa.
-Oh! Então essa é sua namorada, Marco? – Perguntou a avó, que passava atrás do jovem
no momento da discussão.
-Não, vovó... Eu não tenho namorada, e essa daqui é apenas a louca da Sarah... – Disse
Marco, com tranqüilidade incrível.
-O-O que você disse sobre mim, seu idiota!? – Gritou Sarah
-Nada... É só minha avó, que acha que toda garota que vem aqui é minha namorada,
agora... – Disse Marco, balançando a cabeça indignado.
-A-A tá... – Sarah abaixou a voz, novamente.
-E você, veio aqui só para saber o que aconteceu, não é?
-Lógico! Minha amiga, com um animal como você? Fiquei preocupada com ela...
-Você quer que eu faça seu jantar de novo, não é? Essa não é a verdade?
-Lógico que não, idiota! Eu sei fazer minhas comidas! – Sarah voltou a ficar nervosa.
-Você comprou marmita... – Afirmou Marco com tranqüilidade.
-Sim... – abaixou a cabeça, Sarah.
-Eu sabia... Agüenta aí, que vou preparar uma mistura nova que aprendi, e depois me fala
como ficou.
-O-O que? – Sarah deu um pulo – Não precisa, minha marmita é completa! Não quero
suas comidas horríveis!
-Você não iria vir aqui só para ver como foi com sua amiga... Tenho certeza que você
quer alguma mistura... – Disse Marco na cozinha.
-B-Bem... – Nesse instante, Marco voltou com uma sacola, e entregou para Sarah.
-Pronto, está aqui. E lembre-se de falar o que achou...
-Eu não vou comer, mas SE eu comer. eu te aviso. – Virou as costas, e foi embora, dando
passos firmes.
-Tudo bem... – Respondeu Marco, suspirando.
Já estava anoitecendo quando Sarah foi embora. Marco foi como um raio para a cozinha
preparar sua janta, já que não almoçara, devido ao “encontro” com Jéssica. Eu não acredito que
aconteceu toda essa loucura hoje. Se eu contasse para o Eren, acho que até ele não acreditaria,
pensava o jovem rapaz, enquanto fritava hambúrgueres para comer com pão e os legumes que
sua avó trouxera. Continuava se culpando do pequeno cochilo que o acometeu enquanto Jéssica
contava sua história, e ficava vermelho logo que se lembrava de sua avó, perguntando se ela era
namorada dele. Não acreditava que tudo isso ocorreu em um simples dia.
Cansado, foi para cama muito antes do horário que era acostumado, mas não hesitou nem
sequer um minuto, e se debruçou sobre a cama, apagando completamente. Até que exatamente, à
meia noite acordou com seu celular, que vibrou em sua orelha. Sem entender o que exatamente
estava acontecendo, Marco o pegou, e ao abrir, percebeu que havia recebido uma mensagem
dizendo: “Seu idiota... Não acredito que você dormiu enquanto a Jéssica te contava a história de
vida dela. Você é um inútil, mesmo. Te arrumo todo esse esquema, e você acaba com uma
facilidade incrível! Tinha que ser você mesmo... Eu sei disso tudo porque ela acabou de sair
daqui de casa... Ela me contou tudo. Fiquei com dó dela... por eu ter arrumado um imprestável
como VOCÊ, seu TROXA! Bem... Precisamos bolar outro plano para mim e Eren nos
aproximarmos mais... Bem... Eu só queria te xingar por ter jogado tudo para o ralo... Até mais.”.
Marco começou a ficar nervoso consigo mesmo, por tudo que fizera, e com Sarah, por
enchê-lo no meio da noite somente para irritá-lo. Mas, antes de começar a entrar em seu modo de
“revolta”, percebeu que tinha algo escrito mais abaixo da mensagem, o qual dizia: “PS: Sua
mistura estava horrível, como sempre. Na verdade, não sei nem como a coloquei em minha
boca...” Neste instante, Marco se acalmou novamente e deu um singelo sorriso. Tenho certeza
que terei outra chance, não posso ficar assim só por um erro, tenho que fazer o meu melhor na
próxima, pensou o rapaz, que logo em seguida, colocou o celular sobre o criado-mudo ao lado de
sua cama, e caiu rapidamente no sono que o importunara o dia inteiro.

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Ensinando Jéssica a tocar violão

  • 1. Capitulo 3 Sons da Paixão... Dia 14 de abril de 2012, Marco estava na sala de aula, como sempre olhando o pátio através da janela que ficava ao seu lado. Eren ainda estava com as mãos enfaixadas, pois o produto que explodira em sua mão era altamente químico, causando um dano razoável. Sarah, séria como sempre olhava fixamente para frente, porém sem atenção nenhuma à aula, e Jéssica escrevia em seu caderno rapidamente algumas palavras como se quisesse que ninguém notasse seus movimentos; Soou então o sinal da escola, era a hora do lanche matinal. Todos saíram da sala, mas Marco nem se mexeu, estava pensativo e olhando a paisagem pela janela que nem notara o sinal tocar. -Hey, Marco! Acorda, amigo. Já soou o sinal do intervalo, vamos comer alguma coisa! – Disse Eren, cutucando o amigo. -No-Nossa! E-Eu nem percebi! Vamos! – Disse Marco voltando em si. No pátio havia vários bancos, e alguns sob a sombra de uma enorme árvore no meio do local onde se sentaram os dois colegas. O dia estava ensolarado, o sol estava forte, porém a brisa que batia era demasiadamente refrescante. -Então, Marco... Por que você esta tão desligado hoje? – Perguntou Eren. -Não é nada, Eren... – respondeu o amigo tranquilamente. -Você ainda está se sentindo culpado pelo ocorrido, não é? Eu já disse que não foi nada! -N-Não é isso... Eu ainda penso no que eu fiz, mas não é isso que me incomoda... -Então, o que é, amigo? – Pergunto Eren interessado na seriedade do amigo. -É que de algum tempo para cá percebi que a Jéssica estava diferente... Comportava-se diferente... Ela esta escrevendo alguma coisa, mas não quer que alguém note... – Disse Marco pensativo. -Já sei você acha que é uma carta de amor para outra pessoa que não é você! Eu sabia! – Disse Eren, começando a rir. -N-Não é nada disso, Eren! Seu trouxa, por que você sempre pensa que eu sou tão gamado assim nela? – Disse Marco dando um pulo e levantando do banco. -Simples, Marco... É porque te conheço, meu amigo, você não me engana! – Respondeu Eren dando muita risada.
  • 2. -E-Eren, você não sabe de nada, seu idio – Marco foi interrompido pelo som do sinal. -Tudo bem... Tudo bem... Eu não sei de nada, Marco, agora vamos para a sala, anda logo. – Disse Eren, dando ainda algumas risadas. Terminou as aulas pela manhã, Marco ficou e almoçou no refeitório da escola, pois deveria passar no mercado para comprar legumes para sua avó e o caminho era mais curto do que se almoçasse em casa. Assim o fez. Terminou e foi ao mercado. Lá chegando, adentrou e foi direto à sessão de legumes, porém no meio de suas escolhas seu celular tocou e ao atender, a voz de Sarah saiu do aparelho dizendo: -É você, seu imbecil? -O-O que? Espera... Sarah? C-Como você conseguiu meu numero de celular? – perguntou Marco assustado. -Isso não importa! Eu tenho meus meios! Liguei para te falar que é para você passar aqui em casa na hora que você sair do supermercado! -Já tem um novo plano? Pensei que você iria demorar mais para bolar outro após a falha do antigo... E-espera... Como você sabe que eu estou no supermercado? -Somente venha aqui depois... E eu já disse que tenho meus jeitos, seu idiota... Sem mais perguntas! – e a ligação caiu. Vamos começar mais outra loucura. De novo, meu Deus, pensou o jovem rapaz. Pagou pelo que comprou e assim saiu em direção à casa de Sarah, hesitante, mas continuou em frente. Chegou à casa, respirou fundo e bateu na porta, que logo em seguida foi aberta por Sarah, que logo se virou ordenando que Marco entrasse. Entrou e sentou-se no sofá e esperou Sarah que havia entrado no quarto, até o momento que a garota reapareceu, e, vindo em direção a Marco dizendo: -Você vai ajudar a Jéssica a tocar violão... -O QUE? O-O QUE VOCE DISSE? – Perguntou Marco saltando do sofá com um felino. -Isso mesmo que você escutou... VOCÊ vai ajudar a Jéssica a tocar violão... – respondeu tranquilamente, Sarah enquanto se sentava no lugar de Marco que se levantou em um pulo. -M-Mas, por que isso, assim de repente e sem me consultar? – Perguntou Marco, desacreditado no que ouvira. -Bem... Se você não quiser, eu falo para ela procurar outro então... -Não! – Gritou o rapaz – Quer dizer... Por que você fez tudo isso sem me avisar? Estou totalmente perplexo... Espera... E COMO VOCÊ SABE QUE TOCO VIOLÃO! -Eu já disse, seu idiota... Eu tenho meus mei - foi interrompida por Marco. -Você está pesquisando sobre minha vida, é? Sobre mim?
  • 3. -O-O que? – Gritou Sarah, ficando em pé – Po-Por que eu iria pesquisar sobre alguém palhaço como vo-você? Além do mais, você deveria estar me... Me Agradecendo pelo que fiz por você agora... -Ah... – suspirou Marco – Não importa mais, agora... O que eu vou ter que fazer? -Amanhã ela vai à sua casa para que você ajude ela a tocar melhor o instrumento... - O QUE? – gritou – AMANHÃ? De repente, assim? Você é louca? E minha avó que está em casa, agora o que eu vou dizer para ela quando a Jessica chegar? -Bem... Agora você que de seu jeito, eu já fiz o que podia, agora, depende de você... E pare de me chamar de louca, seu idiota, se não, vou de dar outro soco na cara! – respondeu, agrassiva. -M-Mas, por que eu? – Perguntou Marco, se acalmando. -É... Agora tive certeza que você é um idiota... Marco! Acorda! Nós fizemos um acordo, lembra? – Sarah disse, dando uma bronca em Marco – E além do mais, ela precisa melhorar de qualquer forma... – abaixou a cabeça logo em seguida. -Melhorar de qualquer forma? Ela é tão ruim assim? -Você verá amanhã... – suspirou fundo. Passaram a tarde inteira armando o plano, discutiam quais as atitudes que deveriam ser tomadas por Marco quando Jéssica aparecesse em sua casa até que terminaram as discussões, e Marco foi em direção a porta para ir embora, mas antes de sair, Sarah o chamou novamente dizendo: -M-Marco, espere um pouco! -O que? Por quê? – perguntou o rapaz sem entender a atitude da garota. -E-Eu comprei filés e nuggets e... – foi interrompida por Marco. -E você não sabe como frita-los, e quer que eu os frite para você... Estou errado? – perguntou o rapaz dando algumas risadas. -NÃO É ISSO! – gritou Sarah, ficando envergonhada – É que... É que... Eu quero ver se você sabe mesmo fazer outros tipos de comida sem ser aquela sopa horrível que você fez... E além do mais, você DEVE fritar para mim, por eu ter te arrumado um encontro com a Jéssica! – disse exaltada. -Sei... Sei... – resmungou Marco sorrindo. -O-O QUE? VOCÊ ACHA QUE... QUE EU NÃO SEI MESMO FRITAR NADA? COMO VOCÊ É IDIOTA, MARCO! – gritou Sarah, ficando com o rosto vermelho - VOCÊ DEVE FRITAR PARA MIM, POR QUE EU FIZ UM – foi interrompida por Marco, que jogou uma almoçada em seu rosto.
  • 4. -Está bom... Está bom, eu frito eles para você. Mas faça-me um favor... Fecha essa boca um pouco e arruma a mesa, pelo menos... O resto deixe para o Chef aqui. – Disse Marco, passando ao lado de Sarah, que estava com a almoçada no rosto, indo em direção à cozinha, dando algumas risadas. Sarah ficou parada logo após a atitude de Marco, não entendera ao certo o que havia acontecido, nunca tinha visto aquela atitude por parte do rapaz. Ele esta mudando," não era mais o garoto que bati aquele dia", pensou Sarah. Enquanto Marco fritava os filés e os nuggets, Sarah arrumava a mesa. Estendeu a toalha, colocou os pratos e copos em cima, até que Marco trouxe as frituras e outra panela que, quando aberta, continha arroz. Sarah não acreditava no que via, e perguntou: -A-Arroz? Por que você fez arroz? -Você queria o que? Só comer frituras? Isso não faz bem, além de que fiz uma salada com alguns legumes que achei na geladeira... – Disse Marco, colocando os alimentos sobre a mesa e se sentando – E tem todo esse tipo de comida porque eu vou comer aqui também, como você disse antes, os esforços devem ser recompensados! – Terminou dando um sorriso irônico. -S-Seu APROVEITADOR! – gritou Sarah. -Está bom, depois você me bate. Agora vamos comer, porque não comi nada desde o almoço, e agora já são 20 horas da noite... Sarah, enfim se acalmou, e deu algumas risadas, chamando Marco novamente de aproveitador e idiota, mas no fim, se sentou à mesa. Jantaram e conversaram novamente sobre o plano do dia seguinte. Marco, muitas vezes tinha crises de pânico só de pensar em ficar com a Jéssica em sua casa, junto com sua avó. O que ela poderia falar? Pensava o rapaz, em estado de choque. O medo de o plano falhar vinha toda hora à mente, mas Sarah dava pequenos murros na cabeça de Marco, insistindo que o rapaz pensasse positivo, e que tudo dependeria somente dele. Era exatamente 22 horas da noite, Marco se despediu de Sarah a qual lhe deu um soco no ombro, como prometido para o rapaz, e foi embora. É amanhã... É amanhã que vou conquistar a Jéssica com meus conhecimentos musicais. Vou ensinar ela tocar perfeitamente, violão! Pensava o rapaz. Chegou a sua casa, abriu a porta, percebendo que havia um silencio, pois sua avó já fora dormir. Passou no quarto dela, a beijou no rosto, como se desejasse boa noite, e foi em direção a seu quarto, onde se trocou e se jogou na cama, esperando ansioso o dia clarear. Seus pensamentos não eram relacionados a mais nada a não ser Jéssica e a música. Eram exatamente 3 horas da manhã, e Marco não pregara os olhos, ficava rolando sobre a cama e seu pensamento se quer relaxava por alguns minutos. A idéia de Jéssica vir aprender a tocar violão com ele, era algo sonhado há muito tempo e que estaria se realizando, a ansiedade
  • 5. era tanta que não permitia a Marco, sequer o pensamento de dormir. Logo o dia começou a raiar, as luzes começaram a entrar pela janela do quarto. "Só pode ser brincadeira! Eu não fechei os olhos a noite toda!" Pensou o pobre e sonolento rapaz. Marco, inconformado com a noite de sono que perdera, tentou se levantar, porém, logo após ficar de pé se sentiu como se alguém tivesse batido em sua cara, pois uma incrível vontade de se deitar o acertou em cheio, mas não podia se abalar porque esse era o dia do grande plano. Mesmo sonolento, Marco foi em direção ao banheiro. Muito cansado, parecia que seu corpo se movia sozinho, pois seus olhos se quer abriam. Escovou os dentes, lavou o rosto com a esperança de melhorar, entretanto, nada acontecera, e por fim foi preparar seu café da manhã, que na verdade, foi somente Café, e se trocar para ir à escola. No caminho da escola, como de costume, encontrou Eren, que se assustou com a aparência do amigo e perguntou logo em seguida: -M-Marco, você esta bem, cara? Marco somente balançou a cabeça dando um sinal positivo. -Vo-Você não dormiu bem, não é? Novamente Marco balançou a cabeça sem dizer uma palavra -É de se notar mesmo... Você esta parecendo um zumbi... – Disse Eren, começando a dar risadas – E você não dormiu bem justo hoje, que temos aula de matemática... Que azar, em! -O QUE? – Disse Marco, assustado e incrivelmente cansado. -É... Você esqueceu? Ah, é verdade, você não gosta muito de matemática, não é? Marco nem sequer mexeu a cabeça, pois não acreditava que tudo isso estava acontecendo somente em um dia; Sem dormir, aula de matemática e ensaio com Jéssica, só pode ser brincadeira, pensou o jovem, indignado. Enfim, começou a aula exaustiva e estressante de matemática. Marco apoiou a cabeça sobre as mãos e tentou fixar o máximo de atenção possível na matéria, às vezes se movimentava levemente, quando não, dava suaves tapas em seu rosto para não cair no tentador cochilo. Não queria dormir na aula, pois nunca o fizera, mas seu esforço funcionou até determinado ponto, caindo em um sono profundo e se debruçando na carteira. -Marco! – gritou o professor – MARCO, VOCÊ ESTÁ DORMINDO? Marco acordou rapidamente, ficando sentado de forma correta, e respondeu, logo em seguida: -N-Não, professor... – respondeu sonolento -Não é o que parece... Você é aluno aplicado, então essa irá passar... Vá lavar o rosto... – Disse o professor, suspirando.
  • 6. -S-Sim, professor... Obrigado! – Respondeu Marco, que logo se levantou e saiu da sala. No banheiro, enquanto lavava o rosto, o jovem rapaz somente pensava que não poderia sentir mais sono e cochilar, pois sua moral com o professor acabara de diminuir e a tarde o encontro com Jessica seria um desastre se o infortúnio o acometesse novamente, mas agora, a hora era de se preocupar com a aula. Terminou de lavar o rosto e voltou à sala. Após o primeiro ocorrido, Marco se manteve firme quando voltou do banheiro. Ficou acordado até o intervalo, porém, sem nenhuma atenção à matéria; Soou o sinal de intervalo, todos saíram, exceto Marco, que parecia estar em outro lugar, distante, longe de tudo até que uma voz feminina surgiu no ar chamando: -Marco... Marco... Marco! – A voz começou a ficar mais alta na cabeça de Marco até que voltou em si e, ao olhar para lado, eram Jéssica e Sarah. -Ah! J-Jéssica!? – Disse Marco tomando um susto. -Então está combinado mesmo, hoje à tarde em sua casa? – Perguntou a garota, sorrindo. -S-Sim... – Responde envergonhado, o rapaz. -Ótimo! A Sarah falou que você tocava violão extremamente bem, e como ela se importa comigo, vendo que eu adoro musica e estou no grupo musical da escola, ela te indicou para me ajudar a melhorar meus dons... -P-Pode contar comigo, s-sempre! – Disse Marco dando algumas risadas, porém, tímido ainda. -Apesar de eu não saber como a Sarah tem o conhecimento tão avançado sobre seus talentos, já que vocês não conversam tanto, aqui na escola... – Disse a garota, com um semblante de dúvida. -É... Eu também não consegui entender como ela tem adquirido essas informações – Disse Marco, olhando para Sarah com um olhar irônico. Neste instante, Sarah deu um pulo, e gritou, logo em seguida: -E-Eu já te disse que tenho meus meios de obter informações, seu idiota! -Que meios? Assuma Sarah, você pesquisou sobre mim na internet! – Disse Marco, dando risadas irônicas. -O-O que você disse? Você quer morrer, não é? – Respondeu Sarah, ficando vermelha. -Pessoal, calma... Não vamos brigar aqui, não é? – Perguntou Jéssica, tentando apaziguar a situação. -M-Mas foi ele que começou, Jéssica! Você viu como ele – Sarah foi interrompida pelo sinal do fim do recreio.
  • 7. -Pronto, acabou o intervalo, agora vamos nos sentar e esfriar os ânimos, não é? – Disse Jéssica, sorrindo. -E ai, pessoal, o que está acontecendo aqui? – Disse Eren, chegando junto ao grupo. -Não é nada, Eren... Somente esses dois se estranhando, de novo. – Respondeu Jéssica. -O que é isso gente, vão brigar novamente? Marco você não tem boas recordações, não é? – Disse Eren, dando risadas. -Hey, Eren, não estávamos brigando, e não lembre mais disso, por favor. -Sarah, por favor, perdoe esse meu amigo, ele é meio paspalho mesmo... – Disse Eren, colocando sua mão sobre um dos ombros de Sarah, que nesse mesmo instante, ficou totalmente vermelha, abaixando a cabeça. -S-Sim, Eren... – respondeu Sarah, sem olhar para o rosto do rapaz – V-Vamos, Jéssica. Está na hora de voltar para os nossos lugares – agarrou Jéssica pela blusa, e saiu mais rápida que um raio. -Então, agora você esta conversando com a Sarah e a Jéssica? – Perguntou Eren -Bem... Mais ou menos... -Boa, rapaz! – Gritou, Eren – Você se desenvolveu muito rápido! O objetivo era a Jéssica, mas até a Sarah está conversando com você, isso é um pequeno passo para nós, mas um grande passo para a humanidade! – Disse Eren, em meio de contagiantes risadas -Hey! Não é nada disso, Eren! Cara, CALE A BOCA! – Respondeu Marco, saltando da cadeira. -Relaxe, meu caro amigo, é só uma brincadeira! – Neste momento, o professor adentrou a sala, e começou a aula. Marco continuou o resto da aula com um sono imensurável, mas não cedeu, e ficou acordado até que soou o sinal do fim do dia no colégio. A primeira fase do dia está completa, que venha a próxima, pensava o jovem e sonolento rapaz a caminho de casa. Ao chegar a casa, não prestou atenção em nada, e foi direto à sua cama, seu sonho de consumo no momento, porém, logo ao deitar, escutou a voz de sua avó dizendo: -Marco, não precisa arrumar o almoço para mim, almocei na casa de uma colega que encontrei enquanto fazia caminhada! -Tudo bem, vovó... Eu vou preparar somente para mim ent – Marco interrompeu sua fala repentinamente, se levantou como um raio e balbuciou algumas palavras – Espera... Minha avó esta em casa, isso quer dizer que ela vai ver a... – Deu um salto como se tivesse tomado um susto – DROGA, ESQUECI DESTE DETALHE! A Jéssica irá aparecer às duas horas, então devo ter tempo para... – olhou no relógio que marcava exatamente 13:50h, e logo gritou – MAS JÁ?!
  • 8. Marco saiu como uma bala de seu quarto, e foi em direção à sala, onde sua avó estava sentada. A pegou pelo braço, e começou arrastá-la para fora, lhe entregando a bolsa e colocando os óculos na pobre senhora, que não estava entendendo o que acontecia. -Legumes? – Perguntou a Senhora que já estava da porta, para fora de sua casa. -Isso, vovó, legumes! Compre mais legumes, porque sem eles, não conseguirei fazer meu almoço! – Respondeu Marco, com um sorriso forçado. -Mas e os que você comprou ontem no mercado, onde estão, meu neto? -E-Eu... Na verdade, estavam estragados... Percebi agora de manhã, e você sabe como gosto de legumes, não é? -O-Ora então, está bom... Você está cansado demais... Vou indo, mas volto logo para te ajudar a preparar seu almoço! – Disse a senhora, saindo da frente de sua casa, e ingressando a caminho do mercado. -Sem pressa, vovó! Curta o dia, está ótimo para caminhar bem vagarosamente hoje! Marco fechou a porta e se encostou à parede, levando as mãos ao rosto. Essa foi por pouco, pensava o rapaz, quando de repente, bateram na porta que ele acabara de fechar, e que ao abrir, deu-se de frente com Jéssica e um violão. -Olá, Marco! Posso entrar? – Perguntou a jovem e sorridente Jéssica. -Po-Pois não... Fi-Fique à vontade – Respondeu timidamente o rapaz. -Aonde você vai me ensinar? – Perguntou, enquanto adentrava a casa. -Vamos ao meu quarto... Lá é melhor e a acústica é muito boa também. -Tudo bem então. Ambos se dirigiram ao quarto, e lá chegando, Jéssica foi retirando o instrumento da capa, onde o guardava; Marco, com o rosto totalmente vermelho e tímido, pegou seu violão, sentou-se na cama e começou a afinar suas cordas, quando inopnadamente, Jéssica sentou-se ao seu lado e o olhou dizendo: -Então... O que você vai me ensinar? -É... É... Vo-Você tem alguma musica que gostaria de pegar para treinar? Acho que ficaria mais fácil te passar dicas com uma música de base... – Respondeu Marco, completamente tímido e da cor de um morango maduro. -Ah... Uma música... – a garota ficou pensativa – Eu posso te mostrar uma coisa? Mas, promete que não irá rir? – Perguntou envergonhada. -Pro-Prometo... O que é? – Nesse instante, Jéssica tirou uma folha de dentro do bolso de seu short; Marco reconheceu como sendo a folha que ela estava escrevendo na manhã do dia anterior, e que queria que ninguém notasse.
  • 9. -A-Aqui... Isto é uma música que terminei de escrever ontem... Comecei logo que entrei para o clube de música... – Entregou a letra para Marco. -Realmente, é muito boa a letra... – Disse Marco, surpreso – O que você acha de tocar ela para mim, para que eu possa ver como está a harmonia das notas musicais? -É-É sério? – Perguntou a garota surpresa e tímida ao mesmo tempo. -S-Sim, tenho certeza que ficou perfeita. Jéssica, envergonhada, aceitou e começo a tocar sua música. Entretanto, Marco, logo após o início, não acreditava que um violão poderia fazer sons tão estridentes e esquisitos como os provenientes do violão da garota, a música até que era realmente boa, mas as habilidades de Jéssica com o pobre instrumentos eram, digamos, um pouco abaixo da média. Por que esse quarto tinha que ter tanta acústica? Ecoa de mais aqui dentro! Eu vou morrer! Pensava o pobre rapaz, até o momento que Jéssica terminou de tocar. -E então, o que achou? – Perguntou timidamente a garota -Bem... – Respondeu o rapaz, olhando para o lado e passando a mão sobre a cabeça. -Eu sabia ficou horrível! – gritou a menina. -N-Não! Não ficou! – ergueu a voz – Na verdade... A letra é muito boa, só temos que lapidar esse seu talento, e estamos aqui para isso, não é? – Disse em meio de risadas. -É sério mesmo, Marco? -S-Sim, confie em mim... Logo após todo aquele sofrimento, Marco começou a dar dicas para Jéssica de como tocar o instrumento de uma forma que melhorasse o som, as notas e todo o resto que somente músicos entendem. No meio de um dos treinamentos, enquanto Marco lavava o rosto para impedir que cochilasse, Jéssica parou, e começou a dizer: -Marco... Sério mesmo que essa letra ficou boa? -Eu já te disse, não? Ficou muito boa... – Disse Marco, entrando no quarto, e sentando ao lado da garota. -É que... É que eu estou com muita vergonha de que alguém saiba que eu escrevi uma música... – Disse com a cabeça baixa e olhando para a letra que escrevera. -Pôr que? – Perguntou Marco. -Porque se eles descobrirem que eu escrevi uma música, todos irão ficar me infernizando ainda mais, dizendo que minha letra é incrível e não sei o que, só para ver se conseguem alguma chance comigo... Estou cansada de ficar sendo a garota atrativa da sala... -Pode ficar tranqüila, não irei contar para ninguém. – Disse Marco, com uma voz tranqüila.
  • 10. -É sério? – Disse a garota, erguendo a cabeça novamente. -S-Sim. – Respondeu envergonhado. -Sabe... Essa música tem uma historia por trás dela... Tudo começou quando... E assim, Jéssica começou a contar d'onde tirara a inspiração de sua música, infelizmente foi o tiro letal para o sono de Marco começar a agir novamente, após um tempo da história, o jovem piscava firme e lutava contra o sono, que o queria derrubar, até o momento em que fechou os olhos por alguns segundos, e Jéssica percebeu. -B-Bem acho que vou embora, já fiquei muito tempo aqui, não é? – Disse a garota, guardando seu violão, e se levantando. -O que? – Disse Marco, voltando em si – Não, espera! Não é isso que você está pensando! É que eu n – foi interrompido por uma voz de pessoa mais velha. -Voltei, meu neto! Desculpe a demora, mas o mercadinho aqui perto estava fechado... Acho que aconteceu alguma coisa com os familiares do dono... Isso só pode ser um pesadelo, pensou o rapaz em estado de choque. Neste momento, Jéssica se dirigiu a porta da casa para ir embora, e Marco foi seguindo, se desculpando pelo ocorrido, tentando explicar que não dormira direito, até que encontraram sua avó na entrada. -Olha, meu neto com uma linda garota em casa! Então era isso, seu danadinho! É sua namoradinha? – Disse a senhora com um sorriso estampado no rosto. -O que? N-Não é nada disso que a senhora es-está pensando, vovó! – Respondeu o rapaz envergonhado, dando um salto para trás. -Não sou namorada dele... Sou amiga da escola, ele ficou de me ensinar violão, mas acho que ele esta cansado por hoje – respondeu a garota sorrindo para a senhora. -Jé-Jéssica, por favor, não me entenda mal! – Pediu o rapaz, indignado com o que estava acontecendo. -T-Tudo bem, Marco, não tem problema... Bem, agora tenho que ir, tenho que comprar alimentos no mercado para levar para casa. Até mais, e foi um prazer conhecer a Senhora! – Disse Jéssica, saindo pela porta e correndo para a calçada. -Jé-Jéssica... – Lamentou o pobre rapaz. -Muito ousado você em – Disse a avó em meio de gargalhadas – Eu sei como estão os hormônios na sua idade... Você está certo! -NÃO, VOVÓ! SEM COMENTARIOS DESSE GÊNERO! – Gritou Marco, sem jeito. -Tudo bem... Tudo bem... – Respondeu a senhora, que foi em direção a cozinha para guardar os legumes.
  • 11. Marco fechou a porta, mas foi questão de segundos até baterem novamente. É hoje! Pensou o rapaz, que ao abrir a porta, se deparou com Sarah. -Sa-Sarah? – Disse assustado. -Então, como foi? -Bem... – abaixou a cabeça. -Você fez besteira, não é? -Mais ou menos, na verdade foi um... – foi interrompido por Sarah. -Como você é idiota, te dei uma chance dessas e você não conseguiu nada! – Disse Sarah, nervosa e ficando de costas para Marco. -H-Hey, não foi minha culpa... – Disse, erguendo a cabeça novamente - Quer dizer... Eu acho que não foi... E além do mais, porque você não me falou que ela era tão... Tão... Ah! Mais ou menos com o instrumento? -O-O que? – virou novamente, Sarah para Marco – Não fale assim da minha amiga! Você vai apanhar novamente! -Mas, não é verdade? -Bem... – Disse Sarah, abaixando a cabeça. -AHA! Eu sabia, você também concorda! – Disse Marco, dando um pulo. -N-Não disse isso, idiota! Pare de colocar palavras em minha boca! – Respondeu Sarah, nervosa. -Oh! Então essa é sua namorada, Marco? – Perguntou a avó, que passava atrás do jovem no momento da discussão. -Não, vovó... Eu não tenho namorada, e essa daqui é apenas a louca da Sarah... – Disse Marco, com tranqüilidade incrível. -O-O que você disse sobre mim, seu idiota!? – Gritou Sarah -Nada... É só minha avó, que acha que toda garota que vem aqui é minha namorada, agora... – Disse Marco, balançando a cabeça indignado. -A-A tá... – Sarah abaixou a voz, novamente. -E você, veio aqui só para saber o que aconteceu, não é? -Lógico! Minha amiga, com um animal como você? Fiquei preocupada com ela... -Você quer que eu faça seu jantar de novo, não é? Essa não é a verdade? -Lógico que não, idiota! Eu sei fazer minhas comidas! – Sarah voltou a ficar nervosa. -Você comprou marmita... – Afirmou Marco com tranqüilidade. -Sim... – abaixou a cabeça, Sarah.
  • 12. -Eu sabia... Agüenta aí, que vou preparar uma mistura nova que aprendi, e depois me fala como ficou. -O-O que? – Sarah deu um pulo – Não precisa, minha marmita é completa! Não quero suas comidas horríveis! -Você não iria vir aqui só para ver como foi com sua amiga... Tenho certeza que você quer alguma mistura... – Disse Marco na cozinha. -B-Bem... – Nesse instante, Marco voltou com uma sacola, e entregou para Sarah. -Pronto, está aqui. E lembre-se de falar o que achou... -Eu não vou comer, mas SE eu comer. eu te aviso. – Virou as costas, e foi embora, dando passos firmes. -Tudo bem... – Respondeu Marco, suspirando. Já estava anoitecendo quando Sarah foi embora. Marco foi como um raio para a cozinha preparar sua janta, já que não almoçara, devido ao “encontro” com Jéssica. Eu não acredito que aconteceu toda essa loucura hoje. Se eu contasse para o Eren, acho que até ele não acreditaria, pensava o jovem rapaz, enquanto fritava hambúrgueres para comer com pão e os legumes que sua avó trouxera. Continuava se culpando do pequeno cochilo que o acometeu enquanto Jéssica contava sua história, e ficava vermelho logo que se lembrava de sua avó, perguntando se ela era namorada dele. Não acreditava que tudo isso ocorreu em um simples dia. Cansado, foi para cama muito antes do horário que era acostumado, mas não hesitou nem sequer um minuto, e se debruçou sobre a cama, apagando completamente. Até que exatamente, à meia noite acordou com seu celular, que vibrou em sua orelha. Sem entender o que exatamente estava acontecendo, Marco o pegou, e ao abrir, percebeu que havia recebido uma mensagem dizendo: “Seu idiota... Não acredito que você dormiu enquanto a Jéssica te contava a história de vida dela. Você é um inútil, mesmo. Te arrumo todo esse esquema, e você acaba com uma facilidade incrível! Tinha que ser você mesmo... Eu sei disso tudo porque ela acabou de sair daqui de casa... Ela me contou tudo. Fiquei com dó dela... por eu ter arrumado um imprestável como VOCÊ, seu TROXA! Bem... Precisamos bolar outro plano para mim e Eren nos aproximarmos mais... Bem... Eu só queria te xingar por ter jogado tudo para o ralo... Até mais.”. Marco começou a ficar nervoso consigo mesmo, por tudo que fizera, e com Sarah, por enchê-lo no meio da noite somente para irritá-lo. Mas, antes de começar a entrar em seu modo de “revolta”, percebeu que tinha algo escrito mais abaixo da mensagem, o qual dizia: “PS: Sua mistura estava horrível, como sempre. Na verdade, não sei nem como a coloquei em minha boca...” Neste instante, Marco se acalmou novamente e deu um singelo sorriso. Tenho certeza que terei outra chance, não posso ficar assim só por um erro, tenho que fazer o meu melhor na
  • 13. próxima, pensou o rapaz, que logo em seguida, colocou o celular sobre o criado-mudo ao lado de sua cama, e caiu rapidamente no sono que o importunara o dia inteiro.