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vitória esmagadora de Israel em apenas seis
dias mudou o cenário geopolítico do Oriente
Médio. Emergindo como a potência regional,
enterrava as esperanças dos que queriam
“varrer Israel do mapa”. Para todos os judeus,
lá ou na Diáspora, era uma experiência transformadora
que, após séculos de insultos e violência, enchia-os de
orgulho e confiança.
Nas cinco décadas que se seguiram, historiadores e
cientistas políticos têm analisado os eventos que levaram
à Guerra de 1967 e suas consequências. Entre eles há
os que tentam reescrever a História. Mitos substituíram
fatos. “Uma mentira muitas vezes repetida se torna uma
verdade“, dizia um dos maiores inimigos do Povo Judeu,
gênio da propaganda. Esses mitos estão firmemente
arraigados entre acadêmicos e universitários, jornalistas,
diplomatas, líderes políticos e, mesmo, entre judeus
e israelenses. Nas últimas semanas, alguns jornais
conceituados, como o Washington Post, publicaram
artigos acusando Israel e demonizando suas ações em
relação à Guerra de 1967. É, portanto, imperativo
relembrar, ainda que de forma resumida, os motivos e
eventos que levaram à Guerra dos Seis Dias, como o
conflito se tornou conhecido.
33
Há 50 anos, em maio de 1967, os judeus no mundo todo prenderam
a respiração. Israel tinha sua existência ameaçada, cercado por
exércitos árabes. em 5 de junho, aviões israelenses realizaram um
ataque preventivo destruindo o poder aéreo inimigo e abrindo
o caminho para uma fulminante vitória. No dia 10, quando o
armistício entrou em vigor, Israel conquistara o Sinai, Golã,
a “Margem Ocidental”, Gaza e a Cidade Velha de Jerusalém.
HISTÓRIA
SEIS DIAS QUE FIZERAM HISTÓRIA
- A GUERRA DE 1967
Um ato de legítima defesa
Um dos principais mitos é a afirmação de que a Guerra
decorreu de um ato de agressão bélica por parte de
Israel, quando, de fato, foi um ato de legítima defesa,
tomado após semanas de agonizante indecisão. Nas
semanas que antecederam o conflito, Israel estava
cercado por exércitos de Egito, Jordânia e Síria, com
o apoio do Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e
Sudão, postados ao longo das linhas de armistício. Se
eles atacassem simultaneamente, as FDI (Forças de
Defesa de Israel) teriam que lutar em três frentes, tendo
que dividir suas forças quando mal tinham o número
de homens e armas necessários para enfrentar o Egito.
Israel não queria a guerra, pois mesmo a vitória custaria a
vida de milhares de cidadãos. Mas, para o Estado Judeu,
não havia, e não há alternativa à vitória. Como sempre,
precisava lutar e vencer, pois uma derrota militar poderia
significar o fim da soberania de Medinat Israel.
Sim, afirmam os que querem reescrever a História, é fato
que uma coalizão de exércitos árabes armados pela URSS
cercava Israel e o propósito de seus líderes era “erradicar
a entidade sionista”, pondo um fim à presença judaica na
região. Mas, diziam eles, os árabes não pretendiam atacar
A
JUNHO 2017
HISTÓRIA
34
EM VISITA A UNIDADES DO EXÉRCITO NO NEGUEV, O PRIMEIRO-MINISTRO LEVY ESHKOL,
TERCEIRO À DIREITA, COM O CHEFE DO ESTADO MAIOR, YITZHAK RABIN, E O MINISTRO
YIGAL ALLON
O pano de fundo
Em meados da década de 1960,
uma população quase 2,5 milhões de
israelenses vivia cercada de
122 milhões de árabes. A área total
de Eretz Israel era de 18.700 km2
–
0,1% do total das terras do Oriente
Médio.
Entre Israel, Síria, Egito e Jordânia
não havia, como muitos costumam
afirmar, fronteiras efetivas, limites
territoriais reconhecidos; havia
apenas linhas de armistício criadas
em 1949, traçadas quando cessaram
os combates e tendo como único
parâmetro a posição das forças de
Israel e dos árabes.
Após 1949, estavam em mãos
egípcias o Estreito de Tirã, no
Golfo de Ácaba, e a Faixa de Gaza.
A Síria dominava o Lago Kineret
(Mar da Galileia), principal fonte
de água do país, e as Colinas de
Golã, ao norte de Israel, de onde
bombardeava os kibutzim do vale.
Pertenciam à Jordânia as Colinas
da Cisjordânia (Samaria e Judeia),
consequentemente, a planície costeira
e a Cidade Velha de Jerusalém, que
a Jordânia tomara militarmente em
1948. De acordo com a determinação
das Nações Unidas para a Partilha,
de 1947, a cidade seria internacional.
O país possuía meros 15 km de
largura e seus centros populacionais
estavam ao alcance da artilharia
inimiga. Qualquer combate,
portanto, devia ser levado para
território inimigo. E, em Jerusalém,
poucos metros dividiam as forças
inimigas da população israelense.
Se Israel fosse cercado por nações
amigas, fronteiras desse tipo já
seriam inconvenientes; mas cercado
de inimigos, eram um pesadelo. Um
ataque repentino poderia dividir o
país ao meio.
Israel. Uma afirmação que não se
sustenta perante os fatos. A questão
central desse e de todo conflito
árabe-israelense é a recusa dos países
árabes em reconhecer Israel. Desde
sua fundação, e até antes, a intenção
dos árabes era destruir o Estado
Judeu, visto como uma pedra em seu
sapato. Essa intenção estava presente
nas declarações da Liga Árabe, nos
discursos de políticos, intelectuais
e líderes religiosos nas mesquitas,
assim como em editoriais de jornais
e programas de rádio e televisão, e
nas ruas.
Nas semanas que antecederam a
Guerra, líderes árabes gabavam-
se publicamente de que dariam
“um fim pela espada” às pretensões
sionistas. “Israel será erradicado e
os poucos israelenses que,
porventura, sobreviverem, serão
expulsos do Oriente Médio”.
Multidões ensandecidas pelas
promessas de vitória gritavam nas
ruas “morte aos judeus”, “morte aos
sionistas”.
As ameaças gelaram o sangue
judaico. Ninguém podia esquecer
a promessa de Hitler de livrar a
Europa de todo e qualquer judeu –
promessa que custou a vida de mais
de seis milhões de nossos irmãos.
A história não se repetiria.
Israelenses iriam lutar até o
último homem, sabendo que a
sobrevivência da Nação, de suas
famílias e de seus filhos estava
em suas mãos. Na Diáspora, a
identificação com Israel era total.
Mobilizou-se um maciço suporte
financeiro e político e milhares
de jovens foram até embaixadas e
consulados israelenses querendo
alistar-se e perfilando-se para
serem enviados a Israel para lutar
ou ajudar no que fosse preciso.
abba eban nas nações unidas
REVISTA MORASHÁ i 96
35 JUNHO 2017
os refugiados palestinos viveram
praticamente 20 anos, de 1948 a
1967, sob domínio da Jordânia e
Egito. São chamados de refugiados
palestinos os árabes que deixaram
o território, que após uma decisão
da ONU sobre a Partilha, em 1947,
tornara-se o Estado de Israel.
Aqueles que viviam na Cisjordânia
(“Margem Ocidental”) estavam sob
domínio jordaniano e os que viviam
em Gaza, sob os egípcios. Os dois
territórios abocanhados pelas duas
nações em 1948 faziam parte da área
onde, ainda de acordo com a Partilha
de 1947, deveria ter sido criado um
estado árabe. É importante ressaltar
que, em nenhum momento, Jordânia
ou Egito cogitaram a criação de um
estado palestino nessas áreas.
Os interesses da União Soviética
no Oriente Médio foram outro
importante vetor. Egito e Síria eram
países satélites da URSS e seus
exércitos foram armados e treinados
pelos soviéticos que procuravam
solidificar sua presença no Oriente
Médio. Para fomentar os ânimos
egípcios, alguns dias antes do início
Após a Campanha do Sinai de 1956,
uma área desmilitarizada havia sido
instituída entre Israel e o Egito.
URSS e os Estados Unidos haviam
obrigado Israel a devolver o Sinai
ao Egito, garantindo em troca que
a península ficaria desmilitarizada e
as Forças de Emergência das Nações
Unidas (UNEF) garantiriam uma
zona-tampão de 200 km entre os
dois países. Garantiram ainda que
o Estreito de Tirã estaria aberto a
navios israelenses. O Estreito é a
única ligação de Israel com o Mar
Vermelho, através do Golfo de
Ácaba.
Não há dúvidas de que um dos
principais responsáveis pela Guerra
foi Gamal Abdel Nasser, ditador do
Egito que tomara o poder em 1952.
Líder carismático, Nasser queria a
união de todos os países árabes sob
sua liderança. Mas, em 1967, seu
prestígio estava abalado. Um de seus
erros fora enviar soldados egípcios
para lutar na guerra civil no Iêmen
ao lado dos rebeldes republicanos.
Além de não conseguir uma vitória,
os egípcios tiveram que enfrentar
Soldados israelenses numa trincheira
forças jordanianas e sauditas
que apoiavam os monarquistas.
As relações com a Jordânia e a
Arábia Saudita estavam, pois, em
vias de ruptura e, com a Síria,
estavam estremecidas após os sírios
abandonarem a união com o Egito,
a República Árabe Unida, fundada
em 1958.
Os ataques de terroristas palestinos
contra alvos israelenses, instigados
ou tolerados pela Síria, Jordânia e
pelo Egito, haviam-se intensificado
entre abril de 1966 e abril de 1967,
assim como os ataques sírios contra
os kibutzim que estavam na linha de
fogo de sua artilharia. Os ataques
inimigos não cessavam, apesar de
conscientes de que seriam duramente
retaliados por Israel, que buscava
impingir-lhes as consequências
de seus atos. Em 1965, em apoio
aos ataques, Nasser declarou, “Não
entraremos na Palestina com seu solo
coberto de areia; lá entraremos com
seu solo saturado em sangue”.
Para se entender o pano de fundo
da Guerra, é preciso lembrar que
HISTÓRIA
36
da guerra, enquanto Anuar el-Sadat,
então vice-presidente do Egito,
estava em Moscou, os soviéticos
lhe passaram uma informação falsa,
desmentida pela própria Inteligência
egípcia, de que os israelenses se
preparavam para invadir a Síria. E
asseguraram que a URSS entraria
em uma guerra do lado árabe se os
EUA se envolvessem no conflito.
O FORTALECIMENTO
MILITAR ÁRABE
Na segunda metade de maio
de 1967, fortalecido pelo apoio
soviético e esperançoso de recuperar
seu prestígio, Nasser passou
abertamente a provocar Israel.
No dia 16, exigiu a retirada das
Forças da ONU do Sinai. O então
secretário-geral das Nações Unidas,
U Thant, acatou a exigência, e três
dias mais tarde a UNEF deixava
suas posições. Imediatamente
tropas egípcias avançaram tomando
posições ao longo da fronteira de
Israel. No dia 20, 100 mil soldados
egípcios e mais de mil tanques já
estavam no Sinai.
No dia 22, mais uma provocação.
Nasser fechou o Estreito de Tirã
à navegação israelense, isolando
a cidade de Eilat. “A bandeira
israelense não mais passará pelo
Golfo de Ácaba”, declarou. Para
Israel, o fechamento do Estreito
era um casus belli, uma declaração
de guerra. A Inteligência israelense
alertou o governo de Israel de que
a falta de uma resposta militar era
vista por Nasser como um sinal de
fraqueza.
As provocações do ditador egípcio
continuaram. No dia 26 de maio, por
exemplo, em um discurso, afirmou
que pretendia “destruir Israel”. Sua
ousadia e as possiblidades de um
ataque militar contra Israel fizeram
vibrar de alegria o mundo árabe.
Quando, no dia 30, o rei Hussein,
da Jordânia, curva-se perante o
Egito, Israel entendeu que não
teria como evitar uma guerra.
O rei voara até o Cairo para assinar
uma aliança colocando seu exército
sob o comando egípcio. Ao retornar,
foi recebido por uma multidão
entusiasmada e ele, também,
foi contagiado pela euforia que
tomara conta do mundo árabe. Ao
ser interpelado pelo embaixador
americano em Amã sobre suas ações,
Hussein respondeu que “o pacto era
seu seguro de vida”.
Logo em seguida, o Iraque assinou
um acordo similar, e a Síria
concordou em enviar à Jordânia
uma brigada para lutar ao lado dos
iraquianos, enquanto contingentes
de outras nações árabes estavam a
caminho. Nas palavras do presidente
iraquiano Abdul Rahman Arif,
“O mundo árabe foi unido por um
denominador comum – riscar Israel
do mapa”.
O período de espera
As Forças de Defesa de Israel
observavam com crescente
preocupação a concentração de
forças inimigas ao longo de suas
fronteiras. Na época, Levi Eshkol
acumulava os cargos de primeiro-
ministro e ministro da Defesa. Para
frustração e fúria dos israelenses,
suas atitudes perante as provocações
egípcias eram por demais moderadas.
Eshkol relutava em tomar uma
ação militar e, em busca de uma
solução diplomática, enviou Abba
Eban, então ministro das Relações
Exteriores, à Europa e aos Estados
Unidos.
Mas, diante da grande possibilidade
de estourar uma guerra, as FDI
começaram a se preparar.
1. Uma jovem tenente fala de um telefone de campanha militar no Negev 2. Soldados israelenses no Sinai
3. Voluntários nos dias que antecederam a Guerra
1 2 3
REVISTA MORASHÁ i 96
37 JUNHO 2017
Em 20 de maio o general Yitzhak
Rabin, então Chefe do Estado
Maior, inicia a mobilização
dos reservistas, apesar de o fato
significar a paralisação da economia.
As FDI são fundamentalmente um
exército de reservistas. Na época,
os efetivos ficavam entre 50 – 60
mil soldados, mas mobilizando os
reservistas chegariam a 264 mil.
Durante o chamado “período de
espera”, em hebraico, Hamtana,
do dia 23 de maio a 4 de junho, o
clima em Israel era de incerteza e
preocupação. O noticiário era
repleto de informações sobre as
tropas de Nasser no Sinai e as
declarações incendiárias dos líderes
árabes. A TV do Cairo transmitia
imagens de multidões gritando
“Morte aos Judeus” e uma rádio
egípcia, “a Voz do Trovão”, repetia
ameaças do tipo “Façam as malas
antes de serem mortos”. “O único
método a ser aplicado contra Israel
será uma guerra total que resultará
na exterminação da existência
sionista”.
Ao relembrar aquelas semanas
o general Yossi Peled, certa vez
revelou: “Tínhamos visto imagens
das vítimas de ataques egípcios a gás
no Iêmen... estávamos começando
a pensar em termos de aniquilação,
tanto nacional quanto pessoal’.
A seguinte declaração de oficial
israelense revela o clima reinante:
“Seria uma segunda Massada, não
encontrariam ninguém vivo”. Era
consenso entre os soldados que
caso os egípcios entrassem em
Israel era melhor matar-se e matar
suas famílias do que cair em mãos
inimigas. No final da guerra, os
prisioneiros egípcios, estupefatos
pelo bom tratamento que lhes fora
dispensado, revelaram que a ordem
recebida era “matar os homens e
estuprar as mulheres”.
As peregrinações de Abba Eban em
busca de uma solução diplomática
foram inúteis. Enquanto a União
Soviética armava o Egito e a Síria,
tornou-se claro para Israel que
nenhum país agiria em sua defesa.
Era doloroso admitir, mas o mundo
estava mais uma vez inerte diante
do que muitos acreditavam ser
a provável destruição do Estado
Judeu. Os Estados Unidos não se
prontificaram a ajudar, advertindo
Israel de que não atacasse primeiro.
As posições dos governos britânico
e francês, aliados na Campanha
do Sinai em 1956, foram
decepcionantes. A Inglaterra, entre
outros, temia o boicote dos países
produtores de petróleo a qualquer
país que ajudasse Israel. Charles de
Gaulle havia adotado uma política
pró-árabe, e simplesmente disse a
Eban que o compromisso da França
com Israel fora acordado “em 1957, e
agora estamos em 1967”. Para piorar
a situação, de Gaulle ordenou a
suspensão de todos os embarques de
armamentos para Israel.
A decisão de Eshkol de tentar evitar
uma resposta militar era condenada
inclusive pela mídia mais liberal,
como o jornal Ha’aretz. Ele era visto
como destituído das qualidades
necessárias para conduzir o país
em tal crise. A tensão cresceu
na noite de 28 de maio após seu
pronunciamento pelo rádio. Em tom
vacilante, o primeiro-ministro pediu
paciência e disse que continuaria a
trilhar o caminho da diplomacia.
Não era a mensagem que a Nação
esperava. No dia seguinte, abismados
com o fato de que governo
continuava paralisado pela indecisão,
a mídia e a opinião pública
clamaram por ação. Exigiam a
formação de um governo de
unidade nacional e a renúncia de
Eshkol do cargo do ministro da
Defesa. O nome mais cogitado para
substituí-lo era Moshé Dayan, para os
israelenses um sinônimo de vitória.
Logo após o discurso de Eshkol,
foi realizada uma reunião de
emergência da qual participaram
generais das FDI e o Gabinete.
Os líderes militares queriam que o
primeiro-ministro e seu Gabinete
entendessem ser necessário uma
resposta aos desafios lançados por
Nasser. Disseram que entre 1956
e 1967 todo oficial das FDI sabia
Blindados israelenses em prontidão no Neguev, 1967
HISTÓRIA
38
que outra guerra com o Egito era
só questão de tempo, e que haviam
sido traçados minuciosos planos
de guerra. As FDI tinham sido
treinadas para enfrentar todo tipo
de crise. Os generais da Força
Aérea e do Exército expressavam
sua confiança em uma vitória caso
Israel atacasse primeiro. Um ataque
aéreo preventivo era fundamental
para diminuir a esmagadora
superioridade numérica árabe.
Mas Eshkol ainda hesitava em
tomar uma decisão militar, e
Dois dias mais tarde, após Hussein
e Nasser assinarem a aliança,
Eshkol se convenceu de que a guerra
era inevitável. No dia 1º de junho,
ele se rendeu às pressões, inclusive
do próprio Ben-Gurion, de Shimon
Peres e de Menachem Begin, líder
da oposição, e nomeou Moshe
Dayan ministro da Defesa.
Foi formado um governo de
união nacional e Menahem Begin
foi integrado ao Gabinete.
Em 31 de maio, o Secretário de
Estado Norte-americano, Dean
não queria a guerra, pois mesmo a
vitória teria um alto custo. O general
Rabin estimava que o número de
israelenses mortos poderia chegar a
dez mil. As estimativas de Moshe
Dayan eram ainda mais pessimistas,
dizendo que se Israel não atacasse
preventivamente seriam dezenas de
milhares de mortos...
Ao contrário do que Nasser esperava
as ameaças não abateram o espírito
dos israelenses, despertando, pelo
contrário, os mais profundos
instintos de autopreservação.
Quaisquer diferenças pessoais ou
políticas desapareceram perante a
convicção de que, para Israel, havia
apenas uma saída agora, e teria que
ser pela espada. A frase que estava
na boca de todo israelense era “Ein
brerá”, não há alternativa, estamos
cercados por inimigos de todos os
lados; é vencer ou vencer”.
O setor civil se mobilizou. Milhares
de voluntários – homens, mulheres,
velhos e jovens que não estavam
no exército cavavam trincheiras
e preparavam escolas e edifícios
públicos para serem centros de
evacuação, e estádios de futebol e
parques para serem cemitérios. Nos
hospitais, pacientes que não corriam
perigo receberam alta; os médicos
precisavam dos leitos. Nos prédios
havia listas de doadores de sangue e
seu tipo sanguíneo.
O Rabinato declarou que a crise
então enfrentada era uma situação
de Pikuach Nefesh (uma questão de
vida ou morte), pois a sobrevivência
de Israel estava sendo ameaçada, e
advertiu que no Shabat não apenas
era permitido trabalhar na defesa
do país, mas obrigatório. Os alunos
mais velhos da Ieshivá do Rabino
Kook deixaram as salas de estudo e
se apresentaram em seus batalhões,
pois muitos eram comandantes das
tropas de elite das FDI.
Rusk, relatou a um Comitê do
Congresso que os Estados Unidos
não planejavam uma intervenção
militar em separado no Oriente
Médio, “mas apenas dentro do
arcabouço das Nações Unidas...”.
Em outras palavras, não haveria tal
intervenção. Rusk foi além, dizendo:
“Não creio que seja nosso interesse
refrear nenhum dos lados”.
A mobilização
de toda a sociedade
“Se querem guerra”, desafiara Nasser,
“estamos prontos para vocês”. Israel
respondeu que daria aos norte-
americanos o tempo que haviam
pedido. A atitude enfureceu os
generais, abismados com que o
governo confiasse na possível ajuda
externa, que sabiam que não viria,
ao invés de em suas próprias Forças
Armadas.”A sobrevivência do
Estado está ameaçada”, disse-lhe um
general, expressando o sentimento
de perigo sobre o qual a maioria
hesitava em falar. E lhe avisaram
que cada dia a mais que os inimigos
tinham para se preparar significava
mais 200 israelenses mortos quando
a guerra eclodisse.
Ariel Sharon (no centro) no comando de sua divisão de blindados. Sinai, 1967
REVISTA MORASHÁ i 96
39 JUNHO 2017
A decisão de atacar
Os eventos tomaram um impulso
próprio. O que as FDI mais
temiam era um ataque surpresa e
o bombardeio da central nuclear
de Dimona.Temiam, também,
o uso por parte dos egípcios de
agentes químicos, especialmente
gás nervoso, como acontecera no
Iêmen, e a Inteligência de Israel
reportara que o Egito levara
cartuchos e bombas de gás para o
Sinai.
Os meios de comunicação árabe
anunciavam um iminente ataque.
No Sinai, as forças egípcias já
estavam na fronteira israelense;
o exército iraquiano preparava-
se para reforçar a frente oriental
jordaniana, e a Síria apontava sua
artilharia do alto do Golã.
O general Aharon Yariv, então
chefe da Inteligência, advertiu
o governo de que a situação
era extremamente delicada: o
general egípcio Riadh estava em
Amã implantando um posto de
comando avançado.
Mesmo assim, o Gabinete relutava
em tomar a decisão de atacar.
Quando o general Mordechai
Hod, comandante da Força
Aérea, revelou que Israel poderia
destruir a Força Aérea do Egito e
de qualquer outro país árabe que
interferisse sem colocar Tel Aviv
em perigo, ninguém no governo
acreditou. Mas, com a inclusão de
Dayan no Gabinete, havia alguém
no governo que compreendia
tanto a situação política de Israel
quanto a militar. Juntamente com
os generais Ezer Weizmann e
Mordechai Hod, ele era um dos
poucos que sabia que a Força
Aérea de Israel (FAI) poderia
entregar o prometido.
mídia recebeu fotos de unidades de
folga nas praias.
No Cairo, após dias de tensão, os
círculos governamentais começavam
a relaxar e a acreditar que já tinham
ganho a guerra.
Operação Moked
Em uma reunião secreta na manhã
de domingo, 4 de junho, o governo
tomou a decisão de atacar. Naquela
altura, Israel já estava cercado e teria
que lutar em duas ou três frentes,
dependendo das ações da Jordânia.
O Egito tinha 210 mil homens,
100 mil deles no Sinai. Ao Norte,
a Síria tinha 63 mil homens, e, a
Leste, a Jordânia contava com 55
mil soldados. Após a mobilização,
Israel tinha 250 mil combatentes.
Os inimigos tinham mais do que
o dobro de tanques e 682 aviões
de combate. Compunham a Força
Aérea de Israel 202 aviões.
Na manhã do dia 5 de junho, no
bunker do Comando Geral das FDI,
em Tel Aviv, Yitzhak Rabin, Chefe
do Estado Maior; Ezer Weizman,
Chefe de Operações; Yaakov ‘Yak’
Nevo, planejador da Operação;
Desviando as
atenções
Ironicamente, um dos fatores
que permitiu aos israelenses
realizar o ataque preventivo foi
o fato de Israel ter recuperado o
“elemento surpresa”, devido às
semanas de espera. Observadores
no Oriente Médio, fossem
jornalistas, diplomatas, estrategistas
militares, quase sem nenhuma
exceção, acreditavam que a posição
estratégica de Israel tinha-se
agravado.
Um plano de dissimulação foi posto
em ação. Sábado, 3 de junho, em seu
primeiro pronunciamento público
como ministro da Defesa, Dayan
afirmou que era “muito tarde para
uma reação militar espontânea ao
bloqueio egípcio do Estreito de Tirã
– e ainda muito cedo para se tirar
qualquer conclusão dos possíveis
resultados de uma ação diplomática.
Nosso Governo – antes de que eu
me tornasse parte dele – optou pela
diplomacia: temos que dar-lhe uma
chance”.
Naquele final de semana, milhares
de soldados foram dispensados e a
avião de guerra egípcio destruído no solo após ataque da Força AÉREA DE
ISRAEL (FAI). junho 1967
HISTÓRIA
40
e Motti Hod, Comandante da
Força Aérea, aguardavam o início
da Mivtzá Moked, Operação Foco.
Até então, Hod revelara um único
elemento da operação – a hora zero,
7h45.
O comandante de uma das
companhias, enquanto seus homens
estavam em formação prontos
para decolar, citou duas passagens
dos Salmos: “Não confieis em
príncipes” (146:3) e “Israel, confia
no Eterno, que é teu amparo e teu
escudo” (115:10). Para os soldados, a
mensagem era clara: “Não podemos
confiar na ajuda de outras nações.
Estejam preparados”.
Precisamente às 7h451
da manhã,
hora de Israel, nove bases aéreas
egípcias foram simultaneamente
atingidas por aviões israelenses, a
décima ainda encoberta por névoa
alguns minutos depois. O objetivo
era liquidar a Força Aérea egípcia
no solo, sendo os principais alvos
as pistas de decolagem e os aviões.
Todos os esquadrões participaram,
ficando apenas 12 aviões para
defender os céus de Israel. Os pilotos
sabiam que a sobrevivência da Nação
dependia deles.
Para a operação ter sucesso era
imprescindível manter o elemento
surpresa o máximo de tempo
possível. O planejamento e
treinamento dos pilotos haviam
sido minuciosos. O horário da
decolagem fora cronometrado para
que todos os esquadrões atingissem
seus alvos ao mesmo tempo. As
rotas foram definidas de modo a
não serem detectadas pelos radares
árabes e os pilotos teriam que voar
a altitudes extremamente baixas
e sem nenhum contato de rádio.
Sobrevoaram o Mar Mediterrâneo a
uma altitude de 30 metros.
Por que o horário de 7h45 foi
escolhido para o ataque? O
plano havia sido traçado após
a Inteligência militar israelense
obter informações precisas e
detalhadas de seus alvos: o layout
das bases, a rotina dos comandantes
e pilotos egípcios, e assim por
diante. Israel sabia, por exemplo,
que aviões egípcios patrulhavam
os céus até às 7 h, pois supunham
que qualquer ataque israelense
ocorreria ao amanhecer. Às 7h45
os pilotos egípcios já estavam em
terra, indo tomar café da manha.
Os comandantes da Força Aérea
chegavam às bases por volta das
8 h; às 7h45, estariam a caminho,
sem condições de tomar nenhuma
decisão. E, de modo geral, às 7h45,
o tempo e a visibilidade sobre o Nilo,
o Delta e o Canal do Suez eram
ótimos por causa do ângulo do sol.
Com o ataque surpresa, a maior
parte da Força Aérea do Egito foi
destruída no solo. Em menos de
três horas foram arrasados 300 dos
340 aviões de combate do país.
Israel perdeu 19, alguns pilotos
foram aprisionados e um foi
linchado pelos egípcios.
A batalha em terra
Assim que a primeira onda de
aviões atingiu as bases aéreas
egípcias, o exército atacou. Dayan
determinara que a maior parte dos
recursos militares israelenses fossem
utilizados contra o Egito, o inimigo
mais perigoso.
Na manhã daquele dia mais uma
mensagem foi enviada ao rei da
Jordânia para não entrar no conflito.
Dayan queria evitar que Israel
tivesse que lutar em mais
uma frente, tendo inclusive instruído
o exército a mostrar contenção
diante dos jordanianos, e não
entrar na Cisjordânia.Tampouco
se cogitava tomar a Cidade Velha
de Jerusalém. (ver “A batalha por
Jerusalém”, pág. 67)
No Sinai, os soldados de Israel
esperavam o sinal verde para
atacar. Às 8 h, o Comando do
Sul, sob a liderança do general
Yeshayahu Gavish, deu ordem para
avançar.Três divisões de blindados,
comandadas pelos generais Ariel
1
	8h30 Hora do Cairo Tropas das FDI chegam ao Canal de Suez - 40
dia da guerra
REVISTA MORASHÁ i 96
41 JUNHO 2017
Sinai está em nossas mãos...”. Após
meros seis dias de luta, Israel estava
em uma posição que lhe permitia
marchar, triunfal, sobre o Cairo,
Damasco e Amã.
Em 10 de junho, Israel aceitou
o armistício, contabilizando 777
mortos, 115 dos quais no Golã;
e 2.586 feridos. Ao término da
guerra, Israel conquistara territórios
que triplicavam o tamanho de seu
território – o Sinai, as Colinas do
Golã, a Faixa de Gaza e a Margem
Ocidental (Cisjordânia). Mas, a
maior de todas as conquistas foi
ter possibilitado a reunificação de
Jerusalém, Capital Eterna do Povo
Judeu.
Sharon, Israel Tal e Abraham Joffe
atacaram sete brigadas egípcias e
mil tanques. Não demorou para que
as divisões blindadas rompessem
as defesas egípcias e seguissem em
direção oeste.
O rei Hussein viu-se em meio a
um dilema: permitir que a Jordânia
fosse arrastada para a Guerra e
aguentar o impacto da força da
resposta israelense, ou continuar
neutra, arriscando-se a uma
insurreição em alta escala entre seu
próprio povo. Decidiu não atender
os apelos de Israel. Na manhã do
1º dia da guerra, forças jordanianas
abriram fogo, atingindo povoados
e cidades israelenses, inclusive os
arredores de Tel Aviv e Jerusalém.
As forças de Israel partiram ao
ataque. Jerusalém ficou, assim, ao
alcance de Israel. Na tarde do dia 5,
Dayan realocara a 55ª Brigada
de paraquedistas para defender a
Jerusalém judaica e após 48 horas
a Bandeira de Israel estava içada
no Muro das Lamentações. Uma
vitória gloriosa – e totalmente
inesperada.
Quando forças sírias atacaram
Tiberíades e Megido, as FDI
reagiram. Aviões israelenses
atacaram as Forças Aéreas síria e
jordaniana e um campo de pouso
no Iraque. No final do primeiro dia,
a Força Aérea jordaniana e mais do
que a metade da síria haviam tido o
mesmo destino que a egípcia, tendo
sido destruídas em solo.
Enquanto a maioria das unidades
das FDI lutavam contra os egípcios
e os jordanianos, poucos soldados
restaram na defesa da fronteira
Norte contra os sírios. Somente
após os jordanianos e egípcios
terem sido dominados, pôde-
se enviar reforços às Colinas do
Golã, onde os atiradores sírios, que
detinham a posição estratégica
elevada, dificultavam ao máximo a
penetração das forças israelenses.
Em 9 de junho, após dois dias de
pesado bombardeio aéreo e muitas
mortes as FDI conseguiram romper
as linhas sírias e atacaram o Golã.
Na manhã daquele mesmo dia
9, às 5h45, o chefe do Comando
do Sul informou ao Chefe do
Estado Maior: “As FDI estão às
margens do Canal do Suez e do
Mar Vermelho! A Península do
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voltando do campo de batalha, após a
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BIBLIOGRAFIA
Churchill, Randolph S. e Churchill,
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Pressfield, Steven, A Porta dos Leões,
Editora Contexto
Rabinovich, Abraham, The Battle for
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A guerra dos 6 dias

  • 1. vitória esmagadora de Israel em apenas seis dias mudou o cenário geopolítico do Oriente Médio. Emergindo como a potência regional, enterrava as esperanças dos que queriam “varrer Israel do mapa”. Para todos os judeus, lá ou na Diáspora, era uma experiência transformadora que, após séculos de insultos e violência, enchia-os de orgulho e confiança. Nas cinco décadas que se seguiram, historiadores e cientistas políticos têm analisado os eventos que levaram à Guerra de 1967 e suas consequências. Entre eles há os que tentam reescrever a História. Mitos substituíram fatos. “Uma mentira muitas vezes repetida se torna uma verdade“, dizia um dos maiores inimigos do Povo Judeu, gênio da propaganda. Esses mitos estão firmemente arraigados entre acadêmicos e universitários, jornalistas, diplomatas, líderes políticos e, mesmo, entre judeus e israelenses. Nas últimas semanas, alguns jornais conceituados, como o Washington Post, publicaram artigos acusando Israel e demonizando suas ações em relação à Guerra de 1967. É, portanto, imperativo relembrar, ainda que de forma resumida, os motivos e eventos que levaram à Guerra dos Seis Dias, como o conflito se tornou conhecido. 33 Há 50 anos, em maio de 1967, os judeus no mundo todo prenderam a respiração. Israel tinha sua existência ameaçada, cercado por exércitos árabes. em 5 de junho, aviões israelenses realizaram um ataque preventivo destruindo o poder aéreo inimigo e abrindo o caminho para uma fulminante vitória. No dia 10, quando o armistício entrou em vigor, Israel conquistara o Sinai, Golã, a “Margem Ocidental”, Gaza e a Cidade Velha de Jerusalém. HISTÓRIA SEIS DIAS QUE FIZERAM HISTÓRIA - A GUERRA DE 1967 Um ato de legítima defesa Um dos principais mitos é a afirmação de que a Guerra decorreu de um ato de agressão bélica por parte de Israel, quando, de fato, foi um ato de legítima defesa, tomado após semanas de agonizante indecisão. Nas semanas que antecederam o conflito, Israel estava cercado por exércitos de Egito, Jordânia e Síria, com o apoio do Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão, postados ao longo das linhas de armistício. Se eles atacassem simultaneamente, as FDI (Forças de Defesa de Israel) teriam que lutar em três frentes, tendo que dividir suas forças quando mal tinham o número de homens e armas necessários para enfrentar o Egito. Israel não queria a guerra, pois mesmo a vitória custaria a vida de milhares de cidadãos. Mas, para o Estado Judeu, não havia, e não há alternativa à vitória. Como sempre, precisava lutar e vencer, pois uma derrota militar poderia significar o fim da soberania de Medinat Israel. Sim, afirmam os que querem reescrever a História, é fato que uma coalizão de exércitos árabes armados pela URSS cercava Israel e o propósito de seus líderes era “erradicar a entidade sionista”, pondo um fim à presença judaica na região. Mas, diziam eles, os árabes não pretendiam atacar A JUNHO 2017
  • 2. HISTÓRIA 34 EM VISITA A UNIDADES DO EXÉRCITO NO NEGUEV, O PRIMEIRO-MINISTRO LEVY ESHKOL, TERCEIRO À DIREITA, COM O CHEFE DO ESTADO MAIOR, YITZHAK RABIN, E O MINISTRO YIGAL ALLON O pano de fundo Em meados da década de 1960, uma população quase 2,5 milhões de israelenses vivia cercada de 122 milhões de árabes. A área total de Eretz Israel era de 18.700 km2 – 0,1% do total das terras do Oriente Médio. Entre Israel, Síria, Egito e Jordânia não havia, como muitos costumam afirmar, fronteiras efetivas, limites territoriais reconhecidos; havia apenas linhas de armistício criadas em 1949, traçadas quando cessaram os combates e tendo como único parâmetro a posição das forças de Israel e dos árabes. Após 1949, estavam em mãos egípcias o Estreito de Tirã, no Golfo de Ácaba, e a Faixa de Gaza. A Síria dominava o Lago Kineret (Mar da Galileia), principal fonte de água do país, e as Colinas de Golã, ao norte de Israel, de onde bombardeava os kibutzim do vale. Pertenciam à Jordânia as Colinas da Cisjordânia (Samaria e Judeia), consequentemente, a planície costeira e a Cidade Velha de Jerusalém, que a Jordânia tomara militarmente em 1948. De acordo com a determinação das Nações Unidas para a Partilha, de 1947, a cidade seria internacional. O país possuía meros 15 km de largura e seus centros populacionais estavam ao alcance da artilharia inimiga. Qualquer combate, portanto, devia ser levado para território inimigo. E, em Jerusalém, poucos metros dividiam as forças inimigas da população israelense. Se Israel fosse cercado por nações amigas, fronteiras desse tipo já seriam inconvenientes; mas cercado de inimigos, eram um pesadelo. Um ataque repentino poderia dividir o país ao meio. Israel. Uma afirmação que não se sustenta perante os fatos. A questão central desse e de todo conflito árabe-israelense é a recusa dos países árabes em reconhecer Israel. Desde sua fundação, e até antes, a intenção dos árabes era destruir o Estado Judeu, visto como uma pedra em seu sapato. Essa intenção estava presente nas declarações da Liga Árabe, nos discursos de políticos, intelectuais e líderes religiosos nas mesquitas, assim como em editoriais de jornais e programas de rádio e televisão, e nas ruas. Nas semanas que antecederam a Guerra, líderes árabes gabavam- se publicamente de que dariam “um fim pela espada” às pretensões sionistas. “Israel será erradicado e os poucos israelenses que, porventura, sobreviverem, serão expulsos do Oriente Médio”. Multidões ensandecidas pelas promessas de vitória gritavam nas ruas “morte aos judeus”, “morte aos sionistas”. As ameaças gelaram o sangue judaico. Ninguém podia esquecer a promessa de Hitler de livrar a Europa de todo e qualquer judeu – promessa que custou a vida de mais de seis milhões de nossos irmãos. A história não se repetiria. Israelenses iriam lutar até o último homem, sabendo que a sobrevivência da Nação, de suas famílias e de seus filhos estava em suas mãos. Na Diáspora, a identificação com Israel era total. Mobilizou-se um maciço suporte financeiro e político e milhares de jovens foram até embaixadas e consulados israelenses querendo alistar-se e perfilando-se para serem enviados a Israel para lutar ou ajudar no que fosse preciso. abba eban nas nações unidas
  • 3. REVISTA MORASHÁ i 96 35 JUNHO 2017 os refugiados palestinos viveram praticamente 20 anos, de 1948 a 1967, sob domínio da Jordânia e Egito. São chamados de refugiados palestinos os árabes que deixaram o território, que após uma decisão da ONU sobre a Partilha, em 1947, tornara-se o Estado de Israel. Aqueles que viviam na Cisjordânia (“Margem Ocidental”) estavam sob domínio jordaniano e os que viviam em Gaza, sob os egípcios. Os dois territórios abocanhados pelas duas nações em 1948 faziam parte da área onde, ainda de acordo com a Partilha de 1947, deveria ter sido criado um estado árabe. É importante ressaltar que, em nenhum momento, Jordânia ou Egito cogitaram a criação de um estado palestino nessas áreas. Os interesses da União Soviética no Oriente Médio foram outro importante vetor. Egito e Síria eram países satélites da URSS e seus exércitos foram armados e treinados pelos soviéticos que procuravam solidificar sua presença no Oriente Médio. Para fomentar os ânimos egípcios, alguns dias antes do início Após a Campanha do Sinai de 1956, uma área desmilitarizada havia sido instituída entre Israel e o Egito. URSS e os Estados Unidos haviam obrigado Israel a devolver o Sinai ao Egito, garantindo em troca que a península ficaria desmilitarizada e as Forças de Emergência das Nações Unidas (UNEF) garantiriam uma zona-tampão de 200 km entre os dois países. Garantiram ainda que o Estreito de Tirã estaria aberto a navios israelenses. O Estreito é a única ligação de Israel com o Mar Vermelho, através do Golfo de Ácaba. Não há dúvidas de que um dos principais responsáveis pela Guerra foi Gamal Abdel Nasser, ditador do Egito que tomara o poder em 1952. Líder carismático, Nasser queria a união de todos os países árabes sob sua liderança. Mas, em 1967, seu prestígio estava abalado. Um de seus erros fora enviar soldados egípcios para lutar na guerra civil no Iêmen ao lado dos rebeldes republicanos. Além de não conseguir uma vitória, os egípcios tiveram que enfrentar Soldados israelenses numa trincheira forças jordanianas e sauditas que apoiavam os monarquistas. As relações com a Jordânia e a Arábia Saudita estavam, pois, em vias de ruptura e, com a Síria, estavam estremecidas após os sírios abandonarem a união com o Egito, a República Árabe Unida, fundada em 1958. Os ataques de terroristas palestinos contra alvos israelenses, instigados ou tolerados pela Síria, Jordânia e pelo Egito, haviam-se intensificado entre abril de 1966 e abril de 1967, assim como os ataques sírios contra os kibutzim que estavam na linha de fogo de sua artilharia. Os ataques inimigos não cessavam, apesar de conscientes de que seriam duramente retaliados por Israel, que buscava impingir-lhes as consequências de seus atos. Em 1965, em apoio aos ataques, Nasser declarou, “Não entraremos na Palestina com seu solo coberto de areia; lá entraremos com seu solo saturado em sangue”. Para se entender o pano de fundo da Guerra, é preciso lembrar que
  • 4. HISTÓRIA 36 da guerra, enquanto Anuar el-Sadat, então vice-presidente do Egito, estava em Moscou, os soviéticos lhe passaram uma informação falsa, desmentida pela própria Inteligência egípcia, de que os israelenses se preparavam para invadir a Síria. E asseguraram que a URSS entraria em uma guerra do lado árabe se os EUA se envolvessem no conflito. O FORTALECIMENTO MILITAR ÁRABE Na segunda metade de maio de 1967, fortalecido pelo apoio soviético e esperançoso de recuperar seu prestígio, Nasser passou abertamente a provocar Israel. No dia 16, exigiu a retirada das Forças da ONU do Sinai. O então secretário-geral das Nações Unidas, U Thant, acatou a exigência, e três dias mais tarde a UNEF deixava suas posições. Imediatamente tropas egípcias avançaram tomando posições ao longo da fronteira de Israel. No dia 20, 100 mil soldados egípcios e mais de mil tanques já estavam no Sinai. No dia 22, mais uma provocação. Nasser fechou o Estreito de Tirã à navegação israelense, isolando a cidade de Eilat. “A bandeira israelense não mais passará pelo Golfo de Ácaba”, declarou. Para Israel, o fechamento do Estreito era um casus belli, uma declaração de guerra. A Inteligência israelense alertou o governo de Israel de que a falta de uma resposta militar era vista por Nasser como um sinal de fraqueza. As provocações do ditador egípcio continuaram. No dia 26 de maio, por exemplo, em um discurso, afirmou que pretendia “destruir Israel”. Sua ousadia e as possiblidades de um ataque militar contra Israel fizeram vibrar de alegria o mundo árabe. Quando, no dia 30, o rei Hussein, da Jordânia, curva-se perante o Egito, Israel entendeu que não teria como evitar uma guerra. O rei voara até o Cairo para assinar uma aliança colocando seu exército sob o comando egípcio. Ao retornar, foi recebido por uma multidão entusiasmada e ele, também, foi contagiado pela euforia que tomara conta do mundo árabe. Ao ser interpelado pelo embaixador americano em Amã sobre suas ações, Hussein respondeu que “o pacto era seu seguro de vida”. Logo em seguida, o Iraque assinou um acordo similar, e a Síria concordou em enviar à Jordânia uma brigada para lutar ao lado dos iraquianos, enquanto contingentes de outras nações árabes estavam a caminho. Nas palavras do presidente iraquiano Abdul Rahman Arif, “O mundo árabe foi unido por um denominador comum – riscar Israel do mapa”. O período de espera As Forças de Defesa de Israel observavam com crescente preocupação a concentração de forças inimigas ao longo de suas fronteiras. Na época, Levi Eshkol acumulava os cargos de primeiro- ministro e ministro da Defesa. Para frustração e fúria dos israelenses, suas atitudes perante as provocações egípcias eram por demais moderadas. Eshkol relutava em tomar uma ação militar e, em busca de uma solução diplomática, enviou Abba Eban, então ministro das Relações Exteriores, à Europa e aos Estados Unidos. Mas, diante da grande possibilidade de estourar uma guerra, as FDI começaram a se preparar. 1. Uma jovem tenente fala de um telefone de campanha militar no Negev 2. Soldados israelenses no Sinai 3. Voluntários nos dias que antecederam a Guerra 1 2 3
  • 5. REVISTA MORASHÁ i 96 37 JUNHO 2017 Em 20 de maio o general Yitzhak Rabin, então Chefe do Estado Maior, inicia a mobilização dos reservistas, apesar de o fato significar a paralisação da economia. As FDI são fundamentalmente um exército de reservistas. Na época, os efetivos ficavam entre 50 – 60 mil soldados, mas mobilizando os reservistas chegariam a 264 mil. Durante o chamado “período de espera”, em hebraico, Hamtana, do dia 23 de maio a 4 de junho, o clima em Israel era de incerteza e preocupação. O noticiário era repleto de informações sobre as tropas de Nasser no Sinai e as declarações incendiárias dos líderes árabes. A TV do Cairo transmitia imagens de multidões gritando “Morte aos Judeus” e uma rádio egípcia, “a Voz do Trovão”, repetia ameaças do tipo “Façam as malas antes de serem mortos”. “O único método a ser aplicado contra Israel será uma guerra total que resultará na exterminação da existência sionista”. Ao relembrar aquelas semanas o general Yossi Peled, certa vez revelou: “Tínhamos visto imagens das vítimas de ataques egípcios a gás no Iêmen... estávamos começando a pensar em termos de aniquilação, tanto nacional quanto pessoal’. A seguinte declaração de oficial israelense revela o clima reinante: “Seria uma segunda Massada, não encontrariam ninguém vivo”. Era consenso entre os soldados que caso os egípcios entrassem em Israel era melhor matar-se e matar suas famílias do que cair em mãos inimigas. No final da guerra, os prisioneiros egípcios, estupefatos pelo bom tratamento que lhes fora dispensado, revelaram que a ordem recebida era “matar os homens e estuprar as mulheres”. As peregrinações de Abba Eban em busca de uma solução diplomática foram inúteis. Enquanto a União Soviética armava o Egito e a Síria, tornou-se claro para Israel que nenhum país agiria em sua defesa. Era doloroso admitir, mas o mundo estava mais uma vez inerte diante do que muitos acreditavam ser a provável destruição do Estado Judeu. Os Estados Unidos não se prontificaram a ajudar, advertindo Israel de que não atacasse primeiro. As posições dos governos britânico e francês, aliados na Campanha do Sinai em 1956, foram decepcionantes. A Inglaterra, entre outros, temia o boicote dos países produtores de petróleo a qualquer país que ajudasse Israel. Charles de Gaulle havia adotado uma política pró-árabe, e simplesmente disse a Eban que o compromisso da França com Israel fora acordado “em 1957, e agora estamos em 1967”. Para piorar a situação, de Gaulle ordenou a suspensão de todos os embarques de armamentos para Israel. A decisão de Eshkol de tentar evitar uma resposta militar era condenada inclusive pela mídia mais liberal, como o jornal Ha’aretz. Ele era visto como destituído das qualidades necessárias para conduzir o país em tal crise. A tensão cresceu na noite de 28 de maio após seu pronunciamento pelo rádio. Em tom vacilante, o primeiro-ministro pediu paciência e disse que continuaria a trilhar o caminho da diplomacia. Não era a mensagem que a Nação esperava. No dia seguinte, abismados com o fato de que governo continuava paralisado pela indecisão, a mídia e a opinião pública clamaram por ação. Exigiam a formação de um governo de unidade nacional e a renúncia de Eshkol do cargo do ministro da Defesa. O nome mais cogitado para substituí-lo era Moshé Dayan, para os israelenses um sinônimo de vitória. Logo após o discurso de Eshkol, foi realizada uma reunião de emergência da qual participaram generais das FDI e o Gabinete. Os líderes militares queriam que o primeiro-ministro e seu Gabinete entendessem ser necessário uma resposta aos desafios lançados por Nasser. Disseram que entre 1956 e 1967 todo oficial das FDI sabia Blindados israelenses em prontidão no Neguev, 1967
  • 6. HISTÓRIA 38 que outra guerra com o Egito era só questão de tempo, e que haviam sido traçados minuciosos planos de guerra. As FDI tinham sido treinadas para enfrentar todo tipo de crise. Os generais da Força Aérea e do Exército expressavam sua confiança em uma vitória caso Israel atacasse primeiro. Um ataque aéreo preventivo era fundamental para diminuir a esmagadora superioridade numérica árabe. Mas Eshkol ainda hesitava em tomar uma decisão militar, e Dois dias mais tarde, após Hussein e Nasser assinarem a aliança, Eshkol se convenceu de que a guerra era inevitável. No dia 1º de junho, ele se rendeu às pressões, inclusive do próprio Ben-Gurion, de Shimon Peres e de Menachem Begin, líder da oposição, e nomeou Moshe Dayan ministro da Defesa. Foi formado um governo de união nacional e Menahem Begin foi integrado ao Gabinete. Em 31 de maio, o Secretário de Estado Norte-americano, Dean não queria a guerra, pois mesmo a vitória teria um alto custo. O general Rabin estimava que o número de israelenses mortos poderia chegar a dez mil. As estimativas de Moshe Dayan eram ainda mais pessimistas, dizendo que se Israel não atacasse preventivamente seriam dezenas de milhares de mortos... Ao contrário do que Nasser esperava as ameaças não abateram o espírito dos israelenses, despertando, pelo contrário, os mais profundos instintos de autopreservação. Quaisquer diferenças pessoais ou políticas desapareceram perante a convicção de que, para Israel, havia apenas uma saída agora, e teria que ser pela espada. A frase que estava na boca de todo israelense era “Ein brerá”, não há alternativa, estamos cercados por inimigos de todos os lados; é vencer ou vencer”. O setor civil se mobilizou. Milhares de voluntários – homens, mulheres, velhos e jovens que não estavam no exército cavavam trincheiras e preparavam escolas e edifícios públicos para serem centros de evacuação, e estádios de futebol e parques para serem cemitérios. Nos hospitais, pacientes que não corriam perigo receberam alta; os médicos precisavam dos leitos. Nos prédios havia listas de doadores de sangue e seu tipo sanguíneo. O Rabinato declarou que a crise então enfrentada era uma situação de Pikuach Nefesh (uma questão de vida ou morte), pois a sobrevivência de Israel estava sendo ameaçada, e advertiu que no Shabat não apenas era permitido trabalhar na defesa do país, mas obrigatório. Os alunos mais velhos da Ieshivá do Rabino Kook deixaram as salas de estudo e se apresentaram em seus batalhões, pois muitos eram comandantes das tropas de elite das FDI. Rusk, relatou a um Comitê do Congresso que os Estados Unidos não planejavam uma intervenção militar em separado no Oriente Médio, “mas apenas dentro do arcabouço das Nações Unidas...”. Em outras palavras, não haveria tal intervenção. Rusk foi além, dizendo: “Não creio que seja nosso interesse refrear nenhum dos lados”. A mobilização de toda a sociedade “Se querem guerra”, desafiara Nasser, “estamos prontos para vocês”. Israel respondeu que daria aos norte- americanos o tempo que haviam pedido. A atitude enfureceu os generais, abismados com que o governo confiasse na possível ajuda externa, que sabiam que não viria, ao invés de em suas próprias Forças Armadas.”A sobrevivência do Estado está ameaçada”, disse-lhe um general, expressando o sentimento de perigo sobre o qual a maioria hesitava em falar. E lhe avisaram que cada dia a mais que os inimigos tinham para se preparar significava mais 200 israelenses mortos quando a guerra eclodisse. Ariel Sharon (no centro) no comando de sua divisão de blindados. Sinai, 1967
  • 7. REVISTA MORASHÁ i 96 39 JUNHO 2017 A decisão de atacar Os eventos tomaram um impulso próprio. O que as FDI mais temiam era um ataque surpresa e o bombardeio da central nuclear de Dimona.Temiam, também, o uso por parte dos egípcios de agentes químicos, especialmente gás nervoso, como acontecera no Iêmen, e a Inteligência de Israel reportara que o Egito levara cartuchos e bombas de gás para o Sinai. Os meios de comunicação árabe anunciavam um iminente ataque. No Sinai, as forças egípcias já estavam na fronteira israelense; o exército iraquiano preparava- se para reforçar a frente oriental jordaniana, e a Síria apontava sua artilharia do alto do Golã. O general Aharon Yariv, então chefe da Inteligência, advertiu o governo de que a situação era extremamente delicada: o general egípcio Riadh estava em Amã implantando um posto de comando avançado. Mesmo assim, o Gabinete relutava em tomar a decisão de atacar. Quando o general Mordechai Hod, comandante da Força Aérea, revelou que Israel poderia destruir a Força Aérea do Egito e de qualquer outro país árabe que interferisse sem colocar Tel Aviv em perigo, ninguém no governo acreditou. Mas, com a inclusão de Dayan no Gabinete, havia alguém no governo que compreendia tanto a situação política de Israel quanto a militar. Juntamente com os generais Ezer Weizmann e Mordechai Hod, ele era um dos poucos que sabia que a Força Aérea de Israel (FAI) poderia entregar o prometido. mídia recebeu fotos de unidades de folga nas praias. No Cairo, após dias de tensão, os círculos governamentais começavam a relaxar e a acreditar que já tinham ganho a guerra. Operação Moked Em uma reunião secreta na manhã de domingo, 4 de junho, o governo tomou a decisão de atacar. Naquela altura, Israel já estava cercado e teria que lutar em duas ou três frentes, dependendo das ações da Jordânia. O Egito tinha 210 mil homens, 100 mil deles no Sinai. Ao Norte, a Síria tinha 63 mil homens, e, a Leste, a Jordânia contava com 55 mil soldados. Após a mobilização, Israel tinha 250 mil combatentes. Os inimigos tinham mais do que o dobro de tanques e 682 aviões de combate. Compunham a Força Aérea de Israel 202 aviões. Na manhã do dia 5 de junho, no bunker do Comando Geral das FDI, em Tel Aviv, Yitzhak Rabin, Chefe do Estado Maior; Ezer Weizman, Chefe de Operações; Yaakov ‘Yak’ Nevo, planejador da Operação; Desviando as atenções Ironicamente, um dos fatores que permitiu aos israelenses realizar o ataque preventivo foi o fato de Israel ter recuperado o “elemento surpresa”, devido às semanas de espera. Observadores no Oriente Médio, fossem jornalistas, diplomatas, estrategistas militares, quase sem nenhuma exceção, acreditavam que a posição estratégica de Israel tinha-se agravado. Um plano de dissimulação foi posto em ação. Sábado, 3 de junho, em seu primeiro pronunciamento público como ministro da Defesa, Dayan afirmou que era “muito tarde para uma reação militar espontânea ao bloqueio egípcio do Estreito de Tirã – e ainda muito cedo para se tirar qualquer conclusão dos possíveis resultados de uma ação diplomática. Nosso Governo – antes de que eu me tornasse parte dele – optou pela diplomacia: temos que dar-lhe uma chance”. Naquele final de semana, milhares de soldados foram dispensados e a avião de guerra egípcio destruído no solo após ataque da Força AÉREA DE ISRAEL (FAI). junho 1967
  • 8. HISTÓRIA 40 e Motti Hod, Comandante da Força Aérea, aguardavam o início da Mivtzá Moked, Operação Foco. Até então, Hod revelara um único elemento da operação – a hora zero, 7h45. O comandante de uma das companhias, enquanto seus homens estavam em formação prontos para decolar, citou duas passagens dos Salmos: “Não confieis em príncipes” (146:3) e “Israel, confia no Eterno, que é teu amparo e teu escudo” (115:10). Para os soldados, a mensagem era clara: “Não podemos confiar na ajuda de outras nações. Estejam preparados”. Precisamente às 7h451 da manhã, hora de Israel, nove bases aéreas egípcias foram simultaneamente atingidas por aviões israelenses, a décima ainda encoberta por névoa alguns minutos depois. O objetivo era liquidar a Força Aérea egípcia no solo, sendo os principais alvos as pistas de decolagem e os aviões. Todos os esquadrões participaram, ficando apenas 12 aviões para defender os céus de Israel. Os pilotos sabiam que a sobrevivência da Nação dependia deles. Para a operação ter sucesso era imprescindível manter o elemento surpresa o máximo de tempo possível. O planejamento e treinamento dos pilotos haviam sido minuciosos. O horário da decolagem fora cronometrado para que todos os esquadrões atingissem seus alvos ao mesmo tempo. As rotas foram definidas de modo a não serem detectadas pelos radares árabes e os pilotos teriam que voar a altitudes extremamente baixas e sem nenhum contato de rádio. Sobrevoaram o Mar Mediterrâneo a uma altitude de 30 metros. Por que o horário de 7h45 foi escolhido para o ataque? O plano havia sido traçado após a Inteligência militar israelense obter informações precisas e detalhadas de seus alvos: o layout das bases, a rotina dos comandantes e pilotos egípcios, e assim por diante. Israel sabia, por exemplo, que aviões egípcios patrulhavam os céus até às 7 h, pois supunham que qualquer ataque israelense ocorreria ao amanhecer. Às 7h45 os pilotos egípcios já estavam em terra, indo tomar café da manha. Os comandantes da Força Aérea chegavam às bases por volta das 8 h; às 7h45, estariam a caminho, sem condições de tomar nenhuma decisão. E, de modo geral, às 7h45, o tempo e a visibilidade sobre o Nilo, o Delta e o Canal do Suez eram ótimos por causa do ângulo do sol. Com o ataque surpresa, a maior parte da Força Aérea do Egito foi destruída no solo. Em menos de três horas foram arrasados 300 dos 340 aviões de combate do país. Israel perdeu 19, alguns pilotos foram aprisionados e um foi linchado pelos egípcios. A batalha em terra Assim que a primeira onda de aviões atingiu as bases aéreas egípcias, o exército atacou. Dayan determinara que a maior parte dos recursos militares israelenses fossem utilizados contra o Egito, o inimigo mais perigoso. Na manhã daquele dia mais uma mensagem foi enviada ao rei da Jordânia para não entrar no conflito. Dayan queria evitar que Israel tivesse que lutar em mais uma frente, tendo inclusive instruído o exército a mostrar contenção diante dos jordanianos, e não entrar na Cisjordânia.Tampouco se cogitava tomar a Cidade Velha de Jerusalém. (ver “A batalha por Jerusalém”, pág. 67) No Sinai, os soldados de Israel esperavam o sinal verde para atacar. Às 8 h, o Comando do Sul, sob a liderança do general Yeshayahu Gavish, deu ordem para avançar.Três divisões de blindados, comandadas pelos generais Ariel 1 8h30 Hora do Cairo Tropas das FDI chegam ao Canal de Suez - 40 dia da guerra
  • 9. REVISTA MORASHÁ i 96 41 JUNHO 2017 Sinai está em nossas mãos...”. Após meros seis dias de luta, Israel estava em uma posição que lhe permitia marchar, triunfal, sobre o Cairo, Damasco e Amã. Em 10 de junho, Israel aceitou o armistício, contabilizando 777 mortos, 115 dos quais no Golã; e 2.586 feridos. Ao término da guerra, Israel conquistara territórios que triplicavam o tamanho de seu território – o Sinai, as Colinas do Golã, a Faixa de Gaza e a Margem Ocidental (Cisjordânia). Mas, a maior de todas as conquistas foi ter possibilitado a reunificação de Jerusalém, Capital Eterna do Povo Judeu. Sharon, Israel Tal e Abraham Joffe atacaram sete brigadas egípcias e mil tanques. Não demorou para que as divisões blindadas rompessem as defesas egípcias e seguissem em direção oeste. O rei Hussein viu-se em meio a um dilema: permitir que a Jordânia fosse arrastada para a Guerra e aguentar o impacto da força da resposta israelense, ou continuar neutra, arriscando-se a uma insurreição em alta escala entre seu próprio povo. Decidiu não atender os apelos de Israel. Na manhã do 1º dia da guerra, forças jordanianas abriram fogo, atingindo povoados e cidades israelenses, inclusive os arredores de Tel Aviv e Jerusalém. As forças de Israel partiram ao ataque. Jerusalém ficou, assim, ao alcance de Israel. Na tarde do dia 5, Dayan realocara a 55ª Brigada de paraquedistas para defender a Jerusalém judaica e após 48 horas a Bandeira de Israel estava içada no Muro das Lamentações. Uma vitória gloriosa – e totalmente inesperada. Quando forças sírias atacaram Tiberíades e Megido, as FDI reagiram. Aviões israelenses atacaram as Forças Aéreas síria e jordaniana e um campo de pouso no Iraque. No final do primeiro dia, a Força Aérea jordaniana e mais do que a metade da síria haviam tido o mesmo destino que a egípcia, tendo sido destruídas em solo. Enquanto a maioria das unidades das FDI lutavam contra os egípcios e os jordanianos, poucos soldados restaram na defesa da fronteira Norte contra os sírios. Somente após os jordanianos e egípcios terem sido dominados, pôde- se enviar reforços às Colinas do Golã, onde os atiradores sírios, que detinham a posição estratégica elevada, dificultavam ao máximo a penetração das forças israelenses. Em 9 de junho, após dois dias de pesado bombardeio aéreo e muitas mortes as FDI conseguiram romper as linhas sírias e atacaram o Golã. Na manhã daquele mesmo dia 9, às 5h45, o chefe do Comando do Sul informou ao Chefe do Estado Maior: “As FDI estão às margens do Canal do Suez e do Mar Vermelho! A Península do O Ministro da Defesa Moshé Dayan e o Chefe do Estado Maior Yitzhak Rabin voltando do campo de batalha, após a Guerra dos Seis Dias SOBRE O MONTE DAS OLIVEIRAS, MOTTA GUR DÁ A ORDEM PARA ENTRAREM NA CIDADE VELHA BIBLIOGRAFIA Churchill, Randolph S. e Churchill, Winston S, The Six Day War, eBook Kindle Pressfield, Steven, A Porta dos Leões, Editora Contexto Rabinovich, Abraham, The Battle for Jerusalem: An Unintended Conquest (50th Anniversary Edition), ebook Kindle Webb, Ryan, David v. Goliath: What Caused the 1967 Arab-Israeli War?, ebook Kindle