O documento discute as diferentes dimensões do trabalho ao longo da história da humanidade. Apresenta duas dimensões do trabalho: o sentido filosófico e o sentido econômico capitalista. Também descreve os modos de produção primitivos, asiáticos e escravistas, analisando como as forças produtivas, relações de produção e divisão social do trabalho evoluíram em cada um desses períodos históricos.
2. Distinguir duas
dimensões do trabalho:
Sentido filosófico Sentido Econômico
(corrente materialismo histórico): Capitalista (atual)
• Criação da vida humana; • Emprego;
• Condição constitutiva dos seres • Trabalho assalariado;
humanos em relação entre os seus •Sobrevivência/ sustento;
iguais; •Inserção social;
• Transformação da natureza: •Ocupação.
satisfazer as múltiplas
necessidades humanas (materiais e
imateriais).
3. Mas o que é ser humano?
Compreensão histórica: três diferentes dimensões
SER HUMANO
Individualidade Natureza
(constituído e dependente
de ar, água, comida,
vitaminas, sais minerais,
etc.)
Ser Social:
• Produz sua individualidade e natureza em relação
aos demais seres humanos através do trabalho.
• A individualidade que possuímos e a natureza
que desenvolvemos estão condicionadas às
relações sociais que os seres humanos assumem
HISTORICAMENTE.
4. Processo pelo qual certos recursos naturais
sofrem transformações deliberadas pela
intervenção do trabalho humano, resultando daí
bens e serviços voltados para a satisfação de
necessidades dos indivíduos, dos grupos sociais
e de uma sociedade inteira.
Modo De Produção
É a forma de organização socioeconômica associada a
uma determinada etapa de desenvolvimento das forças
produtivas e das relações de produção.
HEIN?
5. Forças Produtivas
• Combinação da força de trabalho humana com os meios de
produção- isto é, instrumentos e objetos de trabalho, tais como
tecnologia, incluindo infra-estrutura, ferramentas, máquinas,
técnicas, materiais, conhecimento técnico; a terra e
demais recursos naturais.
• São, portanto, todas as forças usadas para controlar ou
transformar a Natureza, com vistas à produção de bens
materiais. Mas a principal força produtiva é o próprio
homem - seu corpo, sua energia, sua inteligência, seu
conhecimento.
6. Relações de Produção
• São as formas como os seres
humanos desenvolvem suas
relações de trabalho e
distribuição no processo de
produção e reprodução da vida
material.
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9. Modo de produção “Primitiva”: Caça e coleta
Grupo de pessoas ligadas por laços de sangue e sentimentos,
motivadas por lendas, mitos, crenças e conhecimentos
comuns, e que provêm à sua subsistência por um esforço
coletivo (todos trabalham)
O trabalho neste tipo de economia isolada e extrativa
é um esforço apenas complementar ao trabalho da
natureza: o homem colhe o fruto produzido pela
árvore da mata virgem; extrai do rio o peixe; caça
animais da floresta.
Os homens apropriavam-se coletivamente dos meios
de produção (armas, ferramentas, etc.). Não havia a
divisão em classes. Tudo era feito em comum.
Na unidade da tribo dava-se a apropriação coletiva da terra,
constituindo a propriedade tribal na qual os homens produziam sua
existência em comum.
10. Modo de Produção “Primitiva”: Agricultura e pecuária
O homem fixa-se a terra. Maior divisão do
trabalho: Enquanto alguns plantam, outros
caçam, e ainda outros criam animais.
Descobrindo na agricultura e na pecuária
uma nova fonte de alimento para si e seus
filhos, os homens se multiplicam.
A expansão numérica leva a conquistar novas
áreas de floresta para o cultivo. A selva vai
sendo destruída e transformada em mato
rasteiro ou terra de pastagens.
Com o trabalho da terra deve ter surgido
ao mesmo tempo a noção de
propriedade e o produto excedente, ou
seja, o produto não imediatamente
consumido.
11. Os homens trabalhando com as próprias mãos,
e com as forças dos seus músculos, têm a
sensação de que lhes pertence o grão dela
colhido. Reivindicarão a posse ou o direito de
domínio e determinação sobre o produto
deste pedaço de terra que cultivam.
E se sobra alguma coisa, troca-se com as
tribos vizinhas: “minha sobra de milho
por sua sobra de trigo ou leite de cabra”.
Mas se o vizinho domina um território
mais vasto, e as suas sobras superam as
de toda a vizinhança, as trocas se tornam
desiguais e geram um novo excedente,
Com intuito de conquistar novas de onde se instala uma relação de
terras, a guerra torna-se um meio efetivo desigualdade entre as tribos.
para tal ganho. Frequentemente, o povo
conquistado permaneceu para trabalhar e
entregar seus excedentes aos novos
senhores.
12. Modo de produção asiático
Comunidades de camponeses presos à terra deviam tributos e serviços ao
Estado (único proprietário do solo) ao qual estavam submetidas,
representado pelas figuras do imperador, rei ou faraó, que se apropriavam
do excedente agrícola, distribuindo-o entre a nobreza, formada por
sacerdotes e guerreiros.
A produção de excedente em
Este Estado todo-poderoso
benefício do Estado é o que
intervinha diretamente no controle
proporcionou a constituição de
da produção.
grandes exércitos e de obras
monumentais, como pirâmides,
templos e canais de irrigação.
A apropriação privada da terra, então o principal meio
de produção, gerou a divisão dos homens em classes.
Configuram-se, em conseqüência, duas classes sociais
fundamentais: a classe dos proprietários e a dos não-
proprietários.
13. Modo de produção escravista
Pela guerra são capturados escravos que vieram
constituir a base da força de trabalho, ficando
submetidos sob a categoria mais baixa da
hierarquia social do povo conquistador.
Ninguém pode viver sem trabalhar. Sem trabalho o
homem não pode viver. No entanto, o advento da
propriedade privada tornou possível à classe dos
proprietários viver sem trabalhar.
O controle privado da terra onde os homens vivem coletivamente
tornou possível aos proprietários viver do trabalho alheio; do
trabalho dos não-proprietários que passaram a ter a obrigação de
manterem-se a si mesmos e ao dono da terra (o seu Senhor).
14. Os senhores eram proprietários das forças produtivas (os escravos), dos meios de
produção (terra, instrumentos de produção, etc) e do produto do trabalho.
Diferença na educação/formação entre os
cidadãos livres e os escravos
Educação centrada nas atividades
intelectuais, na arte da palavra e
Educação assimilada ao próprio
nos exercícios físicos de caráter
processo de trabalho.
lúdico ou militar.
Ou seja,
Ao cidadão livre, sua atividade
Origem da escola. A palavra escola deriva do seria a de discutir e procurar
grego e significa ‘o lugar do ócio’, tempo livre. soluções para os problemas da
Era o lugar para onde iam os que dispunham cidade.
de tempo livre.
Ao escravo, o trabalho braçal.