SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 6
Mito e Comunidade (parte 1 de 2) «                                                                                                    Page 1 of 6




O FOGO DA VONTADE
    • Home
    • Contacto


Mito e Comunidade (parte 1 de 2)
2009 Junho 11
by Rodrigo




Comunicação de Giorgio Locchi no XIII colóquio federal do G.R.E.C.E.

Com um bom século de avanço, Friedrich Nietzsche havia previsto todos, ou quase todos, os fenómenos que caracterizam a nossa época, como
a ascensão do niilismo anarquista, a epidemia das neuroses, o extraordinário desenvolvimento de uma arte do espectáculo rebaixada ao nível
do “circense” quotidiano, o comércio da luxúria. A verificação das profecias nietzschianas deveria afectar os espíritos, convidá-los à reflexão.
Não é assim. Mas isso é fatal. Nietzsche havia estabelecido para as sociedades ocidentais um diagnóstico de decadência e não fazia mais do
que prever o decurso normal da doença. Ora, o que é próprio desta doença das sociedades que é a decadência é a cegueira que afecta o doente
sobre o seu estado. Quanto mais está doente, mais acredita estar de boa saúde. Uma sociedade decadente é tanto mais progressista quanto mais
se aproxima da conclusão fatal da sua doença.

Olhemos em torno a nós. Todos, do liberal mais ou menos avançado ao comunista mais ou menos atrasado, acreditam visceralmente no
progresso, estão intimamente convencidos de viver uma era de progresso e mesmo de progresso último. Vêem toda a espécie de fenómenos
sociais que na longa história dos povos sempre caracterizaram as agonias dos povos e das culturas. Do feminismo à ascensão social fulgurante
dos histriões e das gentes do espectáculo, da desagregação das células sociais tradicionais (para nós a família) às tentativas efémeras e sempre
renovadas de as substituir por não se sabe que “comunas”, do universalismo masoquista ao abatimento de toda a norma social restritiva para o
indivíduo. Mas tornaram-se perfeitamente incapazes de tirar lições da história, o que os leva por vezes a dizer que a história não tem sentido.

Um outro traço é característico da decadência avançada: a mediocridade dos sentimentos. Discutimos agressivamente, mas toleramo-nos.
Ainda fazemos a guerra, fria se possível, mas fazemo-la em nome do amor, para libertar o outro. Aquilo que nos obrigamos a odiar é uma
abstracção do Outro, nunca o Outro na sua realidade. Odiamos consoante o campo em que nos encontramos, o detestável capitalismo ocidental
ou o horrível regime comunista, mas amamos o povo russo, amamos o grande povo americano. As sociedades decadentes já não sabem amar
ou odiar, já estão tépidas, pois a vida está em vias de as abandonar, a sua força vital está já quase toda dissipada. Essa força vital que dá vida às
sociedades, as organiza e as lança sobre os perigosos caminhos da história, essa força pode receber diversos nomes. Dostoievski chamava-lhe
Deus e dizia que quando um povo deixa de ter o seu Deus não pode mais que agonizar e morrer. Friedrich Nietzsche, por sua vez, anunciou às
sociedades ocidentais que o seu Deus estava morto e que elas também iriam, portanto, morrer. Paul Valéry, à sua maneira, sentiu a mesma
verdade. Para mim, “Deus” é uma definição demasiado estreita, demasiado “ocidental”, daquilo que é a força vital de uma sociedade. O
Divino não é mais que um elemento, que um aspecto dessa força vital que eu chamaria antes, em toda a sua complexidade, MITO.

O que é próprio do Mito, tal como o entendo, é entrar na história criando-se a si mesmo, isto é, criando e organizando os seus próprios
elementos. O Mito é essa força histórica que dá vida a uma comunidade, organiza-a, lança-a rumo ao seu destino. O Mito é, antes de tudo, um
sentimento do mundo, mas um sentimento do mundo partilhado e, enquanto tal, é e cria objectivamente o laço social e, ao mesmo tempo, a
norma comunitária. Estrutura a comunidade, dá-lhe o seu estilo de vida, e estrutura também as personalidades individuais. Este sentimento do
mundo está, por outro lado, na origem de uma visão do mundo, portanto de expressões coerentes de pensamento. A história ensina-nos que




http://ofogodavontade.wordpress.com/2009/06/11/mito-e-comunidade-parte-1-de-2/                                                         15/6/2009
Mito e Comunidade (parte 1 de 2) «                                                                                               Page 2 of 6



cada povo, cada civilização, teve o seu Mito. Na perspectiva que se abre a partir do nosso presente social, temos a impressão que os Mitos
estão sempre ligados a uma fase primordial, já superada, do devir humano. Que o Mito seja, por assim dizer, a manifestação própria da
infância da humanidade, é um lugar-comum da reflexão histórica moderna. É o ponto de vista, inevitável, de um pensamento que é o reflexo
da velhice de uma civilização. Quando um Mito morre, quando o olhamos de fora, um Mito surge-nos como um conjunto de crenças mais ou
menos fantasiosas, como uma colecção de narrativas imaginárias, estranhamente confusas, sempre contraditórias. Se tentamos, pela
imaginação posterior, transportá-lo para a vida e a história, o Mito parece mover-se contra o sentido do tempo, o que leva Mircea Eliade a
dizer que o Mito é nostalgia das origens. Mas sucede que não podemos estudar a vida num cadáver. Um Mito vivo reconhece-se pelo facto de
ser harmonia, fusão e unidade dos contrários. Isso significa, muito simplesmente, que os homens que vivem no campo do Mito e que são
organizados por ele, não sentem como contraditório tudo que parecerá contraditória aos que estão de fora. O Mito é força criativa viva e
demonstra-o justamente por essa criação que infatigavelmente reduz e harmoniza os contrários. Tivemos um nome para esta virtude redutora
das contradições, chamámos-lhe a fé. Racionalmente estamos aqui num círculo vicioso, outra forma de contradição: o Mito apenas é
verdadeiro pela fé, mas a fé apenas vive pelo Mito – a fé não é criada senão pelo Mito.

Para quem está no Mito, sabemo-lo bem, esse círculo vicioso, essa contradição, não o é, porque o Mito está em todos os que dele são
tributários e não cessa de se criar entre eles e por eles. Porque o Mito, com efeito, é criação incessante se si mesmo, ele é – sob todos os
aspectos – auto-criação. Isso é verdade, desde logo, ao nível da linguagem, que é o nível no qual o humano se constitui enquanto ser social.
Ilustres estruturalistas dizem-nos hoje que nós não falamos, que “somos falados”. Falam evidentemente deles mesmos e para eles mesmos,
enquanto representantes privilegiados das sociedades actuais. Têm razão; pois toda a língua, desligada do Mito – isto é, do sentimento do
mundo – que a criou, apenas pode ser falada, no sentido em que aqueles que a utilizam já não falam verdadeiramente, antes são falados.
Enquanto a língua está ainda vivamente ligada à sua raiz mítica está também ainda a criar-se e aqueles que a utilizam ainda falam e se falam,
longe de toda a Torre de Babel.

A língua do Mito estrutura símbolos, ainda cria as coisas com as palavras. A partir do momento em que o Mito deixa de falar, e passa a ser, no
máximo, falado, à harmonia do símbolo sucede a discórdia de duas ideias opostas, inconciliáveis. Isso significa também, tautologicamente, que
à época do Mito sucede a época das ideologias, de ideologias saídas de uma mesma fonte e contudo sempre opostas, que se esforçam em vão
para atingir a sua síntese impossível através de uma “ciência última” e de reencontrar dessa forma esse paraíso perdido que era assegurado pela
harmonia do Mito.

Por ser harmonia dos contrários, o Mito é também o laço social por excelência e, desse ponto de vista, é legítimo falar, a seu respeito, de
religião. Enquanto laço social, o Mito organiza a sociedade, assegura-lhe a coerência no espaço e através do tempo. O Mito é bem mais que
uma Weltanschauung, é um sentimento do mundo e também, ao mesmo tempo – melhor: por isso mesmo – um sentimento de valor, uma
métrica operante. Ele é a chave que explica, que sugere a acção e a norma da acção. Queria relembrar-vos aqui como um Mito pode organizar
uma sociedade, ditar a conduta dos homens, no caso os helenos, confrontados frequentemente com um problema que lhes era desconhecido.
Os helenos eram indo-europeus, o seu Mito era o Mito indo-europeu, que constituía a base sobre a qual estavam organizados em descendência
patrilinear fundada sobre o que podemos chamar o valor heróico. Quando imigraram para a península grega viram-se confrontados com uma
sociedade de descendência matrilinear. Por razões que foram talvez contingentes, não destruíram esta sociedade estrangeira. Houve mistura de
povos, de civilizações. Isto colocava um grave problema: o da oposição inconciliável entre duas concepções da sociedade e do direito. Na
sociedade matriarcal, não são as mulheres que fazem a guerra e detêm o poder, são também os homens. Mas a legitimidade do poder vem da
mulher, apenas se é rei porque se desposa a mulher que por direito de descendência matrilinear é herdeira do poder. Nestas sociedades o poder
é assim sempre detido por homens que são escolhidos pelas mulheres. Ora, se podemos legitimamente pensar que os helenos, no início da
mistura, adquiriram frequentemente o poder graças ao casamento, deviam ainda assim legitimá-lo do ponto de vista do seu Mito, do ponto de
vista do direito patrilinear. Existe toda uma miríade de narrativas míticas que nos contam estes conflitos e as mil vias pelas quais os helenos
sempre fizeram triunfar o seu sistema de valores. A aventura de Édipo, a Oresteia, os mitos de Teseu, de Jasão, de Belerofonte, mesmo o mito
do rapto da Europa são penas exemplos entre tantos outros. E a supremacia do direito paternal é simbolizada, num Panteão que é tributário, é
certo, de duas religiões míticas, pela presença de Atena, a deusa virgem, deusa guerreira mas também deusa do pensamento reflectido. Atena
não tem mãe, ela proclama “apenas ser de seu pai”, Zeus, e é ela que está lá para absolver todos os Orestes, que para vingar o seu pai, foram
constrangidos a assinar a sua mãe.


Ads by Google
Mito Reviews
Expert Mito car reviews from the professionals, with detailed info.
www.AutoExpress.co.uk/Mito_Review


from → Filosofia e Doutrina

No comments yet

Leave a Reply

Name :

Email :

Website:




http://ofogodavontade.wordpress.com/2009/06/11/mito-e-comunidade-parte-1-de-2/                                                    15/6/2009
Mito e Comunidade (parte 1 de 2) «                                                            Page 3 of 6




Comment:

Note: You can use basic XHTML in your comments. Your email address will never be published.

Subscrever o feed deste comentário por RSS

   Notify me of follow-up comments via email.

  Submit Comment


    •   Comentários Recentes

                 Rodrigo no O rebanho ocidental

                 YHWH no O rebanho ocidental


                 Rodrigo no Os libertadores


                 Rodrigo no A escolha do Trágico


                 YHWH no Não à Europa maçónica!


    •   Categorias
           ◦   Agitprop (3)
           ◦   Arte (5)
           ◦   Ética e Estética (15)
           ◦   Cinema (2)
           ◦   Citações (6)
           ◦   Direito (1)
           ◦   Economia (11)
           ◦   Editorial (15)
           ◦   Entrevistas (7)
           ◦   Estado (1)
           ◦   Estratégia (6)
           ◦   Filosofia e Doutrina (37)
           ◦   Geopolítica (7)
           ◦   História (17)
           ◦   Humor (2)
           ◦   Imigração (12)
           ◦   Internacional (8)
           ◦   Ligações (5)
           ◦   Livros (6)
           ◦   Maçonaria (2)
           ◦   Manipulação (10)
           ◦   masculino/feminino (7)
           ◦   Modernidade (3)
           ◦   Mundialização (6)
           ◦   Nacional (4)
           ◦   Nova Direita (5)
           ◦   Personalidades (2)
           ◦   Revolução Conservadora (4)
           ◦   Sistema (13)
           ◦   Tradição e Espiritualidade (9)




http://ofogodavontade.wordpress.com/2009/06/11/mito-e-comunidade-parte-1-de-2/                 15/6/2009
Mito e Comunidade (parte 1 de 2) «                                               Page 4 of 6



   •   Anterior
         ◦ Batalha Final

   •   Blogs
         ◦   A Voz Portalegrense
         ◦   Admirável Mundo Novo
         ◦   Alma Pátria
         ◦   Archaion
         ◦   Askesis
         ◦   Au Milieu des Ruines
         ◦   Cegos, Mudos e Surdos
         ◦   Cidade do Sossego
         ◦   Citadino
         ◦   Club Acacia
         ◦   Dragoscópio
         ◦   Euro-Synergies
         ◦   Euro-Ultramarino
         ◦   Gladius
         ◦   Inconformista
         ◦   InfoKrisis
         ◦   Legião Invicta
         ◦   Legião Vertical
         ◦   Manlius
         ◦   Minoria Ruidosa
         ◦   Mneme
         ◦   Nonas
         ◦   Nova Frente
         ◦   O Reaccionário
         ◦   ONG
         ◦   Pena e Espada
         ◦   Perspectivas
         ◦   Política XIX
         ◦   Prometheus
         ◦   Reconquista
         ◦   Reverentia
         ◦   Revisionismo em Linha
         ◦   Theatrum Belli
         ◦   Urgrund
         ◦   Vouloir
         ◦   Zentropa

   •   Fóruns
         ◦ Fórum Nacional
         ◦ Lealdade Sacra
         ◦ Viva Mafarka

   •   Notícias
         ◦   Altermedia
         ◦   NoReporter
         ◦   Novopress
         ◦   Rinascita

   •   Partido
         ◦ PNR

   •   Sítios
         ◦   AAARGH
         ◦   Adriano Romualdi
         ◦   AmRen
         ◦   Boletim Evoliano
         ◦   Causa Identitária




http://ofogodavontade.wordpress.com/2009/06/11/mito-e-comunidade-parte-1-de-2/    15/6/2009
Mito e Comunidade (parte 1 de 2) «                                               Page 5 of 6



           ◦   Causa Nacional
           ◦   Centro Estudos Euroasiáticos
           ◦   Centro Studi La Runa
           ◦   Cultrura.net
           ◦   Edições Falcata
           ◦   Edições Réquila
           ◦   Edizioni di Ar
           ◦   EuroCombate
           ◦   Europe Maxima
           ◦   Gabriele Adinolfi
           ◦   GRECE
           ◦   Il Fondo
           ◦   Junge Freiheit Archiv
           ◦   L’Esprit Européen
           ◦   L’Uomo Libero
           ◦   Librad
           ◦   Libreria Europa
           ◦   Mankind Quarterly
           ◦   Metapedia
           ◦   Nova Direita
           ◦   Occidental Quarterly
           ◦   Polémia
           ◦   Rádio Bandiera Nera
           ◦   Rodrigo Emílio
           ◦   Terra e Povo – Galiza
           ◦   Terra e Povo – Portugal
           ◦   Terre et Peuple
           ◦   Thule Italia
           ◦   Tierra y Pueblo
           ◦   VHO
           ◦   Via Natura
           ◦   VoxNR
           ◦   Zur Zeit

   •   Tradição e Espiritualidade
           ◦ Celtiberia
           ◦ Georges Dumézil
           ◦ Racines et Traditions

   •   z
           ◦

   •   Arquivos
           ◦   Junho 2009
           ◦   Maio 2009
           ◦   Abril 2009
           ◦   Março 2009
           ◦   Fevereiro 2009
           ◦   Janeiro 2009
           ◦   Maio 2008
           ◦   Abril 2008
           ◦   Março 2008
           ◦   Fevereiro 2008
           ◦   Janeiro 2008
           ◦   Dezembro 2007
           ◦   Novembro 2007
           ◦   Outubro 2007
           ◦   Agosto 2007
           ◦   Julho 2007
           ◦   Junho 2007
           ◦   Maio 2007
           ◦   Abril 2007
           ◦   Março 2007
           ◦   Fevereiro 2007
           ◦   Janeiro 2007




http://ofogodavontade.wordpress.com/2009/06/11/mito-e-comunidade-parte-1-de-2/    15/6/2009
Mito e Comunidade (parte 1 de 2) «                                               Page 6 of 6



         ◦ Dezembro 2006

Blog em WordPress.com.

Theme: Vigilance by Jestro




http://ofogodavontade.wordpress.com/2009/06/11/mito-e-comunidade-parte-1-de-2/    15/6/2009

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Karl marx crítica da filosofia do direito de hegel
Karl marx   crítica da filosofia do direito de hegelKarl marx   crítica da filosofia do direito de hegel
Karl marx crítica da filosofia do direito de hegelPraxisfhycs
 
Direito a literatura candido
Direito a literatura candidoDireito a literatura candido
Direito a literatura candidoLetras Unip
 
Filosofia da razão à modernidade - nosso tempo
Filosofia da razão à modernidade -  nosso tempoFilosofia da razão à modernidade -  nosso tempo
Filosofia da razão à modernidade - nosso tempoLuci Bonini
 
Fernando Pessoa: O Banqueiro Anarquista
Fernando Pessoa: O Banqueiro AnarquistaFernando Pessoa: O Banqueiro Anarquista
Fernando Pessoa: O Banqueiro AnarquistaBurghard Baltrusch
 
O direito à literatura
O direito à literaturaO direito à literatura
O direito à literaturaCarla Souto
 
Pós modernismo 34 mp
Pós modernismo 34 mpPós modernismo 34 mp
Pós modernismo 34 mpalemisturini
 
Pinho, L. C. Por uma existência artística - ética e estética em Nietzsche e F...
Pinho, L. C. Por uma existência artística - ética e estética em Nietzsche e F...Pinho, L. C. Por uma existência artística - ética e estética em Nietzsche e F...
Pinho, L. C. Por uma existência artística - ética e estética em Nietzsche e F...LuizCelso1966
 
A bioética e sua relação com os direitos humanos pdf
A bioética e sua relação com os direitos humanos pdfA bioética e sua relação com os direitos humanos pdf
A bioética e sua relação com os direitos humanos pdfricardogeo11
 
Aula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
Aula de Filosofia - Filosofia ContemporâneaAula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
Aula de Filosofia - Filosofia ContemporâneaRafael Oliveira
 
Marx e o reino da consciência gramsci
Marx e o reino da consciência   gramsciMarx e o reino da consciência   gramsci
Marx e o reino da consciência gramsciUJS_Maringa
 
O banqueiro anarquista Fernando Pessoa
O banqueiro anarquista   Fernando PessoaO banqueiro anarquista   Fernando Pessoa
O banqueiro anarquista Fernando PessoaZanah
 
Florentino de carvalho dois escritos da imprensa anarquista de são paulo
Florentino de carvalho dois escritos da imprensa anarquista de são pauloFlorentino de carvalho dois escritos da imprensa anarquista de são paulo
Florentino de carvalho dois escritos da imprensa anarquista de são paulomoratonoise
 

La actualidad más candente (20)

Karl marx crítica da filosofia do direito de hegel
Karl marx   crítica da filosofia do direito de hegelKarl marx   crítica da filosofia do direito de hegel
Karl marx crítica da filosofia do direito de hegel
 
Direito a literatura candido
Direito a literatura candidoDireito a literatura candido
Direito a literatura candido
 
Pos modernidade
Pos modernidadePos modernidade
Pos modernidade
 
TeCon aula 16
TeCon aula 16TeCon aula 16
TeCon aula 16
 
Filosofia da razão à modernidade - nosso tempo
Filosofia da razão à modernidade -  nosso tempoFilosofia da razão à modernidade -  nosso tempo
Filosofia da razão à modernidade - nosso tempo
 
Fernando Pessoa: O Banqueiro Anarquista
Fernando Pessoa: O Banqueiro AnarquistaFernando Pessoa: O Banqueiro Anarquista
Fernando Pessoa: O Banqueiro Anarquista
 
O direito à literatura
O direito à literaturaO direito à literatura
O direito à literatura
 
Pós modernismo 34 mp
Pós modernismo 34 mpPós modernismo 34 mp
Pós modernismo 34 mp
 
Pinho, L. C. Por uma existência artística - ética e estética em Nietzsche e F...
Pinho, L. C. Por uma existência artística - ética e estética em Nietzsche e F...Pinho, L. C. Por uma existência artística - ética e estética em Nietzsche e F...
Pinho, L. C. Por uma existência artística - ética e estética em Nietzsche e F...
 
A bioética e sua relação com os direitos humanos pdf
A bioética e sua relação com os direitos humanos pdfA bioética e sua relação com os direitos humanos pdf
A bioética e sua relação com os direitos humanos pdf
 
Aula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
Aula de Filosofia - Filosofia ContemporâneaAula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
Aula de Filosofia - Filosofia Contemporânea
 
Chances da pós-modernidade
Chances da pós-modernidadeChances da pós-modernidade
Chances da pós-modernidade
 
Voulme XXVII
Voulme XXVIIVoulme XXVII
Voulme XXVII
 
Sonho
SonhoSonho
Sonho
 
Marx e o reino da consciência gramsci
Marx e o reino da consciência   gramsciMarx e o reino da consciência   gramsci
Marx e o reino da consciência gramsci
 
Individualismo
IndividualismoIndividualismo
Individualismo
 
O livro-do-filosofo
O livro-do-filosofoO livro-do-filosofo
O livro-do-filosofo
 
Pós modernismo slide ok 34 mp
Pós modernismo slide ok 34 mpPós modernismo slide ok 34 mp
Pós modernismo slide ok 34 mp
 
O banqueiro anarquista Fernando Pessoa
O banqueiro anarquista   Fernando PessoaO banqueiro anarquista   Fernando Pessoa
O banqueiro anarquista Fernando Pessoa
 
Florentino de carvalho dois escritos da imprensa anarquista de são paulo
Florentino de carvalho dois escritos da imprensa anarquista de são pauloFlorentino de carvalho dois escritos da imprensa anarquista de são paulo
Florentino de carvalho dois escritos da imprensa anarquista de são paulo
 

Destacado

Curte que eu enceno: as redes sociais em foco
Curte que eu enceno: as redes sociais em focoCurte que eu enceno: as redes sociais em foco
Curte que eu enceno: as redes sociais em focopibidbar
 
Tesis 19
Tesis 19Tesis 19
Tesis 19grazi87
 
D:\especialidad ilse\solucion guia 2\el eden
D:\especialidad ilse\solucion guia 2\el edenD:\especialidad ilse\solucion guia 2\el eden
D:\especialidad ilse\solucion guia 2\el edenwilliam alexander
 
financial data consolidation
financial data consolidationfinancial data consolidation
financial data consolidationVipul Patel
 
IBM Finance Forum - Rapportering på Cognos Controller-data i praktiken
IBM Finance Forum - Rapportering på Cognos Controller-data i praktikenIBM Finance Forum - Rapportering på Cognos Controller-data i praktiken
IBM Finance Forum - Rapportering på Cognos Controller-data i praktikenIBM Sverige
 
Plan De GestiòN Uso De Tic`S Insteba, Cartagena De Indias
Plan De GestiòN Uso De Tic`S Insteba, Cartagena De IndiasPlan De GestiòN Uso De Tic`S Insteba, Cartagena De Indias
Plan De GestiòN Uso De Tic`S Insteba, Cartagena De Indiasguestf8150b
 
Newsletter Westside Spring 2016
Newsletter Westside Spring 2016Newsletter Westside Spring 2016
Newsletter Westside Spring 2016Brittney Jones
 
Bridge perde disputa e fica de fora dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Bridge perde disputa e fica de fora dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020Bridge perde disputa e fica de fora dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Bridge perde disputa e fica de fora dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020VittorioTedeschi
 
A Difficult Past
A Difficult PastA Difficult Past
A Difficult PastLJMarshall
 
Carreira gráfico - v.02
Carreira   gráfico - v.02Carreira   gráfico - v.02
Carreira gráfico - v.02Agnaldo Toscano
 
Theme 5 part 1
Theme 5 part 1Theme 5 part 1
Theme 5 part 1tysenq
 
Tarea3 comp comunic_tecnol_william cisneros
Tarea3 comp comunic_tecnol_william cisnerosTarea3 comp comunic_tecnol_william cisneros
Tarea3 comp comunic_tecnol_william cisneroswillytec
 

Destacado (20)

Informativo Dinâmicas Transfronteiriças Brasil Peru Jun2009
Informativo Dinâmicas Transfronteiriças Brasil Peru Jun2009Informativo Dinâmicas Transfronteiriças Brasil Peru Jun2009
Informativo Dinâmicas Transfronteiriças Brasil Peru Jun2009
 
Home1
Home1Home1
Home1
 
3.1. caso pepe acacho final
3.1. caso pepe acacho final3.1. caso pepe acacho final
3.1. caso pepe acacho final
 
Curte que eu enceno: as redes sociais em foco
Curte que eu enceno: as redes sociais em focoCurte que eu enceno: as redes sociais em foco
Curte que eu enceno: as redes sociais em foco
 
Tesis 19
Tesis 19Tesis 19
Tesis 19
 
D:\especialidad ilse\solucion guia 2\el eden
D:\especialidad ilse\solucion guia 2\el edenD:\especialidad ilse\solucion guia 2\el eden
D:\especialidad ilse\solucion guia 2\el eden
 
financial data consolidation
financial data consolidationfinancial data consolidation
financial data consolidation
 
Tecnicas
TecnicasTecnicas
Tecnicas
 
IBM Finance Forum - Rapportering på Cognos Controller-data i praktiken
IBM Finance Forum - Rapportering på Cognos Controller-data i praktikenIBM Finance Forum - Rapportering på Cognos Controller-data i praktiken
IBM Finance Forum - Rapportering på Cognos Controller-data i praktiken
 
Plan De GestiòN Uso De Tic`S Insteba, Cartagena De Indias
Plan De GestiòN Uso De Tic`S Insteba, Cartagena De IndiasPlan De GestiòN Uso De Tic`S Insteba, Cartagena De Indias
Plan De GestiòN Uso De Tic`S Insteba, Cartagena De Indias
 
Newsletter Westside Spring 2016
Newsletter Westside Spring 2016Newsletter Westside Spring 2016
Newsletter Westside Spring 2016
 
Bridge perde disputa e fica de fora dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Bridge perde disputa e fica de fora dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020Bridge perde disputa e fica de fora dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020
Bridge perde disputa e fica de fora dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020
 
Vimlendu_CV
Vimlendu_CVVimlendu_CV
Vimlendu_CV
 
Escaneado comercio
Escaneado comercioEscaneado comercio
Escaneado comercio
 
4. estadísticas comparativas sobre seguridad
4. estadísticas comparativas sobre seguridad4. estadísticas comparativas sobre seguridad
4. estadísticas comparativas sobre seguridad
 
A Difficult Past
A Difficult PastA Difficult Past
A Difficult Past
 
Carreira gráfico - v.02
Carreira   gráfico - v.02Carreira   gráfico - v.02
Carreira gráfico - v.02
 
Theme 5 part 1
Theme 5 part 1Theme 5 part 1
Theme 5 part 1
 
Ensamblar muebles en linea
Ensamblar muebles en lineaEnsamblar muebles en linea
Ensamblar muebles en linea
 
Tarea3 comp comunic_tecnol_william cisneros
Tarea3 comp comunic_tecnol_william cisnerosTarea3 comp comunic_tecnol_william cisneros
Tarea3 comp comunic_tecnol_william cisneros
 

Similar a Mito e Comunidade parte 1

Moda, Opinião e Estetização do Mundo
Moda, Opinião e Estetização do MundoModa, Opinião e Estetização do Mundo
Moda, Opinião e Estetização do Mundoemilianapomarico
 
Novo_Livro_Prof_Sousa_Lara-63555972 (1).docx
Novo_Livro_Prof_Sousa_Lara-63555972 (1).docxNovo_Livro_Prof_Sousa_Lara-63555972 (1).docx
Novo_Livro_Prof_Sousa_Lara-63555972 (1).docxEduardoNeto70
 
Etnocentrismo e relativismo cultural
Etnocentrismo e relativismo culturalEtnocentrismo e relativismo cultural
Etnocentrismo e relativismo culturalPsicologia_2015
 
A sombra-das-maiorias-silenciosas
A sombra-das-maiorias-silenciosasA sombra-das-maiorias-silenciosas
A sombra-das-maiorias-silenciosasAndré Carneiro
 
Dilthey e os tipos de concepção do mundo
Dilthey e os tipos de concepção do mundoDilthey e os tipos de concepção do mundo
Dilthey e os tipos de concepção do mundoCarlos Alberto Monteiro
 
Regime totalitário na concepção de hannah arendt
Regime totalitário na concepção de hannah arendtRegime totalitário na concepção de hannah arendt
Regime totalitário na concepção de hannah arendtWesley Santos
 
Janine salvaro: Tribalização
Janine salvaro: TribalizaçãoJanine salvaro: Tribalização
Janine salvaro: TribalizaçãoManinho Walker
 
Entre praticas e_representacoes_os_folhetins_nos_anos_sessenta
Entre praticas e_representacoes_os_folhetins_nos_anos_sessentaEntre praticas e_representacoes_os_folhetins_nos_anos_sessenta
Entre praticas e_representacoes_os_folhetins_nos_anos_sessentaSilvana Oliveira
 
Educação, pós modernidade e globalização
Educação, pós modernidade e globalizaçãoEducação, pós modernidade e globalização
Educação, pós modernidade e globalizaçãoSilvânio Barcelos
 
Do sono dogmático revisado
Do sono dogmático revisadoDo sono dogmático revisado
Do sono dogmático revisadoJusemara
 
Maffesoli. iconologias. traduação cláudio paiva 05.05.2011
Maffesoli. iconologias. traduação cláudio paiva 05.05.2011Maffesoli. iconologias. traduação cláudio paiva 05.05.2011
Maffesoli. iconologias. traduação cláudio paiva 05.05.2011claudiocpaiva
 
Marxismo cultural - A Farsa Ateísta
Marxismo cultural - A Farsa AteístaMarxismo cultural - A Farsa Ateísta
Marxismo cultural - A Farsa AteístaCarlos Silva
 
Pequeno Tratado de Subversão da Ordem
Pequeno Tratado de Subversão da OrdemPequeno Tratado de Subversão da Ordem
Pequeno Tratado de Subversão da OrdemGiba Canto
 
Um Índio Didático. Notas para o estudo de representações - Everardo Pereira G...
Um Índio Didático. Notas para o estudo de representações - Everardo Pereira G...Um Índio Didático. Notas para o estudo de representações - Everardo Pereira G...
Um Índio Didático. Notas para o estudo de representações - Everardo Pereira G...Junior Ferreira
 
Manifesto do Partido Comunista de 1848 - Marx e Engels (Resenha)
Manifesto do Partido Comunista de 1848 - Marx e Engels (Resenha)Manifesto do Partido Comunista de 1848 - Marx e Engels (Resenha)
Manifesto do Partido Comunista de 1848 - Marx e Engels (Resenha)Kary Subieta Campos
 

Similar a Mito e Comunidade parte 1 (20)

Texto7 P7
Texto7 P7Texto7 P7
Texto7 P7
 
Moda, Opinião e Estetização do Mundo
Moda, Opinião e Estetização do MundoModa, Opinião e Estetização do Mundo
Moda, Opinião e Estetização do Mundo
 
Novo_Livro_Prof_Sousa_Lara-63555972 (1).docx
Novo_Livro_Prof_Sousa_Lara-63555972 (1).docxNovo_Livro_Prof_Sousa_Lara-63555972 (1).docx
Novo_Livro_Prof_Sousa_Lara-63555972 (1).docx
 
Etnocentrismo e relativismo cultural
Etnocentrismo e relativismo culturalEtnocentrismo e relativismo cultural
Etnocentrismo e relativismo cultural
 
Cap 04 sociologia
Cap 04   sociologiaCap 04   sociologia
Cap 04 sociologia
 
A sombra-das-maiorias-silenciosas
A sombra-das-maiorias-silenciosasA sombra-das-maiorias-silenciosas
A sombra-das-maiorias-silenciosas
 
Dilthey e os tipos de concepção do mundo
Dilthey e os tipos de concepção do mundoDilthey e os tipos de concepção do mundo
Dilthey e os tipos de concepção do mundo
 
Fluzz capítulo 3
Fluzz capítulo 3Fluzz capítulo 3
Fluzz capítulo 3
 
Programa - Depois da morte
Programa - Depois da mortePrograma - Depois da morte
Programa - Depois da morte
 
Psicopatologia Urbana
Psicopatologia UrbanaPsicopatologia Urbana
Psicopatologia Urbana
 
Regime totalitário na concepção de hannah arendt
Regime totalitário na concepção de hannah arendtRegime totalitário na concepção de hannah arendt
Regime totalitário na concepção de hannah arendt
 
Janine salvaro: Tribalização
Janine salvaro: TribalizaçãoJanine salvaro: Tribalização
Janine salvaro: Tribalização
 
Entre praticas e_representacoes_os_folhetins_nos_anos_sessenta
Entre praticas e_representacoes_os_folhetins_nos_anos_sessentaEntre praticas e_representacoes_os_folhetins_nos_anos_sessenta
Entre praticas e_representacoes_os_folhetins_nos_anos_sessenta
 
Educação, pós modernidade e globalização
Educação, pós modernidade e globalizaçãoEducação, pós modernidade e globalização
Educação, pós modernidade e globalização
 
Do sono dogmático revisado
Do sono dogmático revisadoDo sono dogmático revisado
Do sono dogmático revisado
 
Maffesoli. iconologias. traduação cláudio paiva 05.05.2011
Maffesoli. iconologias. traduação cláudio paiva 05.05.2011Maffesoli. iconologias. traduação cláudio paiva 05.05.2011
Maffesoli. iconologias. traduação cláudio paiva 05.05.2011
 
Marxismo cultural - A Farsa Ateísta
Marxismo cultural - A Farsa AteístaMarxismo cultural - A Farsa Ateísta
Marxismo cultural - A Farsa Ateísta
 
Pequeno Tratado de Subversão da Ordem
Pequeno Tratado de Subversão da OrdemPequeno Tratado de Subversão da Ordem
Pequeno Tratado de Subversão da Ordem
 
Um Índio Didático. Notas para o estudo de representações - Everardo Pereira G...
Um Índio Didático. Notas para o estudo de representações - Everardo Pereira G...Um Índio Didático. Notas para o estudo de representações - Everardo Pereira G...
Um Índio Didático. Notas para o estudo de representações - Everardo Pereira G...
 
Manifesto do Partido Comunista de 1848 - Marx e Engels (Resenha)
Manifesto do Partido Comunista de 1848 - Marx e Engels (Resenha)Manifesto do Partido Comunista de 1848 - Marx e Engels (Resenha)
Manifesto do Partido Comunista de 1848 - Marx e Engels (Resenha)
 

Más de renatotf

English Frashly Juiced - promotion 1
English Frashly Juiced - promotion 1English Frashly Juiced - promotion 1
English Frashly Juiced - promotion 1renatotf
 
Taormina Sicilia
Taormina SiciliaTaormina Sicilia
Taormina Siciliarenatotf
 
Texto43-Pipn-P7
Texto43-Pipn-P7Texto43-Pipn-P7
Texto43-Pipn-P7renatotf
 
Texto37b P7
Texto37b P7Texto37b P7
Texto37b P7renatotf
 
Texto37 P7
Texto37 P7Texto37 P7
Texto37 P7renatotf
 
Texto37a P7
Texto37a P7Texto37a P7
Texto37a P7renatotf
 
Texto37c P7
Texto37c P7Texto37c P7
Texto37c P7renatotf
 
Texto4a P7
Texto4a P7Texto4a P7
Texto4a P7renatotf
 
Texto31 P7
Texto31  P7Texto31  P7
Texto31 P7renatotf
 
Texto41-Pipn-P7
Texto41-Pipn-P7Texto41-Pipn-P7
Texto41-Pipn-P7renatotf
 
Texto42-Pipn-P7
Texto42-Pipn-P7Texto42-Pipn-P7
Texto42-Pipn-P7renatotf
 
Texto39-Pipn-P7
Texto39-Pipn-P7Texto39-Pipn-P7
Texto39-Pipn-P7renatotf
 
Texto38 P7
Texto38 P7Texto38 P7
Texto38 P7renatotf
 
Texto24 P7
Texto24 P7Texto24 P7
Texto24 P7renatotf
 
Texto20 P7
Texto20 P7Texto20 P7
Texto20 P7renatotf
 
Texto35 P7
Texto35 P7Texto35 P7
Texto35 P7renatotf
 
Texto33 P7
Texto33 P7Texto33 P7
Texto33 P7renatotf
 
Texto27 P7
Texto27 P7Texto27 P7
Texto27 P7renatotf
 

Más de renatotf (20)

Grup4a 1
Grup4a 1Grup4a 1
Grup4a 1
 
English Frashly Juiced - promotion 1
English Frashly Juiced - promotion 1English Frashly Juiced - promotion 1
English Frashly Juiced - promotion 1
 
Taormina Sicilia
Taormina SiciliaTaormina Sicilia
Taormina Sicilia
 
Texto4 P7
Texto4 P7Texto4 P7
Texto4 P7
 
Texto43-Pipn-P7
Texto43-Pipn-P7Texto43-Pipn-P7
Texto43-Pipn-P7
 
Texto37b P7
Texto37b P7Texto37b P7
Texto37b P7
 
Texto37 P7
Texto37 P7Texto37 P7
Texto37 P7
 
Texto37a P7
Texto37a P7Texto37a P7
Texto37a P7
 
Texto37c P7
Texto37c P7Texto37c P7
Texto37c P7
 
Texto4a P7
Texto4a P7Texto4a P7
Texto4a P7
 
Texto31 P7
Texto31  P7Texto31  P7
Texto31 P7
 
Texto41-Pipn-P7
Texto41-Pipn-P7Texto41-Pipn-P7
Texto41-Pipn-P7
 
Texto42-Pipn-P7
Texto42-Pipn-P7Texto42-Pipn-P7
Texto42-Pipn-P7
 
Texto39-Pipn-P7
Texto39-Pipn-P7Texto39-Pipn-P7
Texto39-Pipn-P7
 
Texto38 P7
Texto38 P7Texto38 P7
Texto38 P7
 
Texto24 P7
Texto24 P7Texto24 P7
Texto24 P7
 
Texto20 P7
Texto20 P7Texto20 P7
Texto20 P7
 
Texto35 P7
Texto35 P7Texto35 P7
Texto35 P7
 
Texto33 P7
Texto33 P7Texto33 P7
Texto33 P7
 
Texto27 P7
Texto27 P7Texto27 P7
Texto27 P7
 

Mito e Comunidade parte 1

  • 1. Mito e Comunidade (parte 1 de 2) « Page 1 of 6 O FOGO DA VONTADE • Home • Contacto Mito e Comunidade (parte 1 de 2) 2009 Junho 11 by Rodrigo Comunicação de Giorgio Locchi no XIII colóquio federal do G.R.E.C.E. Com um bom século de avanço, Friedrich Nietzsche havia previsto todos, ou quase todos, os fenómenos que caracterizam a nossa época, como a ascensão do niilismo anarquista, a epidemia das neuroses, o extraordinário desenvolvimento de uma arte do espectáculo rebaixada ao nível do “circense” quotidiano, o comércio da luxúria. A verificação das profecias nietzschianas deveria afectar os espíritos, convidá-los à reflexão. Não é assim. Mas isso é fatal. Nietzsche havia estabelecido para as sociedades ocidentais um diagnóstico de decadência e não fazia mais do que prever o decurso normal da doença. Ora, o que é próprio desta doença das sociedades que é a decadência é a cegueira que afecta o doente sobre o seu estado. Quanto mais está doente, mais acredita estar de boa saúde. Uma sociedade decadente é tanto mais progressista quanto mais se aproxima da conclusão fatal da sua doença. Olhemos em torno a nós. Todos, do liberal mais ou menos avançado ao comunista mais ou menos atrasado, acreditam visceralmente no progresso, estão intimamente convencidos de viver uma era de progresso e mesmo de progresso último. Vêem toda a espécie de fenómenos sociais que na longa história dos povos sempre caracterizaram as agonias dos povos e das culturas. Do feminismo à ascensão social fulgurante dos histriões e das gentes do espectáculo, da desagregação das células sociais tradicionais (para nós a família) às tentativas efémeras e sempre renovadas de as substituir por não se sabe que “comunas”, do universalismo masoquista ao abatimento de toda a norma social restritiva para o indivíduo. Mas tornaram-se perfeitamente incapazes de tirar lições da história, o que os leva por vezes a dizer que a história não tem sentido. Um outro traço é característico da decadência avançada: a mediocridade dos sentimentos. Discutimos agressivamente, mas toleramo-nos. Ainda fazemos a guerra, fria se possível, mas fazemo-la em nome do amor, para libertar o outro. Aquilo que nos obrigamos a odiar é uma abstracção do Outro, nunca o Outro na sua realidade. Odiamos consoante o campo em que nos encontramos, o detestável capitalismo ocidental ou o horrível regime comunista, mas amamos o povo russo, amamos o grande povo americano. As sociedades decadentes já não sabem amar ou odiar, já estão tépidas, pois a vida está em vias de as abandonar, a sua força vital está já quase toda dissipada. Essa força vital que dá vida às sociedades, as organiza e as lança sobre os perigosos caminhos da história, essa força pode receber diversos nomes. Dostoievski chamava-lhe Deus e dizia que quando um povo deixa de ter o seu Deus não pode mais que agonizar e morrer. Friedrich Nietzsche, por sua vez, anunciou às sociedades ocidentais que o seu Deus estava morto e que elas também iriam, portanto, morrer. Paul Valéry, à sua maneira, sentiu a mesma verdade. Para mim, “Deus” é uma definição demasiado estreita, demasiado “ocidental”, daquilo que é a força vital de uma sociedade. O Divino não é mais que um elemento, que um aspecto dessa força vital que eu chamaria antes, em toda a sua complexidade, MITO. O que é próprio do Mito, tal como o entendo, é entrar na história criando-se a si mesmo, isto é, criando e organizando os seus próprios elementos. O Mito é essa força histórica que dá vida a uma comunidade, organiza-a, lança-a rumo ao seu destino. O Mito é, antes de tudo, um sentimento do mundo, mas um sentimento do mundo partilhado e, enquanto tal, é e cria objectivamente o laço social e, ao mesmo tempo, a norma comunitária. Estrutura a comunidade, dá-lhe o seu estilo de vida, e estrutura também as personalidades individuais. Este sentimento do mundo está, por outro lado, na origem de uma visão do mundo, portanto de expressões coerentes de pensamento. A história ensina-nos que http://ofogodavontade.wordpress.com/2009/06/11/mito-e-comunidade-parte-1-de-2/ 15/6/2009
  • 2. Mito e Comunidade (parte 1 de 2) « Page 2 of 6 cada povo, cada civilização, teve o seu Mito. Na perspectiva que se abre a partir do nosso presente social, temos a impressão que os Mitos estão sempre ligados a uma fase primordial, já superada, do devir humano. Que o Mito seja, por assim dizer, a manifestação própria da infância da humanidade, é um lugar-comum da reflexão histórica moderna. É o ponto de vista, inevitável, de um pensamento que é o reflexo da velhice de uma civilização. Quando um Mito morre, quando o olhamos de fora, um Mito surge-nos como um conjunto de crenças mais ou menos fantasiosas, como uma colecção de narrativas imaginárias, estranhamente confusas, sempre contraditórias. Se tentamos, pela imaginação posterior, transportá-lo para a vida e a história, o Mito parece mover-se contra o sentido do tempo, o que leva Mircea Eliade a dizer que o Mito é nostalgia das origens. Mas sucede que não podemos estudar a vida num cadáver. Um Mito vivo reconhece-se pelo facto de ser harmonia, fusão e unidade dos contrários. Isso significa, muito simplesmente, que os homens que vivem no campo do Mito e que são organizados por ele, não sentem como contraditório tudo que parecerá contraditória aos que estão de fora. O Mito é força criativa viva e demonstra-o justamente por essa criação que infatigavelmente reduz e harmoniza os contrários. Tivemos um nome para esta virtude redutora das contradições, chamámos-lhe a fé. Racionalmente estamos aqui num círculo vicioso, outra forma de contradição: o Mito apenas é verdadeiro pela fé, mas a fé apenas vive pelo Mito – a fé não é criada senão pelo Mito. Para quem está no Mito, sabemo-lo bem, esse círculo vicioso, essa contradição, não o é, porque o Mito está em todos os que dele são tributários e não cessa de se criar entre eles e por eles. Porque o Mito, com efeito, é criação incessante se si mesmo, ele é – sob todos os aspectos – auto-criação. Isso é verdade, desde logo, ao nível da linguagem, que é o nível no qual o humano se constitui enquanto ser social. Ilustres estruturalistas dizem-nos hoje que nós não falamos, que “somos falados”. Falam evidentemente deles mesmos e para eles mesmos, enquanto representantes privilegiados das sociedades actuais. Têm razão; pois toda a língua, desligada do Mito – isto é, do sentimento do mundo – que a criou, apenas pode ser falada, no sentido em que aqueles que a utilizam já não falam verdadeiramente, antes são falados. Enquanto a língua está ainda vivamente ligada à sua raiz mítica está também ainda a criar-se e aqueles que a utilizam ainda falam e se falam, longe de toda a Torre de Babel. A língua do Mito estrutura símbolos, ainda cria as coisas com as palavras. A partir do momento em que o Mito deixa de falar, e passa a ser, no máximo, falado, à harmonia do símbolo sucede a discórdia de duas ideias opostas, inconciliáveis. Isso significa também, tautologicamente, que à época do Mito sucede a época das ideologias, de ideologias saídas de uma mesma fonte e contudo sempre opostas, que se esforçam em vão para atingir a sua síntese impossível através de uma “ciência última” e de reencontrar dessa forma esse paraíso perdido que era assegurado pela harmonia do Mito. Por ser harmonia dos contrários, o Mito é também o laço social por excelência e, desse ponto de vista, é legítimo falar, a seu respeito, de religião. Enquanto laço social, o Mito organiza a sociedade, assegura-lhe a coerência no espaço e através do tempo. O Mito é bem mais que uma Weltanschauung, é um sentimento do mundo e também, ao mesmo tempo – melhor: por isso mesmo – um sentimento de valor, uma métrica operante. Ele é a chave que explica, que sugere a acção e a norma da acção. Queria relembrar-vos aqui como um Mito pode organizar uma sociedade, ditar a conduta dos homens, no caso os helenos, confrontados frequentemente com um problema que lhes era desconhecido. Os helenos eram indo-europeus, o seu Mito era o Mito indo-europeu, que constituía a base sobre a qual estavam organizados em descendência patrilinear fundada sobre o que podemos chamar o valor heróico. Quando imigraram para a península grega viram-se confrontados com uma sociedade de descendência matrilinear. Por razões que foram talvez contingentes, não destruíram esta sociedade estrangeira. Houve mistura de povos, de civilizações. Isto colocava um grave problema: o da oposição inconciliável entre duas concepções da sociedade e do direito. Na sociedade matriarcal, não são as mulheres que fazem a guerra e detêm o poder, são também os homens. Mas a legitimidade do poder vem da mulher, apenas se é rei porque se desposa a mulher que por direito de descendência matrilinear é herdeira do poder. Nestas sociedades o poder é assim sempre detido por homens que são escolhidos pelas mulheres. Ora, se podemos legitimamente pensar que os helenos, no início da mistura, adquiriram frequentemente o poder graças ao casamento, deviam ainda assim legitimá-lo do ponto de vista do seu Mito, do ponto de vista do direito patrilinear. Existe toda uma miríade de narrativas míticas que nos contam estes conflitos e as mil vias pelas quais os helenos sempre fizeram triunfar o seu sistema de valores. A aventura de Édipo, a Oresteia, os mitos de Teseu, de Jasão, de Belerofonte, mesmo o mito do rapto da Europa são penas exemplos entre tantos outros. E a supremacia do direito paternal é simbolizada, num Panteão que é tributário, é certo, de duas religiões míticas, pela presença de Atena, a deusa virgem, deusa guerreira mas também deusa do pensamento reflectido. Atena não tem mãe, ela proclama “apenas ser de seu pai”, Zeus, e é ela que está lá para absolver todos os Orestes, que para vingar o seu pai, foram constrangidos a assinar a sua mãe. Ads by Google Mito Reviews Expert Mito car reviews from the professionals, with detailed info. www.AutoExpress.co.uk/Mito_Review from → Filosofia e Doutrina No comments yet Leave a Reply Name : Email : Website: http://ofogodavontade.wordpress.com/2009/06/11/mito-e-comunidade-parte-1-de-2/ 15/6/2009
  • 3. Mito e Comunidade (parte 1 de 2) « Page 3 of 6 Comment: Note: You can use basic XHTML in your comments. Your email address will never be published. Subscrever o feed deste comentário por RSS Notify me of follow-up comments via email. Submit Comment • Comentários Recentes Rodrigo no O rebanho ocidental YHWH no O rebanho ocidental Rodrigo no Os libertadores Rodrigo no A escolha do Trágico YHWH no Não à Europa maçónica! • Categorias ◦ Agitprop (3) ◦ Arte (5) ◦ Ética e Estética (15) ◦ Cinema (2) ◦ Citações (6) ◦ Direito (1) ◦ Economia (11) ◦ Editorial (15) ◦ Entrevistas (7) ◦ Estado (1) ◦ Estratégia (6) ◦ Filosofia e Doutrina (37) ◦ Geopolítica (7) ◦ História (17) ◦ Humor (2) ◦ Imigração (12) ◦ Internacional (8) ◦ Ligações (5) ◦ Livros (6) ◦ Maçonaria (2) ◦ Manipulação (10) ◦ masculino/feminino (7) ◦ Modernidade (3) ◦ Mundialização (6) ◦ Nacional (4) ◦ Nova Direita (5) ◦ Personalidades (2) ◦ Revolução Conservadora (4) ◦ Sistema (13) ◦ Tradição e Espiritualidade (9) http://ofogodavontade.wordpress.com/2009/06/11/mito-e-comunidade-parte-1-de-2/ 15/6/2009
  • 4. Mito e Comunidade (parte 1 de 2) « Page 4 of 6 • Anterior ◦ Batalha Final • Blogs ◦ A Voz Portalegrense ◦ Admirável Mundo Novo ◦ Alma Pátria ◦ Archaion ◦ Askesis ◦ Au Milieu des Ruines ◦ Cegos, Mudos e Surdos ◦ Cidade do Sossego ◦ Citadino ◦ Club Acacia ◦ Dragoscópio ◦ Euro-Synergies ◦ Euro-Ultramarino ◦ Gladius ◦ Inconformista ◦ InfoKrisis ◦ Legião Invicta ◦ Legião Vertical ◦ Manlius ◦ Minoria Ruidosa ◦ Mneme ◦ Nonas ◦ Nova Frente ◦ O Reaccionário ◦ ONG ◦ Pena e Espada ◦ Perspectivas ◦ Política XIX ◦ Prometheus ◦ Reconquista ◦ Reverentia ◦ Revisionismo em Linha ◦ Theatrum Belli ◦ Urgrund ◦ Vouloir ◦ Zentropa • Fóruns ◦ Fórum Nacional ◦ Lealdade Sacra ◦ Viva Mafarka • Notícias ◦ Altermedia ◦ NoReporter ◦ Novopress ◦ Rinascita • Partido ◦ PNR • Sítios ◦ AAARGH ◦ Adriano Romualdi ◦ AmRen ◦ Boletim Evoliano ◦ Causa Identitária http://ofogodavontade.wordpress.com/2009/06/11/mito-e-comunidade-parte-1-de-2/ 15/6/2009
  • 5. Mito e Comunidade (parte 1 de 2) « Page 5 of 6 ◦ Causa Nacional ◦ Centro Estudos Euroasiáticos ◦ Centro Studi La Runa ◦ Cultrura.net ◦ Edições Falcata ◦ Edições Réquila ◦ Edizioni di Ar ◦ EuroCombate ◦ Europe Maxima ◦ Gabriele Adinolfi ◦ GRECE ◦ Il Fondo ◦ Junge Freiheit Archiv ◦ L’Esprit Européen ◦ L’Uomo Libero ◦ Librad ◦ Libreria Europa ◦ Mankind Quarterly ◦ Metapedia ◦ Nova Direita ◦ Occidental Quarterly ◦ Polémia ◦ Rádio Bandiera Nera ◦ Rodrigo Emílio ◦ Terra e Povo – Galiza ◦ Terra e Povo – Portugal ◦ Terre et Peuple ◦ Thule Italia ◦ Tierra y Pueblo ◦ VHO ◦ Via Natura ◦ VoxNR ◦ Zur Zeit • Tradição e Espiritualidade ◦ Celtiberia ◦ Georges Dumézil ◦ Racines et Traditions • z ◦ • Arquivos ◦ Junho 2009 ◦ Maio 2009 ◦ Abril 2009 ◦ Março 2009 ◦ Fevereiro 2009 ◦ Janeiro 2009 ◦ Maio 2008 ◦ Abril 2008 ◦ Março 2008 ◦ Fevereiro 2008 ◦ Janeiro 2008 ◦ Dezembro 2007 ◦ Novembro 2007 ◦ Outubro 2007 ◦ Agosto 2007 ◦ Julho 2007 ◦ Junho 2007 ◦ Maio 2007 ◦ Abril 2007 ◦ Março 2007 ◦ Fevereiro 2007 ◦ Janeiro 2007 http://ofogodavontade.wordpress.com/2009/06/11/mito-e-comunidade-parte-1-de-2/ 15/6/2009
  • 6. Mito e Comunidade (parte 1 de 2) « Page 6 of 6 ◦ Dezembro 2006 Blog em WordPress.com. Theme: Vigilance by Jestro http://ofogodavontade.wordpress.com/2009/06/11/mito-e-comunidade-parte-1-de-2/ 15/6/2009