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02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial
Carlos Mota Cardoso
1
Psicopatologia
Geral e Especial
02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial
Carlos Mota Cardoso
2
Ano Lectivo
2006 / 2007
02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial
Carlos Mota Cardoso
3
Introdução à Psicopatologia Geral
Limites da Psicopatologia Geral
Etimologia
O “Homem Total”
Multidisciplinaridade
Conceito de Normalidade
Conceito de Doença
Sintoma e Síndroma
Hierarquia dos sintomas
O diagnóstico é um processo
Sumário
02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial
Carlos Mota Cardoso
4
Psicopatologia Geral
Limites da Psicopatologia Geral
• A clínica (psiquiátrica e psicológica) como profissão
prática e a psicopatologia como ciência
• Psicopatologia e psicologia
• Psicopatologia e medicina somática
• Psicopatologia e filosofia
02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial
Carlos Mota Cardoso
5
Psicopatologia Geral
Limites da Psicopatologia Geral
• A clínica (psiquiátrica e psicológica) como profissão
prática e a psicopatologia como ciência
– Para o clínico a ciência é apenas um dos meios de
auxílio. Enquanto que para o psicopatologista a ciência
é um fim em si mesmo. Os limites consistem em jamais
poder reduzir inteiramente o indivíduo humano a
conceitos psicopatológicos. Quanto mais e melhor
conhece o indivíduo tanto mais se apercebe do oculto
ao qual não pode chegar.
02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial
Carlos Mota Cardoso
6
Psicopatologia Geral
Binswanger: Fala em “antropose” para referenciar a
preponderância dos factores psíquicos nas impropriamente
chamadas afecções da alma.
Kurt Schneider: “Os fenómenos psíquicos são patológicos
apenas quando a sua existência está condicionada por
patologia corporal”.
Karl Jaspers: Para o clínico a ciência é apenas um meio
auxiliar para atingir um objectivo: ajudar o doente. Para o
psicopatologista, a ciência psicopatológica é em si própria o
objectivo.
Eugene Minkowski: A psicopatologia assume-se como uma
ciência pura, subsidiária de muitas áreas do conhecimento
humano. Corresponde mais a uma “psicologia do
patológico” do que a uma patologia do psicológico”.
Observatório Psicopatológico
Psicopatologia: Será uma afecção do espírito?
02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial
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7
Psicopatologia Geral
Limites da Psicopatologia Geral
• Psicopatologia e psicologia
– A psicologia estuda a vida psíquica denominada
normal. Está para a psicopatologia como a fisiologia
está para a patologia somática. Porém na
psicopatologia existem muitos fenómenos para os
quais não se encontra uma correspondente psicológica
no campo normal.
02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial
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8
Psicopatologia Geral
Limites da Psicopatologia Geral
• Psicopatologia e medicina somática
– Corpo e alma formam uma unidade indissolúvel
que se estende a todos os processos. Acham-se
sempre numa relação de troca recíproca, muito
mais penetrante na psicopatologia do que na
psicologia normal.
02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial
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9
Psicopatologia Geral
Limites da Psicopatologia Geral
• Psicopatologia e filosofia
– Tudo na psicopatologia como na psicologia pode ser
contestado. Urge assim defender e esclarecer através
duma metodologia sólida. Se é certo que a filosofia
pouco ou nada possa contribuir para a ciência, não
deixa de ser importante para a atitude humana do
psicopatologista e para a clareza dos seus motivos de
conhecimento, constituindo assim um dos fundamentos
da metodologia.
02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial
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10
Psicopatologia Geral
Etimologia
Grego:
Psykhé + Pathos + Logos
alma doença estudo
02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial
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11
Psicopatologia Geral
O “Homem Total”
Psicopatologia: sua inserção no curso de psicologia. A
compreensão psicopatológica aproxima-nos do ser
humano. Mostra-nos o que escapa ao “normal”, mas
também nos mostra o que está intacto por forma a ter-
mos meios para elaborar uma estratégia terapêutica.
Psicodinâmica: A psicopatologia descritiva como
fundamento da psicodinâmica. Ela está em incessante
movimento, dando-nos pistas para descortinar o devir.
Objecto da clínica: É o “ser humano total”, quanto à sua
história e ao seu próprio devir. A “totalidade” é porém um
ideal inatingível.
02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial
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12
Psicopatologia Geral
Multidisciplinaridade
• Semiologia somática: Sua importância para o
estudo da psicopatologia.
• Equipa multidisciplinar: O papel do psicólogo.
• Doença: Os diversos conceitos. Enfermidade em
sentido médico, sociológico, psicológico, forense.
• Normal e anormal: A estatística ao serviço da
sociologia da psicologia e da psicopatologia
02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial
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13
Psicopatologia Geral
Normal Anormal
Positivo (génio) Negativo (Comportamento Desviante)
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Não doente Doente (em sentido lato)
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Normal e Anormal
02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial
Carlos Mota Cardoso
14
Psicopatologia Geral
Normal: é em sentido global, um comportamento próprio da
maioria das pessoas pertencentes a uma determinada esfera
sócio-cultural.
Anormal: é aquilo que num determinado comportamento se desvia
da “norma” do correspondente grupo a que o indivíduo
pertence.
São: um caso especial do normal, mas em geral excede o âmbito
da norma. De modo mais global designa também o estado de
conjunto de um sujeito e não se refere, como o conceito de
norma, a determinados aspectos do comportamento. Para a
O.M.S. “são” é sinónimo de bem estar.
Conceito de Normalidade
02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial
Carlos Mota Cardoso
15
Psicopatologia Geral
Enfermidade (em sentido médico): baseia-se em dados
anatomopatológicos e fisiopatológicos.
Enfermidade (em sentido sociológico): “são” é o
socialmente adaptado.
Enfermidade (em sentido psicológico): baseia-se no
sofrimento.
Enfermidade (em sentido forense): busca as bases da
resposta a diversas perguntas, relativas ao aumento ou
diminuição da imputabilidade, da responsabilidade, etc.
Conceito de Doença
02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial
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16
Psicopatologia Geral
Sintoma – deriva do vocábulo grego ( symptôma); significa ocorrer, indício de doença.
Sintoma – a mais pequena unidade descritível em psicopatologia.
Psicopatologia – os sintomas são modos do vivenciar e do
comportamento que se destacam do habitual num determinado
contexto sócio-cultural.
Síndroma – combinação típica de sintomas que aparecem sob a forma
de quadro clínico.
Sinal – aquilo que objectivamente se vê.
Sintoma e Síndroma
02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial
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17
Psicopatologia Geral
Perante sinais e sintomas em psicopatologia pergunta-se:
• Qual o significado do sinal no que respeita à
situação actual e ao seu curso?
• Qual o significado do sintoma em termos
etiopatogénicos?
• Qual o significado do sintoma no plano
biográfico-interpretativo?
• O que nos comunica o doente através dos
sintomas (de forma intencional ou não)?
02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial
Carlos Mota Cardoso
18
Psicopatologia Geral
Hierarquia dos sintomas
Sintomas de 1ª Ordem (K. Shneider) – aqueles que
orientam o diagnóstico.
Sintomas de 2ª Ordem (K. S.) – aqueles que, quando
isolados, tornam difícil fundamentar o diagnóstico.
Sintomas Primários (Bleuler) – representam a
manifestação dum hipotético morbus.
Sintomas Secundários (Bleuler) – representam a
resposta da personalidade à própria enfermidade.
02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial
Carlos Mota Cardoso
19
Psicopatologia Geral
Exame Anamnésico
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Diagnóstico
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O diagnóstico é um processo.
O processo de conhecimento sobre alguém que se investiga médica e psicologicamente.
02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial
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Psicopatologia Geral
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Psicopatologia geral

  • 1. 02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso 1 Psicopatologia Geral e Especial
  • 2. 02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso 2 Ano Lectivo 2006 / 2007
  • 3. 02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso 3 Introdução à Psicopatologia Geral Limites da Psicopatologia Geral Etimologia O “Homem Total” Multidisciplinaridade Conceito de Normalidade Conceito de Doença Sintoma e Síndroma Hierarquia dos sintomas O diagnóstico é um processo Sumário
  • 4. 02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso 4 Psicopatologia Geral Limites da Psicopatologia Geral • A clínica (psiquiátrica e psicológica) como profissão prática e a psicopatologia como ciência • Psicopatologia e psicologia • Psicopatologia e medicina somática • Psicopatologia e filosofia
  • 5. 02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso 5 Psicopatologia Geral Limites da Psicopatologia Geral • A clínica (psiquiátrica e psicológica) como profissão prática e a psicopatologia como ciência – Para o clínico a ciência é apenas um dos meios de auxílio. Enquanto que para o psicopatologista a ciência é um fim em si mesmo. Os limites consistem em jamais poder reduzir inteiramente o indivíduo humano a conceitos psicopatológicos. Quanto mais e melhor conhece o indivíduo tanto mais se apercebe do oculto ao qual não pode chegar.
  • 6. 02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso 6 Psicopatologia Geral Binswanger: Fala em “antropose” para referenciar a preponderância dos factores psíquicos nas impropriamente chamadas afecções da alma. Kurt Schneider: “Os fenómenos psíquicos são patológicos apenas quando a sua existência está condicionada por patologia corporal”. Karl Jaspers: Para o clínico a ciência é apenas um meio auxiliar para atingir um objectivo: ajudar o doente. Para o psicopatologista, a ciência psicopatológica é em si própria o objectivo. Eugene Minkowski: A psicopatologia assume-se como uma ciência pura, subsidiária de muitas áreas do conhecimento humano. Corresponde mais a uma “psicologia do patológico” do que a uma patologia do psicológico”. Observatório Psicopatológico Psicopatologia: Será uma afecção do espírito?
  • 7. 02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso 7 Psicopatologia Geral Limites da Psicopatologia Geral • Psicopatologia e psicologia – A psicologia estuda a vida psíquica denominada normal. Está para a psicopatologia como a fisiologia está para a patologia somática. Porém na psicopatologia existem muitos fenómenos para os quais não se encontra uma correspondente psicológica no campo normal.
  • 8. 02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso 8 Psicopatologia Geral Limites da Psicopatologia Geral • Psicopatologia e medicina somática – Corpo e alma formam uma unidade indissolúvel que se estende a todos os processos. Acham-se sempre numa relação de troca recíproca, muito mais penetrante na psicopatologia do que na psicologia normal.
  • 9. 02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso 9 Psicopatologia Geral Limites da Psicopatologia Geral • Psicopatologia e filosofia – Tudo na psicopatologia como na psicologia pode ser contestado. Urge assim defender e esclarecer através duma metodologia sólida. Se é certo que a filosofia pouco ou nada possa contribuir para a ciência, não deixa de ser importante para a atitude humana do psicopatologista e para a clareza dos seus motivos de conhecimento, constituindo assim um dos fundamentos da metodologia.
  • 10. 02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso 10 Psicopatologia Geral Etimologia Grego: Psykhé + Pathos + Logos alma doença estudo
  • 11. 02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso 11 Psicopatologia Geral O “Homem Total” Psicopatologia: sua inserção no curso de psicologia. A compreensão psicopatológica aproxima-nos do ser humano. Mostra-nos o que escapa ao “normal”, mas também nos mostra o que está intacto por forma a ter- mos meios para elaborar uma estratégia terapêutica. Psicodinâmica: A psicopatologia descritiva como fundamento da psicodinâmica. Ela está em incessante movimento, dando-nos pistas para descortinar o devir. Objecto da clínica: É o “ser humano total”, quanto à sua história e ao seu próprio devir. A “totalidade” é porém um ideal inatingível.
  • 12. 02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso 12 Psicopatologia Geral Multidisciplinaridade • Semiologia somática: Sua importância para o estudo da psicopatologia. • Equipa multidisciplinar: O papel do psicólogo. • Doença: Os diversos conceitos. Enfermidade em sentido médico, sociológico, psicológico, forense. • Normal e anormal: A estatística ao serviço da sociologia da psicologia e da psicopatologia
  • 13. 02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso 13 Psicopatologia Geral Normal Anormal Positivo (génio) Negativo (Comportamento Desviante) São Não doente Doente (em sentido lato) Doente (em sentido médico) Normal e Anormal
  • 14. 02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso 14 Psicopatologia Geral Normal: é em sentido global, um comportamento próprio da maioria das pessoas pertencentes a uma determinada esfera sócio-cultural. Anormal: é aquilo que num determinado comportamento se desvia da “norma” do correspondente grupo a que o indivíduo pertence. São: um caso especial do normal, mas em geral excede o âmbito da norma. De modo mais global designa também o estado de conjunto de um sujeito e não se refere, como o conceito de norma, a determinados aspectos do comportamento. Para a O.M.S. “são” é sinónimo de bem estar. Conceito de Normalidade
  • 15. 02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso 15 Psicopatologia Geral Enfermidade (em sentido médico): baseia-se em dados anatomopatológicos e fisiopatológicos. Enfermidade (em sentido sociológico): “são” é o socialmente adaptado. Enfermidade (em sentido psicológico): baseia-se no sofrimento. Enfermidade (em sentido forense): busca as bases da resposta a diversas perguntas, relativas ao aumento ou diminuição da imputabilidade, da responsabilidade, etc. Conceito de Doença
  • 16. 02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso 16 Psicopatologia Geral Sintoma – deriva do vocábulo grego ( symptôma); significa ocorrer, indício de doença. Sintoma – a mais pequena unidade descritível em psicopatologia. Psicopatologia – os sintomas são modos do vivenciar e do comportamento que se destacam do habitual num determinado contexto sócio-cultural. Síndroma – combinação típica de sintomas que aparecem sob a forma de quadro clínico. Sinal – aquilo que objectivamente se vê. Sintoma e Síndroma
  • 17. 02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso 17 Psicopatologia Geral Perante sinais e sintomas em psicopatologia pergunta-se: • Qual o significado do sinal no que respeita à situação actual e ao seu curso? • Qual o significado do sintoma em termos etiopatogénicos? • Qual o significado do sintoma no plano biográfico-interpretativo? • O que nos comunica o doente através dos sintomas (de forma intencional ou não)?
  • 18. 02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso 18 Psicopatologia Geral Hierarquia dos sintomas Sintomas de 1ª Ordem (K. Shneider) – aqueles que orientam o diagnóstico. Sintomas de 2ª Ordem (K. S.) – aqueles que, quando isolados, tornam difícil fundamentar o diagnóstico. Sintomas Primários (Bleuler) – representam a manifestação dum hipotético morbus. Sintomas Secundários (Bleuler) – representam a resposta da personalidade à própria enfermidade.
  • 19. 02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso 19 Psicopatologia Geral Exame Anamnésico Diagnóstico Diferencial Diagnóstico Est SomáticoEst.Psicopatológico Exame Clínico O diagnóstico é um processo. O processo de conhecimento sobre alguém que se investiga médica e psicologicamente.
  • 20. 02-01-2007 Psicopatologia Geral e Especial Carlos Mota Cardoso 20 Psicopatologia Geral F I MF I M