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CAPITAL SOCIAL: UM
ENTENDIMENTO CONCEITUAL
       PRELIMINAR

        Elaboração: Dejalma Cremonese
            E-mail: dcre@unijui.tche.br
         DCS – UNIJUÍ – RS – BRASIL
Capital social: origem e evolução
O  capital social é um conceito novo com um
  crescimento rápido nas Ciências Sociais nos anos
  90.
 Há dificuldade na definição – não é um conceito
  homogêneo.
 O entendimento conceitual continua a se
  desenvolver.
Capital social: origem e evolução
  O “espírito” do capital social vem da teoria social clássica
   do século XIX:
– Teóricos como Tocqueville, Stuart Mill, Durkheim,
   Simmel e Kornhauser enfatizaram longamente a
   importância da sociedade civil e associações voluntárias
   como vitais para a consolidação da democracia
 Os “escritos” sobre capital social:
– Início do século XX: Reformador na Educação (Hanifan)
– Meio do século XX: ativista urbano (Jacobs)
– Fim do século XX: Cientistas Politicos (Coleman, Putnam)
Capital social: áreas de abrangência
 Sociologia
    Bourdieu (1981)
    Coleman (1988; 1990)
 Ciências Politicas
    Putnam (1993)
 Debate sobre o desenvolvimento
    Banco Mundial (depois de 1995)


Fonte: http://www.ird.sn/activites/c3edoa/cr_rdesjardins.ppt
Capital social : um conceito
                  heterogêneo
 “Estruturas sociais” (Coleman)
    “obrigações recíprocas”
    “canais de informações”
    “normas sociais”
 “Ordenamento das organizações sociais” (Putnam)
    “confiança, normas e redes”, engajamento civico e
     comunitário.
 “bonding”, “bridging”, “linking” (Banco Mundial)


   Fonte: http://www.ird.sn/activites/c3edoa/cr_rdesjardins.ppt
Em busca de uma definição
   A expressão capital social ainda carece de
    uma definição clara. O termo capital nos
    remete a um recurso econômico, porém, o
    foco da problematização está centrado nas
    relações sociais. Apesar de controverso e
    contraditório, trata-se de um paradigma
    emergente, rico em conceitos aplicáveis em
    realidades sociais que demandam programas
    promotores do aumento da participação e da
    superação da pobreza. (Carlos Renato Mota)
TEÓRICOS
   HANIFAN (1916)
   Jane Jacobs (1961)
   Pierre Bourdieu (1983)
   James S. Coleman (1988;1990)
   Robert D. Putnam (1993; 2000)
   Fukuyama (1995, 1999)
   Kliksberg (2001)
   Bertolini e Bravo (1999)
   Cohen e Prusak (2001)
   Banco Mundial (1999)
   Woolcock (2000)
   Bandeira (2003)
   Baquero (1999, 2003)
Capital social: primeiras referências
A  literatura registra que as primeiras referências ao
 termo "capital social", no sentido geral em que é
 atualmente utilizado – ou seja, para designar a
 fonte dos benefícios individuais ou coletivos
 derivados da participação em redes sociais –
 ocorreu em um trabalho publicado em 1916, de
 autoria de Lyda Judson Hanifan, intitulado The
 Rural School Community Center
BANDEIRA (2003)
Capital social: primeira definição
 esses   ativos tangíveis que contam para a maioria
    das pessoas na vivência diária: isto é confiança,
    companheirismo, simpatia, e relacionamento social
    entre os indivíduos e famílias que compõem uma
    unidade social. (L. J. Hanifan, 1916)
   Fran Baum
    http://192.94.208.240/Crc/General/EdandTraining/documents/Seminar
    %207%20Fran.ppt
Pierre Bourdieu
 No contexto europeu, a expressão “capital social”
 apareceu com destaque na obra de Pierre
 Bourdieu, que estendeu a noção de capital para
 além dos seus limites tradicionais, aplicando-a a
 dimensões não-materiais e simbólicas,
 distinguindo múltiplas formas de capital, entre as
 quais a econômica, a cultural e a social.
Pierre Bourdieu
Distinção múltiplas formas do capital social:
 Econômica
 Cultural
 Social

- Indivíduos e grupos utilizam-se desse processo de
   conversão para assegurar a reprodução de seu
   capital total
Bourdieu define o capital social nos seguintes
                        termos:
   Para Bourdieu, o volume de capital social possuído por um
    determinado indivíduo depende do tamanho da rede de contatos que
    ele pode mobilizar de forma efetiva, bem como do volume de
    capital (econômico, cultural ou simbólico) possuído pelos demais
    indivíduos aos quais ele está conectado através de rede. Bourdieu
    (1980), p.2
   A definição de CS utilizado por Bourdieu enfatiza o papel das redes
    sociais como meio de acesso a recursos. A conseqüência esperada
    da posse de capital social é, em última análise, a obtenção de
    recursos econômicos. O capital social é, pois um meio de obter o
    acesso a recursos econômicos, intensamente desejados nas
    sociedades capitalistas, por meio de conexões sociais. Bandeira
    (2003), p.19.
James Coleman
 Sua primeira contribuição relacionada com o tema data de
  1988, através de um artigo intitulado Social Capital in the
  Creation of Human Capital – considerado por muitos
  como um dos textos fundadores da literatura sobre este
  tema.
 Para Coleman, o CS diferencia-se de outros capitais como
  o capital físico e o capital humano. O capital social está
  incorporado à estrutura das relações existentes entre as
  pessoas, não estando alojado, nem nas pessoas nem nos
  instrumentos de produção.
Bourdieu e Coleman
   Bourdieu (1985, p. 20) e Coleman (1990, p. 30) fazem
    referências ao capital social a partir de referências de
    grupos sociais, coletivos e comunitários. Segundo esses
    autores, o estudo do capital social está imerso na
    comunidade, não fazendo parte de nenhuma aplicação de
    recursos de forma privada nem ser alienado a partir de um
    valor de mercado. Trata-se de um valor da comunidade
    gerador de bens públicos, onde todos se beneficiam.
Putnam apoiou-se no modelo de
       associação voluntária de Tocqueville



Igualdade   Associação   Associação           Democracia
              cívica      política




                             Ref.: Frumkin (ch 2) 2002
Robert Putnam
   A popularidade do conceito é atribuída à repercussão do
    trabalho de Robert Putnam, cientista político da Universidade
    de Harvard.
   Obras: Making Democracy Work: Civic Traditions in
    Modern Italy (publicado em 1993), (Comunidade e
    Democracia: a experiência da Itália moderna 1996). Putnam
    estudou detalhadamente as diferenças de desempenho
    institucional verificadas entre as administrações regionais
    italianas, ao longo dos vinte anos que se seguiram à sua
    implantação, ocorrida em 1970.
   Depois de constatar, através de uma minuciosa análise
    empírica, que as administrações das regiões localizadas no
    Centro e no Norte da Itália haviam apresentado um
    desempenho melhor que as do Sul, Putnam buscou identificar
    as causas dessas diferenças. Bandeira (2003)
Diferença entre o Norte e o Sul da Itália
Norte: maior tradições cívicas, que teriam contribuído para
  acumular um maior estoque de capital social nessas regiões,
  constituído por uma densa malha de formas de associação
  caracterizadas por padrões horizontais de relações sociais.
Sul:
- tradição cultural autoritária que fez com que nela viessem a
  predominar relações sociais de tipo vertical, hierárquicas,
  gerando um campo pouco fértil para o cultivo do espírito
  participativo e comunitário
- Nessas sociedades, os indivíduos tendem a concentrar suas
  lealdades e sua confiança em círculos mais fechados, unidos
  por laços familiares (máfia Siciliana). Bandeira (2003)
Capital social: repercussões
   A principal contribuição de Putnam para a popularidade do conceito
    de capital social, talvez esteja relacionada com outro artigo seu,
    publicado em 1995, intitulado Bowling Alone: America’s
    Declining Social Capital. Esse texto despertou a atenção dos meios
    de comunicação, gerou ampla controvérsia e teve grande impacto
    junto à opinião pública. A repercussão do tema alcançou a própria
    administração norte-americana, no período Clinton, que incorporou
    ao seu discurso alguns dos temas centrais da análise de Putnam.
    Nesse artigo, e em outros trabalhos que o seguiram, Putnam
    desenvolveu a tese de que, devido a mudanças de hábitos ocorridas
    nas últimas décadas, o estoque de capital social da sociedade
    americana estaria sendo reduzido. Bandeira (2003)
As hipóteses de Putnam – estudos nos EUA
 O capital social está decaindo na América
 Evidência: diminuição da participação de grupos
  tradicionais (e.g. boliche, associações e grupos de Igreja.
 Razões:
     Cinismo societal
     Maior participação da mulher na força de trabalho
     Menos casamento, mais divórcios, menos filhos
     Tecnologia: consumo individual de lazer


                                                Ref.: Putnam
Putnam: conclusões
  Importância da reciprocidade para abastecer a
  confiança social
 Construir confiança através de redes de clubes
  sociais, coral, associações de bairro
 Crucial para instituições democráticas e
  desenvolvimento econômico
 Forte capital social → maior desenvolvimento
  econômico
Putnam
 Nos  trabalhos iniciais Putnam define CS como:
… características da vida social - redes, normas e
  confiança – que possibilita os participante agir
  juntos mais efetivamente para conseguir (almejar)
  objetivos futuros”.
 In “Bowling Alone” (2000) Putnam focalizou mais
  as redes e subestimou o papel das normas e
  confianças…
OS DETERMINANTES DO CAPITAL
          SOCIAL
 Historia e cultura: vivência tradicional associativa e
  vibrante no norte da Itália
 Estruturas sociais: estruturas hierárquicas são más
  para o capital social
 A família: Cria normas e nós sociais
 Educação: Níveis mais altos de educação são
  associados com maior confiança social etc .
 Sociedade civil. Associações voluntárias podem
  ajudar a construir capital social e confiança mútua
OS DETERMINANTES DO CAPITAL
          SOCIAL
 Tendências  do mercado de trabalho: Ex. O trabalho
  intenso parece ter um efeito negativo no
  engajamento social.
 Tecnologia e outras inovações: papel da televisão:
  pode ser positivo ou negativo
 Desigualdades econômicas: desigualdades
  econômicas podem reduzir a probabilidade de
  associações sociais compartilhadas etc.
 valores individuais - desejo para maior autonomia
  pessoal
CAPITAL SOCIAL – DEFINIÇÃO


“O capital Social é o envolvimento individual em
  atividades coletivas, construção de redes de
  confiança recíproca, construção de virtudes cívicas
  que possibilitam o fortalecimento da democracia”
                                       Robert Putnam
Outras definições
 Capital Social: organização coletiva (confiança,
  normas, redes) da qual facilitam ações coordenadas e
  cooperação para benefício mútuo (1995).
 “…características da organização social, tal como
  participação cívica, normas de reciprocidade e
  confiança nos outros, que facilita cooperação para o
  benefício mútuo.” (Kawachi et al)
 CS é um outro modo de descrever “comunidade”.
  Mas a tradicional comunidade é justamente uma das
  muitas formas de capital social.
Capital Social: Conceitos essenciais
 “Capital’  – usado para produtivos propósitos
 “Social” – deriva do latim (amigo, amizade):
  recursos inerentes nos relacionamentos
 Parte de nossas propriedades
– terra: recursos naturais
– capital físico: ferramentas, teconologias, infra-
  estrutura
– capital humano: idéias, habilidades, saúde
Capital Social pode ser usado para o
                bem…
– Construindo espírito comunitário, participação e
   cooperação
…ou para o mal
- 11/9: aviões + escola de vôo + redes (terrorismo,
   Ku Klux Klan, Mafia, narcotráfico...)
CAPITAL SOCIAL: SUBSTITUTO OU COMPLEMENTO
                  DE OUTRAS FORMAS DE CAPITAL?
O    capital social pode ser uma alternativa às outras
    formas de capital. Também é chamado de “o
    capital dos pobres”
Fonte: http://www.ird.sn/activites/c3edoa/cr_rdesjardins.ppt
CAPITAIS DA COMUNIDADE
 Capital natural: ar, água, solo, biodiversidade – animais,
  plantas – paisagens)
 Capital humano: cultura, conhecimento
 Capital material: bens móveis e imóveis
 Capital financeiro: recursos, dinheiro
 Capital político: organizações, poder, vóz/expressões,
  connections
 Capital social: redes, cooperação, associação, confiaça
(CS. É mais um elemento agregador da comunidade)
CAPITAL DA COMUNIDADE
Capital Humano                                 Capital Social


            Ecossistema saudável
               Economia vital
              Igualdade social

Capital Natural                          Capital financeiro/
                                         construções


            http://gppop.dsu.nodak.edu/ppt/c/flora.ppt
UM CAPITAL PODE AUMENTAR OUTROS CAPITAIS?
                   Capital político
Capital humano                            Capital Social

                    Liderança:
                     Reconhecendo
                    Oportunidades
                 & mobilizando recursos
 Capital         para aumentar capitais   Construir
 Natural                                  Capital
                                          financeiro


                 Capital Cultural
Capital Humano
 educação            A  característica e potencial
 dons, habilidades    dos indivíduos que são
 saúde                determinados pela
 valores              intercessão da natureza
 liderança
                       (genética) e educação
                       (determinado por interações
                       do meio-ambiente)
Capital Natural
Sustentável, ecossistema saudável com
  múltiplo benefícios comunitários
        Comunidades   humanas e sistema natural
        Múltpilos benefícios comunitários
        Inventando território comum
Capital natural
 Ar
 Água
 Solo
 Biodiversidade (plantas
  & animais)
 paisagem
Capital Financeiro
 Débito capital
 Igualdade capital
 Taxas rentáveis
 Poupanças
 Taxas de abatimento
 Concessões
Construir capital
 moradias                  Ifra-estruturausada
 rede de esgoto            como instrumento
 Sistemas de água          para produzir
 Negócios                  outros capitais
 Cuidado centros
 Estradas
 Comunicação eletrônica
Capital político
 Organização        Capital político é a
                      habilidade de um grupo
 Conecção            para influenciar a
 Vozes               distribuição de recursos
                      dentro de uma unidade
 Poder               social, incluindo juda
                      para colocar a agenda de
                      qual recursos estão
                      disponíveis.
Capital cultural
 Símbolos
 Modos  de
  conhecimentos
 Linguagem
 Modos de
  representação
Capital Social
 Construindo  confiança mútua
 Reciprocidade
 Formação e colaboração entre grupos
 Identidade coletiva
 Senso de partilha futura
 Trabalhando juntos
CAPITAL SOCIAL
 Espírito comunitário
 Voluntarismo
 Ajuda mútua e governança
 Participação em assuntos locais
 Organização civica
 Envolvimento na comunidade e atividades sociais
 Ajudando os vizinhos e as pessoas que estão com
  necessidades
Capital Social é:
Fortalecer relações e comunicação
   participação
   comunicação
   relações
Segundo Durston (2000, p. 22), é possível listar uma série de
 características institucionais e funcionais do capital social
       comunitário, entre as quais podemos apontar:
 criação de confiança entre os membros de um grupo;
 mobilização e gestão de recursos comunitários;
 cooperação coordenada em tarefas que excedem as
  capacidades de uma rede;
 resolução de conflitos por líderes ou por uma
  jurisprudência institucionalizada;
 legitimação de líderes e executivos com funções de gestão
  e administração;
 controle social através da imposição de normas
  compartilhadas pelo grupo e a sanção por castigo de
  indivíduos transgressores.
TRÊS DIMENSÕES ESSENCIAIS DO
               CAPITAL SOCIAL:
BONDING Aglutinadoras: Quando as pessoas se unem e interagem
  entre si; Pessoas interligadas por laços fortes de amizade ou
  parentesco... Neste nível prepondera o sentimento de
  solidariedade, amizade, entre membros de famílias ou grupos
  étnicos dentro de um grupo específico... Conexões entre as
  pessoas, (as pessoas se associam para poder sobreviver...)
BRIDGING Ponte: consiste na interação entre grupos sociais...
  Associações com maior mobilidade onde as relações sociais são
  horizontais objetivando bem comuns...
LINKING Conectoras: é a união entre as pessoas com o objetivo de
  alavancar recursos junto às instituições estabelecidas, acesso a
  bancos, governo... “é quando os pobres batem à porta do Estado
  para pedir recursos...”
Para esta discussão ver Putnam (1998); Narayan (1999); Woolcock (2000); Banco
   Mundial (2002)
linking


                                                             bonding

            bridging


http://spitswww.uvt.nl/web/fsw/lustrum/papers/woolcock.pdf
Capital social é
               Construir confiança mútua
Construir
um futuro                                   Formação de
compartilhado                                   grupos



 Fortalecer a                                     Colaboração
 Identidade                                       entre grupos
 coletiva http://gppop.dsu.nodak.edu/ppt/c/flora.ppt
Ausência de capital social
Capital
Social
Bonding

http://gppop.dsu.nodak.edu/ppt/c/flora.ppt
State
        Market
                    Capital
                     Social
                    Bridging
                           Market


                  Civil                    State
                 Society
                   http://gppop.dsu.nodak.edu/ppt/c/flora.ppt
DIMENSÕES BÁSICAS DO CAPITAL SOCIAL
            SEGUNDO KLIKSBERG
   Clima de confiança no interior de uma sociedade

   Capacidade de associatividade

   Consciência Cívica

   Valores Éticos
Fonte: http://www.iadb.org/etica/documentos/kli_capit.ppt
CONCLUSÕES DE INVESTIGAÇÕES RECENTES
           SOBRE OS IMPACTOS DO CAPITAL SOCIAL
                       (KLIKSBERG)
   Há fortes correlações entre o grau de confiança e o grau de
    associatividade, de uma sociedade por um lado, e crescimento
    econômico do outro.
   O grau de associatividade incide fortemente no rendimento
    econômico em pequenos produtores agrícolas.
   Há significativa correlação entre o clima de confiança em uma
    sociedade e fatores como a eficiência judicial, a ausência de
    corrupção, a qualidade da burocracia e o cumprimento com os
    impostos.
(Fonte: http://www.iadb.org/etica/documentos/kli_capit.ppt)
Temas da literatura do capital social
Há um crescimento na literatura sobre o capital social, um número
     de temas estão emergindo:
1. Participação em redes: interlocução entre as redes – relações
     entre indivíduos e grupos – formação de associações
2. Reciprocidade: altruísmo, ajuda mútua, serviços e benefícios
     aos outros. Na comunidade onde a reciprocidade é forte, as
     pessoas são mais cuidadosas com os interesses dos outros
3. Confiança: indispensável para que aja capital social
4. Normas Sociais: controle social, normas, leis. Onde o capital
     social é alto, há poucos crimes e pouca necessidade de
     policiamento formal.
5. O bem-comum:
6. Pro-atividade: engajamento de todos os cidadãos, participação
     na comunidade
CAPITAL SOCIAL
    Robert Putnam                  Francis Fukuyama
  Redes, normas, e confiança       Uma norma institucional
     social que facilita a          informal que promove
coordenação e cooperação para    cooperação entre dois ou mais
      benfícios mútuos                    indivíduos

                          Síntese
                 A confiança e a coesão social
                    que promove dádivas,
                voluntarismo e participação na
                       sociedade civil

   Evidência do capital social e mais
 tangível do que capital social por ele
               mesmo.
                                       Ref.: Putnam, Fukuyama
O que deve ser considerado para
         medir capital social:
 Participação política
 Participação cívica
 Participação religiosa
 União e associações profissionais
 Conexão social informal
 Voluntarismo e filantropia
 Confiança, honestidade, cooperação e reciprocidade
Recursos associativos que são importantes para
    medir o capital social de um grupo ou
                 comunidade
 Confiança
 Reciprocidade
 Cooperação
Formação de capital social
 Perspectiva culturalista: Putnam em sua análise
  sobre as regiões italianas, adota uma perspectiva
  que pode ser caracterizada como "culturalista",
  afirmando que o capital social resulta de uma lenta
  acumulação histórica, sendo formado pela
  reiteração de experiências coletivas que levam ao
  surgimento e à consolidação de organizações,
  redes, normas, costumes e atitudes que favorecem
  a ação coletiva.
Peter Evans
 Neo-institucionalista:De outro, estão autores que,
  adotando uma perspectiva que pode ser
  caracterizada como “neo-institucionalista”, são
  mais otimistas quanto à possibilidade de uma
  formação bem mais rápida de capital social, desde
  que seja proporcionado um ambiente institucional
  propício ao desenvolvimento dos processos que
  contribuem para a sua acumulação
Críticas ao conceito capital social
   Michael Woolcock apresenta algumas objeções críticas em relação
    ao conceito capital social:
   Apenas veste idéias antigas com roupa nova, destacando-se mais
    pelo estilo – e pelo "marketing" – do que pela substância;
   Constitui somente mais uma moda passageira nas ciências sociais;
   Caracteriza-se como uma manifestação de "imperialismo
    conceitual" da teoria econômica, ao apresentar relações sociais sob
    a designação de “capital”;
   Reforça ou legitima as políticas ortodoxas de desenvolvimento que
    estão associadas ao “Consenso de Washington”;
   Ignora a importância das relações de poder;
   É um conceito ocidental (especialmente norte-americano) e apoiado
    pela pesquisa ocidental, tendo pouca relevância em outros
    contextos. Bandeira (2003)
UMA ANOTAÇÃO FINAL
 “A diferença das outras formas de
 capital que se consomem com seus
uso, o Capital Social é a única forma
 de capital que quanto mais se usa
           mais cresce”.
              Albert Hirschman (Princeton)

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Capital social resumo

  • 1. CAPITAL SOCIAL: UM ENTENDIMENTO CONCEITUAL PRELIMINAR Elaboração: Dejalma Cremonese E-mail: dcre@unijui.tche.br DCS – UNIJUÍ – RS – BRASIL
  • 2. Capital social: origem e evolução O capital social é um conceito novo com um crescimento rápido nas Ciências Sociais nos anos 90.  Há dificuldade na definição – não é um conceito homogêneo.  O entendimento conceitual continua a se desenvolver.
  • 3. Capital social: origem e evolução  O “espírito” do capital social vem da teoria social clássica do século XIX: – Teóricos como Tocqueville, Stuart Mill, Durkheim, Simmel e Kornhauser enfatizaram longamente a importância da sociedade civil e associações voluntárias como vitais para a consolidação da democracia  Os “escritos” sobre capital social: – Início do século XX: Reformador na Educação (Hanifan) – Meio do século XX: ativista urbano (Jacobs) – Fim do século XX: Cientistas Politicos (Coleman, Putnam)
  • 4. Capital social: áreas de abrangência  Sociologia  Bourdieu (1981)  Coleman (1988; 1990)  Ciências Politicas  Putnam (1993)  Debate sobre o desenvolvimento  Banco Mundial (depois de 1995) Fonte: http://www.ird.sn/activites/c3edoa/cr_rdesjardins.ppt
  • 5. Capital social : um conceito heterogêneo  “Estruturas sociais” (Coleman)  “obrigações recíprocas”  “canais de informações”  “normas sociais”  “Ordenamento das organizações sociais” (Putnam)  “confiança, normas e redes”, engajamento civico e comunitário.  “bonding”, “bridging”, “linking” (Banco Mundial)  Fonte: http://www.ird.sn/activites/c3edoa/cr_rdesjardins.ppt
  • 6. Em busca de uma definição  A expressão capital social ainda carece de uma definição clara. O termo capital nos remete a um recurso econômico, porém, o foco da problematização está centrado nas relações sociais. Apesar de controverso e contraditório, trata-se de um paradigma emergente, rico em conceitos aplicáveis em realidades sociais que demandam programas promotores do aumento da participação e da superação da pobreza. (Carlos Renato Mota)
  • 7. TEÓRICOS  HANIFAN (1916)  Jane Jacobs (1961)  Pierre Bourdieu (1983)  James S. Coleman (1988;1990)  Robert D. Putnam (1993; 2000)  Fukuyama (1995, 1999)  Kliksberg (2001)  Bertolini e Bravo (1999)  Cohen e Prusak (2001)  Banco Mundial (1999)  Woolcock (2000)  Bandeira (2003)  Baquero (1999, 2003)
  • 8. Capital social: primeiras referências A literatura registra que as primeiras referências ao termo "capital social", no sentido geral em que é atualmente utilizado – ou seja, para designar a fonte dos benefícios individuais ou coletivos derivados da participação em redes sociais – ocorreu em um trabalho publicado em 1916, de autoria de Lyda Judson Hanifan, intitulado The Rural School Community Center BANDEIRA (2003)
  • 9. Capital social: primeira definição  esses ativos tangíveis que contam para a maioria das pessoas na vivência diária: isto é confiança, companheirismo, simpatia, e relacionamento social entre os indivíduos e famílias que compõem uma unidade social. (L. J. Hanifan, 1916)  Fran Baum http://192.94.208.240/Crc/General/EdandTraining/documents/Seminar %207%20Fran.ppt
  • 10. Pierre Bourdieu  No contexto europeu, a expressão “capital social” apareceu com destaque na obra de Pierre Bourdieu, que estendeu a noção de capital para além dos seus limites tradicionais, aplicando-a a dimensões não-materiais e simbólicas, distinguindo múltiplas formas de capital, entre as quais a econômica, a cultural e a social.
  • 11. Pierre Bourdieu Distinção múltiplas formas do capital social:  Econômica  Cultural  Social - Indivíduos e grupos utilizam-se desse processo de conversão para assegurar a reprodução de seu capital total
  • 12. Bourdieu define o capital social nos seguintes termos:  Para Bourdieu, o volume de capital social possuído por um determinado indivíduo depende do tamanho da rede de contatos que ele pode mobilizar de forma efetiva, bem como do volume de capital (econômico, cultural ou simbólico) possuído pelos demais indivíduos aos quais ele está conectado através de rede. Bourdieu (1980), p.2  A definição de CS utilizado por Bourdieu enfatiza o papel das redes sociais como meio de acesso a recursos. A conseqüência esperada da posse de capital social é, em última análise, a obtenção de recursos econômicos. O capital social é, pois um meio de obter o acesso a recursos econômicos, intensamente desejados nas sociedades capitalistas, por meio de conexões sociais. Bandeira (2003), p.19.
  • 13. James Coleman  Sua primeira contribuição relacionada com o tema data de 1988, através de um artigo intitulado Social Capital in the Creation of Human Capital – considerado por muitos como um dos textos fundadores da literatura sobre este tema.  Para Coleman, o CS diferencia-se de outros capitais como o capital físico e o capital humano. O capital social está incorporado à estrutura das relações existentes entre as pessoas, não estando alojado, nem nas pessoas nem nos instrumentos de produção.
  • 14. Bourdieu e Coleman  Bourdieu (1985, p. 20) e Coleman (1990, p. 30) fazem referências ao capital social a partir de referências de grupos sociais, coletivos e comunitários. Segundo esses autores, o estudo do capital social está imerso na comunidade, não fazendo parte de nenhuma aplicação de recursos de forma privada nem ser alienado a partir de um valor de mercado. Trata-se de um valor da comunidade gerador de bens públicos, onde todos se beneficiam.
  • 15. Putnam apoiou-se no modelo de associação voluntária de Tocqueville Igualdade Associação Associação Democracia cívica política Ref.: Frumkin (ch 2) 2002
  • 16. Robert Putnam  A popularidade do conceito é atribuída à repercussão do trabalho de Robert Putnam, cientista político da Universidade de Harvard.  Obras: Making Democracy Work: Civic Traditions in Modern Italy (publicado em 1993), (Comunidade e Democracia: a experiência da Itália moderna 1996). Putnam estudou detalhadamente as diferenças de desempenho institucional verificadas entre as administrações regionais italianas, ao longo dos vinte anos que se seguiram à sua implantação, ocorrida em 1970.  Depois de constatar, através de uma minuciosa análise empírica, que as administrações das regiões localizadas no Centro e no Norte da Itália haviam apresentado um desempenho melhor que as do Sul, Putnam buscou identificar as causas dessas diferenças. Bandeira (2003)
  • 17. Diferença entre o Norte e o Sul da Itália Norte: maior tradições cívicas, que teriam contribuído para acumular um maior estoque de capital social nessas regiões, constituído por uma densa malha de formas de associação caracterizadas por padrões horizontais de relações sociais. Sul: - tradição cultural autoritária que fez com que nela viessem a predominar relações sociais de tipo vertical, hierárquicas, gerando um campo pouco fértil para o cultivo do espírito participativo e comunitário - Nessas sociedades, os indivíduos tendem a concentrar suas lealdades e sua confiança em círculos mais fechados, unidos por laços familiares (máfia Siciliana). Bandeira (2003)
  • 18. Capital social: repercussões  A principal contribuição de Putnam para a popularidade do conceito de capital social, talvez esteja relacionada com outro artigo seu, publicado em 1995, intitulado Bowling Alone: America’s Declining Social Capital. Esse texto despertou a atenção dos meios de comunicação, gerou ampla controvérsia e teve grande impacto junto à opinião pública. A repercussão do tema alcançou a própria administração norte-americana, no período Clinton, que incorporou ao seu discurso alguns dos temas centrais da análise de Putnam. Nesse artigo, e em outros trabalhos que o seguiram, Putnam desenvolveu a tese de que, devido a mudanças de hábitos ocorridas nas últimas décadas, o estoque de capital social da sociedade americana estaria sendo reduzido. Bandeira (2003)
  • 19. As hipóteses de Putnam – estudos nos EUA  O capital social está decaindo na América  Evidência: diminuição da participação de grupos tradicionais (e.g. boliche, associações e grupos de Igreja.  Razões:  Cinismo societal  Maior participação da mulher na força de trabalho  Menos casamento, mais divórcios, menos filhos  Tecnologia: consumo individual de lazer Ref.: Putnam
  • 20. Putnam: conclusões  Importância da reciprocidade para abastecer a confiança social  Construir confiança através de redes de clubes sociais, coral, associações de bairro  Crucial para instituições democráticas e desenvolvimento econômico  Forte capital social → maior desenvolvimento econômico
  • 21. Putnam  Nos trabalhos iniciais Putnam define CS como: … características da vida social - redes, normas e confiança – que possibilita os participante agir juntos mais efetivamente para conseguir (almejar) objetivos futuros”.  In “Bowling Alone” (2000) Putnam focalizou mais as redes e subestimou o papel das normas e confianças…
  • 22. OS DETERMINANTES DO CAPITAL SOCIAL Historia e cultura: vivência tradicional associativa e vibrante no norte da Itália Estruturas sociais: estruturas hierárquicas são más para o capital social A família: Cria normas e nós sociais Educação: Níveis mais altos de educação são associados com maior confiança social etc . Sociedade civil. Associações voluntárias podem ajudar a construir capital social e confiança mútua
  • 23. OS DETERMINANTES DO CAPITAL SOCIAL Tendências do mercado de trabalho: Ex. O trabalho intenso parece ter um efeito negativo no engajamento social. Tecnologia e outras inovações: papel da televisão: pode ser positivo ou negativo Desigualdades econômicas: desigualdades econômicas podem reduzir a probabilidade de associações sociais compartilhadas etc. valores individuais - desejo para maior autonomia pessoal
  • 24. CAPITAL SOCIAL – DEFINIÇÃO “O capital Social é o envolvimento individual em atividades coletivas, construção de redes de confiança recíproca, construção de virtudes cívicas que possibilitam o fortalecimento da democracia” Robert Putnam
  • 25. Outras definições  Capital Social: organização coletiva (confiança, normas, redes) da qual facilitam ações coordenadas e cooperação para benefício mútuo (1995).  “…características da organização social, tal como participação cívica, normas de reciprocidade e confiança nos outros, que facilita cooperação para o benefício mútuo.” (Kawachi et al)  CS é um outro modo de descrever “comunidade”. Mas a tradicional comunidade é justamente uma das muitas formas de capital social.
  • 26. Capital Social: Conceitos essenciais  “Capital’ – usado para produtivos propósitos  “Social” – deriva do latim (amigo, amizade): recursos inerentes nos relacionamentos  Parte de nossas propriedades – terra: recursos naturais – capital físico: ferramentas, teconologias, infra- estrutura – capital humano: idéias, habilidades, saúde
  • 27. Capital Social pode ser usado para o bem… – Construindo espírito comunitário, participação e cooperação …ou para o mal - 11/9: aviões + escola de vôo + redes (terrorismo, Ku Klux Klan, Mafia, narcotráfico...)
  • 28. CAPITAL SOCIAL: SUBSTITUTO OU COMPLEMENTO DE OUTRAS FORMAS DE CAPITAL? O capital social pode ser uma alternativa às outras formas de capital. Também é chamado de “o capital dos pobres” Fonte: http://www.ird.sn/activites/c3edoa/cr_rdesjardins.ppt
  • 29. CAPITAIS DA COMUNIDADE  Capital natural: ar, água, solo, biodiversidade – animais, plantas – paisagens)  Capital humano: cultura, conhecimento  Capital material: bens móveis e imóveis  Capital financeiro: recursos, dinheiro  Capital político: organizações, poder, vóz/expressões, connections  Capital social: redes, cooperação, associação, confiaça (CS. É mais um elemento agregador da comunidade)
  • 30. CAPITAL DA COMUNIDADE Capital Humano Capital Social Ecossistema saudável Economia vital Igualdade social Capital Natural Capital financeiro/ construções http://gppop.dsu.nodak.edu/ppt/c/flora.ppt
  • 31. UM CAPITAL PODE AUMENTAR OUTROS CAPITAIS? Capital político Capital humano Capital Social Liderança: Reconhecendo Oportunidades & mobilizando recursos Capital para aumentar capitais Construir Natural Capital financeiro Capital Cultural
  • 32. Capital Humano  educação A característica e potencial  dons, habilidades dos indivíduos que são  saúde determinados pela  valores intercessão da natureza  liderança (genética) e educação (determinado por interações do meio-ambiente)
  • 33. Capital Natural Sustentável, ecossistema saudável com múltiplo benefícios comunitários  Comunidades humanas e sistema natural  Múltpilos benefícios comunitários  Inventando território comum
  • 34. Capital natural  Ar  Água  Solo  Biodiversidade (plantas & animais)  paisagem
  • 35. Capital Financeiro  Débito capital  Igualdade capital  Taxas rentáveis  Poupanças  Taxas de abatimento  Concessões
  • 36. Construir capital  moradias  Ifra-estruturausada  rede de esgoto como instrumento  Sistemas de água para produzir  Negócios outros capitais  Cuidado centros  Estradas  Comunicação eletrônica
  • 37. Capital político  Organização  Capital político é a habilidade de um grupo  Conecção para influenciar a  Vozes distribuição de recursos dentro de uma unidade  Poder social, incluindo juda para colocar a agenda de qual recursos estão disponíveis.
  • 38. Capital cultural  Símbolos  Modos de conhecimentos  Linguagem  Modos de representação
  • 39. Capital Social  Construindo confiança mútua  Reciprocidade  Formação e colaboração entre grupos  Identidade coletiva  Senso de partilha futura  Trabalhando juntos
  • 40. CAPITAL SOCIAL  Espírito comunitário  Voluntarismo  Ajuda mútua e governança  Participação em assuntos locais  Organização civica  Envolvimento na comunidade e atividades sociais  Ajudando os vizinhos e as pessoas que estão com necessidades
  • 41. Capital Social é: Fortalecer relações e comunicação  participação  comunicação  relações
  • 42. Segundo Durston (2000, p. 22), é possível listar uma série de características institucionais e funcionais do capital social comunitário, entre as quais podemos apontar:  criação de confiança entre os membros de um grupo;  mobilização e gestão de recursos comunitários;  cooperação coordenada em tarefas que excedem as capacidades de uma rede;  resolução de conflitos por líderes ou por uma jurisprudência institucionalizada;  legitimação de líderes e executivos com funções de gestão e administração;  controle social através da imposição de normas compartilhadas pelo grupo e a sanção por castigo de indivíduos transgressores.
  • 43. TRÊS DIMENSÕES ESSENCIAIS DO CAPITAL SOCIAL: BONDING Aglutinadoras: Quando as pessoas se unem e interagem entre si; Pessoas interligadas por laços fortes de amizade ou parentesco... Neste nível prepondera o sentimento de solidariedade, amizade, entre membros de famílias ou grupos étnicos dentro de um grupo específico... Conexões entre as pessoas, (as pessoas se associam para poder sobreviver...) BRIDGING Ponte: consiste na interação entre grupos sociais... Associações com maior mobilidade onde as relações sociais são horizontais objetivando bem comuns... LINKING Conectoras: é a união entre as pessoas com o objetivo de alavancar recursos junto às instituições estabelecidas, acesso a bancos, governo... “é quando os pobres batem à porta do Estado para pedir recursos...” Para esta discussão ver Putnam (1998); Narayan (1999); Woolcock (2000); Banco Mundial (2002)
  • 44. linking bonding bridging http://spitswww.uvt.nl/web/fsw/lustrum/papers/woolcock.pdf
  • 45. Capital social é Construir confiança mútua Construir um futuro Formação de compartilhado grupos Fortalecer a Colaboração Identidade entre grupos coletiva http://gppop.dsu.nodak.edu/ppt/c/flora.ppt
  • 48. State Market Capital Social Bridging Market Civil State Society http://gppop.dsu.nodak.edu/ppt/c/flora.ppt
  • 49. DIMENSÕES BÁSICAS DO CAPITAL SOCIAL SEGUNDO KLIKSBERG  Clima de confiança no interior de uma sociedade  Capacidade de associatividade  Consciência Cívica  Valores Éticos Fonte: http://www.iadb.org/etica/documentos/kli_capit.ppt
  • 50. CONCLUSÕES DE INVESTIGAÇÕES RECENTES SOBRE OS IMPACTOS DO CAPITAL SOCIAL (KLIKSBERG)  Há fortes correlações entre o grau de confiança e o grau de associatividade, de uma sociedade por um lado, e crescimento econômico do outro.  O grau de associatividade incide fortemente no rendimento econômico em pequenos produtores agrícolas.  Há significativa correlação entre o clima de confiança em uma sociedade e fatores como a eficiência judicial, a ausência de corrupção, a qualidade da burocracia e o cumprimento com os impostos. (Fonte: http://www.iadb.org/etica/documentos/kli_capit.ppt)
  • 51. Temas da literatura do capital social Há um crescimento na literatura sobre o capital social, um número de temas estão emergindo: 1. Participação em redes: interlocução entre as redes – relações entre indivíduos e grupos – formação de associações 2. Reciprocidade: altruísmo, ajuda mútua, serviços e benefícios aos outros. Na comunidade onde a reciprocidade é forte, as pessoas são mais cuidadosas com os interesses dos outros 3. Confiança: indispensável para que aja capital social 4. Normas Sociais: controle social, normas, leis. Onde o capital social é alto, há poucos crimes e pouca necessidade de policiamento formal. 5. O bem-comum: 6. Pro-atividade: engajamento de todos os cidadãos, participação na comunidade
  • 52. CAPITAL SOCIAL Robert Putnam Francis Fukuyama Redes, normas, e confiança Uma norma institucional social que facilita a informal que promove coordenação e cooperação para cooperação entre dois ou mais benfícios mútuos indivíduos Síntese A confiança e a coesão social que promove dádivas, voluntarismo e participação na sociedade civil Evidência do capital social e mais tangível do que capital social por ele mesmo. Ref.: Putnam, Fukuyama
  • 53. O que deve ser considerado para medir capital social:  Participação política  Participação cívica  Participação religiosa  União e associações profissionais  Conexão social informal  Voluntarismo e filantropia  Confiança, honestidade, cooperação e reciprocidade
  • 54. Recursos associativos que são importantes para medir o capital social de um grupo ou comunidade  Confiança  Reciprocidade  Cooperação
  • 55. Formação de capital social  Perspectiva culturalista: Putnam em sua análise sobre as regiões italianas, adota uma perspectiva que pode ser caracterizada como "culturalista", afirmando que o capital social resulta de uma lenta acumulação histórica, sendo formado pela reiteração de experiências coletivas que levam ao surgimento e à consolidação de organizações, redes, normas, costumes e atitudes que favorecem a ação coletiva.
  • 56. Peter Evans  Neo-institucionalista:De outro, estão autores que, adotando uma perspectiva que pode ser caracterizada como “neo-institucionalista”, são mais otimistas quanto à possibilidade de uma formação bem mais rápida de capital social, desde que seja proporcionado um ambiente institucional propício ao desenvolvimento dos processos que contribuem para a sua acumulação
  • 57. Críticas ao conceito capital social  Michael Woolcock apresenta algumas objeções críticas em relação ao conceito capital social:  Apenas veste idéias antigas com roupa nova, destacando-se mais pelo estilo – e pelo "marketing" – do que pela substância;  Constitui somente mais uma moda passageira nas ciências sociais;  Caracteriza-se como uma manifestação de "imperialismo conceitual" da teoria econômica, ao apresentar relações sociais sob a designação de “capital”;  Reforça ou legitima as políticas ortodoxas de desenvolvimento que estão associadas ao “Consenso de Washington”;  Ignora a importância das relações de poder;  É um conceito ocidental (especialmente norte-americano) e apoiado pela pesquisa ocidental, tendo pouca relevância em outros contextos. Bandeira (2003)
  • 58. UMA ANOTAÇÃO FINAL “A diferença das outras formas de capital que se consomem com seus uso, o Capital Social é a única forma de capital que quanto mais se usa mais cresce”. Albert Hirschman (Princeton)