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ESCOLA DE NEGÓCIOS DO ESTADO DA BAHIA
MARIA JOSÉ DOS ANJOS SANTOS
CONSIDERAÇÕES SOBRE A INFLUÊNCIA DA VARIÁVEL
AMBIENTAL NA EMPRESA
Feira de Santana, BA
2013
MARIA JOSÉ DOS ANJOS SANTOS
CONSIDERAÇÕES SOBRE A INFLUÊNCIA DA VARIÁVEL
AMBIENTAL NA EMPRESA
Resumo apresentado a disciplina de
Metodologia do Trabalho Científico, no
Curso de Administração da Escola de
Negócios da Bahia (ENEB), como
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Professor: Leonardo Macêdo
Feira de Santana, BA
2013
DONAIRE, Denis. Considerações sobre a influência da variável ambiental na
empresa. Revista de Administração de Empresas São Paulo, v. 34, n. 2, p. 68-77
Mar./AbL 1994.
O artigo trata da responsabilidade socioambiental das empresas no sentido
de minimizar a diferença entre resultados econômicos e sociais, ou seja, que as
empresas tenham mais preocupação com o impacto ambiental de suas ações bem
como com as relações político-sociais entre os membros da organização. O autor
acentua que a reivindicação ambiental ganhou dimensão nas últimas décadas, isso
porque no início da industrialização os problemas ambientais não eram em escalas
reduzidas. Com o avanço acelerado das produções devido às exigências do
mercado consumidor, as indústrias passaram a causar danos exacerbados ao meio
ambiente causando, assim, mais visibilidade dos órgãos ambientais para suas
ações. Como o autor mesmo declara: “a proteção do meio ambiente como um dos
princípios fundamentais do homem moderno”. De fato, a sociedade passou a exigir
das empresas atitudes diferenciadas em relação ao meio ambiente, sendo pré-
requisito para excelência empresarial. O autor apresenta três fases das quais as
empresas estão passando para aderir a essa nova exigência: controle ambiental nas
saídas, integração do controle ambiental nas práticas e processos industriais, e
integração do controle ambiental na gestão administrativa. Contudo, alerta que nem
todas chegam à última fase, no máximo ficam na primeira. Isso porque além de
mudanças estruturais para conter a poluição exigindo alto custo e eficiência dos
equipamentos utilizados, as empresas precisam mudar a postura social, mudar a
função na produção. Nessa nova era do mercado verde, as indústrias precisam
convencer os órgãos ambientais de sua atuação menos impactante no planeta, mas
também aos consumidores que estão cada vez mais atentos e cientes dessa
necessidade. O consumidor atual se preocupa com o conteúdo dos produtos e a
forma como são feitos, rejeitando os que lhes pareçam mais agressivos ao meio
ambiente, tornando, assim, fator determinante para que empresas ganhem
preferência e concorrência, e até mesmo permaneçam no mercado. É o que o autor
chama de excelência ambiental, que avalia a indústria não só por seu desempenho
produtivo e econômico, mas também por sua performance em relação ao meio
ambiente. Essa proteção ambiental não ficou restrita ao setor de produção, ampliou-
se para a função administrativa, contemplando a estrutura organizacional,
interferindo no planejamento estratégico. O artigo tem como objetivo registrar e
caracterizar algumas respostas que as empresas estão implementando em sua
organização, para atender a essa nova e crescente demanda da sociedade, por
meio de observações de casos reais. Para isso, o autor utilizou como metodologia o
estudo de casos, um estudo empírico que investiga um fenômeno atual dentro de
seu contexto real. Para atender ao objetivo do estudo, ele pesquisou empresas
pertencentes a ramos industriais diferenciados, de forma a conseguir uma maior
abrangência que permitisse uma melhor compreensão e familiarização de como a
variável ambiental está afetando tais organizações. Dessa forma, as empresas
pesquisadas foram as seguintes: Rhodia S/ A Químico (ramo de fibras, farmácia-
veterinária e agro-química), Arafértil S/A (ramo de mineração e fertilizantes), Ripasa
S/A (ramo de papel e celulose), General Motors Ltda (ramo automobilístico), ABC
(ramo petroquímico) e Nestlé Industrial e Comercial Ltda. (ramo de produtos
alimentícios). A escolha por ramos industriais diferenciados propiciou ao autor ter
uma visão clara de que, dependendo do tipo de atividade a que a empresa se
dedica, haverá um maior ou menor envolvimento com a responsabilidade ecológica
e isso se traduzirá em arranjos organizacionais diferenciados para lidar com essa
temática, seja a nível das atividades/ responsabilidades relativas a sua área de
atuação, seja no exercício de sua autoridade e mesmo no entrosamento e na
comunicação desta atividade/função com as demais funções organizacionais.
Donaire (1994) explica que todo esse processo inicia na cúpula administrativa, é
disseminada aos gerentes de linha de produção que prepararão o terreno para
atingir a produção. Dessa forma, efetiva-se envolvimento filosófico e político
proveniente da atividade inicial concebida pela cúpula da empresa: se ela é
considerada uma variável importante dentro da organização, então a
atividade/função ecológica possui status, prestígio e autoridade, ou seja, a
responsabilidade ambiental para ganhar credibilidade e eficácia depende do
comprometimento da alta administração. Caso isso não ocorra, transforma-se em
uma atividade meramente acessória, que existe apenas para configurar que a
empresa tem algo ou alguém para lidar com essa atividade, mas que não se traduz
em uma ação efetiva e muito menos em um compromisso organizacional. Donaire
(1994) constatou com suas observações que somente a Arafértil S/A e Ripasa S/A
possuem forte envolvimento com a variável ecológica, enquanto que, Rhodia S/ A
Químico tem envolvimento regular e General Motors Ltda, ABC e Nestlé Industrial e
Comercial Ltda possuem fraco envolvimento. Tais dados evidenciaram que a
preocupação com a variável ambiental é relativamente recente, não atingindo, na
sua maioria, 15 anos de existência. Assim, o autor concluiu que a preocupação
ecológica e sua interiorização organizacional é, sem dúvida, uma das características
administrativas observadas nas décadas de 70 e 80. Na Ripasa e na Arafértil, ela se
iniciou em 1980 e 1987, respectivamente, por forte pressão da comunidade local.
ABC, implantada em 1989. Nestlé e da Rhodia, suas atividades ligadas ao meio
ambiente tiveram seu nascedouro em 1963 e 1973, respectivamente. O autor chama
a atenção para o envolvimento das Associações Nacionais na problemática
ambiental como importante e positiva no sentido de criar mecanismos para auxiliar
as organizações que estão interessadas em equacionar seus problemas ecológicos.
Sem deixar de considerar que promove a troca de experiências entre as empresas
associadas, evitando a repetição de erros cometidos por outras organizações. Após
a análise das empresas, o autor expõe a situação atual delas naquela época. A
Arafértil e a Ripasa tiveram problemas ambientais relevantes junto à comunidade
onde se localizam que resultaram em confrontos desgastantes, com possibilidades
de intervenções e até de fechamento, ameaçando a sobrevivência da empresa. No
caso da Ripasa, as atividades/responsabilidades da área de meio ambiente
apresentaram um maior nível de autoridade, possuindo prestígio da área de meio
ambiente. No caso da Rhodia e da ABC, respectivamente pertencentes à área
química e petroquímica, embora atuando em áreas onde o envolvimento com a
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estudadas, General Motors e Nestlé, em virtude de apresentarem potencial poluidor
mais reduzido e baixo nível de visibilidade junto à comunidade em que se localizam,
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reduzido, dividindo suas atividades com outras tarefas. O autor concluiu que a
preocupação com a variável ambiental, por parte das organizações, é irreversível,
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Resum

  • 1. ESCOLA DE NEGÓCIOS DO ESTADO DA BAHIA MARIA JOSÉ DOS ANJOS SANTOS CONSIDERAÇÕES SOBRE A INFLUÊNCIA DA VARIÁVEL AMBIENTAL NA EMPRESA Feira de Santana, BA 2013
  • 2. MARIA JOSÉ DOS ANJOS SANTOS CONSIDERAÇÕES SOBRE A INFLUÊNCIA DA VARIÁVEL AMBIENTAL NA EMPRESA Resumo apresentado a disciplina de Metodologia do Trabalho Científico, no Curso de Administração da Escola de Negócios da Bahia (ENEB), como requisito parcial de avaliação. Professor: Leonardo Macêdo Feira de Santana, BA 2013
  • 3. DONAIRE, Denis. Considerações sobre a influência da variável ambiental na empresa. Revista de Administração de Empresas São Paulo, v. 34, n. 2, p. 68-77 Mar./AbL 1994. O artigo trata da responsabilidade socioambiental das empresas no sentido de minimizar a diferença entre resultados econômicos e sociais, ou seja, que as empresas tenham mais preocupação com o impacto ambiental de suas ações bem como com as relações político-sociais entre os membros da organização. O autor acentua que a reivindicação ambiental ganhou dimensão nas últimas décadas, isso porque no início da industrialização os problemas ambientais não eram em escalas reduzidas. Com o avanço acelerado das produções devido às exigências do mercado consumidor, as indústrias passaram a causar danos exacerbados ao meio ambiente causando, assim, mais visibilidade dos órgãos ambientais para suas ações. Como o autor mesmo declara: “a proteção do meio ambiente como um dos princípios fundamentais do homem moderno”. De fato, a sociedade passou a exigir das empresas atitudes diferenciadas em relação ao meio ambiente, sendo pré- requisito para excelência empresarial. O autor apresenta três fases das quais as empresas estão passando para aderir a essa nova exigência: controle ambiental nas saídas, integração do controle ambiental nas práticas e processos industriais, e integração do controle ambiental na gestão administrativa. Contudo, alerta que nem todas chegam à última fase, no máximo ficam na primeira. Isso porque além de mudanças estruturais para conter a poluição exigindo alto custo e eficiência dos equipamentos utilizados, as empresas precisam mudar a postura social, mudar a função na produção. Nessa nova era do mercado verde, as indústrias precisam convencer os órgãos ambientais de sua atuação menos impactante no planeta, mas também aos consumidores que estão cada vez mais atentos e cientes dessa necessidade. O consumidor atual se preocupa com o conteúdo dos produtos e a forma como são feitos, rejeitando os que lhes pareçam mais agressivos ao meio ambiente, tornando, assim, fator determinante para que empresas ganhem preferência e concorrência, e até mesmo permaneçam no mercado. É o que o autor chama de excelência ambiental, que avalia a indústria não só por seu desempenho produtivo e econômico, mas também por sua performance em relação ao meio ambiente. Essa proteção ambiental não ficou restrita ao setor de produção, ampliou- se para a função administrativa, contemplando a estrutura organizacional,
  • 4. interferindo no planejamento estratégico. O artigo tem como objetivo registrar e caracterizar algumas respostas que as empresas estão implementando em sua organização, para atender a essa nova e crescente demanda da sociedade, por meio de observações de casos reais. Para isso, o autor utilizou como metodologia o estudo de casos, um estudo empírico que investiga um fenômeno atual dentro de seu contexto real. Para atender ao objetivo do estudo, ele pesquisou empresas pertencentes a ramos industriais diferenciados, de forma a conseguir uma maior abrangência que permitisse uma melhor compreensão e familiarização de como a variável ambiental está afetando tais organizações. Dessa forma, as empresas pesquisadas foram as seguintes: Rhodia S/ A Químico (ramo de fibras, farmácia- veterinária e agro-química), Arafértil S/A (ramo de mineração e fertilizantes), Ripasa S/A (ramo de papel e celulose), General Motors Ltda (ramo automobilístico), ABC (ramo petroquímico) e Nestlé Industrial e Comercial Ltda. (ramo de produtos alimentícios). A escolha por ramos industriais diferenciados propiciou ao autor ter uma visão clara de que, dependendo do tipo de atividade a que a empresa se dedica, haverá um maior ou menor envolvimento com a responsabilidade ecológica e isso se traduzirá em arranjos organizacionais diferenciados para lidar com essa temática, seja a nível das atividades/ responsabilidades relativas a sua área de atuação, seja no exercício de sua autoridade e mesmo no entrosamento e na comunicação desta atividade/função com as demais funções organizacionais. Donaire (1994) explica que todo esse processo inicia na cúpula administrativa, é disseminada aos gerentes de linha de produção que prepararão o terreno para atingir a produção. Dessa forma, efetiva-se envolvimento filosófico e político proveniente da atividade inicial concebida pela cúpula da empresa: se ela é considerada uma variável importante dentro da organização, então a atividade/função ecológica possui status, prestígio e autoridade, ou seja, a responsabilidade ambiental para ganhar credibilidade e eficácia depende do comprometimento da alta administração. Caso isso não ocorra, transforma-se em uma atividade meramente acessória, que existe apenas para configurar que a empresa tem algo ou alguém para lidar com essa atividade, mas que não se traduz em uma ação efetiva e muito menos em um compromisso organizacional. Donaire (1994) constatou com suas observações que somente a Arafértil S/A e Ripasa S/A possuem forte envolvimento com a variável ecológica, enquanto que, Rhodia S/ A Químico tem envolvimento regular e General Motors Ltda, ABC e Nestlé Industrial e
  • 5. Comercial Ltda possuem fraco envolvimento. Tais dados evidenciaram que a preocupação com a variável ambiental é relativamente recente, não atingindo, na sua maioria, 15 anos de existência. Assim, o autor concluiu que a preocupação ecológica e sua interiorização organizacional é, sem dúvida, uma das características administrativas observadas nas décadas de 70 e 80. Na Ripasa e na Arafértil, ela se iniciou em 1980 e 1987, respectivamente, por forte pressão da comunidade local. ABC, implantada em 1989. Nestlé e da Rhodia, suas atividades ligadas ao meio ambiente tiveram seu nascedouro em 1963 e 1973, respectivamente. O autor chama a atenção para o envolvimento das Associações Nacionais na problemática ambiental como importante e positiva no sentido de criar mecanismos para auxiliar as organizações que estão interessadas em equacionar seus problemas ecológicos. Sem deixar de considerar que promove a troca de experiências entre as empresas associadas, evitando a repetição de erros cometidos por outras organizações. Após a análise das empresas, o autor expõe a situação atual delas naquela época. A Arafértil e a Ripasa tiveram problemas ambientais relevantes junto à comunidade onde se localizam que resultaram em confrontos desgastantes, com possibilidades de intervenções e até de fechamento, ameaçando a sobrevivência da empresa. No caso da Ripasa, as atividades/responsabilidades da área de meio ambiente apresentaram um maior nível de autoridade, possuindo prestígio da área de meio ambiente. No caso da Rhodia e da ABC, respectivamente pertencentes à área química e petroquímica, embora atuando em áreas onde o envolvimento com a problemática ambiental é intenso, elas ainda não estavam sujeitas às mesmas pressões e exigências que ocorreram em outros países. Nas demais empresas estudadas, General Motors e Nestlé, em virtude de apresentarem potencial poluidor mais reduzido e baixo nível de visibilidade junto à comunidade em que se localizam, a tendência foi a área de meio ambiente apresentar nível de autoridade funcional reduzido, dividindo suas atividades com outras tarefas. O autor concluiu que a preocupação com a variável ambiental, por parte das organizações, é irreversível, não é um modismo de momento, mas uma preocupação que deve crescer concomitantemente com o atendimento de outras necessidades importantes, o que exigirá do setor empresarial posicionamento cada vez mais responsável, ético e especializado. Donaire (1994) complementa que a tendência ecológica ganhará alcance de outras organizações com o intuito de utilizar a questão ecológica em propaganda, promoções, patrocínios, reforçando mercadologicamente a imagem de
  • 6. empresa preocupada com sua responsabilidade social. Isso exigirá das empresas atividade administrativa especializada e específica dentro da estrutura organizacional, mantendo estreita ligação da linha de produção com a Alta Administração.