O documento discute diferentes métodos de custeio e análise de demonstrações financeiras. Apresenta conceitos de análise vertical, horizontal e curva ABC, além de explicar custos fixos, variáveis, diretos e indiretos. Também compara os métodos de custeio por absorção e direto.
3. Introdução
A análise vertical baseia-se nos valores relativos das
contas das demonstrações financeiras, dentro de um mesmo
período. É calculado o percentual por cada conta em relação
a um valor base.
BP: valor base Total do Ativo (ou Passivo) peso 100.
DRE: valor base Receita Líquida peso 100.
A
análise horizontal relaciona cada conta da
demonstração financeira com sua conta equivalente de
exercícios anteriores. Mede a evolução das contas ao longo
de dois ou mais períodos, permitindo uma ideia da
tendência futura.
4. Análise Vertical
A
análise vertical consiste na determinação dos
percentuais de cada conta ou cada grupo de contas do
balanço patrimonial em relação ao valor total do Ativo ou
Passivo.
Determina
a proporcionalidade das contas do
demonstrativo de resultado em relação à Receita Líquida
de Vendas, considerado como sua base.
Em relação ao balanço patrimonial, ela procura sempre
mostrar, de um lado, a proporção de cada uma das fontes
de recursos e, de outro, a expressão percentual de cada
uma das várias aplicações de recursos efetuadas pela
empresa.
5. Para se efetuar o cálculo da análise vertical nas
demonstrações contábeis, podemos apurar o percentual
relativo a cada item da seguinte forma:
Conta (ou grupo de contas)
Ativo total (ou passivo total)
Conta (ou grupo de contas)
Receita líquida
X 100
Balanço
Patrimonial
X 100
DRE
6. Análise Vertical
Permite mostrar
o percentual de participação
relativa de cada item do Balanço Patrimonial e da
demonstração de Resultado do Exercício, em
relação ao seu respectivo grupo e ao total a que
pertence.
No caso do Ativo e do Passivo é obtido através do
coeficiente do valor de cada item pelo seu respectivo
referencial, qual seja, Ativo Total ou Passivo Total.
Na DRE, a Receita Líquida é o referencial básico
para cálculo do coeficiente
percentual de cada item.
de
participação
7. Análise Horizontal
A Análise Horizontal é uma técnica que parte da
comparação do valor de cada item do demonstrativo,
em cada período, com o valor correspondente em um
determinado período anterior, considerado domo base.
Essa análise tem como objetivo mostrar a evolução de
cada conta (ou grupo de contas), quando considerada
de forma isolada.
Informa o aumento ou diminuição da proporção de uma
determinada despesa em relação a um determinado
total, mas não nos diz se essa variação foi derivada do
aumento ou da diminuição do valor absoluto da verba
considerada.
8. Para se efetuar o cálculo da análise horizontal nas
demonstrações contábeis, podemos apurar o percentual
relativo a cada item da seguinte forma:
Valor atual do item
Valor do item no
período base anterior
- 1
X 100
Balanço
Patrimonial
e
DRE
9. Análise Horizontal
Compara cada elemento do ano-base com o ano
imediatamente anterior, para medir qual foi o
crescimento ou a evolução patrimonial.
No Balanço e na DRE, o ano anterior é a base 100%.
O resultado líquido do ano-base (após tirar de 100)
revela se houve acréscimo ou decréscimo (em %).
12. Curva ABC - Apresentação
A curva de experiência ABC, também conhecida como
Análise de Pareto, ou regra 80/20 é um estudo que foi
desenvolvido por Joseph Moses Juran, consultor da área da
qualidade, que identificou que 80% dos problemas são
geralmente causados por 20% dos fatores.
O nome “Pareto” vem de uma homenagem ao economista
italiano Vilfredo Pareto, que em seu estudo observou que
80% da riqueza da Itália estava na mão de 20% da
população.
13. Curva ABC - Conceito
A curva ABC é um importante instrumento para se
examinar estoques, permitindo a identificação daqueles
itens que justificam atenção e tratamento adequados
quanto à sua administração.
Consiste na verificação, em certo espaço de tempo
(normalmente 6 meses ou 1 ano), do consumo em
quantidade dos itens de estoque para que eles possam ser
classificados em ordem decrescente de importância.
Classe A Itens mais importantes;
Classe B Itens intermediários;
Classe C Itens menos importantes.
14.
15.
16. Curva ABC - Classificação
Os itens são classificados como :
o Classe A: de maior importância, valor ou quantidade,
correspondendo a 20% do total (podem ser itens do estoque
com uma demanda de 65% num dado período);
o Classe B: com importância, quantidade ou valor
intermediário, correspondendo a 30% do total (podem ser
itens do estoque com uma demanda de 25% num dado
período);
o Classe C: de menor importância, valor ou quantidade,
correspondendo a 50% do total (podem ser itens do estoque
com uma demanda de 10% num dado período).
17. Curva ABC - Objetivos
O uso mais comum da curva ABC se dá no gerenciamento
o
o
o
de estoque, a fim de realizar um controle mais apurado dos
produtos e buscar a redução de custos sem comprometer o
nível de atendimento ao cliente.
A Curva ABC auxilia na classificação dos itens em estoque
de acordo com sua importância relativa.
A curva ABC, na administração de estoques, apresenta
resultados da demanda de cada item nas seguintes áreas:
giro no estoque;
proporção sobre o faturamento no período;
margem de lucro obtida.
18. Aula 6
1
2
3
4
5
6
– CUSTEIO
– DESPESAS E CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS
– CUSTOS DIRETOS E CUSTOS INDIRETOS
– CUSTEIO POR ABSORÇÃO
– CUSTEIO DIRETO OU VARIÁVEL
–CUSTEIO ABSORÇÃO X CUSTEIO VARIÁVEL
19. Custeio
Os
custos podem ser classificados de
diversas maneiras, de acordo com sua
finalidade.
Custeio significa Apropriação de custos aos
produtos.
Os métodos de Custeio atribuem para cada
custo uma classificação específica, na forma
de custos fixos ou custos variáveis.
20. Despesas e Custos Fixos
São as despesas ou custos que não sofrem
alteração de valor em caso de aumento ou
diminuição da produção.
Exemplos:
Limpeza e Conservação;
Aluguéis de Equipamentos e Instalações;
Salários da Administração;
Segurança e Vigilância.
21. Despesas e Custos Variáveis
São as despesas ou custos que variam,
proporcionalmente, de acordo com o nível
de produção ou atividades.
Exemplos:
o Matéria-Prima;
o Comissão sobre Vendas;
o Água;
o Energia elétrica.
22. Custos Diretos
São os custos que podem ser identificados e
diretamente apropriados aos produtos.
Não necessita de rateios para ser atribuído
ao objeto custeado.
Exemplos:
o Gasto com material - matéria-prima;
o Salários e encargos - mão de obra direta;
o Gastos gerais.
23. Custos Indiretos
São
os custos que não podem ser
apropriados diretamente ao produto.
Apenas mediante aproximação podem ser
atribuídos aos produtos por algum critério
de rateio.
Exemplos:
o Mão de obra indireta;
o Materiais indiretos;
o Outros custos indiretos;
24. Custeio por Absorção
O
Custeio por Absorção consiste na
apropriação de todos os custos (diretos e
indiretos) incorridos na produção aos bens
elaborados; e só os de produção.
Integram o valor contábil os custos variáveis e
os fixos, ou seja, o resultado do custo sofre
influência direta do volume produzido.
Todos os gastos relativos ao esforço de
produção são distribuídos para todos os
produtos ou serviços feitos.
25. Custeio por Absorção
PRODUÇÃO DO MÊS DE JANEIRO
Custos diretos e indiretos de fabricação .................. 2.000,00
Quantidade produzidas (unidades) ............................. 400 un.
Matéria-prima por unidade ............................................ 20,00
Rateio custos diretos/indiretos (2.000,00 : 400) .............. 5,00
Total (20,00 + 5,00) ........................................................ 25,00
PRODUÇÃO DO MÊS DE FEVEREIRO
Custos diretos e indiretos de fabricação .................. 2.000,00
Quantidade produzidas (unidades) ............................. 500 un.
Matéria-prima por unidade ............................................ 20,00
Rateio custos diretos/indiretos (2.000,00 : 500) .............. 4,00
Total (20,00 + 4,00) ........................................................ 24,00
26.
27.
28.
29. Custeio por Absorção
DESCRIÇÃO
Matérias primas transferidas para produção
Custo da mão de obra da produção apurada no mês
Gastos gerais de produção apurados no mês
TOTAL DO CUSTO DE PRODUÇÃO DO MÊS
Unidades produzidas no mês
Custo unitário de produção
VALOR
25.000,00
10.000,00
8.000,00
43.000,00
5.000
8,60
43.000 : 5.000 = R$ 8,60
Custo unitário de produção: R$ 8,60
30. Vantagens do Custeio por
Absorção
Atende ao Princípio da Competência:
os custos apropriados aos produtos só são
lançados no resultado quando são vendidos.
É aceito pela legislação fiscal.
Fixação de preços de venda mais reais.
Só é considerado custo a parcela dos
materiais utilizados na produção.
31. Desvantagens do Custeio por
Absorção
O
Custeio por Absorção tem como
inconveniente a arbitrariedade do critério de
rateio escolhido.
A principal desvantagem do custeio por
absorção consiste na utilização dos rateios,
uma vez que dependendo do critério pode
penalizar determinado produto e beneficiar
outro.
32. Custeio Direto ou Variável
É o método de custeio em que somente os custos
claramente identificados com os produtos devem
ser apropriados.
No processo de seleção e produção, no sistema
de custeio variável, o fluxo dos componentes dos
custos de produção são separados em dois
grupos: os custos fixos e os custos variáveis.
Os custos variáveis tomam a direção dos
estoques e o fixos são direcionados para
resultado do exercício.
33. Custeio Direto ou Variável
É o método de custeio em que somente os custos
claramente identificados com os produtos devem
ser apropriados.
No processo de seleção e produção, no sistema
de custeio variável, o fluxo dos componentes dos
custos de produção são separados em dois
grupos: os custos fixos e os custos variáveis.
Os custos variáveis tomam a direção dos
estoques e o fixos são direcionados para
resultado do exercício.
34. Vantagens do Custeio Direto ou
Variável
Não
esconde lucro no estoque e
sua variação não interfere no cálculo do
resultado do período.
Por conta da separação dos custos em fixos e
variáveis, fornece mais facilmente dados
necessários para o planejamento de lucro e
simulação de resultados.
É um sistema mais compreensível aos
gestores, facilitando uma melhor avaliação
de desempenho para correção de rumos.
35. Desvantagens do Custeio Direto
ou Variável
Não aceitação pela legislação tributária para
fins de avaliação de estoques.
Fere
Princípios
Fundamentais
de
Contabilidade, alterando o resultado do
exercício.
As informações geradas são voltadas
especificamente para o público interno.
36. Preço de venda: R$ 40,00
Matéria-prima e materiais secundários: R$ 15,00
ICMS: 25%
PIS e COFINS: 3,65%
Comissão dos vendedores: 5%
Custos Variáveis de Produção:
Matéria-prima e materiais secundários: R$ 15,00
Subtotal: R$ 15,00
Despesas Variáveis de Vendas:
ICMS 40,00 x 25% = R$ 10,00
PIS e COFINS 40,00 x 3,65% = R$ 1,46
Comissão dos vendedores 40,00 x 5% = R$ 2,00
Subtotal: R$ 13,46
Custo unitário do produto vendido:
Total 15,00 + 13,46 = R$ 28,46
37. Custeio por Absorção x Custeio
Variável
Custeio variável: é uma peça gerencial,
própria para tomada de decisão
fundamental para relatórios internos.
Custeio
e
por absorção: tem como
vantagem a de não ferir a legislação fiscal e
nem os princípios fundamentais de
contabilidade, próprio para geração de
relatórios externos.
38. Custeio por Absorção X Custeio Variável
Representação gráfica do fluxo no custeio por Absorção
Mão obra direta
Materiais diretos
Gastos gerais de
Fabricação
Custos Fixos
Processo
Produtivo
Estoques
Custos Variáveis
Representação gráfica do fluxo no custeio variável
Mão obra direta
Materiais diretos
Gastos gerais de
Fabricação
Custos Fixos
Resultado
do
Período
Custos Variáveis
Estoques
Processo
Produtivo