SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 8
Descargar para leer sin conexión
1. Introdução

Todos aqueles que lidam com a educação sabem que, hoje em dia, a palavra de ordem é inclusão.
Inclusão tida como o atendimento aos alunos com necessidades educativas especiais nas escolas e
sempre que possível, nas classes regulares dessas mesmas escolas. O atendimento Inadequado a esta
parcela da população é devido a falta de informações básicas sobre deficiência, o que aumenta o
preconceito.
Neste contexto o presente trabalho tem por objectivo não só descrever e analisar, mas, também,
responder as questões levantadas sobre o tema deficiência e, em especial, inclusão de alunos com
necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino.

3
2. PEDAGOGIA ESPECIAL
2.1 – Definição de termos
A palavra Pedagogia tem origem na Grécia antiga, paidós (criança) e agogé (condução).
Pedagogia: é a ciência que estuda e explica as formas de ensinar e educar o homem. Estuda
igualmente os fins, o conteúdo, os meios e os métodos da actividade educativa.
Especial: exclusivo a uma coisa ou pessoa.
Pedagogia especial: é uma modalidade de ensino que ocupa-se no estudo daqueles que não se
enquadram nos parâmetros da normalidade. Das pessoas que apresentam algum tipo de defeito
nomeadamente deficiência motora, sensorial, intelectual, com problemas de comportamento e trata da
prevenção, da recuperação, integração socioeducativa e socioeconómica dos mesmos e dos alunos
portadores.

4
2.2- Breve historial
O nascimento de uma criança com deficiência, constituia um embaraço para a família porque a
deficiência era regeitada e ignorada. Por exemplo: nos séculos XVI e XVII as pessoas com deficiência mental
eram internadas em orfanatos, manicomios, prisões e outros tipos de instituições estatais. Ali ficavam
junto de delinquentes, velhos, pobres indiscriminadamente. Já no século XIX, portadores de necessidades
especiais eram vistos como incapazes, não havendo no momento algo que trouxesse esperança para
mudar essa realidade. Na sociedade da época esses indivíduos viviam as margens do abandono social e até
mesmo abandono da própria família.
Somente no fim da década de 60 ouve a iniciação à integração escolar com objectivo de inserir
portadores de necessidades nos sistemas gerais da sociedade, a inclusão surge para romper com os
paradígmas educacionais, após todos esses anos de exclusão, essas crianças estão sendo olhadas com um
olhar mais humano e a inclusão escolar reflecte bem esse novo momento de desenvolvimento social e
humano. Neste mesmo século inicia-se o período da institucionalização especializada de pessoas com
deficiências, e é a partir de então que podemos considerar ter surgido a Educação Especial. Essa Educação
acontecia em escolas fora das povoações, argumentando que o campo lhes proporcionaria uma vida mais
saudável e alegre. Porem no intuito de oferecer um serviço especializado, acaba-se, na
verdade,privando-os do convívio com as demais pessoas da sua comunidade.

2.3- Objecto de estudo
O objecto de estudo da pedagogia especial é a educação de pessoas com necessidades especiais
tais como:







Deficiência intelectual;
Retardo no desenvolvimento psíquico;
Deficiência auditiva;
Deficiência visual;
Transtorno na conduta, na fala e na linguagem;
Super dotado.

2.4- Especialidades da Pedagogia Especial







Surdo-pedagogia: ocupa-se da educação e ensino do individuo que apresenta deficiência auditiva;
Tiflo-pedagogia: ocupa-se da educação e instrução do individuo com deficiência visual;
Oligofreno-pedagogia: trata-se do ensino dirigido a pessoas congénitas;
Orto-pedagogia: aplica-se a todos que apresentam deficiências físicas;
Ecto-pedagogia: ocupa-se do ensino do individuo de difícil aprendizagem, para isso utilizam-se
métodos lúdicos tais como: jogos, brincadeiras e observação directa de gravuras;
Logo-pedagogia: elabora princípios e métodos profiláticos para correcção da insuficiência na
linguagem. Utiliza-se para a textualização e comunicação.
5
2.5- Objectivos da pedagogia especial
Existem dois objectivos:
 Gerais
A pedagogia especial tem como objectivos gerais a integração e a inclusão do individuo com
necessidades educativas especias na comunidade.
Integração: é uma acção que combate a exclusão social geralmente ligada a pessoas portadoras de
deficiência física, idosas ou minorias raciais entre outras que não têm acesso a várias oportunidades.
Inclusão: É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e
compartilhar com pessoas diferentes de nós. Inclusão é nós, pessoas com deficiência, estarmos misturados
a todos, com nossas características particulares participarmos de tudo.

Qual a diferença entre integração e inclusão?
Embora ambas constituam formas de inserção do portador de necessidades educacionais especiais,
a prática da integração basea-se no modelo em que os educandos portadores de necessidades
educacuionais especiais precisavam modificar-se (habilitar-se, reabilitar-se, educar-se) para tornarem-se
aptos a satisfazerem os padrões aceitos no meio social, familiar, escolar, profissional, recreativo,
ambiental.
A prática da inclusão segue o modelo social da deficiência, segundo o qual a nossa tarefa consiste
em modificar a sociedade (escolas, empresas, programas, serviços, ambientes físicos, etc) para torna-la
capaz de acolher todas as pessoas que apresente alguma diversidade, portanto estamos falando de uma
sociedade de direitos para todos.
 Específicos
A pedagogia especial tem como objectivos específicos:






Desenvolver as potencialidades físicas e intelectuais, compensando as limitações
provocadas pela deficiência;
Desenvolver as potencialidaes de comunicação;
Proporcionar uma adequada formação pre-profissional e/ou profissional visando a
integração na vida activa;
Criar condições para o atendimento dos alunos super dotados;
Apoiar a inserçaõ familiar, escolar e social do individuo com deficiência proporcionando a
aquisição de estabilidade emocional.

6
2.6- Inclusão escolar
A inclusão escolar surgiu com a "Declaração de Salamanca" na década de 90, com a ideia de
romper paradigmas educacionais existente na época. Após tantos anos de segregação e isolamento hoje
essas pessoas são reconhecidas como cidadãos.
A inclusão escolar está directamente relacionada com acções políticas, pedagógicas, cultural e
social, esse movimento junto torna possível a interacção das pessoas com necessidades especiais junto
com as pessoas sem necessidades especiais convivendo no mesmo ambiente escolar, aprendendo e
respeitando as diferenças. Para que a inclusão seja de fato efectivada é necessário que os sistemas
educacionais quebrem paradigmas, a educação inclusiva tem como um de seus princípios a valorização da
diversidade, respeito aquele que é diferente e não inferior.

2.7- Dificuldades encontradas no ambiente escolar para a inclusão




Péssimas condições das estruturas físicas das instituições;
Falta de entusiasmo;
Baixos salários, além disso, os professores que estão na sala de aula não foram
preparados para realizar esse tipo de actividade.

2.8- Papel do Professor
A escola é o primeiro lugar que a criança frequenta fora de seu ciclo familiar e a
maneira como ela é tratada lá pode marcar toda a sua vida. Por isso, é preocupante
quando alguns professores muitas vezes, de forma inconsciente maltratam os alunos,
principalmente os que têm necessidades educativas especiais.
Uma das funções do orientador educacional é observar os detalhes do quotidiano escolar e
descobrir se ocorrem situações em que os alunos com deficiência ou necessidades educativas especiais
estejam sendo rotulados, intencionalmente ou não. Ele (o professor) pode oferecer permanentemente à
equipe pedagógica e a todos os funcionários que também são educadores as informações necessárias para
que possam exercer o papel de agentes da socialização desses alunos e assegurar que as condições de
aprendizagem de todos estejam garantidas.

2.9- Curiosidades sobre a Educação Especial em Angola
A 14 de Outubro de 1992, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas foi adoptado o
dia 3 de Dezembro como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.
30.607 Alunos com necessidades especiais, entre elas auditivas e visuais, estão inseridas no sistema
de educação especial em Angola, 25 porcento têm deficiência auditiva, 21 porcento intelectual, 11
porcento visual, 12 porcento transtornos globais, 10 porcento com deficiência motora, e outros 10
porcento com transtorno de conduta. Segundo Maria de Lurdes Franco o número de alunos abrangidos
ainda não representa o quadro real de pessoas com necessidades educativas especiais, se se ter em conta
7
o anterior quadro de guerra, onde houve desintegração familiar e outros problemas derivantes do
contexto passado.
O país tem 12 escolas especiais, duas na província de Luanda e uma em Benguela, Huambo, Huíla,
Cuando-Cubango, Cunene, Bengo, Lunda-Sul, Namibe, Cuanza-Sul e Uíge.

3- Sugestões
Hoje em dia vivemos numa sociedade de trabalho exaustivo e frenético, fazemos tudo e mais
alguma coisa, andamos sempre a correr de um lado para o outro, mas precisamos de romper com o ciclo
da invisibilidade e de nos ir lembrando que há pessoas que não andam, não vêem, não ouvem, não falam,
não caminham ou simplesmente não se mexem e que podem estar sozinhas a precisar de um simples
sorriso. Por isso:






Nunca se esqueça que essas pessoas existem e têm direitos e deveres como todos os
cidadãos;
Respeite suas particularidades, potenciais e formas de se relacionar no mundo;
Trate-as com naturalidade na medida das suas diferenças;
Não as discrimine nem as idolatre. As pessoas com deficiência não são heroínas e nem
coitadinhas;
Lute pela inclusão dessas pessoas, e não pelo assistencialismo caridoso e totalmente
ineficaz.

8
Portanto: as deficiências não impedem a participação e contribuição dessas pessoas na sociedade.
A escola, família e comunidade precisam interagir! É uma luta constante e diária, numa sociedade
preconceituosa que vivemos, não só contra as pessoas com necessidades educativas especiais mas, aos
brancos, ciganos, gordos, magros, etc. É uma luta nossa de combater esse preconceito juntos, de nos aliarmos aos que tem o temor de DEUS, e termos também paciência e confiar, pois há muitos profissionais que
abraçam essa causa. Falta muito para que a inclusão aconteça! Mas vemos pouco a pouco, esse número
crescendo, não é um número de matrícula e carteira na sala, mas sim, de interacção, socialização,
professores sendo capacitados.
E com apoio e parceria da família estamos caminhando a passo de formiga, mas nós acreditamos e
fazemos a diferença!

9
5- Bibliografia
- Encontro nacional metodológico sobre educação especial 2ª edição Luanda 2009
- Necessidades educativas especiais na sala de aula 3ª edição/ porto editora, Lee Brattland Nielsen
- http://www.diversidadeemcena.net/artigo26.htm
- www.euroacessibilidade.com/informacao/info02.htm

10

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Slide o estágio na história da educação
Slide o estágio na  história da educaçãoSlide o estágio na  história da educação
Slide o estágio na história da educaçãoestudosacademicospedag
 
Mapa conceitual
Mapa conceitualMapa conceitual
Mapa conceitualRoseParre
 
Charge
ChargeCharge
ChargeGestao
 
Gestão escolar número 9
Gestão escolar número 9Gestão escolar número 9
Gestão escolar número 9CÉSAR TAVARES
 
Tardif o trabalho docente resumido (1)
Tardif   o trabalho docente resumido (1)Tardif   o trabalho docente resumido (1)
Tardif o trabalho docente resumido (1)Eduardo Lopes
 
História da educação resumo
História da educação resumoHistória da educação resumo
História da educação resumozildamisseno
 
Teorias Pedagógica de Aprendizagem
Teorias Pedagógica de AprendizagemTeorias Pedagógica de Aprendizagem
Teorias Pedagógica de AprendizagemSabrina Mariana
 
Políticas Públicas da Educação
Políticas Públicas da EducaçãoPolíticas Públicas da Educação
Políticas Públicas da EducaçãoCÉSAR TAVARES
 
4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes LimaPaulo Lima
 
Teorias da aprendizagem
Teorias da aprendizagemTeorias da aprendizagem
Teorias da aprendizagemMarcia Souza
 
Tendencias pedagógicas 2013
Tendencias pedagógicas 2013Tendencias pedagógicas 2013
Tendencias pedagógicas 2013Sa'ndro Soares
 
A fiscalização da constitucionalidade
A fiscalização da constitucionalidadeA fiscalização da constitucionalidade
A fiscalização da constitucionalidadeHelder Miguel
 
Tendências pedagógicas
Tendências pedagógicasTendências pedagógicas
Tendências pedagógicasAntonio Futuro
 
Organização e gestão da escola
Organização e gestão da escolaOrganização e gestão da escola
Organização e gestão da escolaUlisses Vakirtzis
 

La actualidad más candente (20)

Slide o estágio na história da educação
Slide o estágio na  história da educaçãoSlide o estágio na  história da educação
Slide o estágio na história da educação
 
Mapa conceitual
Mapa conceitualMapa conceitual
Mapa conceitual
 
Curso de didática
Curso de didáticaCurso de didática
Curso de didática
 
Charge
ChargeCharge
Charge
 
Direito Educacional
Direito EducacionalDireito Educacional
Direito Educacional
 
Tendências pedagógicas
Tendências pedagógicasTendências pedagógicas
Tendências pedagógicas
 
O curriculo
O curriculoO curriculo
O curriculo
 
Gestão escolar número 9
Gestão escolar número 9Gestão escolar número 9
Gestão escolar número 9
 
Tardif o trabalho docente resumido (1)
Tardif   o trabalho docente resumido (1)Tardif   o trabalho docente resumido (1)
Tardif o trabalho docente resumido (1)
 
História da educação resumo
História da educação resumoHistória da educação resumo
História da educação resumo
 
Teorias Pedagógica de Aprendizagem
Teorias Pedagógica de AprendizagemTeorias Pedagógica de Aprendizagem
Teorias Pedagógica de Aprendizagem
 
Políticas Públicas da Educação
Políticas Públicas da EducaçãoPolíticas Públicas da Educação
Políticas Públicas da Educação
 
4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
 
Políticas Educacionais
Políticas EducacionaisPolíticas Educacionais
Políticas Educacionais
 
Teorias da aprendizagem
Teorias da aprendizagemTeorias da aprendizagem
Teorias da aprendizagem
 
Tendencias pedagógicas 2013
Tendencias pedagógicas 2013Tendencias pedagógicas 2013
Tendencias pedagógicas 2013
 
A fiscalização da constitucionalidade
A fiscalização da constitucionalidadeA fiscalização da constitucionalidade
A fiscalização da constitucionalidade
 
Tendências pedagógicas
Tendências pedagógicasTendências pedagógicas
Tendências pedagógicas
 
Didática final
Didática finalDidática final
Didática final
 
Organização e gestão da escola
Organização e gestão da escolaOrganização e gestão da escola
Organização e gestão da escola
 

Destacado (14)

Pedagogia especial
Pedagogia especialPedagogia especial
Pedagogia especial
 
metodos pedagogicos
metodos pedagogicosmetodos pedagogicos
metodos pedagogicos
 
Pedagogia general i
Pedagogia general iPedagogia general i
Pedagogia general i
 
Analisis de terminos
Analisis de terminosAnalisis de terminos
Analisis de terminos
 
introducción a la educación especial.
introducción a la educación especial.introducción a la educación especial.
introducción a la educación especial.
 
4 principios básicos da educação
4 principios básicos da educação4 principios básicos da educação
4 principios básicos da educação
 
Pedagogia Empresarial
Pedagogia EmpresarialPedagogia Empresarial
Pedagogia Empresarial
 
Analisis del termino gestion educativa
Analisis del termino gestion educativaAnalisis del termino gestion educativa
Analisis del termino gestion educativa
 
Áreas de atuação do pedagogo
Áreas de atuação do pedagogoÁreas de atuação do pedagogo
Áreas de atuação do pedagogo
 
A atuação do pedagogo em espaços não escolares
A atuação do pedagogo em espaços não escolaresA atuação do pedagogo em espaços não escolares
A atuação do pedagogo em espaços não escolares
 
Espaços não formais de educação
Espaços não formais de educaçãoEspaços não formais de educação
Espaços não formais de educação
 
Pedagogia, O QUE É SER PEDAGOGO
Pedagogia, O QUE É SER PEDAGOGOPedagogia, O QUE É SER PEDAGOGO
Pedagogia, O QUE É SER PEDAGOGO
 
EL-CONTEXTO-ESCOLAR
EL-CONTEXTO-ESCOLAREL-CONTEXTO-ESCOLAR
EL-CONTEXTO-ESCOLAR
 
Educação formal e não formal
Educação formal e não formalEducação formal e não formal
Educação formal e não formal
 

Similar a Pedagogia special

Educação especial e educação inclusiva aproximações e convergências
Educação especial e educação inclusiva  aproximações e convergênciasEducação especial e educação inclusiva  aproximações e convergências
Educação especial e educação inclusiva aproximações e convergênciasGizéle Vianna
 
Mantoan, maria tereza égler, integracao de pessoas com defi
Mantoan, maria tereza égler, integracao  de pessoas com defiMantoan, maria tereza égler, integracao  de pessoas com defi
Mantoan, maria tereza égler, integracao de pessoas com defimarcaocampos
 
metodologia_do_ensino_da_educacao_especial___apostila_unidade_01.pdf
metodologia_do_ensino_da_educacao_especial___apostila_unidade_01.pdfmetodologia_do_ensino_da_educacao_especial___apostila_unidade_01.pdf
metodologia_do_ensino_da_educacao_especial___apostila_unidade_01.pdfromaofreire
 
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdfARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdfSimoneHelenDrumond
 
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdfARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdfSimoneHelenDrumond
 
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdfARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdfSimoneHelenDrumond
 
7 ARTIGO PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA.pdf
7 ARTIGO  PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA.pdf7 ARTIGO  PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA.pdf
7 ARTIGO PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA.pdfSimoneHelenDrumond
 
Aula 01 inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorim
Aula 01   inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorimAula 01   inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorim
Aula 01 inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorimValeria Faria
 
II Projeto Integrador - Univesp Polo Mococa SP
II Projeto Integrador - Univesp Polo Mococa SPII Projeto Integrador - Univesp Polo Mococa SP
II Projeto Integrador - Univesp Polo Mococa SPSancléia Passos
 
Projeto educacao inclusiva2
Projeto educacao inclusiva2 Projeto educacao inclusiva2
Projeto educacao inclusiva2 Renata Louchard
 
Educação inclusiva compreende a educação especial
Educação inclusiva compreende a educação  especialEducação inclusiva compreende a educação  especial
Educação inclusiva compreende a educação especialdilaina maria araujo maria
 
Ppi educaãƒâ§ãƒâ£o inclusiva-2
Ppi  educaãƒâ§ãƒâ£o inclusiva-2Ppi  educaãƒâ§ãƒâ£o inclusiva-2
Ppi educaãƒâ§ãƒâ£o inclusiva-2Sannarah Pinheiro
 
INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS
INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAISINCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS
INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAISGlauciaAS
 

Similar a Pedagogia special (20)

Educação especial e educação inclusiva aproximações e convergências
Educação especial e educação inclusiva  aproximações e convergênciasEducação especial e educação inclusiva  aproximações e convergências
Educação especial e educação inclusiva aproximações e convergências
 
Educação Inclusiva no Brasil
Educação Inclusiva no BrasilEducação Inclusiva no Brasil
Educação Inclusiva no Brasil
 
Portifolio pronto
Portifolio prontoPortifolio pronto
Portifolio pronto
 
Mantoan, maria tereza égler, integracao de pessoas com defi
Mantoan, maria tereza égler, integracao  de pessoas com defiMantoan, maria tereza égler, integracao  de pessoas com defi
Mantoan, maria tereza égler, integracao de pessoas com defi
 
metodologia_do_ensino_da_educacao_especial___apostila_unidade_01.pdf
metodologia_do_ensino_da_educacao_especial___apostila_unidade_01.pdfmetodologia_do_ensino_da_educacao_especial___apostila_unidade_01.pdf
metodologia_do_ensino_da_educacao_especial___apostila_unidade_01.pdf
 
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdfARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
 
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdfARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
 
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdfARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
ARTIGO 2 PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA .pdf
 
7 ARTIGO PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA.pdf
7 ARTIGO  PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA.pdf7 ARTIGO  PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA.pdf
7 ARTIGO PRATICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA.pdf
 
Monografia Rosimeire Pedagogia 2009
Monografia Rosimeire Pedagogia 2009Monografia Rosimeire Pedagogia 2009
Monografia Rosimeire Pedagogia 2009
 
Aula 01 inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorim
Aula 01   inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorimAula 01   inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorim
Aula 01 inclusão escolar-pontos e contrapontos - matoan-prieto-amorim
 
Educação Infantil, Especial, Na Terceira Idade, e Online.
 Educação Infantil, Especial, Na Terceira Idade, e Online. Educação Infantil, Especial, Na Terceira Idade, e Online.
Educação Infantil, Especial, Na Terceira Idade, e Online.
 
II Projeto Integrador - Univesp Polo Mococa SP
II Projeto Integrador - Univesp Polo Mococa SPII Projeto Integrador - Univesp Polo Mococa SP
II Projeto Integrador - Univesp Polo Mococa SP
 
Projeto educacao inclusiva2
Projeto educacao inclusiva2 Projeto educacao inclusiva2
Projeto educacao inclusiva2
 
Artigo
ArtigoArtigo
Artigo
 
Educação inclusiva compreende a educação especial
Educação inclusiva compreende a educação  especialEducação inclusiva compreende a educação  especial
Educação inclusiva compreende a educação especial
 
Ppi educaãƒâ§ãƒâ£o inclusiva-2
Ppi  educaãƒâ§ãƒâ£o inclusiva-2Ppi  educaãƒâ§ãƒâ£o inclusiva-2
Ppi educaãƒâ§ãƒâ£o inclusiva-2
 
INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS
INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAISINCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS
INCLUSÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS
 
Ed inclusiva unidade 1
Ed inclusiva unidade 1Ed inclusiva unidade 1
Ed inclusiva unidade 1
 
Pratica de ensino
Pratica de ensinoPratica de ensino
Pratica de ensino
 

Pedagogia special

  • 1. 1. Introdução Todos aqueles que lidam com a educação sabem que, hoje em dia, a palavra de ordem é inclusão. Inclusão tida como o atendimento aos alunos com necessidades educativas especiais nas escolas e sempre que possível, nas classes regulares dessas mesmas escolas. O atendimento Inadequado a esta parcela da população é devido a falta de informações básicas sobre deficiência, o que aumenta o preconceito. Neste contexto o presente trabalho tem por objectivo não só descrever e analisar, mas, também, responder as questões levantadas sobre o tema deficiência e, em especial, inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino. 3
  • 2. 2. PEDAGOGIA ESPECIAL 2.1 – Definição de termos A palavra Pedagogia tem origem na Grécia antiga, paidós (criança) e agogé (condução). Pedagogia: é a ciência que estuda e explica as formas de ensinar e educar o homem. Estuda igualmente os fins, o conteúdo, os meios e os métodos da actividade educativa. Especial: exclusivo a uma coisa ou pessoa. Pedagogia especial: é uma modalidade de ensino que ocupa-se no estudo daqueles que não se enquadram nos parâmetros da normalidade. Das pessoas que apresentam algum tipo de defeito nomeadamente deficiência motora, sensorial, intelectual, com problemas de comportamento e trata da prevenção, da recuperação, integração socioeducativa e socioeconómica dos mesmos e dos alunos portadores. 4
  • 3. 2.2- Breve historial O nascimento de uma criança com deficiência, constituia um embaraço para a família porque a deficiência era regeitada e ignorada. Por exemplo: nos séculos XVI e XVII as pessoas com deficiência mental eram internadas em orfanatos, manicomios, prisões e outros tipos de instituições estatais. Ali ficavam junto de delinquentes, velhos, pobres indiscriminadamente. Já no século XIX, portadores de necessidades especiais eram vistos como incapazes, não havendo no momento algo que trouxesse esperança para mudar essa realidade. Na sociedade da época esses indivíduos viviam as margens do abandono social e até mesmo abandono da própria família. Somente no fim da década de 60 ouve a iniciação à integração escolar com objectivo de inserir portadores de necessidades nos sistemas gerais da sociedade, a inclusão surge para romper com os paradígmas educacionais, após todos esses anos de exclusão, essas crianças estão sendo olhadas com um olhar mais humano e a inclusão escolar reflecte bem esse novo momento de desenvolvimento social e humano. Neste mesmo século inicia-se o período da institucionalização especializada de pessoas com deficiências, e é a partir de então que podemos considerar ter surgido a Educação Especial. Essa Educação acontecia em escolas fora das povoações, argumentando que o campo lhes proporcionaria uma vida mais saudável e alegre. Porem no intuito de oferecer um serviço especializado, acaba-se, na verdade,privando-os do convívio com as demais pessoas da sua comunidade. 2.3- Objecto de estudo O objecto de estudo da pedagogia especial é a educação de pessoas com necessidades especiais tais como:       Deficiência intelectual; Retardo no desenvolvimento psíquico; Deficiência auditiva; Deficiência visual; Transtorno na conduta, na fala e na linguagem; Super dotado. 2.4- Especialidades da Pedagogia Especial       Surdo-pedagogia: ocupa-se da educação e ensino do individuo que apresenta deficiência auditiva; Tiflo-pedagogia: ocupa-se da educação e instrução do individuo com deficiência visual; Oligofreno-pedagogia: trata-se do ensino dirigido a pessoas congénitas; Orto-pedagogia: aplica-se a todos que apresentam deficiências físicas; Ecto-pedagogia: ocupa-se do ensino do individuo de difícil aprendizagem, para isso utilizam-se métodos lúdicos tais como: jogos, brincadeiras e observação directa de gravuras; Logo-pedagogia: elabora princípios e métodos profiláticos para correcção da insuficiência na linguagem. Utiliza-se para a textualização e comunicação. 5
  • 4. 2.5- Objectivos da pedagogia especial Existem dois objectivos:  Gerais A pedagogia especial tem como objectivos gerais a integração e a inclusão do individuo com necessidades educativas especias na comunidade. Integração: é uma acção que combate a exclusão social geralmente ligada a pessoas portadoras de deficiência física, idosas ou minorias raciais entre outras que não têm acesso a várias oportunidades. Inclusão: É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. Inclusão é nós, pessoas com deficiência, estarmos misturados a todos, com nossas características particulares participarmos de tudo. Qual a diferença entre integração e inclusão? Embora ambas constituam formas de inserção do portador de necessidades educacionais especiais, a prática da integração basea-se no modelo em que os educandos portadores de necessidades educacuionais especiais precisavam modificar-se (habilitar-se, reabilitar-se, educar-se) para tornarem-se aptos a satisfazerem os padrões aceitos no meio social, familiar, escolar, profissional, recreativo, ambiental. A prática da inclusão segue o modelo social da deficiência, segundo o qual a nossa tarefa consiste em modificar a sociedade (escolas, empresas, programas, serviços, ambientes físicos, etc) para torna-la capaz de acolher todas as pessoas que apresente alguma diversidade, portanto estamos falando de uma sociedade de direitos para todos.  Específicos A pedagogia especial tem como objectivos específicos:      Desenvolver as potencialidades físicas e intelectuais, compensando as limitações provocadas pela deficiência; Desenvolver as potencialidaes de comunicação; Proporcionar uma adequada formação pre-profissional e/ou profissional visando a integração na vida activa; Criar condições para o atendimento dos alunos super dotados; Apoiar a inserçaõ familiar, escolar e social do individuo com deficiência proporcionando a aquisição de estabilidade emocional. 6
  • 5. 2.6- Inclusão escolar A inclusão escolar surgiu com a "Declaração de Salamanca" na década de 90, com a ideia de romper paradigmas educacionais existente na época. Após tantos anos de segregação e isolamento hoje essas pessoas são reconhecidas como cidadãos. A inclusão escolar está directamente relacionada com acções políticas, pedagógicas, cultural e social, esse movimento junto torna possível a interacção das pessoas com necessidades especiais junto com as pessoas sem necessidades especiais convivendo no mesmo ambiente escolar, aprendendo e respeitando as diferenças. Para que a inclusão seja de fato efectivada é necessário que os sistemas educacionais quebrem paradigmas, a educação inclusiva tem como um de seus princípios a valorização da diversidade, respeito aquele que é diferente e não inferior. 2.7- Dificuldades encontradas no ambiente escolar para a inclusão    Péssimas condições das estruturas físicas das instituições; Falta de entusiasmo; Baixos salários, além disso, os professores que estão na sala de aula não foram preparados para realizar esse tipo de actividade. 2.8- Papel do Professor A escola é o primeiro lugar que a criança frequenta fora de seu ciclo familiar e a maneira como ela é tratada lá pode marcar toda a sua vida. Por isso, é preocupante quando alguns professores muitas vezes, de forma inconsciente maltratam os alunos, principalmente os que têm necessidades educativas especiais. Uma das funções do orientador educacional é observar os detalhes do quotidiano escolar e descobrir se ocorrem situações em que os alunos com deficiência ou necessidades educativas especiais estejam sendo rotulados, intencionalmente ou não. Ele (o professor) pode oferecer permanentemente à equipe pedagógica e a todos os funcionários que também são educadores as informações necessárias para que possam exercer o papel de agentes da socialização desses alunos e assegurar que as condições de aprendizagem de todos estejam garantidas. 2.9- Curiosidades sobre a Educação Especial em Angola A 14 de Outubro de 1992, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas foi adoptado o dia 3 de Dezembro como o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. 30.607 Alunos com necessidades especiais, entre elas auditivas e visuais, estão inseridas no sistema de educação especial em Angola, 25 porcento têm deficiência auditiva, 21 porcento intelectual, 11 porcento visual, 12 porcento transtornos globais, 10 porcento com deficiência motora, e outros 10 porcento com transtorno de conduta. Segundo Maria de Lurdes Franco o número de alunos abrangidos ainda não representa o quadro real de pessoas com necessidades educativas especiais, se se ter em conta 7
  • 6. o anterior quadro de guerra, onde houve desintegração familiar e outros problemas derivantes do contexto passado. O país tem 12 escolas especiais, duas na província de Luanda e uma em Benguela, Huambo, Huíla, Cuando-Cubango, Cunene, Bengo, Lunda-Sul, Namibe, Cuanza-Sul e Uíge. 3- Sugestões Hoje em dia vivemos numa sociedade de trabalho exaustivo e frenético, fazemos tudo e mais alguma coisa, andamos sempre a correr de um lado para o outro, mas precisamos de romper com o ciclo da invisibilidade e de nos ir lembrando que há pessoas que não andam, não vêem, não ouvem, não falam, não caminham ou simplesmente não se mexem e que podem estar sozinhas a precisar de um simples sorriso. Por isso:      Nunca se esqueça que essas pessoas existem e têm direitos e deveres como todos os cidadãos; Respeite suas particularidades, potenciais e formas de se relacionar no mundo; Trate-as com naturalidade na medida das suas diferenças; Não as discrimine nem as idolatre. As pessoas com deficiência não são heroínas e nem coitadinhas; Lute pela inclusão dessas pessoas, e não pelo assistencialismo caridoso e totalmente ineficaz. 8
  • 7. Portanto: as deficiências não impedem a participação e contribuição dessas pessoas na sociedade. A escola, família e comunidade precisam interagir! É uma luta constante e diária, numa sociedade preconceituosa que vivemos, não só contra as pessoas com necessidades educativas especiais mas, aos brancos, ciganos, gordos, magros, etc. É uma luta nossa de combater esse preconceito juntos, de nos aliarmos aos que tem o temor de DEUS, e termos também paciência e confiar, pois há muitos profissionais que abraçam essa causa. Falta muito para que a inclusão aconteça! Mas vemos pouco a pouco, esse número crescendo, não é um número de matrícula e carteira na sala, mas sim, de interacção, socialização, professores sendo capacitados. E com apoio e parceria da família estamos caminhando a passo de formiga, mas nós acreditamos e fazemos a diferença! 9
  • 8. 5- Bibliografia - Encontro nacional metodológico sobre educação especial 2ª edição Luanda 2009 - Necessidades educativas especiais na sala de aula 3ª edição/ porto editora, Lee Brattland Nielsen - http://www.diversidadeemcena.net/artigo26.htm - www.euroacessibilidade.com/informacao/info02.htm 10