2. Definição:
Verbo é a palavra que pode variar em
número, pessoa, modo, tempo e voz,
indicando ações, processos, estados,
mudanças de estado e manifestação de
fenômenos da natureza.
3. A estrutura interna das formas
verbais
As formas verbais são formadas por uma
estrutura morfológica complexa, que se
caracteriza pela combinação, a um radical, de
uma vogal temática e de desinências modo-
temporais e desinências número-pessoais.
trabalh-a-sse-m
4. trabalh-a-sse-m
O radical verbal é o morfema portador de
um conteúdo lexical específico. É ele que
traduz o conteúdo semântico da ação
nomeada.
A vogal temática é o morfema gramatical
que identifica a classe ou conjugação
a que pertencem os verbos.
A desinência (ou sufixo)
modo-temporal indica que o
verbo está flexionado no modo
Subjuntivo, no pretérito
imperfeito.
A desinência (ou sufixo)
número-pessoal indica que
o verbo está flexionado na
3a pessoa do plural.
5. As conjugações verbais
Conjugar um verbo significa apresentar todas
as formas em que um determinado radical
pode se manifestar ao flexionar-se, isto é, ao
receber a vogal temática da conjugação ou
classe a que pertence, e os sufixos de modo-
tempo e sufixos de número-pessoa.
Existem três conjugações verbais em português. A 1a conjugação, indicada
pela vogal temática -a- (falar, amar, jogar, digitar, enrolar); a 2a conjugação,
indicada pela vogal temática -e- (beber, ver, nascer, trazer, viver); e a 3a
conjugação, indicada pela vogal temática -i- (partir, vir, fugir, exigir, rir).
7. Número:
• As formas verbais variam quanto ao número,
pois podem apresentar-se no singular ou no
plural a depender da relação que se
estabelece entre elas e as formas nominais a
que se referem.
• A menina canta.
• As meninas cantam.
8. Pessoa
• Diz-se que a forma verbal está na 1a pessoa, se
fizer referência à primeira pessoa do discurso, a
pessoa que fala (eu trabalho, nós trabalhamos).
Diz-se que está na 2a pessoa, se fizer referência à
segunda pessoa do discurso, a pessoa com quem
se fala (tu trabalhas, vós trabalhais). Diz-se que o
verbo está na 3a pessoa, se fizer referência à
terceira pessoa do discurso, a pessoa de quem se
fala, ou seja, o referente do discurso (ele/ela
trabalha, eles/elas trabalham).
9. Modo
• Os modos verbais indicam a atitude do falante
com relação ao conteúdo de seus enunciados.
São três os modos em que se podem
manifestar as formas verbais: o Indicativo, o
Subjuntivo e o Imperativo.
Modos verbais
Indicativo
subjuntivo
imperativo
certeza
incerteza
Mando, conselho,
convite, súplica
Comem frutas. Comerão frutas
amanhã. Comeram frutas ontem.
Espero que você coma frutas.
Gostaria que você tivesse comido
frutas. Quando você comer frutas.. .
Coma frutas!
10. Tempo
Tomando-se como ponto de referência o
momento da enunciação, os fatos expressos
pelo verbo podem referir-se a um momento
presente (o momento em que se fala), a um
momento passado ou pretérito (anterior ao
momento em que se fala), ou ainda a um
momento futuro (posterior ao momento em
que se fala).
11. Presente (o momento do evento corresponde
ao momento da enunciação/fala)
Paulo lê.
Pretérito Futuro
12. Presente
• Um outro uso frequente do presente é para
expressar ação habitual.
13. O presente do Indicativo também é usado para a
afirmação de verdades universais:
• Os homens são mortais.
14. Presente histórico
Colombo
Cai de joelhos, chora, beija o solo. Avança, tremendo, porque
leva mais de um mês dormindo pouco ou nada, e a golpes de
espada derruba uns arbustos. Depois, ergue o estandarte. De
joelhos, os olhos no chão, pronuncia três vezes os nomes de
Isabel e Fernando. Ao seu lado, o escrivão Rodrigo de Escobedo,
homem de letra lenta, levanta a ata. Tudo pertence, desde hoje,
a esses reis distantes: o mar de corais, as areias, os rochedos
verdíssimos de musgo, os bosques, os papagaios e esses homens
de barro que não conhecem ainda a roupa, a culpa nem o
dinheiro e que contemplam, atordoados, a cena.
• Galeano, Eduardo. Nascimentos; memória do fogo (I). Tradução:
Eric Nepomuceno. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. p. 70.
(Fragmento).
15. De olho na fala:
• Um dos usos correntes do presente do
indicativo, em português, é a identificação de
uma ação ou acontecimento que certamente
se realizará em um futuro próximo.
Exemplos: Parto para o Rio de Janeiro amanhã
bem cedo. Vou ao cinema hoje à noite.
Nos dois casos, embora o verbo esteja
flexionado no presente, seu sentido está
claramente associado a uma ação futura.