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Botulismo
INTRODUÇÃO




• O botulismo é uma doença neuroparalítica grave, de
elevada letalidade, porém não contagiosa.


• Caracteriza-se     por   manifestações   neurológicas   e
gastrointestinais.
CAUSAS


• É uma doença causada pela ingestão de alimentos
contaminados com toxina botulínica, produzida pela bactéria
Clostridium botulinum, e sua transmissão pode ocorrer de três
formas:

                     Botulismo alimentar
 Ocorre por ingestão de toxinas presentes em alimentos
 previamente contaminados, produzidos ou conservados de
 maneira inadequada. Entre os alimentos mais comumente
 envolvidos estão conservas vegetais, produtos cárneos
 cozidos, curados e defumados de forma artesanal, pescados
 defumados, salgados e fermentados, queijos e pasta de
 queijos.
CAUSAS



Botulismo por ferimentos          Botulismo intestinal
                               É o resultado da ingestão de
                            alimentos contaminados, seguida
    Ocasionado pela          da fixação e da multiplicação do
    contaminação de         agente no ambiente intestinal, no
ferimentos pela bactéria        qual ocorre a produção e a
C. botulinum. É uma das      absorção de toxina. Ocorre com
  formas mais raras de      maior frequência em crianças com
       botulismo.                  idade entre três e 26
                              semanas, motivo pelo qual foi
                           inicialmente denominado botulismo
                                          infantil.
SINTOMAS


  • Os sintomas podem variar de acordo com o tipo da
  doença. No caso do botulismo alimentar são comuns
  náuseas, vômitos, diarréia e dor abdominal.

  • Os principais sintomas neurológicos são:



Visão dupla
e embaçada        Fotofobia          Ptose
               (aversão à luz)      palpebral
                                   (queda da        Tonturas e
                                   pálpebra)        boca seca
SINTOMAS


• Uma característica importante no quadro clínico do
botulismo é a preservação da consciência.

• Na maioria dos casos também não há comprometimento
da sensibilidade, o que auxilia no diagnóstico diferencial
com outras doenças neurológicas.

• No   botulismo     por    ferimentos,    o    quadro      é
semelhante, entretanto os sinais e sintomas gastrointestinais
não são esperados e pode ocorrer febre.
SINTOMAS



• Nas crianças, o aspecto clínico do botulismo intestinal varia
de quadros com constipação leve à síndrome de morte
súbita.

• Manifesta-se,   inicialmente,    por     constipação     e
irritabilidade, seguidos     de    sintomas     neurológicos
caracterizados por dificuldade de controle dos movimentos
da cabeça, sucção fraca, choro fraco e hipoatividade.
DIAGNÓSTICO


• O diagnóstico da doença é feito inicialmente pelo exame
físico, que leva em consideração os sintomas e a pesquisa
sobre os alimentos ingeridos, além da ocorrência de casos de
intoxicação em pessoas próximas, que possam ter consumido
os mesmos alimentos contaminados.


• A confirmação do diagnóstico é feita por exames que
demonstram a presença da toxina no sangue ou da bactéria
nas fezes do paciente.
TRATAMENTO


• Procurar um médico aos primeiros sinais da doença é
fundamental para a indicação do melhor tratamento para
cada caso.

• Somente o especialista poderá orientar o paciente em
relação aos procedimentos adequados e ao uso de
remédios.

• O êxito do tratamento está diretamente associado à
precocidade com que é iniciado. O processo de
recuperação é lento e vai depender da resposta do sistema
imunológico.
TRATAMENTO



• O botulismo pode ser evitado com algumas medidas
simples no âmbito alimentar:

  Atenção ao consumo de produtos em conserva;
   Enlatados;
   Em vidros ou
   Embalados a vácuo.
TRATAMENTO


• Não utilize o produto caso haja irregularidade na
embalagem, como lata enferrujada, estufada ou água turva
nos vidros. O preparo de conservas caseiras deve obedecer
rigorosamente aos cuidados de higiene para evitar a
contaminação.

• Além disso, ferva sempre os alimentos enlatados ou em
conserva antes de consumi-los.
Procure sempre o seu médico.




              Fontes:
              http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.
              cfm?id_area=1542

              Editora médica: Dra. Anna Gabriela Fuks (615039-RJ)
              Jornalista responsável: Roberto Maggessi (31.250 RJ)

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Botulismo

  • 2. INTRODUÇÃO • O botulismo é uma doença neuroparalítica grave, de elevada letalidade, porém não contagiosa. • Caracteriza-se por manifestações neurológicas e gastrointestinais.
  • 3. CAUSAS • É uma doença causada pela ingestão de alimentos contaminados com toxina botulínica, produzida pela bactéria Clostridium botulinum, e sua transmissão pode ocorrer de três formas: Botulismo alimentar Ocorre por ingestão de toxinas presentes em alimentos previamente contaminados, produzidos ou conservados de maneira inadequada. Entre os alimentos mais comumente envolvidos estão conservas vegetais, produtos cárneos cozidos, curados e defumados de forma artesanal, pescados defumados, salgados e fermentados, queijos e pasta de queijos.
  • 4. CAUSAS Botulismo por ferimentos Botulismo intestinal É o resultado da ingestão de alimentos contaminados, seguida Ocasionado pela da fixação e da multiplicação do contaminação de agente no ambiente intestinal, no ferimentos pela bactéria qual ocorre a produção e a C. botulinum. É uma das absorção de toxina. Ocorre com formas mais raras de maior frequência em crianças com botulismo. idade entre três e 26 semanas, motivo pelo qual foi inicialmente denominado botulismo infantil.
  • 5. SINTOMAS • Os sintomas podem variar de acordo com o tipo da doença. No caso do botulismo alimentar são comuns náuseas, vômitos, diarréia e dor abdominal. • Os principais sintomas neurológicos são: Visão dupla e embaçada Fotofobia Ptose (aversão à luz) palpebral (queda da Tonturas e pálpebra) boca seca
  • 6. SINTOMAS • Uma característica importante no quadro clínico do botulismo é a preservação da consciência. • Na maioria dos casos também não há comprometimento da sensibilidade, o que auxilia no diagnóstico diferencial com outras doenças neurológicas. • No botulismo por ferimentos, o quadro é semelhante, entretanto os sinais e sintomas gastrointestinais não são esperados e pode ocorrer febre.
  • 7. SINTOMAS • Nas crianças, o aspecto clínico do botulismo intestinal varia de quadros com constipação leve à síndrome de morte súbita. • Manifesta-se, inicialmente, por constipação e irritabilidade, seguidos de sintomas neurológicos caracterizados por dificuldade de controle dos movimentos da cabeça, sucção fraca, choro fraco e hipoatividade.
  • 8. DIAGNÓSTICO • O diagnóstico da doença é feito inicialmente pelo exame físico, que leva em consideração os sintomas e a pesquisa sobre os alimentos ingeridos, além da ocorrência de casos de intoxicação em pessoas próximas, que possam ter consumido os mesmos alimentos contaminados. • A confirmação do diagnóstico é feita por exames que demonstram a presença da toxina no sangue ou da bactéria nas fezes do paciente.
  • 9. TRATAMENTO • Procurar um médico aos primeiros sinais da doença é fundamental para a indicação do melhor tratamento para cada caso. • Somente o especialista poderá orientar o paciente em relação aos procedimentos adequados e ao uso de remédios. • O êxito do tratamento está diretamente associado à precocidade com que é iniciado. O processo de recuperação é lento e vai depender da resposta do sistema imunológico.
  • 10. TRATAMENTO • O botulismo pode ser evitado com algumas medidas simples no âmbito alimentar: Atenção ao consumo de produtos em conserva;  Enlatados;  Em vidros ou  Embalados a vácuo.
  • 11. TRATAMENTO • Não utilize o produto caso haja irregularidade na embalagem, como lata enferrujada, estufada ou água turva nos vidros. O preparo de conservas caseiras deve obedecer rigorosamente aos cuidados de higiene para evitar a contaminação. • Além disso, ferva sempre os alimentos enlatados ou em conserva antes de consumi-los.
  • 12. Procure sempre o seu médico. Fontes: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area. cfm?id_area=1542 Editora médica: Dra. Anna Gabriela Fuks (615039-RJ) Jornalista responsável: Roberto Maggessi (31.250 RJ)