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Epilepsia
                                                                                 em Debate
                                                                                 na Sociedade
            0800 647 3700




                                                                 Vol. I

Rua Jamary, Bairro Olaria - Porto Velho/RO - CEP 76801-917
                                                             VENDA PROIBIDA   Por Edmilson Fonsêca
                                                                                                 1
      Telefone (69) 3216-3700 - www.mp.ro.gov.br
TELEFONES ÚTEIS



MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL             ASSISTÊNCIA À SAÚDE DE PACIENTES
      TEL. (69) 3216-3700                       COM EPILEPSIA - ASPE
        CAOP SAÚDE                       Cx.P. 6106-13083-970 CAMPINAS - SP
      TEL. (69) 3216-3989                         TEL. (19) 3521-7292
      CAOP EDUCAÇÃO                           E-MAIL: info@aspebrasil.org
      TEL. (69) 3216-3976                         www.aspebrasil.org
     CASA DA CIDADANIA
      TEL. (69) 3223-2998                       DEFENSORIA PÚBLICA
       www.mp.ro.gov.br                     TEL. (69) 3216-5053 ou 3216-5057

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL                  FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE
TEL. (69) 3216-0500 ou 3216-0539                       EPILEPSIA
                                          E-MAIL: epilepsiatemcura@bol.com.br
  ASSOCIAÇÃO RONDONIENSE
       DE EPILEPSIA - ARE
 TEL. (69) 9285-6136 e 9231-0909
E-MAIL: epilepsia.pvh@hotmail.com



                            EXPEDIENTE


                   PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA
                           Héverton Alves de Aguiar


                   PROJETO GRÁFICO E PRODUÇÃO
                     Waldiney Farias Braga - Segraf/MPRO
1. APRESENTAÇÃO
       Coube-me a honrosa tarefa de ler em primeira mão a
publicação “Epilepsia em Debate”, de autoria do Procurador
de Justiça Edmilson Fonsêca, Decano do Ministério Público de
Rondônia.
       Concebido para distribuição na rede de ensino do
Estado de Rondônia, verifica-se que sua compreensão vai
muito além do plano educativo, servindo também para o
despertar da sociedade e das autoridades constituídas para a
consecução de uma política de saúde pública em atenção às
pessoas com epilepsia.
       Em tão boa hora, o propósito do trabalho torna efetivo,
na área da saúde, um dos aspectos do Plano Geral de Atuação
(PGA) da Instituição para o biênio 2011/2012, aprovado pelo
Colégio de Procuradores de Justiça, este em harmonia com o
projeto “Epilepsia Fora das Sombras” da Organização Mundial
da Saúde (OMS), executada pela ASPE no Brasil.
       De outro tanto, afigura-se oportuna a empreitada,
em consonância com o novo perfil que se almeja para o
Ministério Público Brasileiro, com atuação precípua na área
social, cumprindo, desse modo, mandamento da Carta da
República de 1988.
       Plantada em terra fértil – Rondônia – certamente a
publicação “Epilepsia em Debate” renderá bons frutos.
       Por derradeiro, ouso recomendar a sua leitura por ser
esclarecedora e de fácil acesso, apesar do tema árido.


      Bom proveito.

      HÉVERTON ALVES DE AGUIAR
      Procurador-Geral de Justiça



                                                                 3
ANOTAÇÕES

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                                                    33
ANOTAÇÕES

     ________________________________________________
     ________________________________________________
     ________________________________________________
     ________________________________________________
     ________________________________________________
     ________________________________________________
     ________________________________________________
     ________________________________________________
     ________________________________________________           Um caso exemplar é o de Ana Maria,
     ________________________________________________    que padece de epilepsia há mais de cinquenta
                                                         anos.
     ________________________________________________
                                                                Ela não se deixou abater pelo
     ________________________________________________    preconceito e pela discrimação da sociedade.
     ________________________________________________             Com esforço e dedicação, diplomou-
                                                         se em “Desenho Artístico e Publicitário“ pelo
     ________________________________________________    Instituto Universal Brasileiro.
     ________________________________________________           Com o seu talento artístico, tem
                                                         conseguido manter boa qualidade de vida.
     ________________________________________________
     ________________________________________________
     ________________________________________________
     ________________________________________________
     ________________________________________________
     ________________________________________________
     _________________________________________________




32                                                                                                       5
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



1. Professor Li Li Min (Unicamp/SP) – Palestra sobre Epilepsia
no auditório do MPRO – Porto Velho/RO – em setembro de
2010;
2. Drª Li Hui Ling – Palestra sobre Epilepsia no auditório do
MPRO (GIS) – Porto Velho – em Setembro de 2010;
3. Profª Maria Carolina Doretto (UFMG) – Palestra sobre
Epilepsia no auditório do MP-RO (UNIR), em junho de 2011;
4. E. APPLETTON/Richard – Tudo sobre Epilepsia – São Paulo/
SP – Andrei Editora LTDA – 2000;
5. DA COSTA, Araújo Filho/Geraldo – Dostoiévski e Eu: A
Epilepsia em Nossas Vidas – Teresina/Piauí – 2005;
6. CARLOS ALEIXO Sepúlvida/Fernando – Manual de Epilepsia
– Colina Editora – 2000;
7. DE ALBUQUERQUE/Marly e CUKIERT/Artur – Epilepsia e
Qualidade de Vida – Editora Alaúde – 2007.
8. ASPE - www.aspebrasil.org
9. Apostila ASPE - Conexão
10. Fernades Ital, Stop Saying. Epileptia. Epilepsia 2009;50(5):
1280-1283.




                                                                   31
se machuque;
     ( ) oferecer líquidos e/ou passar álcool auxilia na recuperação da
     pessoa para que retorne da crise;
     ( ) deve-se virar o rosto da pessoa de lado para que a baba não
     seja aspirada;
     ( ) devem-se evitar aglomerações em tomo do doente para que
                                                                          AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
     o indivíduo possa respirar melhor;
     ( ) chamar socorro de um profissional de saúde;
     ( ) deve-se colocar o dedo ou um objeto na boca do doente para
     que este não morda ou se engasgue com a língua.
     outros: _____________________________________________

     9- Como você avalia seus conhecimentos sobre epilepsia?
     ( ) nenhum
     ( ) insuficiente
     ( ) moderado                                                           Dra. Rosária Gonçalves Novais (Defensora Pública de
     ( ) avançado
                                                                            Rondônia)
     10-Marque abaixo a resposta que achar correta:                         Profa. Maria Carolina Doretto (UFMG)

     10.1 - Você acha que a pessoa com epilepsia é deficiente?              Suzana Soares da Silva
     ( ) sim ( ) não ( ) não sei                                            Nadiza Sueli da Costa Moura
     10.2 - Você acha que a epilepsia é uma doença espiritual?
     ( ) sim ( ) não ( ) não sei                                            Maria Auxiliadora Borges de Lira
     10.3 - Você acha que a pessoa com epilepsia é perigosa?                José Jorge Pacheco Galindo
     ( ) sim ( ) não ( ) não sei
     10.4 - Você acha que a pessoa com epilepsia é rejeitada pela           ASPE
     sociedade?
     ( ) sim ( ) não ( ) não sei
     10.5 - Você acha que é uma doença contagiosa?
     ( ) sim ( ) não ( ) não sei
     10.6 - Você acha que a baba pode transmitir a doença?
     ( ) sim ( ) não ( ) não sei
     10.7 - Uma pessoa com epilepsia tem mais dificuldade de
     conseguir emprego?
     ( ) sim ( ) não ( ) não sei




30                                                                                                                                7
II- DADOS SOBRE EPILEPSIA:
1- Você sabe o que é epilepsia? ( ) sim ( ) não

2-Se sim, o que é?____________________________________
___________________________________________________

3- Se não, o que você acha que é? _______________________
___________________________________________________

4- Você acredita que a epilepsia seja causada por quais
fatores?
( ) verme
( ) fatores tóxicos
( ) mau olhado
( ) fatores genéticos
( ) castigo de Deus
( ) vontade de alguma coisa
( ) doenças infecciosas
( ) traumas ou agentes físicos
( ) outros: ___________________________________________

5- Você conhece alguém com epilepsia? ( ) sim ( ) não

6- Se sim, qual a relação social dessa pessoa com você?
( ) mesmo ambiente de trabalho;
( ) mesmo ambiente de estudo;
( ) vizinho;
( ) parente distante;
( ) parente que reside na mesma cidade;
( ) parente que reside na mesma casa;
( ) outros:____________________________________

7 - Você já presenciou alguma crise convulsiva? ( ) sim ( ) não

8- Durante a crise como você acha que as pessoas devem
socorrer o doente? Marque apenas as opções que achar
corretas:
( ) nada deve ser feito;
( ) a pessoa em crise deve ser totalmente imobilizada;
( ) deve-se apoiar a cabeça do indivíduo em crise para que não

                                                                  29
11. ENQUETE SOBRE EPILEPSIA
                                                                         SUMÁRIO
            Caro leitor,
           Creio ter chegado o momento para saber como anda
     seu conhecimento acerca da Epilepsia.
          Para tanto, esta coluna lança uma enquete “TESTE
     SEU CONHECIMENTO” sobre o tema, objetivando sondar seu
     aprendizado.                                                        1. APRESENTAÇÃO..............................................................................................................................3

     I- DADOS PESSOAIS:                                                  2. INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................11
     1-Idade: ______ anos
                                                                         3. SÍNTESE HISTÓRICA ...................................................................................................................12

     2- Sexo: ( ) masculino ( ) feminino                                 4. CONCEITO DE EPILEPSIA ........................................................................................................13

                                                                         5. SOCORRO EM CASO DE CRISE ............................................................................................15
     3- Nível de escolaridade:
     ( ) Analfabeto;                                                     6. CAUSAS E FATORES DESENCADEANTES DAS CRISES EPILÉPTICAS ..............17
     ( ) Sabe ler e escrever;
     ( ) Ensino Fundamental incompleto até a 4a série;                   7. TIPOS DE CRISES EPILÉPTICAS .............................................................................................18
     ( ) Ensino Fundamental incompleto após a 4a série;                  8. TRATAMENTOS DA EPILEPSIA ..............................................................................................21
     ( ) Ensino Fundamental completo;
     ( ) Ensino Médio incompleto;                                        9. DROGAS ANTIEPILÉPTICAS (DAES) ..................................................................................22
     ( ) Ensino Médio completo;
                                                                         10. DIAGNÓSTICOS DA EPILEPSIA .........................................................................................26
     ( ) Superior incompleto;
     ( ) Superior completo;                                              11. ENQUETE SOBRE EPILEPSIA ...............................................................................................28
     ( ) Pós-graduação.
                                                                         12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................31
     4. Cor ou Raça: ( ) branca ( ) negra ( ) amarela ( ) parda
     ( ) indígena ( ) outra

     5. Estado civil: ( ) solteiro ( ) casado ( ) viúvo ( ) divorciado
     ( ) outro:________________________

     6-Profissão: ________________________________________

     7- Religião: ( ) católica ( ) evangélica ( ) espírita ( ) nenhuma
     ( ) outra:________________________

28                                                                                                                                                                                                                         9
Depois do exame clínico, outros dados são investigados,
tais como:



                  - DANO CEREBRAL
                  - ANTECEDENTES FAMILIARES
    OUTROS        - DOENÇAS (INFECÇÕES)
    DADOS         - HISTÓRIA CLÍNICA (ANAMNESE)
                  - EXAME FÍSICO, E MAIS EXAMES COMPLEMENTARES




                             - ELETROENCEFALOGRAMA (E.E.G.)
EXAMES
COMPLEMENTARES               - RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (R.M.)
                             - TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (T.C)




      O certo é que o paciente necessita saber sobre sua
doença (tipo de epilepsia) porque o desconhecido é pior do
que o conhecido.
      Confirmada a epilepsia, o médico deve contribuir e
colaborar no tratamento.
        Saiba: A epilepsia não é castigo de Deus. Afinal, Deus é
amor.




                                                                   27
Está provado: Pessoas com Epilepsia são talentosas e
     podem trabalhar.
                                                                           2. INTRODUÇÃO
             Para tanto, basta capacitá-las e controlar as crises. Nada
     mais.                                                                       Pretendemos, meu caro leitor, doravante, travar com
                                                                           você um diálogo simples e acessível sobre a Epilepsia.
                                                                                Minha modesta intenção não é fazer ciência, mas
     10. DIAGNÓSTICOS DA EPILEPSIA                                         mantê-lo informado sobre a Epilepsia.
                                                                                 As pessoas com Epilepsia buscam participação
           Para Hipócrates, o pai da medicina, o profissional de           no processo jurídico-social e pedem proteção contra o
     saúde deve praticar “a arte de curar a poucos, aliviar a muitos e     preconceito e a discriminação.
     consolar a todos” com humanidade.
                                                                                  O papel da imprensa nesse processo é de capital
             Acerca da epilepsia, uma pergunta não quer calar:             importância para informar que as pessoas com epilepsia são
                                                                           seres humanos comuns, que têm direito a proteção e respeito
             “Como é feito o diagnóstico da epilepsia?”
                                                                           como qualquer cidadão dignamente considerado.
          Abandonando as crendices, a medicina moderna
                                                                                  Preocupada com a situação das pessoas com epilepsia
     impõe o diagnóstico clínico para elucidar a epilepsia.
                                                                           no mundo, a Organização Mundial da Saúde – OMS lançou
                                                                           uma Campanha Global denominada “Epilepsia Fora das
                                                                           Sombras”, executada pela ASPE (Assistência à Saúde de
      DIAGNÓSTICO             CONHECIMENTO OU DETERMINAÇÃO DA
                                  DOENÇA PELOS SEUS INTOMAS                Pacientes com Epilepsia) no Brasil, que tem como finalidade
                                                                           principal criar um modelo de atendimento integral aos
                                                                           pacientes com epilepsia, bem como melhorar sua qualidade
                                                                           de vida e a de seus familiares.
            Por isso, é importante que a pessoa com epilepsia e seus
     familiares levem para o médico as informações necessárias,                  Cuida-se, portanto, de um tema de direitos humanos,
     sobre como ocorreram as crises epilépticas, se possível,              que diz respeito à sociedade e ao Estado, por força da Carta
     devidamente anotadas.                                                 da República, consagradora da dignidade da pessoa humana,
                                                                           como fundamento do Estado Democrático de Direito.
                           - COMO ACONTECEU A CRISE
                           - QUANTO TEMPO DUROU
     INFORMAÇÕES           - COMO COMEÇOU
     NECESSÁRIAS           - O QUE SENTIU ANTES E DEPOIS DA CRISE
                           - QUANTAS VEZES TEM A CRISE POR DIA
                           - O HORÁRIO EM QUE COSTUMA ACONTECER A CRISE,
                           SE DE DIA OU DURANTE A NOITE



26                                                                                                                                        11
3. SÍNTESE HISTÓRICA                                              Anticonvulsivante
                                                                                            Nome Comercial             Alguns Efeitos Colaterais
                                                                        Nome Genérico

                                                                                                             Hepatotoxicidade, perda de cabelos, aumento
           Os gregos, há mais de 3 mil anos, usavam a palavra          Ácido Valproico     Depakene          de peso corporal, tremores, indisposição
                                                                                                             estomacal.
     epilepsia para indicar a crise convulsiva, relacionada à
                                                                                                             Perda de apetite, poliúria (aumento da
     possessão sagrada e não à enfermidade neurológica.                Acetazolamida       Diamox            frequência urinária), confusão mental,
                                                                                                             sonolência, parestesias de extremidades.
            Coube a Hipócrates, patrono da medicina, na sua
                                                                                                             Sonolência, astenia, distúrbios sensoriais,
     dissertação “Da Doença Sagrada”, refutar as crendices sobre       Clobazam            Urbanil/Frisium
                                                                                                             tonteiras.
     a doença, proporcionando a investigação científica sobre a
                                                                                                             Hepatotoxicidade, indisposição estomacal,
     epilepsia.                                                        Divalproex Sodim    Depakote          perda de cabelos, ganho de peso, tremores,
                                                                                                             alteração do tempo de sangramento.
            Pelo Código de Hamurabi, a pessoa com epilepsia                                                  Insônia, rash cutâneo, perda de cabelos,
                                                                       Hidantoínas         Dilantin          aumento de gengivas, sangramento gengival,
     era tida como incapaz e proibida de casar, bem como seu                                                 náuseas, incoordenação motora.
     testemunho não era válido em juízo.                                                                     Dor de cabeça (cefaleias), fadiga, náuseas, aste-
                                                                       Lamotrigine         Lamictal          nia, ataxia, visão borrada ou dupla, sonolência,
            Um médico grego, de nome Aetius, sugeriu que a                                                   rash.

     epilepsia era provocada por tara sexual e recomendava a                                                 Sonolência, mudanças de comportamento,
                                                                                                             tremores, perda de cabelo, perda de apetite,
     castração do paciente como solução para a cura da doença.         Clonazepan          Rivotril
                                                                                                             instabilidade na marcha, aumento de salivação
                                                                                                             e secreção brônquica.
           Um outro médico romano, chamado Galeno, admitiu                                                   Fadiga, apatia, debilidade e incoordenação
     o cérebro como centro das convulsões.                             Nitrazepan          Mogadon
                                                                                                             motoras, letargia, confusão mental, mudança
                                                                                                             do ritmo do sono, aumento das secreções
                                                                                                             brônquicas.
           Por isso, como remédio para todas as crises de epilepsia,
                                                                                                             Náuseas, visão borrada ou dupla, rash cutâneos,
     recomendava pó de crânio humano para a cura, crença que                                                 debilidade ou incoordenação motora, dor de
                                                                       Carbamazepina       Tegretol
     perdurou por mais de dez séculos.                                                                       cabeça, discrasias sanguíneas, aumento de
                                                                                                             peso corporal, fadiga.

            O mito do demônio nas crises epilépticas ganhou                                                  Inquietude, náuseas, visão borrada ou dupla,
                                                                                                             incoordenação da marcha, irritabilidade, hiper-
     relevância com o advento do Cristianismo na descrição do          Fenobarbital        Gardenal
                                                                                                             atividade, sonolência, transtornos de aprendi-
                                                                                                             zagem.
     Novo Testamento de uma cura e exorcismo feitos por Jesus
     Cristo em um menino epiléptico. (Mt, 17: 14 -21 )                                                       Vertigens, perda de apetite, fadiga, sonolência,
                                                                       Primidona           Mysoline          hiper-irritabilidade, náuseas, vômitos, confusão
                                                                                                             mental.
            Nesta passagem evangélica residem os mitos mais
     resistentes acerca da epilepsia: demônio, água e fogo como        Gabapentin          Neurotin          Sonolência, fadiga.

     provocadores de crises epilépticas.                               Vigabatrim          Sabril            Sonolência, fadiga, perda de peso.

                                                                                                             Perda de apetite, náuseas, dores de cabeça, fa-
           As pessoas com epilepsia passaram pelos mais                Etosuximida         Zarotin           diga, ansiedade, depressão, dores abdominais,
     esdrúxulos e cruéis tratamentos, tais como: ingestão de urina                                           aumento do tamanho dos gânglios.

     e fezes humanas, sangue de pessoas recém-executadas,

12                                                                                                                                                               25
Diversas drogas (DAES) são usadas no tratamento da     sangria para dar escape aos maus espíritos, ingestão de um
     epilepsia, entretanto as mais comuns são:                    agente químico – cautério.
                                                                        Com promessas de cura fácil, muitos pacientes
                                 - CARBAMAZEPINA                  morreram nas mãos de alquimistas ao ingerir as misturas feitas
                                 - FENITOÍNA                      por esses feiticeiros.
                                 - PRIMIDONA
               DAES MAIS         - VALPROATO                            Hoje, a cura e o controle das crises estão mais ao
               COMUNS            - FENOBARBITAL                   alcance das pessoas com epilepsia, especialmente os mais
                                 - GABAPENTIN
                                 - VIGABATRINA                    necessitados.
                                 - TOPIROMATO                         Com dignidade e coragem não será difícil expulsar os
                                                                  demônios e sepultar os mitos que ainda cercam a epilepsia.

           As vezes é necessário combinar drogas para que se
     consiga um melhor controla das crises.
                                                                  4. CONCEITO DE EPILEPSIA
            Como é sabido e consabido, qualquer remédio tem
     efeito colateral.
                                                                         A nova coluna - Epilepsia em Debate - , conforme
         Vejamos, então, algum dos efeitos colaterais mais
                                                                  enfatizado anteriormente, não pretende fazer literatura ou
     comuns das drogas antiepilépticas:
                                                                  ciência, mas, tão somente, prestar informações à sociedade
                                                                  sobre o tema proposto: A Epilepsia.
                                                                        Uma pergunta que todos fazem: o que é epilepsia?
                                 - SONOLÊNCIA
              EFEITOS            - TONTURA                              Na etimologia a epilepsia assumiu um caráter místico,
              COLATERAIS         - NÁUSEAS                        misterioso, religioso e mágico (Epi = de cima e lepgem = ser
              MAIS COMUNS        - IRRITABILIDADE                 abatido, fulminado sem aviso, possuído).
                                 - HIPERATIVIDADE
                                                                         Por conta disso, os povos antigos acreditavam que as
                                                                  pessoas com epilepsia eram tomadas, possuídas por maus
                                                                  espíritos e demônios.
            Relação das principais medicações utilizadas para o
     tratamento de Epilepsias (nome genérico – nome comercial            Ainda, de acordo com a etimologia, a palavra epilepsia
     – efeitos colaterais):                                       é originária do verbo grego epilambanein, que significa: “ser
                                                                  atacado, abatido, fulminado sem aviso”.
                                                                        Para a Associação Brasileira de Epilepsia (ABE), devido
                                                                  à heterogeneidade da epilepsia, amparada nos trabalhos

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da Liga Internacional de Epilepsia (ILAE), a epilepsia “é um            O tratamento mais usual para a epilepsia é feito através
     distúrbio cerebral causado por predisposição persistente          de drogas antiepilépticas (DAES).
     do cérebro a gerar crises epilépticas e pelas consequências
                                                                               Convém advertir que com frequência os médicos usam
     neurobiológicas, cognitivas, psicossociais e sociais da
                                                                       termos intercambiáveis ou equivalentes quando querem se
     condição, caracterizada pela ocorrência de pelo menos uma
                                                                       referir ao tratamento da epilepsia. São eles:
     crise epiléptica (ILAE – 2005, p.8). Como a epilepsia não é uma
     entidade nosológica única, mas advém de várias condições
     diferentes que ocasionam disfunção cerebral, alguns preferem
     o uso do termo no plural “epilepsias”, mas a Comissão de                                    - ANTIEPILÉPTICO
     Terminologia da ILAE, preconiza seu uso no singular, embora                                 - ANTICONVULSIVO
     reconheça esta diversidade (p.8)”.                                                          - DROGA (DAE)
            Em conclusão, podemos afirmar com a Associação                TERMOS                 - TERAPIA
     Brasileira de Epilepsia (ABE): a partir da heterogeneidade da        INTERCAMBIÁVEIS        - MEDICAÇÃO
     epilepsia, o termo condição parece ser o mais abrangente,                                   - PREVALECENDO O TERMO: DROGA
     tanto no âmbito científico, quanto no social.                                               ANTIEPILÉPTICA (DAE OU DAES)

           Um ponto importante ressaltado pela ASPE considera
     que os termos doença, portador e epiléptico devem ser
     evitados (por serem estigmatizantes). Deve ser usado o termo             Vale dizer que as drogas antiepilépticas (DAES) são
     pessoa com epilepsia (Fernandes Ital, Stop Saying)                produtos farmacêuticos alopáticos, produzidos com a
            De um modo geral, na literatura médica pertinente,         finalidade de conter, controlar ou estabilizar um quadro
     você encontrará muitas expressões associadas à epilepsia.         epiléptico.
                                                                              As DAES agem no SNC (Sistema Nervoso Central),
                                                                       inibindo ou interferindo em processos neuroquímicos que
                     SINTOMA                                           podem impedir a atividade neuronal anormal (distúrbio) ou
                     DOENÇA
                                                                       seu desencadeamento.

                     SÍNDROME EPILÉPTICA

     Tais como:      CONDIÇÃO NEUROLÓGICA
                                                                                           - CONTER
                     DISTÚRBIO NEUROBIOLÓGICO                            FINALIDADES       - CONTROLAR        UM QUADRO EPILÉPTICO
                                                                         DAS DAES          - ESTABILIZAR
                     CRISE EPILÉPTICA

                     CONVULSÃO EPILÉPTICA, E ASSIM POR DIANTE.




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O tratamento medicamentoso das crises é feito com              Em tempo: Alentadora de esperança a notícia da
     administração de DAES (Drogas Antiepilépticas), de acordo     primeira cirurgia de epilepsia realizada, com êxito, em
     com o tipo de epilepsia.                                      Rondônia no Hospital de Base local, no dia 07/07/2011, pelo
                                                                   neurocirurgião Drº Ivan Ortiz.
          As medicações evitam as descargas elétricas cerebrais
     anormais, diminuindo, assim, o número de crises.                    Avante, Drº Ivan! A sociedade rondoniense espera que o
                                                                   Estado, agora, cumpra sua parte, adquirindo os equipamentos
            O tratamento cirúrgico é indicado para os casos de
                                                                   necessários para o tratamento cirúrgico.
     epilepsia refratária ao tratamento medicamentoso, ou
     seja, mesmo com a medicação as crises continuam a acontecer         Veja o Link do vídeo da reportagem para consulta:
     (repetem-se).
                                                                         http://www.jaruonline.com.br/?secao=video&id=1031
           O tratamento psicológico tem como finalidade orientar
     o paciente e sua família sobre os aspectos psicológicos
     envolvidos na epilepsia, tais como:                           5. SOCORRO EM CASO DE CRISE
                           - CRENÇAS
                           - COMPORTAMENTOS
      ASPECTOS             - ATITUDES SOCIAIS                            Com satisfação abrimos este espaço de hoje, em
      PSICOLÓGICOS         - ATITUDES CULTURAIS                    agradecimento ao doutor José Gomes Ruiz, ex-presidente
                           - RELAÇÕES NA ESCOLA E NO TRABALHO,     da Associação Brasileira de Epilepsia (ABE) e atual Secretário
                             E ASSIM POR DIANTE
                                                                   da entidade, ao emprestar sua experiência, indicando para
                                                                   nosso leitor alguns procedimentos básicos, indispensáveis, no
           Convém destacar que o tratamento psicológico é
                                                                   atendimento de primeiro socorro à pessoa com epilepsia, no
     ministrado juntamente com o tratamento médico.
                                                                   momento da crise.
            De sorte, que o tratamento da epilepsia no contexto
                                                                        Afirma ele: “Gostaria de citar algumas providências que
     médico de hoje é realizado por equipe multidisciplinar ou
                                                                   devem ser tomadas quando uma Pessoa com Epilepsia tem
     interdisciplinar.
                                                                   uma crise convulsiva”:
            O esporte quando bem orientado, é fundamental para
                                                                         •   1-Proteger a cabeça da pessoa, evitando que venha
     a vida saudável de uma pessoa com epilepsia.
                                                                             a sofrer constantes batidas contra o chão. Deve-
     9. DROGAS ANTIEPILÉPTICAS                                               se também afastar da pessoa em crise quaisquer
                                                                             objetos próximos que possam causar ferimentos
     (DAES)                                                                  (facas, tesouras, etc.).
                                                                         •   2-Vire a pessoa em decúbito dorsal (D) ou (E),
           O caminho a percorrer no tratamento da epilepsia é                pois havendo o regurgitamento da “saliva”, esta
     longo e continua ser estudado.                                          providência evitará um possível sufocamento

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e morte da pessoa com epilepsia. A “baba” não                   Atenção: Chegando a 30 minutos, este tipo de crise
                contagia ninguém, ou seja, não transmite doença,          passa a ser chamada de status epilepticus.
                não é contagiosa.
                                                                                 Pessoas com epilepsia podem namorar, constituir
           •    3-Se a pessoa estiver usando gravata, cinto ou            família e ter filhos.
                sapatos apertados, é ideal soltá-los, evitando-se
                desconforto.
           •    4-Jamais tome a iniciativa de inserir qualquer objeto
                ou dedo na boca, na esperança de impedir que              8. TRATAMENTOS DA EPILEPSIA
                a pessoa engula a língua; ela tem seu freio e não
                será engolida. O mais certo de ocorrer, caso uma
                pessoa tente socorrer nesse sentido, será lesionar               Tomando como fundamento ensinamento básico
                ou perder o dedo; não proceda dessa forma com a           da ASPE (Assistência à Saúde de Pacientes com Epilepsia),
                pessoa em crise.                                          podemos afirmar que a epilepsia é uma condição neurológica
                                                                          tratável em pelo menos 70% dos casos.
           Assim, com esses ensinamentos básicos indicados,
     certamente cada cidadão ou cidadã pode se tornar um                       O tratamento objetiva, sobretudo, atingir dois aspectos
     Agente Comunitário da pessoa com epilepsia.                          fundamentais:

            Acredito mesmo que uma mudança nas atitudes da
     sociedade em relação à epilepsia muito contribuirá para
     tornar mais fácil a vida dessas pessoas estigmatizadas.                                 - ELIMINAR AS CRISES
                                                                               A SABER       - MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DOS
         Lanço, pois, o seguinte desafio: vamos ser Agentes                                   PACIENTES E DE SEUS FAMILIARES

     Comunitários das pessoas com Epilepsia?.
           Na família , na escola, no clube esportivo, na terra, no ar,
     e no mar, enfim, em toda a comunidade planetária, se possível.            Adotando esta linha de entendimento, podemos,
           Eis a receita capaz de ditar um convívio melhor dessas         também, afirmar que o tratamento pode ser:
     pessoas com sua comunidade.
           Epilepsia não é contagiosa. Contagioso é o preconceito.
           In memoriam do meu amigo e conterrâneo Raimundo                                          - MEDICAMENTOSO
                                                                               TRATAMENTOS:         - CIRÚRGICO
     Mendes, falecido em 16.07.2011, aos 78 anos de idade, nesta                                    - PSICOLÓGICO
     cidade de Porto Velho.
           Homem simples, bom e justo, que muito me incentivou


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ou ruídos ou ter sensações no estômago;              para continuar minha tarefa em prol das pessoas com epilepsia.
     3. Crises Parciais Complexas: A pessoa fica fora
        de si por alguns minutos, sem no entanto cair ou
        debater-se, e ao final da crise não se lembra muito
        bem do que aconteceu;
                                                              6. CAUSAS E FATORES
     4. Crises Parciais Generalizadas Secundárias: Tem
                                                              DESENCADEANTES DAS CRISES
        início de modo parcial, mas depois se expande,        EPILÉPTICAS
        envolvendo a maior parte de cérebro, provocando
        a popular convulsão (tônico-clônica);
                                                                    É recorrente a curiosidade para se saber as causas
     5. Crises Generalizadas: Ocorrem quando a                de epilepsias e quais os fatores desencadeantes das crises
        atividade elétrica anormal do cérebro envolve os      epilépticas.
        dois hemisférios cerebrais (lados) de uma só vez;
                                                                     Segundo a literatura atualizada e pesquisas na internet,
     6. Crises de Ausência: A pessoa perde a consciência      as principais causas de epilepsias (conhecidas) estão ligadas
        por alguns segundos; depois continua                  às seguintes condições ou situações:
        normalmente suas atividades (5-20);
                                                                    •   Traumas na cabeça, especialmente por acidentes
     7. Crises    Mioclônicas:         Duram     segundos,              (automóveis, quedas, etc.), ou mesmo lesões
        assemelhando-se a “puxões” ou “sustos”, geralmente              causadas por atos violentos, inclusive em práticas
        nos braços e pernas (0,5-1,0);                                  esportivas, em que quanto mais severos os golpes
     8. Crises Atônicas: Têm como parte integrante uma                  ou tramautismos do crânio, mais há chances de um
        perda repentina do tônus muscular (relaxamento                  quadro epiléptico aparecer;
        súbito dos músculos) resultando em queda (1-2);             •   Tumores cerebrais e outros traumas neurológicos;
     9. Crises Clônicas: Têm como parte integrante                  •   Meningites, encefalites virais, lúpus eritematoso,
        contrações musculares repentinas e rítmicas,                    doenças neurológicas crônicas e infecções que
        causando solavancos ou repuxos dos membros do                   afetem o SNC (Sistema Nervoso Central) como
        corpo (5-10);                                                   no caso da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência
     10. Crises Tônico-clônicas: Conhecida popularmente                 Adquirida);
         como “ataque”, caracterizam-se por queda ao                •   Lesões ocorridas no período gestacional, pré, peri
         solo, quando a pessoa “se debate” durante alguns               e pós natais, que possam afetar o desenvolvimento
         minutos, por vezes perdendo urina ou saliva.                   do cerébro de fetos durante a gravidez;
         Passada a convulsão, a pessoa pode dormir e ao
         despertar ficar confusa e com dor de cabeça (1-5).         •   Ingestão de ovos            do    verme     solitária.
                                                                        (neurocisticercose)
20                                                                                                                               17
Entretanto, convém destacar que nas epilepsias                   Durante uma crise epiléptica, as células do cérebro
     idiopáticas a causa é desconhecida (do grego idios, que            (neurônios) funcionam de modo excessivo e desordenado.
     significa próprio e pathos,que significa sofrimento).
                                                                              Em princípio não existe uma classificação estanque
           Com o avanço atual da medicina é possível afirmar            para cada tipo de crise epiléptica.
     que as crises epileptícas em seres humanos geralmente são
                                                                              Assim, a terminologia da epilepsia subordina-se à
     desencadeadas por alguns eventos, tais como:
                                                                        observação e ao método utilizados pelos especialistas.
           •   febre;
                                                                              Entretanto, a descrição da crise envolve com frequência
           •   exaustão física;                                         termos básicos relacionados à causa da epilepsia, o tipo
                                                                        da crise epiléptica e a idade em que começa o evento
           •   privação de sono;
                                                                        epiléptico.
           •   suspensão abrupta de medicação anticonvulsiva;
                                                                              Para melhor compreensão do tema abordado,
           •   respiração forçada (hiperventilação);                    adotaremos o modelo proposto pela Liga Internacional de
           •   ingestão de bebidas alcóolicas ou estimulantes;          Epilepsia, que prescreve:

           •   uso de drogas euforizantes;
           •   uso de medicamentos com ação convulsivante (ex.:                                        - SIMPLES
               isoniazida);                                                                 PARCIAIS   - COMPLEXA
                                                                                                       - GENERALIZADA SECUNDÁRIA
           •   emoções fortes e distúrbios psíquicos intensos;
                                                                        TIPOS DE CRISES
           •   distúrbios hormonais;                                    EPILÉPTICAS
                                                                                                             -AUSÊNCIA (PEQUENO MAL)
           •   luz, sons e outros ruídos em epilepsias reflexas (ex.:
                                                                                                             - MIOCLÔNICA (SOLAVANCOS)
               televisão, luz de boite – estroboscópica).                                  GENERALIZADAS     - ATÔNICA (QUEDA)
                                                                                                             - CLÔNICA (ENRIJECIMENTO)
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           Epilepsia não é sinal de fracasso na vida!

                                                                              1. Crises Parciais: Ocorrem quando a atividade
                                                                                 anormal do cérebro envolve uma parte do cérebro
     7. TIPOS DE CRISES EPILÉPTICAS                                              (hemisfério cerebral);
                                                                              2. Crises Parciais Simples: Durante essas crises
           Uma crise epiléptica é apenas um sinal de que algo de                 a pessoa não perde a consciência, pode ter
     errado está acontecendo com o funcionamento do cérebro.                     contrações em um lado do corpo, perceber luzes


18                                                                                                                                           19

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  • 1. Epilepsia em Debate na Sociedade 0800 647 3700 Vol. I Rua Jamary, Bairro Olaria - Porto Velho/RO - CEP 76801-917 VENDA PROIBIDA Por Edmilson Fonsêca 1 Telefone (69) 3216-3700 - www.mp.ro.gov.br
  • 2. TELEFONES ÚTEIS MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL ASSISTÊNCIA À SAÚDE DE PACIENTES TEL. (69) 3216-3700 COM EPILEPSIA - ASPE CAOP SAÚDE Cx.P. 6106-13083-970 CAMPINAS - SP TEL. (69) 3216-3989 TEL. (19) 3521-7292 CAOP EDUCAÇÃO E-MAIL: info@aspebrasil.org TEL. (69) 3216-3976 www.aspebrasil.org CASA DA CIDADANIA TEL. (69) 3223-2998 DEFENSORIA PÚBLICA www.mp.ro.gov.br TEL. (69) 3216-5053 ou 3216-5057 MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE TEL. (69) 3216-0500 ou 3216-0539 EPILEPSIA E-MAIL: epilepsiatemcura@bol.com.br ASSOCIAÇÃO RONDONIENSE DE EPILEPSIA - ARE TEL. (69) 9285-6136 e 9231-0909 E-MAIL: epilepsia.pvh@hotmail.com EXPEDIENTE PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA Héverton Alves de Aguiar PROJETO GRÁFICO E PRODUÇÃO Waldiney Farias Braga - Segraf/MPRO
  • 3. 1. APRESENTAÇÃO Coube-me a honrosa tarefa de ler em primeira mão a publicação “Epilepsia em Debate”, de autoria do Procurador de Justiça Edmilson Fonsêca, Decano do Ministério Público de Rondônia. Concebido para distribuição na rede de ensino do Estado de Rondônia, verifica-se que sua compreensão vai muito além do plano educativo, servindo também para o despertar da sociedade e das autoridades constituídas para a consecução de uma política de saúde pública em atenção às pessoas com epilepsia. Em tão boa hora, o propósito do trabalho torna efetivo, na área da saúde, um dos aspectos do Plano Geral de Atuação (PGA) da Instituição para o biênio 2011/2012, aprovado pelo Colégio de Procuradores de Justiça, este em harmonia com o projeto “Epilepsia Fora das Sombras” da Organização Mundial da Saúde (OMS), executada pela ASPE no Brasil. De outro tanto, afigura-se oportuna a empreitada, em consonância com o novo perfil que se almeja para o Ministério Público Brasileiro, com atuação precípua na área social, cumprindo, desse modo, mandamento da Carta da República de 1988. Plantada em terra fértil – Rondônia – certamente a publicação “Epilepsia em Debate” renderá bons frutos. Por derradeiro, ouso recomendar a sua leitura por ser esclarecedora e de fácil acesso, apesar do tema árido. Bom proveito. HÉVERTON ALVES DE AGUIAR Procurador-Geral de Justiça 3
  • 4. ANOTAÇÕES ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ _________________________________________________ 33
  • 5. ANOTAÇÕES ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ Um caso exemplar é o de Ana Maria, ________________________________________________ que padece de epilepsia há mais de cinquenta anos. ________________________________________________ Ela não se deixou abater pelo ________________________________________________ preconceito e pela discrimação da sociedade. ________________________________________________ Com esforço e dedicação, diplomou- se em “Desenho Artístico e Publicitário“ pelo ________________________________________________ Instituto Universal Brasileiro. ________________________________________________ Com o seu talento artístico, tem conseguido manter boa qualidade de vida. ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ _________________________________________________ 32 5
  • 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Professor Li Li Min (Unicamp/SP) – Palestra sobre Epilepsia no auditório do MPRO – Porto Velho/RO – em setembro de 2010; 2. Drª Li Hui Ling – Palestra sobre Epilepsia no auditório do MPRO (GIS) – Porto Velho – em Setembro de 2010; 3. Profª Maria Carolina Doretto (UFMG) – Palestra sobre Epilepsia no auditório do MP-RO (UNIR), em junho de 2011; 4. E. APPLETTON/Richard – Tudo sobre Epilepsia – São Paulo/ SP – Andrei Editora LTDA – 2000; 5. DA COSTA, Araújo Filho/Geraldo – Dostoiévski e Eu: A Epilepsia em Nossas Vidas – Teresina/Piauí – 2005; 6. CARLOS ALEIXO Sepúlvida/Fernando – Manual de Epilepsia – Colina Editora – 2000; 7. DE ALBUQUERQUE/Marly e CUKIERT/Artur – Epilepsia e Qualidade de Vida – Editora Alaúde – 2007. 8. ASPE - www.aspebrasil.org 9. Apostila ASPE - Conexão 10. Fernades Ital, Stop Saying. Epileptia. Epilepsia 2009;50(5): 1280-1283. 31
  • 7. se machuque; ( ) oferecer líquidos e/ou passar álcool auxilia na recuperação da pessoa para que retorne da crise; ( ) deve-se virar o rosto da pessoa de lado para que a baba não seja aspirada; ( ) devem-se evitar aglomerações em tomo do doente para que AGRADECIMENTOS ESPECIAIS o indivíduo possa respirar melhor; ( ) chamar socorro de um profissional de saúde; ( ) deve-se colocar o dedo ou um objeto na boca do doente para que este não morda ou se engasgue com a língua. outros: _____________________________________________ 9- Como você avalia seus conhecimentos sobre epilepsia? ( ) nenhum ( ) insuficiente ( ) moderado Dra. Rosária Gonçalves Novais (Defensora Pública de ( ) avançado Rondônia) 10-Marque abaixo a resposta que achar correta: Profa. Maria Carolina Doretto (UFMG) 10.1 - Você acha que a pessoa com epilepsia é deficiente? Suzana Soares da Silva ( ) sim ( ) não ( ) não sei Nadiza Sueli da Costa Moura 10.2 - Você acha que a epilepsia é uma doença espiritual? ( ) sim ( ) não ( ) não sei Maria Auxiliadora Borges de Lira 10.3 - Você acha que a pessoa com epilepsia é perigosa? José Jorge Pacheco Galindo ( ) sim ( ) não ( ) não sei 10.4 - Você acha que a pessoa com epilepsia é rejeitada pela ASPE sociedade? ( ) sim ( ) não ( ) não sei 10.5 - Você acha que é uma doença contagiosa? ( ) sim ( ) não ( ) não sei 10.6 - Você acha que a baba pode transmitir a doença? ( ) sim ( ) não ( ) não sei 10.7 - Uma pessoa com epilepsia tem mais dificuldade de conseguir emprego? ( ) sim ( ) não ( ) não sei 30 7
  • 8. II- DADOS SOBRE EPILEPSIA: 1- Você sabe o que é epilepsia? ( ) sim ( ) não 2-Se sim, o que é?____________________________________ ___________________________________________________ 3- Se não, o que você acha que é? _______________________ ___________________________________________________ 4- Você acredita que a epilepsia seja causada por quais fatores? ( ) verme ( ) fatores tóxicos ( ) mau olhado ( ) fatores genéticos ( ) castigo de Deus ( ) vontade de alguma coisa ( ) doenças infecciosas ( ) traumas ou agentes físicos ( ) outros: ___________________________________________ 5- Você conhece alguém com epilepsia? ( ) sim ( ) não 6- Se sim, qual a relação social dessa pessoa com você? ( ) mesmo ambiente de trabalho; ( ) mesmo ambiente de estudo; ( ) vizinho; ( ) parente distante; ( ) parente que reside na mesma cidade; ( ) parente que reside na mesma casa; ( ) outros:____________________________________ 7 - Você já presenciou alguma crise convulsiva? ( ) sim ( ) não 8- Durante a crise como você acha que as pessoas devem socorrer o doente? Marque apenas as opções que achar corretas: ( ) nada deve ser feito; ( ) a pessoa em crise deve ser totalmente imobilizada; ( ) deve-se apoiar a cabeça do indivíduo em crise para que não 29
  • 9. 11. ENQUETE SOBRE EPILEPSIA SUMÁRIO Caro leitor, Creio ter chegado o momento para saber como anda seu conhecimento acerca da Epilepsia. Para tanto, esta coluna lança uma enquete “TESTE SEU CONHECIMENTO” sobre o tema, objetivando sondar seu aprendizado. 1. APRESENTAÇÃO..............................................................................................................................3 I- DADOS PESSOAIS: 2. INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................11 1-Idade: ______ anos 3. SÍNTESE HISTÓRICA ...................................................................................................................12 2- Sexo: ( ) masculino ( ) feminino 4. CONCEITO DE EPILEPSIA ........................................................................................................13 5. SOCORRO EM CASO DE CRISE ............................................................................................15 3- Nível de escolaridade: ( ) Analfabeto; 6. CAUSAS E FATORES DESENCADEANTES DAS CRISES EPILÉPTICAS ..............17 ( ) Sabe ler e escrever; ( ) Ensino Fundamental incompleto até a 4a série; 7. TIPOS DE CRISES EPILÉPTICAS .............................................................................................18 ( ) Ensino Fundamental incompleto após a 4a série; 8. TRATAMENTOS DA EPILEPSIA ..............................................................................................21 ( ) Ensino Fundamental completo; ( ) Ensino Médio incompleto; 9. DROGAS ANTIEPILÉPTICAS (DAES) ..................................................................................22 ( ) Ensino Médio completo; 10. DIAGNÓSTICOS DA EPILEPSIA .........................................................................................26 ( ) Superior incompleto; ( ) Superior completo; 11. ENQUETE SOBRE EPILEPSIA ...............................................................................................28 ( ) Pós-graduação. 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................31 4. Cor ou Raça: ( ) branca ( ) negra ( ) amarela ( ) parda ( ) indígena ( ) outra 5. Estado civil: ( ) solteiro ( ) casado ( ) viúvo ( ) divorciado ( ) outro:________________________ 6-Profissão: ________________________________________ 7- Religião: ( ) católica ( ) evangélica ( ) espírita ( ) nenhuma ( ) outra:________________________ 28 9
  • 10. Depois do exame clínico, outros dados são investigados, tais como: - DANO CEREBRAL - ANTECEDENTES FAMILIARES OUTROS - DOENÇAS (INFECÇÕES) DADOS - HISTÓRIA CLÍNICA (ANAMNESE) - EXAME FÍSICO, E MAIS EXAMES COMPLEMENTARES - ELETROENCEFALOGRAMA (E.E.G.) EXAMES COMPLEMENTARES - RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (R.M.) - TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (T.C) O certo é que o paciente necessita saber sobre sua doença (tipo de epilepsia) porque o desconhecido é pior do que o conhecido. Confirmada a epilepsia, o médico deve contribuir e colaborar no tratamento. Saiba: A epilepsia não é castigo de Deus. Afinal, Deus é amor. 27
  • 11. Está provado: Pessoas com Epilepsia são talentosas e podem trabalhar. 2. INTRODUÇÃO Para tanto, basta capacitá-las e controlar as crises. Nada mais. Pretendemos, meu caro leitor, doravante, travar com você um diálogo simples e acessível sobre a Epilepsia. Minha modesta intenção não é fazer ciência, mas 10. DIAGNÓSTICOS DA EPILEPSIA mantê-lo informado sobre a Epilepsia. As pessoas com Epilepsia buscam participação Para Hipócrates, o pai da medicina, o profissional de no processo jurídico-social e pedem proteção contra o saúde deve praticar “a arte de curar a poucos, aliviar a muitos e preconceito e a discriminação. consolar a todos” com humanidade. O papel da imprensa nesse processo é de capital Acerca da epilepsia, uma pergunta não quer calar: importância para informar que as pessoas com epilepsia são seres humanos comuns, que têm direito a proteção e respeito “Como é feito o diagnóstico da epilepsia?” como qualquer cidadão dignamente considerado. Abandonando as crendices, a medicina moderna Preocupada com a situação das pessoas com epilepsia impõe o diagnóstico clínico para elucidar a epilepsia. no mundo, a Organização Mundial da Saúde – OMS lançou uma Campanha Global denominada “Epilepsia Fora das Sombras”, executada pela ASPE (Assistência à Saúde de DIAGNÓSTICO CONHECIMENTO OU DETERMINAÇÃO DA DOENÇA PELOS SEUS INTOMAS Pacientes com Epilepsia) no Brasil, que tem como finalidade principal criar um modelo de atendimento integral aos pacientes com epilepsia, bem como melhorar sua qualidade de vida e a de seus familiares. Por isso, é importante que a pessoa com epilepsia e seus familiares levem para o médico as informações necessárias, Cuida-se, portanto, de um tema de direitos humanos, sobre como ocorreram as crises epilépticas, se possível, que diz respeito à sociedade e ao Estado, por força da Carta devidamente anotadas. da República, consagradora da dignidade da pessoa humana, como fundamento do Estado Democrático de Direito. - COMO ACONTECEU A CRISE - QUANTO TEMPO DUROU INFORMAÇÕES - COMO COMEÇOU NECESSÁRIAS - O QUE SENTIU ANTES E DEPOIS DA CRISE - QUANTAS VEZES TEM A CRISE POR DIA - O HORÁRIO EM QUE COSTUMA ACONTECER A CRISE, SE DE DIA OU DURANTE A NOITE 26 11
  • 12. 3. SÍNTESE HISTÓRICA Anticonvulsivante Nome Comercial Alguns Efeitos Colaterais Nome Genérico Hepatotoxicidade, perda de cabelos, aumento Os gregos, há mais de 3 mil anos, usavam a palavra Ácido Valproico Depakene de peso corporal, tremores, indisposição estomacal. epilepsia para indicar a crise convulsiva, relacionada à Perda de apetite, poliúria (aumento da possessão sagrada e não à enfermidade neurológica. Acetazolamida Diamox frequência urinária), confusão mental, sonolência, parestesias de extremidades. Coube a Hipócrates, patrono da medicina, na sua Sonolência, astenia, distúrbios sensoriais, dissertação “Da Doença Sagrada”, refutar as crendices sobre Clobazam Urbanil/Frisium tonteiras. a doença, proporcionando a investigação científica sobre a Hepatotoxicidade, indisposição estomacal, epilepsia. Divalproex Sodim Depakote perda de cabelos, ganho de peso, tremores, alteração do tempo de sangramento. Pelo Código de Hamurabi, a pessoa com epilepsia Insônia, rash cutâneo, perda de cabelos, Hidantoínas Dilantin aumento de gengivas, sangramento gengival, era tida como incapaz e proibida de casar, bem como seu náuseas, incoordenação motora. testemunho não era válido em juízo. Dor de cabeça (cefaleias), fadiga, náuseas, aste- Lamotrigine Lamictal nia, ataxia, visão borrada ou dupla, sonolência, Um médico grego, de nome Aetius, sugeriu que a rash. epilepsia era provocada por tara sexual e recomendava a Sonolência, mudanças de comportamento, tremores, perda de cabelo, perda de apetite, castração do paciente como solução para a cura da doença. Clonazepan Rivotril instabilidade na marcha, aumento de salivação e secreção brônquica. Um outro médico romano, chamado Galeno, admitiu Fadiga, apatia, debilidade e incoordenação o cérebro como centro das convulsões. Nitrazepan Mogadon motoras, letargia, confusão mental, mudança do ritmo do sono, aumento das secreções brônquicas. Por isso, como remédio para todas as crises de epilepsia, Náuseas, visão borrada ou dupla, rash cutâneos, recomendava pó de crânio humano para a cura, crença que debilidade ou incoordenação motora, dor de Carbamazepina Tegretol perdurou por mais de dez séculos. cabeça, discrasias sanguíneas, aumento de peso corporal, fadiga. O mito do demônio nas crises epilépticas ganhou Inquietude, náuseas, visão borrada ou dupla, incoordenação da marcha, irritabilidade, hiper- relevância com o advento do Cristianismo na descrição do Fenobarbital Gardenal atividade, sonolência, transtornos de aprendi- zagem. Novo Testamento de uma cura e exorcismo feitos por Jesus Cristo em um menino epiléptico. (Mt, 17: 14 -21 ) Vertigens, perda de apetite, fadiga, sonolência, Primidona Mysoline hiper-irritabilidade, náuseas, vômitos, confusão mental. Nesta passagem evangélica residem os mitos mais resistentes acerca da epilepsia: demônio, água e fogo como Gabapentin Neurotin Sonolência, fadiga. provocadores de crises epilépticas. Vigabatrim Sabril Sonolência, fadiga, perda de peso. Perda de apetite, náuseas, dores de cabeça, fa- As pessoas com epilepsia passaram pelos mais Etosuximida Zarotin diga, ansiedade, depressão, dores abdominais, esdrúxulos e cruéis tratamentos, tais como: ingestão de urina aumento do tamanho dos gânglios. e fezes humanas, sangue de pessoas recém-executadas, 12 25
  • 13. Diversas drogas (DAES) são usadas no tratamento da sangria para dar escape aos maus espíritos, ingestão de um epilepsia, entretanto as mais comuns são: agente químico – cautério. Com promessas de cura fácil, muitos pacientes - CARBAMAZEPINA morreram nas mãos de alquimistas ao ingerir as misturas feitas - FENITOÍNA por esses feiticeiros. - PRIMIDONA DAES MAIS - VALPROATO Hoje, a cura e o controle das crises estão mais ao COMUNS - FENOBARBITAL alcance das pessoas com epilepsia, especialmente os mais - GABAPENTIN - VIGABATRINA necessitados. - TOPIROMATO Com dignidade e coragem não será difícil expulsar os demônios e sepultar os mitos que ainda cercam a epilepsia. As vezes é necessário combinar drogas para que se consiga um melhor controla das crises. 4. CONCEITO DE EPILEPSIA Como é sabido e consabido, qualquer remédio tem efeito colateral. A nova coluna - Epilepsia em Debate - , conforme Vejamos, então, algum dos efeitos colaterais mais enfatizado anteriormente, não pretende fazer literatura ou comuns das drogas antiepilépticas: ciência, mas, tão somente, prestar informações à sociedade sobre o tema proposto: A Epilepsia. Uma pergunta que todos fazem: o que é epilepsia? - SONOLÊNCIA EFEITOS - TONTURA Na etimologia a epilepsia assumiu um caráter místico, COLATERAIS - NÁUSEAS misterioso, religioso e mágico (Epi = de cima e lepgem = ser MAIS COMUNS - IRRITABILIDADE abatido, fulminado sem aviso, possuído). - HIPERATIVIDADE Por conta disso, os povos antigos acreditavam que as pessoas com epilepsia eram tomadas, possuídas por maus espíritos e demônios. Relação das principais medicações utilizadas para o tratamento de Epilepsias (nome genérico – nome comercial Ainda, de acordo com a etimologia, a palavra epilepsia – efeitos colaterais): é originária do verbo grego epilambanein, que significa: “ser atacado, abatido, fulminado sem aviso”. Para a Associação Brasileira de Epilepsia (ABE), devido à heterogeneidade da epilepsia, amparada nos trabalhos 24 13
  • 14. da Liga Internacional de Epilepsia (ILAE), a epilepsia “é um O tratamento mais usual para a epilepsia é feito através distúrbio cerebral causado por predisposição persistente de drogas antiepilépticas (DAES). do cérebro a gerar crises epilépticas e pelas consequências Convém advertir que com frequência os médicos usam neurobiológicas, cognitivas, psicossociais e sociais da termos intercambiáveis ou equivalentes quando querem se condição, caracterizada pela ocorrência de pelo menos uma referir ao tratamento da epilepsia. São eles: crise epiléptica (ILAE – 2005, p.8). Como a epilepsia não é uma entidade nosológica única, mas advém de várias condições diferentes que ocasionam disfunção cerebral, alguns preferem o uso do termo no plural “epilepsias”, mas a Comissão de - ANTIEPILÉPTICO Terminologia da ILAE, preconiza seu uso no singular, embora - ANTICONVULSIVO reconheça esta diversidade (p.8)”. - DROGA (DAE) Em conclusão, podemos afirmar com a Associação TERMOS - TERAPIA Brasileira de Epilepsia (ABE): a partir da heterogeneidade da INTERCAMBIÁVEIS - MEDICAÇÃO epilepsia, o termo condição parece ser o mais abrangente, - PREVALECENDO O TERMO: DROGA tanto no âmbito científico, quanto no social. ANTIEPILÉPTICA (DAE OU DAES) Um ponto importante ressaltado pela ASPE considera que os termos doença, portador e epiléptico devem ser evitados (por serem estigmatizantes). Deve ser usado o termo Vale dizer que as drogas antiepilépticas (DAES) são pessoa com epilepsia (Fernandes Ital, Stop Saying) produtos farmacêuticos alopáticos, produzidos com a De um modo geral, na literatura médica pertinente, finalidade de conter, controlar ou estabilizar um quadro você encontrará muitas expressões associadas à epilepsia. epiléptico. As DAES agem no SNC (Sistema Nervoso Central), inibindo ou interferindo em processos neuroquímicos que SINTOMA podem impedir a atividade neuronal anormal (distúrbio) ou DOENÇA seu desencadeamento. SÍNDROME EPILÉPTICA Tais como: CONDIÇÃO NEUROLÓGICA - CONTER DISTÚRBIO NEUROBIOLÓGICO FINALIDADES - CONTROLAR UM QUADRO EPILÉPTICO DAS DAES - ESTABILIZAR CRISE EPILÉPTICA CONVULSÃO EPILÉPTICA, E ASSIM POR DIANTE. 14 23
  • 15. O tratamento medicamentoso das crises é feito com Em tempo: Alentadora de esperança a notícia da administração de DAES (Drogas Antiepilépticas), de acordo primeira cirurgia de epilepsia realizada, com êxito, em com o tipo de epilepsia. Rondônia no Hospital de Base local, no dia 07/07/2011, pelo neurocirurgião Drº Ivan Ortiz. As medicações evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, diminuindo, assim, o número de crises. Avante, Drº Ivan! A sociedade rondoniense espera que o Estado, agora, cumpra sua parte, adquirindo os equipamentos O tratamento cirúrgico é indicado para os casos de necessários para o tratamento cirúrgico. epilepsia refratária ao tratamento medicamentoso, ou seja, mesmo com a medicação as crises continuam a acontecer Veja o Link do vídeo da reportagem para consulta: (repetem-se). http://www.jaruonline.com.br/?secao=video&id=1031 O tratamento psicológico tem como finalidade orientar o paciente e sua família sobre os aspectos psicológicos envolvidos na epilepsia, tais como: 5. SOCORRO EM CASO DE CRISE - CRENÇAS - COMPORTAMENTOS ASPECTOS - ATITUDES SOCIAIS Com satisfação abrimos este espaço de hoje, em PSICOLÓGICOS - ATITUDES CULTURAIS agradecimento ao doutor José Gomes Ruiz, ex-presidente - RELAÇÕES NA ESCOLA E NO TRABALHO, da Associação Brasileira de Epilepsia (ABE) e atual Secretário E ASSIM POR DIANTE da entidade, ao emprestar sua experiência, indicando para nosso leitor alguns procedimentos básicos, indispensáveis, no Convém destacar que o tratamento psicológico é atendimento de primeiro socorro à pessoa com epilepsia, no ministrado juntamente com o tratamento médico. momento da crise. De sorte, que o tratamento da epilepsia no contexto Afirma ele: “Gostaria de citar algumas providências que médico de hoje é realizado por equipe multidisciplinar ou devem ser tomadas quando uma Pessoa com Epilepsia tem interdisciplinar. uma crise convulsiva”: O esporte quando bem orientado, é fundamental para • 1-Proteger a cabeça da pessoa, evitando que venha a vida saudável de uma pessoa com epilepsia. a sofrer constantes batidas contra o chão. Deve- 9. DROGAS ANTIEPILÉPTICAS se também afastar da pessoa em crise quaisquer objetos próximos que possam causar ferimentos (DAES) (facas, tesouras, etc.). • 2-Vire a pessoa em decúbito dorsal (D) ou (E), O caminho a percorrer no tratamento da epilepsia é pois havendo o regurgitamento da “saliva”, esta longo e continua ser estudado. providência evitará um possível sufocamento 22 15
  • 16. e morte da pessoa com epilepsia. A “baba” não Atenção: Chegando a 30 minutos, este tipo de crise contagia ninguém, ou seja, não transmite doença, passa a ser chamada de status epilepticus. não é contagiosa. Pessoas com epilepsia podem namorar, constituir • 3-Se a pessoa estiver usando gravata, cinto ou família e ter filhos. sapatos apertados, é ideal soltá-los, evitando-se desconforto. • 4-Jamais tome a iniciativa de inserir qualquer objeto ou dedo na boca, na esperança de impedir que 8. TRATAMENTOS DA EPILEPSIA a pessoa engula a língua; ela tem seu freio e não será engolida. O mais certo de ocorrer, caso uma pessoa tente socorrer nesse sentido, será lesionar Tomando como fundamento ensinamento básico ou perder o dedo; não proceda dessa forma com a da ASPE (Assistência à Saúde de Pacientes com Epilepsia), pessoa em crise. podemos afirmar que a epilepsia é uma condição neurológica tratável em pelo menos 70% dos casos. Assim, com esses ensinamentos básicos indicados, certamente cada cidadão ou cidadã pode se tornar um O tratamento objetiva, sobretudo, atingir dois aspectos Agente Comunitário da pessoa com epilepsia. fundamentais: Acredito mesmo que uma mudança nas atitudes da sociedade em relação à epilepsia muito contribuirá para tornar mais fácil a vida dessas pessoas estigmatizadas. - ELIMINAR AS CRISES A SABER - MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DOS Lanço, pois, o seguinte desafio: vamos ser Agentes PACIENTES E DE SEUS FAMILIARES Comunitários das pessoas com Epilepsia?. Na família , na escola, no clube esportivo, na terra, no ar, e no mar, enfim, em toda a comunidade planetária, se possível. Adotando esta linha de entendimento, podemos, Eis a receita capaz de ditar um convívio melhor dessas também, afirmar que o tratamento pode ser: pessoas com sua comunidade. Epilepsia não é contagiosa. Contagioso é o preconceito. In memoriam do meu amigo e conterrâneo Raimundo - MEDICAMENTOSO TRATAMENTOS: - CIRÚRGICO Mendes, falecido em 16.07.2011, aos 78 anos de idade, nesta - PSICOLÓGICO cidade de Porto Velho. Homem simples, bom e justo, que muito me incentivou 16 21
  • 17. ou ruídos ou ter sensações no estômago; para continuar minha tarefa em prol das pessoas com epilepsia. 3. Crises Parciais Complexas: A pessoa fica fora de si por alguns minutos, sem no entanto cair ou debater-se, e ao final da crise não se lembra muito bem do que aconteceu; 6. CAUSAS E FATORES 4. Crises Parciais Generalizadas Secundárias: Tem DESENCADEANTES DAS CRISES início de modo parcial, mas depois se expande, EPILÉPTICAS envolvendo a maior parte de cérebro, provocando a popular convulsão (tônico-clônica); É recorrente a curiosidade para se saber as causas 5. Crises Generalizadas: Ocorrem quando a de epilepsias e quais os fatores desencadeantes das crises atividade elétrica anormal do cérebro envolve os epilépticas. dois hemisférios cerebrais (lados) de uma só vez; Segundo a literatura atualizada e pesquisas na internet, 6. Crises de Ausência: A pessoa perde a consciência as principais causas de epilepsias (conhecidas) estão ligadas por alguns segundos; depois continua às seguintes condições ou situações: normalmente suas atividades (5-20); • Traumas na cabeça, especialmente por acidentes 7. Crises Mioclônicas: Duram segundos, (automóveis, quedas, etc.), ou mesmo lesões assemelhando-se a “puxões” ou “sustos”, geralmente causadas por atos violentos, inclusive em práticas nos braços e pernas (0,5-1,0); esportivas, em que quanto mais severos os golpes 8. Crises Atônicas: Têm como parte integrante uma ou tramautismos do crânio, mais há chances de um perda repentina do tônus muscular (relaxamento quadro epiléptico aparecer; súbito dos músculos) resultando em queda (1-2); • Tumores cerebrais e outros traumas neurológicos; 9. Crises Clônicas: Têm como parte integrante • Meningites, encefalites virais, lúpus eritematoso, contrações musculares repentinas e rítmicas, doenças neurológicas crônicas e infecções que causando solavancos ou repuxos dos membros do afetem o SNC (Sistema Nervoso Central) como corpo (5-10); no caso da AIDS (Síndrome da Imunodeficiência 10. Crises Tônico-clônicas: Conhecida popularmente Adquirida); como “ataque”, caracterizam-se por queda ao • Lesões ocorridas no período gestacional, pré, peri solo, quando a pessoa “se debate” durante alguns e pós natais, que possam afetar o desenvolvimento minutos, por vezes perdendo urina ou saliva. do cerébro de fetos durante a gravidez; Passada a convulsão, a pessoa pode dormir e ao despertar ficar confusa e com dor de cabeça (1-5). • Ingestão de ovos do verme solitária. (neurocisticercose) 20 17
  • 18. Entretanto, convém destacar que nas epilepsias Durante uma crise epiléptica, as células do cérebro idiopáticas a causa é desconhecida (do grego idios, que (neurônios) funcionam de modo excessivo e desordenado. significa próprio e pathos,que significa sofrimento). Em princípio não existe uma classificação estanque Com o avanço atual da medicina é possível afirmar para cada tipo de crise epiléptica. que as crises epileptícas em seres humanos geralmente são Assim, a terminologia da epilepsia subordina-se à desencadeadas por alguns eventos, tais como: observação e ao método utilizados pelos especialistas. • febre; Entretanto, a descrição da crise envolve com frequência • exaustão física; termos básicos relacionados à causa da epilepsia, o tipo da crise epiléptica e a idade em que começa o evento • privação de sono; epiléptico. • suspensão abrupta de medicação anticonvulsiva; Para melhor compreensão do tema abordado, • respiração forçada (hiperventilação); adotaremos o modelo proposto pela Liga Internacional de • ingestão de bebidas alcóolicas ou estimulantes; Epilepsia, que prescreve: • uso de drogas euforizantes; • uso de medicamentos com ação convulsivante (ex.: - SIMPLES isoniazida); PARCIAIS - COMPLEXA - GENERALIZADA SECUNDÁRIA • emoções fortes e distúrbios psíquicos intensos; TIPOS DE CRISES • distúrbios hormonais; EPILÉPTICAS -AUSÊNCIA (PEQUENO MAL) • luz, sons e outros ruídos em epilepsias reflexas (ex.: - MIOCLÔNICA (SOLAVANCOS) televisão, luz de boite – estroboscópica). GENERALIZADAS - ATÔNICA (QUEDA) - CLÔNICA (ENRIJECIMENTO) - TÔNICO-CLÔNICA (GRANDE MAL) Epilepsia não é sinal de fracasso na vida! 1. Crises Parciais: Ocorrem quando a atividade anormal do cérebro envolve uma parte do cérebro 7. TIPOS DE CRISES EPILÉPTICAS (hemisfério cerebral); 2. Crises Parciais Simples: Durante essas crises Uma crise epiléptica é apenas um sinal de que algo de a pessoa não perde a consciência, pode ter errado está acontecendo com o funcionamento do cérebro. contrações em um lado do corpo, perceber luzes 18 19