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 Teoria Malthusiana
 Teoria Neomathusiana
 Teoria Reformista (Marxista)
 Thomas Robert Malthus escreveu seu “Primeiro Ensaio
sobre População” em 1798.
 Amélia Damiani contextualiza historicamente o
período em que Malthus vivia.
 Os países do mediterrâneo se estabeleceram entre os
séculos XIV e XV.
 Grandes massas humanas tiveram suas terras
subtraídas e lançadas ao mercado na qualidade de
trabalhadores livres.
 E é neste período que Malthus escrevia, séc XVIII/XIX,
na Inglaterra, durante o desenvolvimento industrial
 Em que o trabalho masculino era substituído, em
partes, pelo trabalho da criança e da mulher
 E a qual, a mecanização causava desempregos e
consequentemente miséria e aumento da mortalidade
“infantil”.
 Malthus primeiramente polemiza com os solicialistas
utópicos – Condorcet; Godwin e Wallace – que
propunham uma sociedade igualitária como
alternativa desta situação da miséria.
 Godwin:
“no futuro não haverá mais um punhado de ricos e
uma multidão de pobres; não haverá mais guerras
assim como doenças; o homem não se angustiará nem
mais viverá melancolicamente; não haverá
necessidade, nem da administração da justiça, nem de
governo”
 Malthus não acreditava que a sociedade dividida em
classes que seria o problema da miséria humana e sim
a proporção natural de disponibilidade de alimento e a
multiplicação humana.
 Que se os meios de subsistência fossem tão
abundantes haveria evidentemente um crescimento da
espécie humana muito maior do que qualquer outro
até então conhecido.
 Assim, cria-se a lei natural:
“A população cresce num ritmo geométrico e a
produção de subsistência num ritmo aritmético”.
 O crescimento natural da população, que é
determinado pela paixão entre os sexos, excede a
capacidade da terra para produzir alimentos para o
homem.
 Utiliza exemplo dos EUA que duplicou sua população
em 25 anos.
 E torna como regra: A população quando não
controlada, duplica a cada 25 anos.
 Meios de subsistência aumentam numa progressão
aritmética.
a) A população tenderia a duplicar a cada 25 anos. Seu
crescimento obedeceria a uma progressão geométrica
(2, 4, 8, 16, 32, 64...) ininterruptamente.
b) Já a produção de alimentos cresceria em progressão
aritimética (2, 4, 6, 8, 10...) e sua produção seria
limitada em função dos limites territoriais dos
continentes.
População Alimentos
7mi 7mi
14mi 14mi
28mi 21mi
56mi 28mi
112mi 35mi
 Acrescenta que a miséria e o vício são obstáculos
positivos ao crescimento da população.
 Ele(a) mata, reduz o nº de matrimônios, pois fica mais
difícil sustentar filhos
 Obstáculo preventivo ou “Obrigação moral”
 Por outro lado, ela incita os cultivadores a aumentarem
o emprego da mão-de-obra disponível, a abrir novas
terras ao cultivo, a re-harmonizar a relação
população/recursos.
 Ao se ampliarem os meios de subsistência a população
volta a crescer, e assim, os pobres vivem um perpétuo
movimento oscilatório.
 Malthus discorda até da assistência do Estado aos
pobres, pois motiva o casamento e a procriação dos
indigentes.
 Era contra as leis do auxílio Paroquial que davam
alimento para os mais pobres, principalmente para
mulher e crianças necessitadas.
“A luta pela sobrevivência, nessas condições, faria
triunfar o egoísmo”
- Casais jovens não podem ter filhos;
- Controle de natalidade para famílias de países pobres;
- Aumento do preço dos alimentos;
- Redução de salários.
Política contra o grande crescimento:
 David Ricardo (1772-1823):
Valor do mercado alto
Trabalhador recebe salário adequado
Aumento do tamanho da família
Aumento do nº de trabalhadores
Redução de salários
Unidade familiar diminui
Menos trabalhadores
Aumento do salário
Solução:
 Controle natural (Guerras, doenças, epidemias)
 Sujeição Moral (Retardar casamento, castidade antes
de casamento, somente ter filhos quem pudesse se
sustentar [ter terras])
Obs.: Malthus além de economista era também pastor
da Igreja Anglicana, que era contrária aos métodos
anticoncepcionais.
Damiani deixa algumas questões:
 O desenvolvimento industrial impediu o desenvolvimento da
produção agrícola?
 Hoje se produz mais pelo desenvolvimento das técnicas agrícolas.
 Malthus subestima as relações sociais e econômicas como fonte
explicativa da pobreza. Não a considera como fator determinante
e sim a relação homem/subsistência.
 No mesmo período havia grande produção de milho, mas o
trabalhador desempregado não conseguia ter acesso.
 O homem malthusiano, sujeito à paixão entre os sexos, assim
esta paixão se reduz a função de procriação, regulada pela
miséria e os vícios, ou pelo matrimônio e o celibato.
Malthus Vive – Neomalthusianismo
Séc XX
 Ele orientou a construção da demografia ao conferir
importância socioeconômica aos problemas
populacionais
 A qual constitui técnicas quantitativas para pesquisar
os movimento da população
 nas análises de natalidade, de mortalidade, quanto à
constituição do crescimento vegetativo.
 Neomalthusianismo se identifica com o
malthusianismo, e se estabelece após a Segunda
Guerra Mundial.
 É voltado à leitura do crescimento populacional nos
países subdesenvolvidos e seu reflexo mundial a fim de
evitar outros conflitos de proporções mundiais
 Se diferem um pouco das teorias de Malthus, porém
seguem o mesmo sentido da população mais pobre
como população problema.
 Relacionando o crescimento natural com as
possibilidades de abastecimento e recursos vitais de
um território
 Influenciado por esta população pobre
 População x Natureza
 Damiani acredita que o malthusianismo e o
neomalthusianismo têm uma fundamentação real,
possuem certo sentido, porém são análises
especulativas que representam interesses definidos.
 Versões malthusianas e neomalthusianas sobre o
progresso diferenciado das raças, as concepções sobre
genética humana e o aperfeiçoamento das raças
(eugenia) podem justificar o racismo.
 Através de uma demografia “qualitativa” pode-se
justificar agressões e a colonização como processo
civilizatório.
 E estas teorias são utilizadas como arcabouço teórico
para políticas públicas
 políticas de controle de natalidade - “Planejamento
Familiar” em países subdesenvolvidos
 Políticas desenvolvidas pela ONU e BM com a
esterilização em massa (Índia, Colômbia, ...),
distribuição de contraceptivos, dius, e o modelo de
família veiculado pelos meios de comunicação.
 Ainda hoje, o FMI possui como exigência o controle de
natalidade para empréstimos.
 David Harvey, diante da aceitação de uma teoria de
superpopulação e escassez de recursos, que insiste em
manter intacto o modo de produção capitalista,
esclarece que:
“o argumento da superpopulação é facilmente
usado como parte de uma apologia elaborada,
através da qual a repressão de classe, étnica ou
(neo)colonial pode ser justificada”.
 atraso econômico dos países subdesenvolvidos
justificado pela população numerosa
 Levando ao esgotamento dos “recursos naturais”,
catástrofes naturais e humanas
 Quanto maior o número de habitantes de um país,
menor a renda per capita e a disponibilidade de capital
a ser investido em setores agrícolas e industriais.
 Países subdesenvolvidos (taxas de natalidade
elevadas), acabavam tendo grandes gastos com a
população jovem e adulta, inviabilizando a canalização
de gastos em outros setores.
 Se esse crescimento não for impedido os recursos
naturais da Terra se esgotarão em pouco tempo.
Emissão de CO² na atmosfera
1° Lugar - Estados Unidos - 5,762,050 t
2° Lugar - China - 3,473,600 t
3° Lugar - Rússia - 1,540,360 t
4° Lugar - Japão - 1,224,740 t
5° Lugar - Índia - 1,007,9 t
6° Lugar - Alemanha - 837,425 t
7° Lugar - Reino Unido - 558,225 t
8º Canadá - 517,157,000 t
9º Coréia do Sul - 446,190,000 t
10º Itália - 433,018,000 t
Solução:
 Planejamento familiar (ONU, FMI, Banco Mundial,
UNICEF);
 Controle de natalidade (pílula, vasectomia,
laqueadura, DIUs);
 Medidas drásticas (China);
 Esterilização em massa de populações pobres (Índia e
Colômbia, PI e MA no Brasil);
 E propagandas no cinema, publicidade e televisão
(modelo familiar bem-sucedido – máx 2 filhos).
Erro:
 Tira a responsabilidade dos países ricos pelo atraso e
miséria dos países desenvolvidos
 Para Marx, a superpopulação não é o resultado da desproporção entre o
crescimento da população e dos meios de subsistência.
 Superpopulação é o resultado da acumulação capitalista que expropria
trabalhadores e camponeses de seus trabalhos. Essa superpopulação
relativa toma diferentes nomes:
 Superpopulação flutuante
 Operários que perdem seus trabalhos pela industrialização, mas
conseguem obter novos empregos na mesma linha produtiva
 Superpopulação latente
 Camponeses que perdem seu trabalho nas agricultura e passam a
trabalhar sazonalmente
 Superpopulação estagnada
 Operários ou camponeses que não conseguem trabalho na mesma
linha produtiva e passam a viver de trabalhos domésticos ou trabalhos
ocasionais (menor salário)
 O pobre não é somente aquele privado de recursos,
mas aquele incapaz de se apropriar dos meios de
subsistência, por meio do trabalho.
 Assim, o trabalhador decorre do fato de ele depender
sempre da necessidade que o capitalista tem de seu
trabalho.
 Esta superpopulação é a condição para acumulação do
capital e desenvolvimento do capitalismo:
1. Serve para regular os salários;
2. É material humano disponível a ser aproveitado.
 O crescimento populacional só é um empecilho se não
há investimentos sociais (principalmente educação e
saúde)
 Comprovaram que o crescimento populacional deve vir
acompanhado de investimentos sociais e não apenas
de programas de controle da natalidade
 Nega o princípio malthusiano, segundo o qual a
superpopulação é a causa da pobreza.
 É a pobreza que gera a superpopulação.
 Se não houvesse pobreza as pessoas teriam acesso a
educação, saúde, higiene, etc., o que regularia,
naturalmente, o crescimento populacional.
 E explica a origem da pobreza:
 Má divisão de renda na sociedade, pela exploração que
os países desenvolvidos submetem/submeteram os
países subdesenvolvidos.
 Assim, a má distribuição de renda geraria a pobreza, e
esta, por sua vez, geraria a superpopulação.
 Exploração Histórica (processo de colonização por
exploração) e econômicas (dependência financeira e
tecnológica).
Escravidão ajudou a enriquecer a Suiça
Bancos do país financiaram, segundo pesquisas, o
tráfico de pelo menos 175 mil escravos africanos
Fonte:
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,escravi
dao-ajudou-a-enriquecer-a-suica,1567229
Solução:
 Amplas reformas socioeconômicas que permitiriam
melhores condições de vida, de educação.
 Países pobres superam-se da relação de dependência
dos desenvolvidos.
 Elevação da economia levaria a uma redução da
população
 Políticas Públicas de distribuição de renda.
Porquê não muda?
 Esta superpopulação constitui não só um resultado,
mas uma condição da acumulação do capital
 De duas maneiras:
 Serve para regular os salários;
 É material humano disponível, a ser aproveitado,
independente dos limites do aumento real da população
Referências
 Amélia Damiani. População e Geografia. São Paulo:
Contexto, 2011.

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Teorias do crescimento demográfico

  • 1.
  • 2.  Teoria Malthusiana  Teoria Neomathusiana  Teoria Reformista (Marxista)
  • 3.
  • 4.  Thomas Robert Malthus escreveu seu “Primeiro Ensaio sobre População” em 1798.
  • 5.  Amélia Damiani contextualiza historicamente o período em que Malthus vivia.  Os países do mediterrâneo se estabeleceram entre os séculos XIV e XV.  Grandes massas humanas tiveram suas terras subtraídas e lançadas ao mercado na qualidade de trabalhadores livres.
  • 6.  E é neste período que Malthus escrevia, séc XVIII/XIX, na Inglaterra, durante o desenvolvimento industrial  Em que o trabalho masculino era substituído, em partes, pelo trabalho da criança e da mulher  E a qual, a mecanização causava desempregos e consequentemente miséria e aumento da mortalidade “infantil”.
  • 7.  Malthus primeiramente polemiza com os solicialistas utópicos – Condorcet; Godwin e Wallace – que propunham uma sociedade igualitária como alternativa desta situação da miséria.  Godwin: “no futuro não haverá mais um punhado de ricos e uma multidão de pobres; não haverá mais guerras assim como doenças; o homem não se angustiará nem mais viverá melancolicamente; não haverá necessidade, nem da administração da justiça, nem de governo”
  • 8.  Malthus não acreditava que a sociedade dividida em classes que seria o problema da miséria humana e sim a proporção natural de disponibilidade de alimento e a multiplicação humana.  Que se os meios de subsistência fossem tão abundantes haveria evidentemente um crescimento da espécie humana muito maior do que qualquer outro até então conhecido.
  • 9.
  • 10.  Assim, cria-se a lei natural: “A população cresce num ritmo geométrico e a produção de subsistência num ritmo aritmético”.  O crescimento natural da população, que é determinado pela paixão entre os sexos, excede a capacidade da terra para produzir alimentos para o homem.
  • 11.  Utiliza exemplo dos EUA que duplicou sua população em 25 anos.  E torna como regra: A população quando não controlada, duplica a cada 25 anos.  Meios de subsistência aumentam numa progressão aritmética.
  • 12. a) A população tenderia a duplicar a cada 25 anos. Seu crescimento obedeceria a uma progressão geométrica (2, 4, 8, 16, 32, 64...) ininterruptamente. b) Já a produção de alimentos cresceria em progressão aritimética (2, 4, 6, 8, 10...) e sua produção seria limitada em função dos limites territoriais dos continentes.
  • 13. População Alimentos 7mi 7mi 14mi 14mi 28mi 21mi 56mi 28mi 112mi 35mi
  • 14.
  • 15.  Acrescenta que a miséria e o vício são obstáculos positivos ao crescimento da população.  Ele(a) mata, reduz o nº de matrimônios, pois fica mais difícil sustentar filhos  Obstáculo preventivo ou “Obrigação moral”
  • 16.  Por outro lado, ela incita os cultivadores a aumentarem o emprego da mão-de-obra disponível, a abrir novas terras ao cultivo, a re-harmonizar a relação população/recursos.  Ao se ampliarem os meios de subsistência a população volta a crescer, e assim, os pobres vivem um perpétuo movimento oscilatório.
  • 17.  Malthus discorda até da assistência do Estado aos pobres, pois motiva o casamento e a procriação dos indigentes.  Era contra as leis do auxílio Paroquial que davam alimento para os mais pobres, principalmente para mulher e crianças necessitadas. “A luta pela sobrevivência, nessas condições, faria triunfar o egoísmo”
  • 18. - Casais jovens não podem ter filhos; - Controle de natalidade para famílias de países pobres; - Aumento do preço dos alimentos; - Redução de salários. Política contra o grande crescimento:
  • 19.  David Ricardo (1772-1823): Valor do mercado alto Trabalhador recebe salário adequado Aumento do tamanho da família Aumento do nº de trabalhadores Redução de salários Unidade familiar diminui Menos trabalhadores Aumento do salário
  • 20. Solução:  Controle natural (Guerras, doenças, epidemias)  Sujeição Moral (Retardar casamento, castidade antes de casamento, somente ter filhos quem pudesse se sustentar [ter terras]) Obs.: Malthus além de economista era também pastor da Igreja Anglicana, que era contrária aos métodos anticoncepcionais.
  • 21. Damiani deixa algumas questões:  O desenvolvimento industrial impediu o desenvolvimento da produção agrícola?  Hoje se produz mais pelo desenvolvimento das técnicas agrícolas.  Malthus subestima as relações sociais e econômicas como fonte explicativa da pobreza. Não a considera como fator determinante e sim a relação homem/subsistência.  No mesmo período havia grande produção de milho, mas o trabalhador desempregado não conseguia ter acesso.  O homem malthusiano, sujeito à paixão entre os sexos, assim esta paixão se reduz a função de procriação, regulada pela miséria e os vícios, ou pelo matrimônio e o celibato.
  • 22.
  • 23. Malthus Vive – Neomalthusianismo Séc XX  Ele orientou a construção da demografia ao conferir importância socioeconômica aos problemas populacionais  A qual constitui técnicas quantitativas para pesquisar os movimento da população  nas análises de natalidade, de mortalidade, quanto à constituição do crescimento vegetativo.
  • 24.  Neomalthusianismo se identifica com o malthusianismo, e se estabelece após a Segunda Guerra Mundial.  É voltado à leitura do crescimento populacional nos países subdesenvolvidos e seu reflexo mundial a fim de evitar outros conflitos de proporções mundiais
  • 25.  Se diferem um pouco das teorias de Malthus, porém seguem o mesmo sentido da população mais pobre como população problema.  Relacionando o crescimento natural com as possibilidades de abastecimento e recursos vitais de um território  Influenciado por esta população pobre  População x Natureza
  • 26.  Damiani acredita que o malthusianismo e o neomalthusianismo têm uma fundamentação real, possuem certo sentido, porém são análises especulativas que representam interesses definidos.  Versões malthusianas e neomalthusianas sobre o progresso diferenciado das raças, as concepções sobre genética humana e o aperfeiçoamento das raças (eugenia) podem justificar o racismo.  Através de uma demografia “qualitativa” pode-se justificar agressões e a colonização como processo civilizatório.
  • 27.  E estas teorias são utilizadas como arcabouço teórico para políticas públicas  políticas de controle de natalidade - “Planejamento Familiar” em países subdesenvolvidos  Políticas desenvolvidas pela ONU e BM com a esterilização em massa (Índia, Colômbia, ...), distribuição de contraceptivos, dius, e o modelo de família veiculado pelos meios de comunicação.  Ainda hoje, o FMI possui como exigência o controle de natalidade para empréstimos.
  • 28.  David Harvey, diante da aceitação de uma teoria de superpopulação e escassez de recursos, que insiste em manter intacto o modo de produção capitalista, esclarece que: “o argumento da superpopulação é facilmente usado como parte de uma apologia elaborada, através da qual a repressão de classe, étnica ou (neo)colonial pode ser justificada”.
  • 29.  atraso econômico dos países subdesenvolvidos justificado pela população numerosa  Levando ao esgotamento dos “recursos naturais”, catástrofes naturais e humanas  Quanto maior o número de habitantes de um país, menor a renda per capita e a disponibilidade de capital a ser investido em setores agrícolas e industriais.
  • 30.  Países subdesenvolvidos (taxas de natalidade elevadas), acabavam tendo grandes gastos com a população jovem e adulta, inviabilizando a canalização de gastos em outros setores.  Se esse crescimento não for impedido os recursos naturais da Terra se esgotarão em pouco tempo.
  • 31. Emissão de CO² na atmosfera 1° Lugar - Estados Unidos - 5,762,050 t 2° Lugar - China - 3,473,600 t 3° Lugar - Rússia - 1,540,360 t 4° Lugar - Japão - 1,224,740 t 5° Lugar - Índia - 1,007,9 t 6° Lugar - Alemanha - 837,425 t 7° Lugar - Reino Unido - 558,225 t 8º Canadá - 517,157,000 t 9º Coréia do Sul - 446,190,000 t 10º Itália - 433,018,000 t
  • 32. Solução:  Planejamento familiar (ONU, FMI, Banco Mundial, UNICEF);  Controle de natalidade (pílula, vasectomia, laqueadura, DIUs);  Medidas drásticas (China);  Esterilização em massa de populações pobres (Índia e Colômbia, PI e MA no Brasil);  E propagandas no cinema, publicidade e televisão (modelo familiar bem-sucedido – máx 2 filhos).
  • 33. Erro:  Tira a responsabilidade dos países ricos pelo atraso e miséria dos países desenvolvidos
  • 34.
  • 35.  Para Marx, a superpopulação não é o resultado da desproporção entre o crescimento da população e dos meios de subsistência.  Superpopulação é o resultado da acumulação capitalista que expropria trabalhadores e camponeses de seus trabalhos. Essa superpopulação relativa toma diferentes nomes:  Superpopulação flutuante  Operários que perdem seus trabalhos pela industrialização, mas conseguem obter novos empregos na mesma linha produtiva  Superpopulação latente  Camponeses que perdem seu trabalho nas agricultura e passam a trabalhar sazonalmente  Superpopulação estagnada  Operários ou camponeses que não conseguem trabalho na mesma linha produtiva e passam a viver de trabalhos domésticos ou trabalhos ocasionais (menor salário)
  • 36.  O pobre não é somente aquele privado de recursos, mas aquele incapaz de se apropriar dos meios de subsistência, por meio do trabalho.  Assim, o trabalhador decorre do fato de ele depender sempre da necessidade que o capitalista tem de seu trabalho.
  • 37.  Esta superpopulação é a condição para acumulação do capital e desenvolvimento do capitalismo: 1. Serve para regular os salários; 2. É material humano disponível a ser aproveitado.
  • 38.  O crescimento populacional só é um empecilho se não há investimentos sociais (principalmente educação e saúde)  Comprovaram que o crescimento populacional deve vir acompanhado de investimentos sociais e não apenas de programas de controle da natalidade
  • 39.
  • 40.  Nega o princípio malthusiano, segundo o qual a superpopulação é a causa da pobreza.  É a pobreza que gera a superpopulação.  Se não houvesse pobreza as pessoas teriam acesso a educação, saúde, higiene, etc., o que regularia, naturalmente, o crescimento populacional.
  • 41.  E explica a origem da pobreza:  Má divisão de renda na sociedade, pela exploração que os países desenvolvidos submetem/submeteram os países subdesenvolvidos.  Assim, a má distribuição de renda geraria a pobreza, e esta, por sua vez, geraria a superpopulação.  Exploração Histórica (processo de colonização por exploração) e econômicas (dependência financeira e tecnológica).
  • 42.
  • 43. Escravidão ajudou a enriquecer a Suiça Bancos do país financiaram, segundo pesquisas, o tráfico de pelo menos 175 mil escravos africanos Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,escravi dao-ajudou-a-enriquecer-a-suica,1567229
  • 44. Solução:  Amplas reformas socioeconômicas que permitiriam melhores condições de vida, de educação.  Países pobres superam-se da relação de dependência dos desenvolvidos.  Elevação da economia levaria a uma redução da população  Políticas Públicas de distribuição de renda.
  • 45. Porquê não muda?  Esta superpopulação constitui não só um resultado, mas uma condição da acumulação do capital  De duas maneiras:  Serve para regular os salários;  É material humano disponível, a ser aproveitado, independente dos limites do aumento real da população
  • 46. Referências  Amélia Damiani. População e Geografia. São Paulo: Contexto, 2011.