3. O Estômago
O estômago está localizado na parte superior do abdome e tem um papel central na digestão dos
alimentos. Quando o alimento é deglutido, ele desce pelo esôfago e chega ao estômago. Os
músculos do estômago misturam os alimentos, liberando o suco gástrico que ajuda na digestão
dos mesmos. Em seguida o alimento passa ao intestino delgado para a digestão adicional. A
parede do estômago é formada por quatro partes: mucosa, submucosa, muscular e serosa.
4. Câncer de Estômago
O câncer de estômago tende a se desenvolver lentamente ao longo de muitos anos. Antes do
aparecimento da doença propriamente dita, lesões pré-cancerosas ocorrem frequentemente no
revestimento do estômago. O tipo mais comum é o adenocarcinoma, que representa cerca de
90% a 95% dos tumores malignos do estômago. Outros tipos incluem o linfoma, que corresponde
a cerca de 4%, tumor gastrointestinal, que é raro e o tumor carcinóide, que representa cerca de 3%
dos cânceres de estômago.
5. Sintomas do Câncer de Estômago
O câncer de estômago raramente provoca sintomas nos estágios iniciais da doença. Mas, quando
o tumor cresce e se espalha, pode apresentar sintomas como: falta de apetite; perda de peso; dor
abdominal; desconforto no abdome, normalmente acima do umbigo; sensação de plenitude na
parte superior do abdome, após uma refeição leve; sintomas de azia, indigestão ou úlcera;
náuseas; vômitos, com ou sem sangue; e, inchaço ou acúmulo de líquido no abdome.
6. Fatores de Risco do Câncer de Estômago
Alguns fatores podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver câncer de estômago como:
infecção de longa data por Helicobacter pylori; ter tido linfoma de estômago; ser homem; ter
idade entre 60 - 80 anos; ser negro; ter uma dieta ricas em alimentos defumados, peixes salgados
e carne e vegetais em conserva; ser fumante; ser obeso; ter feito cirurgia prévia do estômago; ter
anemia perniciosa; ter gastropatia hipertrófica; ter sangue tipo A; ter determinadas síndromes
hereditárias; ter histórico familiar para câncer de estômago; ter histórico de pólipos; ter infecção
pelo Vírus Epstein-Barr e ter imunodeficiência.
7. Diagnóstico do Câncer de Estômago
A endoscopia digestiva alta é o principal exame utilizado para identificar o câncer de estômago.
Pode ser solicitada para pacientes com fatores de risco ou quando os sinais e sintomas sugerem
presença da doença. Para ajudar no diagnóstico e determinar sua extensão são realizados exames
de imagem, como ultrassom ou tomografia computadorizada. O diagnóstico definitivo é feito
com uma biópsia, onde são recolhidas amostras de tecido do tumor para posterior análise no
laboratório de patologia.
8. Tratamento: Cirurgia
A cirurgia é o principal tratamento para o câncer de estômago. O tipo de cirurgia geralmente
depende da parte do estômago acometida e de quanto o tumor invadiu o tecido adjacente. Muitas
vezes, é necessário fazer alterações na dieta do paciente após a gastrectomia parcial ou total. Mas,
a maior mudança é que o paciente terá que fazer refeições menores e mais frequentes. Os efeitos
colaterais dependem da extensão da cirurgia.
9. Tratamento: Radioterapia
A radioterapia utiliza radiações ionizantes de alta energia para destruir as células cancerosas. A
radioterapia consiste em liberar uma determinada dose de radiação no estômago, geralmente
fracionada em 5 sessões por semana durante certo período de tempo. A radioterapia também
pode ser realizada como uma forma de destruir as células cancerígenas remanescentes da
cirurgia. A radioterapia pode ajudar a aliviar a dor ou problemas digestivos causados por grandes
massas tumorais.
10. Tratamento: Quimioterapia
A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais. O
tratamento pode consistir de apenas um medicamento ou uma combinação de drogas. A
quimioterapia é administrada por via venosa, embora alguns quimioterápicos possam ser
administrados por via oral. A químio pode ser administrada antes da cirurgia para permitir a
redução do tumor, tornando a cirurgia menos complicada, ou após a cirurgia para destruir as
células cancerígenas remascentes.
11. Tratamento: Terapia Alvo
A terapia alvo é um novo tipo de tratamento do câncer que usa drogas ou outras substâncias para
identificar e atacar as células cancerígenas com pouco dano às células normais. Cada tipo de
terapia alvo funciona de uma maneira diferente, mas todas alteram a forma como uma célula
cancerígena cresce, se divide, se auto-repara, ou como interage com outras células. Estes
medicamentos alvo agem de forma diferente dos quimioterápicos padrões e são menos
susceptíveis de afetar as células normais, de modo que os seus efeitos colaterais não são tão
importantes como os observados com os quimioterápicos convencionais.
12. Tratamento: Cuidados Paliativos
O objetivo dos cuidados paliativos é melhorar a qualidade de vida do paciente do ponto de vista
físico, mental e espiritual. Para isso visam aliviar os sintomas e controlar a dor,
independentemente do estágio da doença ou da necessidade de outras terapias.
13. Obtendo Apoio
Viver com câncer de estômago não é fácil. É fundamental poder contar com alguma forma de
apoio para ajudar a lidar com os aspectos emocionais e práticos da doença. Existem muitas
formas de obter apoio na comunidade, além da família e amigos. É possível também participar de
grupos de pacientes seja de forma presencial ou online.
14. Prevenção do Câncer de Estômago
Evitar os fatores de risco, pode diminuir a chance de uma pessoa ter câncer de estômago, mas não
pode garantir uma proteção contra a doença. Acredita-se que a diminuição dos casos de câncer de
estômago nas últimas décadas foram devido aos novos hábitos alimentares e estilo de vida
adquiridos pelas pessoas. Se recomenda portanto:
• Não fumar.
• Ter uma dieta saudável e equilibrada.
• Fazer exercícios físicos regularmente.