2. Jean Rouch Jean Rouch era filho de JulesRouch, um meteorologista, explorador e director do Museu Oceanográfico de Mónaco. Formou-se em engenharia civil, resolve trabalhar nas obras publicas em África. Assistiu á morte de operários que foram atingidos por um raio durante as obras, a partir desse momento descobre os mistérios da religião e da magia Songhai e decide estudar etnologia. Regressou a França, onde frequentou os cursos de MarcelMauss e de MarcelGriaule. Regressa mais tarde a África onde desce em piroga os 4200km do Rio Niger. Depois disto, defende a tese com o mestre MarcelGriaulle, onde ele também foi o pioneiro do filme etnográfico. Criou em Paris, em 1953, o Comité do Filme Etnográfico com HenriLanglois, EnricoFulchignoni, MarcelGriaule entre outros, a sede era no Museu do Homem.
3. Jean Rouch Em 1954, Rouch discursava para alguns jovens africanos e intelectuais amantes do cinema e da etnografia, MarcelGriaule pediu que destruísse o documentário Les MaitresFous, filme sobre um ritual de possessão de uma seita religiosa, a partir daqui Rouch afirmou que se limitava unicamente a filmar documentários anónimos, que eram para arquivo e destinados a especialistas. Em 1978, as autoridades de Moçambique pedem aos cineastas conhecidos para se empenharem a criar uma politica cinematográfica e televisiva inovadora, foi então que Rouch apostou numa experiencia baseada na formação de futuros cineastas. Foi na cidade do Porto, que Rouch constitui um atelier de formação na área do filme documentário, em película Super 8, mas com uma pedagogia simples “filmar de manhã, revelar ao meio dia, projectar á tarde”.
4. Jean Rouch Jean Rouch usava câmaras leves de 16min, onde Rouch é reconhecido internacionalmente pelo seu trabalho, pois tem uma grande liberdade de estilo perante outros cineastas, ele alterna o documentário com ficção. Rouch é um dos fundadores e um dos primeiros teóricos da antropologia visual. Jean Rouch ensina a fazer cinema na África e nos E.Unidos onde realizou mais de 120 filmes. Rouch teve inspiração em DzigaVertove RobertFlaherty, daí ser considerado um dos pais fundadores do cinema-verdade. Jean Rouch foi uma grande inspiração e referencia para os realizadores da Nouvelle Vague. Jean Rouch morreu num acidente de carro no Níger, em 18 de Fevereiro de 2004 , na idade 86 anos.
5. Primeiras longas metragens 1952 - Bataille sur le grand fleuve(Batalha no Rio Grande) 1955 - Les Fils de l'eau(Os Filhos da Água) 1957 – Jaguar 1958 – Moiunnoir, (Eu, um Negro) - prémio Louis-Delluc 1959 - La pyramidehumaine(A Pirâmide Humana) 1961 – Chroniqued'unété(Crónica de um Verão), co-realizado com Edgar Morin. Prémio da Crítica do Festival de Cannes. 1965 – Chasse au léon à l'arc(Caça ao Leão com Arco) - Leão de Ouro do Festival de Veneza, 1965 1967 – Les fêtesduSigui(As Festas do Sigui) 1970 – Petit à Petit(Pouco a Pouco) 1974 – CocoricoMonsieurPoulet(Cócórócó, o Senhor Frango) 1979 – Bougo, lesfunéraillesduvieilAnaï(Bougo, o Funeral do Velho Anaï) 2003 - LeRêvePlusFort que laMort(O Sonho, mais forte do que a Morte)
6. 1961 - Chroniqued'unété (Crónica de um Verão), co-realizado com Edgar Morin. Prémio da Crítica do Festival de Cannes. Sinopse : Uma experiência de cinema em sociologia em Paris, ou uma investigação sociológica em Paris. Filmado durante o verão de 1960 com o protótipo para a Coutant-Mathot KMT 16 milímetros câmara, utilizando pela primeira vez o sistema Pilotone para filmar em sincronia com um gravador Nagraperfectoneneo piloto magnético. Este filme, produzido em colaboração com Edgar Morin, é uma tentativa de investigação cinematográfica utilizando uma técnica totalmente nova de som síncrono (cinema direto), em jovens franceses no verão de 1960. Este foi o momento quando se pensava que a guerra na Argélia ia acabar. Foi prolongada, e os incidentes no Congo acrescentar os problemas de independência dos estados Africano para os problemas dos países do Magrebe.
7. 1974 -CocoricoMonsieurPoulet(Cócórócó, o Senhor Frango) Sinopse: As aventuras de três amigos de conduzir seus negócios na selva da Nigéria, com seu automóvel antigo. Apresentando a mesma equipa e fez o mesmo espírito como Jaguar e um PetitPetit, este filme é uma tentativa de improvisação coletiva em uma fábula da Nigéria. Os atores do filme partiu de um fato verdadeiro: no momento do tiroteio, Lam é realmente um comerciante de frango itinerante, que a brisa através dos mercados de mato ao redor Naimey, no Níger, em uma van de entrega de idade, acompanhados por um assistente individual.O convite de uma terceira pessoa (Damouré) que, para matar o tempo, quer andar por aí com seus amigos, traz o problema para uma organização que já está num equilíbrio precário. E se, como muitas vezes acontece em África, as catástrofes são atribuídos a uma "diaba", é um ser imaginário, que vai finalmente ser o único capaz de remediar o mal que foi feito. Com a deliberação, os autores decidiram introduzir este elemento do imaginário para essas cenas da vida cotidiana. Se o filme se passa a descrever, ao mesmo tempo, uma comunidade de pessoas de fora marginal, não é por acaso. Os jovens intelectuais dos países ricos não são mais os únicos a ter o monopólio sobre a inquietação.
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9. Curtas e médias metragens 1948: Les Magiciens de Wanzerbe(Os Mágicos de Wanzerbe). Ritos dos mágicos Songhay, na Nigéria. 1949: Circoncision(Circuncisão). Rito de circuncisão das crianças de Hombori, uma aldeia do Mali. 1948: Initiation à ladansedespossédés(1949) uma mulher Songhai do arquipélago de Tillaberi é iniciada. Primeiro prémio no Festival do Filme Maldito em Biarritz, organizado por Henry Langlois e Jean Cocteau. 1951: Bataille sur le grand fleuve(Batalha no Rio Grande). 1954: Les Maîtres fous(Os Mestres Loucos) (1955). 36' e outras versões. Grande Prémio do Festival de Veneza (Filme Etnográfico - 1957). Ritual “selvagem” de um grupo de negros de uma seita religiosa da África Ocidental, operários em Acra, no Gana, que são possuídos pelo espírito dos Haukas, «os mestres loucos», numa representação de personagens associados ao poder colonial. 1962 : Abidjan, port de pêche(Adidjan, Porto de Pesca) (24’). Em Abidjan, pescadores e armadores expõem seus problemas, dificuldades e esperanças.
10. 1962 : Les veuves de quinze ans(As Viúvas de Quinze Anos) - curta metragem para a série «Les adolescentes»). As yéyésfrançesas. Jean Rouch observa o comportamento de duas jovens na sociedade yéyé parisiense, cujas aventuras seguimos. Uma é séria, a outra nem por isso. 1964 : La Gare dunord(A Gare do Norte). Ficção, em plano-sequência de cerca de 16 minutos, em Paris vu (Paris visto por Jean Rouch, Jean-DanielPollet, Jean Douchet, EricRohmer, ClaudeChabrol e Jean-LucGodard). 1965 : La Chasse au lion à l’arc(Caça ao Leão com Arco e Flecha). 1968 : Les danseurs de Tyogou(Os Dançarinos de Tyogou) (27'). Segundo ano do Sigui. Os homens preparam os paramentos do Sigui antes da procissão para as antigas aldeias, para depois virem dançar na praça pública. No dia seguinte, a caverna é preparada para a recepção da Grande Máscara, no final das cerimónias. 1967 : L'enclumeduYougo(A Bigorna de Yougo) (38') Início das festas do Sigui. Homens rapados, vestindo indumentárias rituais do Sigui, entram na praça pública e dançam a dança da serpente, em honra dos “terraços dos mortos” importantes dos últimos sessenta anos.
11. 1969: La caverne de Bongo(A Caverna de Bongo) (40'). Terceiro ano do Sigui. Os dignitários retiram-se por fim para a caverna de Bongo. Em torno do velho Anaï, no seu terceiro Sigui (passados mais de 120 anos), os homens preparam-se, antes de darem a volta ao campo de linhagem e de beberem cerveja, em comunhão. 1970: Les clameursd'Amani(Os Clamores de Amani') (35') Quarto ano do Sigui. Interrogado pelo chefe de Bongo, le « renardpâle » ( a raposa branca) abre caminho ao Sigui de Amani. Precedido pelos anciãos, os homens do Sigui iniciam um itinerário sinuoso antes de entrarem na praça ritual. 1974: L'auvent de lacirconcision(O Alpendre da Circuncisão) (18') Sétimo e último ano das cerimónias do doSigui, realizadas de sessenta em sessenta anos. Os três dignitários de Yamé vão ao Songo, às falésias, visitar os alpendres das cavernas cujas paredes se encontram cobertas de pinturas rupestres consagradas ao Sigui. 1987: Brise-glace (Quebra-Gelos). Filmes sobre rituais Dogon (Mali).
12. Website: http://der.org/jean-rouch/content/index.php Bibliografia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Rouch Trabalho realizado por: Ana Rita Vaz nº 38983