Gêneros podem ser literários ou de comunicação cotidiana. Bakhtin dividiu gêneros em primários (espontâneos e orais) e secundários (mais formais e escritos). Escolha de gênero leva em conta parâmetros como assunto, público e finalidade.
2. A palavra gêneros sempre foi bastante utilizada
pela teoria literária com um sentido
especificamente literário, identificando os gêneros
literários clássicos — o lírico, o épico, o dramático
— e os gêneros modernos, como o romance, a
novela, o conto, o drama, etc.
Mikhail Bakhtin — pesquisador russo que, no
início do século XX, dedicou-se aos estudos da
linguagem e da literatura — foi o primeiro a
empregar a palavra gêneros com um sentido
mais amplo, referindo-se também às diferentes
modalidades de texto que empregamos nas
situações cotidianas de comunicação.
3. Qual a diferença entre gêneros primários e gêneros
secundários?
Bakhtin divide os gêneros do discurso em dois grandes
grupos: gêneros primários e gêneros secundários.
Primários: espontâneos, produzidos nas situações
corriqueiras de comunicação. Predomínio da oralidade.
Secundários: mais presos a certas situações discursivas
formais, em que se exige uma ação discursiva
específica, como fazer um requerimento, enviar uma
carta, um abaixo-assinado, produzir um conto de fadas,
dar um seminário, participar de um debate, etc.
Predomínio da escrita.
4. Segundo Bakhtin, todos os textos que
produzimos, orais ou escritos, apresentam
um conjunto de características
relativamente estáveis, tenhamos ou não
consciência delas. Essas características
configuram diferentes gêneros textuais, que
podem ser caracterizados por três aspectos
básicos coexistentes: o assunto, a estrutura
e o estilo (procedimentos recorrentes de
linguagem).
5. A escolha do gênero não é completamente espontânea, pois
leva em conta um conjunto de parâmetros essenciais, como
quem está falando, para quem está falando, qual é a sua
finalidade e qual é o assunto do texto. Por exemplo, ao
desejarmos contar como ocorreu um conjunto de fatos, reais
ou fictícios, fazemos uso de gêneros narrativos; para
instruirmos alguém sobre como fazer alguma coisa (por
exemplo, fazer um bolo, montar uma mesa, jogar certo tipo
de jogo, etc.), fazemos uso de gêneros instrucionais; para
convencer alguém de nossas ideias, fazemos uso de
gêneros argumentativos; e assim por diante.
6. As diferentes linhas de pesquisa linguística
de orientação bakhtiniana têm demonstrado
que a atuação dos professores de língua
portuguesa nos ensinos fundamental e
médio, quando feita pela perspectiva dos
gêneros, não só amplia, diversifica e
enriquece a capacidade dos alunos de
produzir textos orais e escritos, mas
também aprimora sua capacidade de
recepção, isto é, de leitura/audição,
compreensão e interpretação dos textos.
7. O ensino de produção de texto, feito por
essa perspectiva, não despreza os tipos de
texto tradicionalmente trabalhados em
cursos de redação - a narração, a descrição
e a dissertação. Ao contrário, incorpora-os
numa perspectiva mais ampla, de variedade
de gêneros. Por exemplo: quais são os
gêneros narrativos? Em que gêneros a
descrição - tratada aqui como recurso - é
utilizada?
8. Qual a diferença entre gêneros primários e gêneros
secundários?
Bakhtin divide os gêneros do discurso em dois grandes
grupos: gêneros primários e gêneros secundários.
Primários: espontâneos, produzidos nas situações
corriqueiras de comunicação. Predomínio da oralidade.
Secundários: mais presos a certas situações discursivas
formais, em que se exige uma ação discursiva específica,
como fazer um requerimento, enviar uma carta, um abaixo-
assinado, produzir um conto de fadas, dar um seminário,
participar de um debate, etc. Predomínio da escrita.