O documento discute as oportunidades e estratégias para bibliotecas incorporarem tecnologias emergentes e ferramentas de web social. Primeiro, descreve como esses novos ambientes digitais estão mudando a aprendizagem e o acesso à informação. Segundo, argumenta que as bibliotecas precisam se posicionar para atender esses desafios, oferecendo serviços relevantes onde os usuários estão. Terceiro, sugere que as bibliotecas devem gerar conteúdos úteis, visíveis e incorporados nos sistem
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
Tecnologias emergentes e ferramentas de web social nas bibliotecas: oportunidades e estratégias de ação
1. TECNOLOGIAS
EMERGENTES
E FERRAMENTAS
DE WEB SOCIAL
NAS BIBLIOTECAS
OPORTUNIDADES E Pedro Príncipe
Serviços de Documentação
ESTRATÉGIAS DE AÇÃO da Universidade do Minho
ratodebiblioteca.blogspot.com
9 de março de 2012
2. Enquadramento
A mudança que a utilização dos novos recursos web e
dispositivos móveis está a provocar nas atitudes das
pessoas face à informação é marcante. As novas formas e
métodos de acesso à informação, à cultura e à
aprendizagem, a proliferação dos meios e plataformas digitais
de comunicação e o crescimento e acesso generalizado à
internet, às ferramentas de web, em particular às redes sociais,
marcam estas alterações no perfil dos utilizadores e nas
bibliotecas e serviços de informação e documentação.
3. Tópicos
1 CONTEXTO… novos ambientes e cenários em
mudança na aprendizagem e informação.
2 POSICIONAMENTO das bibliotecas face aos
desafios da web social e dos novos suportes.
3 OPORTUNIDADES E AÇÃO… conteúdos e
serviços: estratégias, visibilidade e incorporação.
4. 4
1 CONTEXTO… novos ambientes e
cenários em mudança na
aprendizagem e informação.
5. Contexto… novos ambientes (1/5)
Os processos e ambientes de ensino e
aprendizagem, de formação e qualificação estão
confrontados atualmente com mudanças
constantes, mas que não resultarão necessariamente na
substituição de um tipo de aprendizagem por um outro.
Há novas formas mais dinâmicas, personalizadas
e centradas no aluno. (DOWNES, 2005)
6. Contexto… novos ambientes (2/5)
Ênfase no desenvolvimento dos recursos e capacidades
necessárias para os alunos se envolverem na aquisição
de novas competências e para a procura do
conhecimento existente nas redes criadas e mantidas
pelos utilizadores. (SIEMENS, 2008)
Novas abordagens caracterizadas por uma maior
abertura, participação e colaboração.
7. Contexto… novos ambientes (3/5)
O papel dos utilizadores da web na relação que
estabelecem com a rede transformou-se, passando de
meros pesquisadores ou consumidores de informação a
produtores e geradores de novos conteúdos.
Do consumidor ao PROSUMER
producer (produtor) + consumer (consumidor)
8. Contexto… cenários em mudança (4/5)
As ferramentas e plataformas da web social
estabelecem novas formas individuais e colectivas de
interação, produção e validação de
informação, amplificando a ideia de que estes sistemas
de informação e comunicação se tornam cada vez
melhores à medida que mais utilizadores participam e
contribuem.
A biblioteca está a mudar (mudou) e temos
pouco tempo para lidar com estas mudanças.
9. Contexto… cenários em mudança (5/5)
As bibliotecas como serviços de suporte incorporados
nestes processos e ambientes assumem particular relevo
na convergência gradual entre as diferentes formas de
aprendizagem e na percepção das novas necessidades de
informação das comunidades.
Todas estas mudanças exigem às bibliotecas
diferentes abordagens e conteúdos adequados,
mais ou menos complexos, disponíveis em
diferentes formatos, plataformas e canais.
10. A BIBLIOTECA DO FUTURO
não será o museu do livro
@MandyStewart da @britishlibrary no #SIBiUSP30
11. BIBLIOTECAS PARA A VIDA
“utilizadores acrescentam valor”
Tim O´Reilly (2007)
12. A informática já não tem
a ver com computadores.
Tem a ver com a Vida.
NEGROPONTE (1995)
13.
14. Nova realidade
• Proliferação dos meios e plataformas
digitais de comunicação
• Crescimento e acesso generalizado à
internet, às ferramentas de web, em
particular às redes sociais
• Marcam alterações no perfil dos
utilizadores
15. (…) tempo para a adoção da tecnologia:
• One Year or Less
• Cloud Computing
• Mobile Apps
• Social Reading
• Tablet Computing
• Two to Three Years
• Adaptive Learning Environments
• Augmented Reality
• Game-Based Learning
• Learning Analytics
• Four to Five Years
• Digital Identity
• Gesture-Based Computing
• Haptic Interfaces
• Internet of Things 1 Year or Less - Electronic Books
1 Year or Less - Mobile Devices
2-3 Years - Augmented Reality
2-3 Years - Game Based Learning
16. Características emergentes
• Das gerações que hoje chegam às
escolas…
• Sempre conectado, multi-tarefa
• Orientado para trabalho em grupo
• Aprendizagem pela experimentação
• Mais visual
• Simultaneamente produtores e consumidores
de informação
17. 17
2 POSICIONAMENTO das
bibliotecas face aos desafios da
web social e dos novos suportes.
18. Antes de mais…
Mobile communication has been more widely adopted
more quickly than any other technology ever.
Mobile communications “is
the fastest
diffusing technology ever”.
Manuel Castells
19. Ferramentas 2.0 (da web social)
Permitem às bibliotecas e serviços de informação e
documentação tornar acessíveis os seus
recursos, serviços e conteúdos onde e quando são
necessários, para um número cada vez maior de
utilizadores e em interação com outros.
Facilitam a aprendizagem, disseminam a informação
e capitalizam o conhecimento dos utilizadores e a
utilização que fazem dos sistemas da biblioteca.
20. PARA ALÉM DA TECNOLOGIA
POSICIONAMENTO
De um serviço fronteira
Gerador de sinergias
Facilitador de recursos
21. Biblioteca um serviço de Fronteira
Está na fronteira
Um serviço de interface… de relações e interdependências…
Da educação formal e da educação não-formal
Do estudo individual e da descoberta partilhada
Do tradicional e da novidade
Do espaço físico e do espaço virtual
Da cultura e da assistência social
Dos leitores e dos escritores
Da história e das estórias…
23. UMA QUESTÃO DE
ATITUDE
Flexível no contexto dos novos ambientes
De maior transparência e visibilidade
Correr riscos, não recear o erro
24. Maior visibilidade
• Estar onde o utilizador está
• Ser útil onde o utilizador está
• Organização aberta à mudança
• Oferecendo serviços e conteúdos relevantes
• Confiando e envolvendo a comunidade
25. Adaptação à mudança
• Ir ao encontro das necessidades dos públicos e confiar
nos utilizadores
• Assumir uma atitude institucional de pioneirismo
tecnológico focado na funcionalidade e não na
tecnologia.
• Postura de early adopter com um duplo papel:
• incorporador das tecnologias nos seus sistemas e serviços,
• formador dos seus públicos na utilização dos novos recursos
tecnológicos.
• Correr riscos, não ter receio de errar e rejeitar a
“cultura do perfeito”
26. PARA ALÉM DA TECNOLOGIA
ESTRATÉGIA
Integração de conteúdos e serviços
Recursos e ferramentas de mobile e web social
Integrados na estratégia dos serviços
27. Integração dos conteúdos e serviços
• Uma forma de entregar a biblioteca aos
utilizadores…
• Estratégia integrada no apoio ao utilizador em novos
ambientes de aprendizagem.
• Estratégia que se caracteriza por:
• uma lógica de redundância de pontos de acesso à
informação,
• tornar acessíveis a biblioteca, os seus serviços e recursos
onde e quando são necessários.
28. PARA ALÉM DA TECNOLOGIA
RELEVÂNCIA
Sendo útil onde o utilizador está
Com atenção às necessidades dos públicos
Para adequar conteúdos e ferramentas
29. Mais relevância
• Ir ao encontro das necessidades dos
públicos
• Seleccionar criteriosamente ferramentas
e canais de comunicação a utilizar
• Olhar para fora das paredes da
biblioteca e encontrar lá as
oportunidades de novos serviços e
aplicações
• Oferecendo serviços de valor
acrescentado
30. Não basta estar onde o utilizador está
é importante ser útil
onde o utilizador está e aí criar
serviços de valor acrescentado
31. 31
3
OPORTUNIDADES E AÇÃO
conteúdos e serviços, estratégias,
visibilidade e incorporação
(Biblioteca 2.0)
32. BIBLIOTECAS COMO ESPAÇOS PEDAGÓGICOS
DE LITERACIA PARA A PROMOÇÃO E
UTILIZAÇÃO DOS NOVOS RECURSOS
com enfoque na funcionalidade
e não na tecnologia
35. serviços em diferentes canais
Martin Weller - My personal work/leisure/learning environment
http://nogoodreason.typepad.co.uk/no_good_reason/2007/12/my-personal-wor.html
36. úteis onde o utilizador está
Alec Couros, PhD Thesis illustration, the Networked Teacher -
http://educationaltechnology.ca/couros/580
37. com integração dos recursos
Ismael Peña-López, Mapping the PLE sphere - http://ictlogy.net/20100715-mapping-the-ple-sphere/
38. construção de comunidades online
Katherine Pisana - My PLE and 3 Sub PLEs oriented towards specific learning networks
41. PLE sapo campus UA
integrar o espaço pessoal de aprendizagem
http://fotos.ua.sapo.pt/Vh6fhW1H2V4uYfBd41Oq
42. Concretizando no ensino e formação
• Reposicionar as ferramentas e recursos de informação
da biblioteca, para ser possível a sua incorporação
nos processo de ensino, aprendizagem e investigação.
• As bibliotecas têm que incorporar os seus recursos e
conteúdos nos sistemas e ferramentas dos estudantes
e da instituição.
Ocupar um lugar relevante nos
fluxos de informação institucionais
52. PARTILHA E COLABORAÇÃO EM REDE
Interessante…
• CONTEÚDOS DE APOIO E LITERACIA
• RELEVANTES e ÚTEIS
• ESTRATÉGIA DE FORMAÇÃO E DIVULGAÇÃO INSTITUCIONAL
• INCORPORADOS NOS SISTEMAS
• UTILIZANDO A WEB SOCIAL
• COM IMPLICAÇÕES DE DIMENSÃO MUNDIAL
55. Não andar pelas redes sociais
sem antes reprogramar o
cérebro 1.0 com a versão 2.0
56. As ferramentas de web social devem
ser integradas numa estratégia
global de serviços aos utilizadores
57. Utilizar a inteligência colectiva para desenhar
novos serviços aos utilizadores:
- introduzindo no “processo” o público,
- procurando compreender como acedem, consomem e
produzem informação
58. “Estar na web 2.0 cria expectativas de
serviço, tão importantes como ter a
porta aberta da biblioteca”
59. Saber utilizar os clicks que os
utilizadores fazem… a biblioteca social
73. Não há receitas
• É preciso criatividade
• Adaptabilidade
• E processos de construção colaborativa
74. “Community is the new content”
http://seedmagazine.com/images/uploads/15Sci08368.jpg
75. Arranque…
• Internet móvel é o próximo passo para as bibliotecas.
• O aumento exponencial da utilização de dispositivos móveis
prevê um recurso inexplorado para a entrega
de recursos da biblioteca aos seus públicos.
78. Recomendações
• Programa Arcadia da Cambridge Univ. e The Open
Univ.
Piloting text alerting services - giving users the opportunity to choose whether they want notifications
by text message, email or both are likely to be taken up by at least a third of library users. These alerts
would include the notifications automatically generated by the Library Management System (LMS).
Piloting a text reference service – if the library receives a high volume of enquiries that require brief
responses, such as dictionary definitions, facts or service information from the library.
Providing a mobile OPAC interface – perhaps using a service such as AirPac or WorldCat Mobile, or
working with their LMS supplier to develop a mobile version of their OPAC.
Ensuring that the library website is accessible and will resize to smaller screens – in order to be ready
for increasing numbers of netbook users and mobile internet users in the next few years.
Providing audio tours of the library - to help visitors or new users orient themselves and learn more
about the service.
Allowing mobile phone use in the library - as long as they are set to silent or to flight mode (meaning
they are not receiving a signal).
81. O mobile permite…
Permite às bibliotecas virtualizar o espaço físico,
aumentando a sua realidade, amplificar a sua acção,
tornando acessíveis os seus serviços, recursos e conteúdos
onde e quando são necessários para um número cada vez
maior de utilizadores, captando novos públicos.
84. Mobile tagging
• Processo de
disponibilização de dados
em dispositivos móveis,
normalmente através do
uso de informação
codificada em códigos de
barra 2D para serem lidos
usando um telefone com
câmara.
85. Mobile tagging: QR codes
• Códigos de barras 2D são
uma forma prática e
conveniente de incorporar
o “virtual” no espaço
físico
• Fornecer conteúdo útil, no
momento em que ele é
útil e necessário
• Os códigos QR são uma
tecnologia de baixo custo,
fácil de implementar e de
usar.
86. Aplicações (QR codes)
• Nas exposições, incluindo um ligação a músicas, vídeos, sites,
inquéritos ou outras informações que “ampliam” essas exposições;
• Códigos nas estantes ou secções que apontam para recursos
electrónicos ou bibliotecas digitais de assuntos relacionados;
• Adicionar o código aos materiais impressos (folhetos, etc) para obter
informações adicionais na web;
• Nas mostras de arte ligando aos sites dos artistas
• No catálogo para fornecer mais informações sobre um registo,
incluindo a localização e o número de sistema;
• Código colocado em portas de sala de estudo ou computadores
ligando aos formulários de reserva;
• Ligações a playlists de tutoriais vídeo da biblioteca…
87. Em conclusão
• Serviços que permitem chegar a mais e novos públicos
(muitos deles deslocalizados, oferta de serviços
remotos).
88. ratodebiblioteca.blogspot.com
facebook.com/pedroprincipe
twitter.com/pedroprincipe
youtube.com/user/pedroprincipe
slideshare.com/pedroprincipe
9 de Março de 2012