O documento discute disgrafia e disortografia. A disgrafia é um transtorno da escrita resultante de um distúrbio visual-motor que afeta a capacidade de escrever. A escrita disgráfica apresenta traços imprecisos e desorganizados. A disortografia se caracteriza por erros ortográficos frequentes devido a problemas perceptivos, linguísticos ou pedagógicos. O documento descreve intervenções para ambos os transtornos, como treino motor e correção de erros específicos.
2. DISGRAFIA
(DIS=DIFICULDADE E GRAFIA=GRAFAR/ESCREVER)
É um transtorno da escrita resultante de um distúrbio de
integração visual-motora, que afeta a capacidade de escrever
ou copiar letras, palavras e números.
Trata-se de um transtorno funcional e apresenta-se em
crianças com capacidade intelectual normal, sem transtornos
neurológicos, sensoriais, motores e/ou afetivos que
justifiquem tal dificuldade.
3. A escrita disgráfica pode observar-se com traços pouco
precisos e incontrolados. Há uma desorganização das
letras, letras retocadas e “feias”. O espaço entre as linhas,
palavras e letras são irregulares. Há uma desorganização
do espaço ocupado na folha e pode-se referir à problemas
de orientação espacial.
Há falta de pressão com debilidade dos traços, ou traços
demasiadamente forte o que causa cansaço e lentidão na
hora da escrita. Além disso, devido a letra ilegível há
dificuldades de entendimento na hora da leitura por parte
dos alunos e professores.
4. Caracterização
Vários autores tem sugerido características comuns
às crianças com disgrafia.
Poderá ainda ser observado uma série de outros
comportamentos, muitas vezes associados a outras
dificuldades especificas de aprendizagem.
(Disortografia, Dislexia, Discalculia)
5. INTERVENÇÕES
PSICOPEDAGÓGICAS
da disgráfia
Encorajamento de diferentes formas de expressão plástica:
recortes e colagens;
pinturas dentro de limites e grafias pela ligação de pontos e
seguir trajetos;
fomentar a escrita de pequenos recados;
treino de motricidade, equilíbrio e organização cinético-
tônica.
Postura gráfica correta, forma de segurar lápis ou caneta, a
pressão, e ritmo da escrita e diferentes ligações entre letras
distorcidas.
6. Para camargo (2008) a reeducação do grafismo está
relacionada com três fatores fundamentais:
•desenvolvimento psicomotor
•desenvolvimento do grafismo em si e especificidade do
grafismo da criança.
7. Para o grafismo psicomotor, deverão treinar aspectos relacionados com a postura,
controle corporal, dissociação de movimentos , representação mental do gesto
necessário para o traço, percepção espaço temporal, lateralização e coordenação
visomotora.
Quanto aos aspectos relacionados com o grafismo, o educador deve preocupar-se
com o aperfeiçoamento das habilidades relacionadas com a : Escrita, distinguindo
atividades PICTOGRÁFICAS ( pintura, desenho, modelagem) e
ESCRIPTOGRÁFICAS ( utilização de lápis e papel – melhorar os movimentos e
posição gráfica).
Deverá também corrigir erros específicos do grafismo, como a forma / manutenção
das margens / linhas.
8. Causas:
Diferentes justificativas de acordo com Citoler e para
Torres e Fernàndez.
Segundo Citoler(1996,cit.por cruz,2009) Há três tipos
de justificativa para essas dificuldades disortogràficas
que sâo:
Problemas na automatizaçâo dos procedimentos da
escrita;
Estratègias de ensino imaturas ou ineficazez,com a
consequente ignorância das regras de composição
escrita;
Desconhecimento ou dificuldade em recordar os
processos e subprocessos implicados na escrita;
9. Para Torres e Fernàndez(2011), as causas estão
associadas á cinco aspectos.vejamos
Percetivos: estão associadas a deficiências na
percepção,na memoria visual e auditiva ou a nivel
espácio-temporal,o que traz consequências na
correta orientação das letras e na descriminação de
grafemas com traços semelhantes.
Intelectuais: associa-se a um défice ou imaturidade
intelectual;
Linguísticos: relaciona a pronuncia/articulação
deficiente conhecimento e utilização do
vocabulario(código restrito) são apontados como
causas de tipo linguìstico.
Afetivo-emocional : aponta entre baixos niveis de
motivação e atenção,que poderão fazer com que a
criança cometa erros ortogràficos.
Pedagògicos: remetem para mètodos de ensino
11. Caracterização
Uma criança com disortografia demostra,geralmente falta
de vontade para escrever os seus textos são
reduzidos,com uma organização pobre e pontuação
inadequada.
A sua escrita evidencia numerosos erros ortográficos de
natureza diversa são eles:
Erros de caráter lingustíco-perceptivo.
-omissões,adições e inversões de letra,de silabas ou de
palavras.
-troca de símbolos e lingüísticos que se parecem
sonoramente.
Erros de caráter visoespacial.
-substitui letras que se diferenciam pela sua posição no
espaço (“d””b”).
Erros de caráter visoanalitico.
12. -não separa sequencias gráficas pertencentes a uma
dada sucessão fônica,ou seja,une palavras
ex:(ocarro em vez de o carro)junta silabas
pertencentes a duas palavras u separam
incorretamente.
Erros referentes as regras de ortografia.
-não coloca “m”antes de “b” ou “p”
-ignora as regras de pontuação
-esquece de iniciar as palavras com letras
maiúsculas
De uma forma geral a característica mais comum
nas crianças de disortografia e sem duvida a
ocorrência de erros ortográficos.
13. A intervenção da disortografia
Para a intervenção o professor, tem que se lembrar de
que ela não é feita de uma forma fechada. Ou seja o
professor irá buscar avaliar questões como: percepção
auditiva e visual.
Em uma avaliação é importante que o aluno tenha mais
tempo para que ele possa refletir.