SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 20
Descargar para leer sin conexión
Em 2015, quando o Marianne Av. Gotenborg atracou na Marinha da Expo em Lisboa,
um grupo de mulheres falou da ideia e alimentou o entusiasmo de se fretar um barco
para Gaza só com mulheres. O entusiasmo foi crescendo e formulou-se algo concreto.
Assim, a Coligação da Flotilha da Liberdade, com Mulheres rumo a Gaza, procura
levar uma mensagem de esperança e solidariedade ao povo de Gaza.
O Grupo Acção Palestina associa-se a este apelo e manifesta o seu
apoio à tripulação.
Na página seguinte, está a tradução do apelo ao apoio.
desenho: Lara
Apelo à Flotilha Mulheres Rumo a Gaza
Flotilha da Liberdade III Natacha
Desenho Teresa Cabral
Vittorio Arrigoni, el sacrificio supremo en honor a Palestina Carlos de Urabá
A lenda de Marianne Toni
3
5
9
10
19
Nº especial de apoio à FLOTILHA MULHERES RUMO A GAZA
índice
3
Apoio à Flotilha Mulheres Rumo a Gaza
(Women's Boat to Gaza)
AColigação da Flotilha da Liberdade levará uma
mensagem de esperança e solidariedade ao povo de Gaza.
Em 201 6, com a Flotilha Mulheres Rumo a Gaza, mulheres de todas as
partes do mundo far-se-ão ao mar para salientar o papel importante
desempenhado pelas mulheres palestinas na luta do seu povo. A nossa
inspiração vem-nos do inquebrável espírito das mulheres de Gaza,
Cisjordânia, da Palestina ocupada em 1 948 e da diáspora.Há uma década
que Gaza sofre de um bloqueio israelita. Durante estes anos todos, Israel
lançou incontáveis ataques contra uma população sitiada, convertendo as
vidas das pessoas num pesadelo e numa continua luta. As guerras não só
invadiram as economias, mercados e território de Gaza, mas também
invadiram e assaltaram lares, famílias, escolas e museus, destruindo
civilização, património, cultura, memoria e esperanças. Com o lançamento
das Flotilhas da Liberdade e outras missões navais denunciamos a
passividade e a cumplicidade da comunidade internacional e procuramos
chamar a atenção internacional para o sofrimento e resistência do povo
palestino.
A Flotilha Mulheres Rumo a Gaza não só procura desafiar o
bloqueio israelita, mas também manifestar solidariedade e levar
uma mensagem de esperança ao povo palestino.
Com o apoio de eventos organizados por mulheres, homens,
organizações não governamentais, grupos da sociedade civil e
colectivos do mundo inteiro faremos com que isto seja uma
realidade.
2016
Dar publicamente apoio ao WBG (Flotilha Mulheres
Rumo a Gaza) mediante uma declaração do vosso
grupo ou organização.
Organizar eventos locais em apoio ao WBG (Flotilha
Mulheres Rumo a Gaza).
Formar grupos de trabalho.
Fazer doações monetárias à nossa iniciativa.
4
Este apaixonante projecto foi lançado em todo
o mundo no Dia Internacional da Mulher, a 8 de
Março de 201 6, e gostaríamos que te juntasses
a esta campanha.
Há vários anos que pedimos a solidariedade da
sociedade civil para com a resistência
palestina, assim como uma reacção coerente
por parte dos governos do ocidente, assim
apelamos a uma participação activa de
indivíduos e grupos nesta nova campanha.
Por favor, contacta-nos:
colabora@rumboagaza.org
para nos dizer qual a vossa contribuição!
Coligação Internacional da Flotilha da Liberdade:
http://freedomflotilla.org
Rumbo a Gaza: http://rumboagaza.org
BDS Galiza: http://www.bds-galiza.org
Em solidariedade
Contamos com a vossa ajuda
para:
O bloqueio desumano imposto ilegalmente pelo Estado
de Israel e sustentado pelo Egipto à Faixa de Gaza
desde 2007, nega aos palestinianos os seus direitos
humanos básicos e impede um desenvolvimento justo e
sustentável para a paz na região, em contradição com o
direito internacional. Priva os palestinianos do direito de
liberdade de circulação de pessoas e bens, impedindo o
acesso às suas terras agrícolas, limitando a zona de
pesca à seis milhas da costa e bloqueando a
possibilidade de exportação e importação de
mercadorias o que, no seu conjunto, impossibilita o seu
auto-sustento, o direito à assistência médica, o acesso a
medicamentos, materiais de construção, água potável e
à educação e intercâmbio cultural.
lotilha da Liberdade III
Breve panorâmica do bloqueio à Faixa de Gaza
5
Acção solidária para pôr fim ao bloqueio marítimo à Faixa de Gaza
Perante a inacção dos governos internacionais e a indiferença dos mídia, resta à
sociedade civil defender os direitos humanos que constantemente nos querem
fazer acreditar que não existem.
Assim surge a Internacional Freedom Flotilla Coalition que é um movimento de
base humanitária, composto de pessoas de todo o mundo que trabalham juntas
para acabar com o bloqueio marítimo imposto a Gaza. Foi formada em 2009 a fim
de coordenar acções e inúmeras campanhas locais que juntaram esforços contra o
bloqueio, iniciando a preparação do envio de uma (das muitas que continuarão a
desafiar o bloqueio a Gaza até que o mesmo seja retirado) frota de barcos rumo a
Gaza. As acções da Flotilha da Liberdade contra o bloqueio são sempre regidas
pelos princípios da não violência e da resistência não violenta.
Como a situação humanitária em Gaza continua a deteriorar-se, os pescadores
palestinianos são submetidos diariamente à violência do exército sionista, vendo os
seus barcos a serem confiscados ou destruídos, sendo insultados, humilhados,
agredidos, presos, baleados e muitos deles assassinados. O Estado de Israel
continua a não ser responsabilizado pelo bárbaro ataque cometido contra a Faixa
de Gaza no verão de 201 4 e os governos internacionais ocidentais, que pelo seu
F
6
silêncio e colaboração se tornam também cúmplices deste acto criminoso, não
cumprem com as obrigações que assumiram com Gaza após o último ataque. A
Freedom Flotilla Coalition lançou a campanha Open Port Gaza enviando mais uma
frota de barcos, a Flotilha da Liberdade III, que navegou rumo a Gaza durante os
meses de Maio e Junho deste ano (201 5).
Desta vez, a Flotilha da Liberdade utilizou uma estratégia um pouco diferente das
anteriores- era composta por quatro barcos mas só um é que tentaria chegar a
Gaza, enquanto os outros três o acompanhariam até um um determinado ponto
seguro no Mediterrâneo, voltando de seguida aos seus portos de origem. Marianne
av Göteborg, uma traineira pesqueira adquirida conjuntamente por Ship to Gaza
Sweden e Ship to Gaza Norway, além de transportar um painel solar para ajudar a
aliviar o grave problema de electricidade em Gaza e algum equipamento médico,
transportava-se a si própria, pois a ideia era oferecer a traineira aos pescadores
palestinianos.
Marianne, partiu do seu porto de origem no dia 1 0 de Maio em direcção ao leste do
Mediterrâneo para se juntar aos outros três barcos (Juliano II, Rachel e Vittorio); a
sua tripulação estava composta por cinco pessoas sensíveis e corajosas, activistas
pelos direitos humanos para todas. Fez várias paragens pela Europa que serviram
para receber jornalistas, artistas, figuras políticas, activistas e todas as pessoas
interessadas em desafiar o desumano bloqueio e ao mesmo tempo, divulgar,
através de demonstrações e manifestações, as consequências do mesmo.
No dia 26 de Junho, os quatro barcos saíram dos seus portos finais europeus,
navegando em águas internacionais directamente para águas palestinas, a fim de,
através de resistência não-violenta, desafiar o bloqueio ilegal. A bordo da Flotilha
7
da Liberdade III encontravam-se cerca de 50 activistas pelos direitos humanos,
jornalistas, artistas e figuras políticas que representam 1 7 países.
Mais dois barcos se prepararam para navegar com Marianne mas não
conseguiram pois foram alvos de sabotagem, perdão, o nome dado pelos mídia e
pelos governos é “falhas técnicas”.
Em Gaza, o povo palestino esperançado aguardava por Marianne, que previa
chegar à Faixa em apenas alguns dias.
Sabendo do historial de terrorismo perpetuado pelo estado sionista e tendo na
memória o ataque ao Mavi Marmara, um dos barcos que navegou na I Flotilha da
Liberdade em 201 0, que vitimou 1 0 activistas quando os soldados abordaram
violentamente o barco em águas internacionais, foram feitos vários apelos aos
governos internacionais ocidentais a fim de assegurarem a protecção de todas as
pessoas que se encontravam a bordo da Flotilha da Liberdade III, que
corajosamente arriscaram a sua integridade física e até a própria vida por uma
causa mais que justa - por direitos humanos iguais para todos.
A última comunicação com Marianne foi na madrugada de dia 29 de Junho. 1 8
pessoas desarmadas a bordo. A traineira encontrava-se em águas internacionais,
desenho:Lara
8
a 1 00 milhas náuticas da Faixa de Gaza, cercada por três navios da marinha de
Israel. Entre a 1 h e as 6h da madrugada, mais uma vez, o exército israelense viola
o direito internacional marítimo praticando mais um acto de agressiva pirataria,
perdão, foi chamado de “acção sem incidentes”. Marianne e as 1 8 pessoas a
bordo foram sequestradas e obrigadas a ir para o porto militar israelense de
Ashdod para, de seguida. serem levadas para a prisão de Givon.
Durante o assalto, a tripulação foi agredida, humilhada e ameaçada. Os outros três
barcos que acompanhavam Marianne, voltaram aos seus portos de origem.
Com excepção das figuras políticas que foram rapidamente deportadas, os cinco
tripulantes, os jornalistas, artistas e activistas, apenas foram deportados entre dia
1 e 6 de Julho em pequenos grupos. A traineira, que é o resultado de muito e longo
trabalho e dedicação da tripulação e outras pessoas solidárias, permanece
apreendida pelo estado sionista.
A Flotilha da liberdade III não chegou ao porto de Gaza mas a Freedom Flotilla
Coalition não vai desistir e vai continuar a navegar até que o bloqueio ilegal seja
retirado, que o estado de Israel cumpra com a lei internacional e seja condenado
pelos actos terrorista praticados contra a população palestiniana.
O bloqueio brutal continua mas a resistência também; cabe à sociedade civil exigir
aos governos de todo o mundo e às organizações internacionais que façam
cumprir a lei internacional, que o estado sionista seja condenado por violação da IV
Convenção de Genebra relativa à protecção das pessoas civis em tempo de guerra
e que seja aplicada a Resolução 242 da ONU onde se afirma que, para se
estabelecer uma solução justa e se alcançar uma paz duradoura no Médio Oriente,
é necessária a retirada militar israelense dos territórios palestinos ocupados, a
cessação de todas as reivindicações ou estados de beligerância e respeito e
reconhecimento da soberania, integridade territorial e independência política de
cada estado na área e seu direito de viver em paz dentro de fronteiras seguras e
reconhecidas, livres de ameaças ou actos de força. Também se afirma a
necessidade de garantir a liberdade de navegação através de cursos de águas
internacionais na área e alcançar uma solução justa para o problema dos
refugiados.
O povo palestino tem direito à autodeterminação.
Natacha
Porto, 201 5
9
desenho:TeresaCabral
1 0
ittorio Arrigoni, el sacrificio
supremo en honor a Palestina
Se cumplen cuatro años de su asesinato a manos de
un comando salafista en Gaza
V
En la tragedia de Palestina hay un capítulo que no se debe pasar por alto por su
irracional crudeza. Si Romeo y Julieta es una historia de amor eterno la de Vittorio
Arrigoni con Palestina también tiene un grado de intensidad y de pasión inverosímil.
Esto es algo aún más sublime pues no estamos hablando del amor por una mujer o
una persona en concreto sino a todo un pueblo. En esta obra de teatro el escenario
está lleno de cadáveres y no asistiremos a un final feliz. ¡Tanta muerte inútil!
¿Moriremos de hambre y pobreza o por los bombardeos que nos obsequiarán cada
vez que haya que hacer una limpia de “terroristas”? Porque Israel ha diseñado una
estrategia para demostrarle al mundo que los palestinos merecen ser aniquilados.
Gaza es la aplicación minuciosa de una tecnología de exterminio lento.
El lugar preferido de los gazatíes no puede ser otro que la playa. Allí el horizonte
infinito del mar Mediterráneo al menos les sirve de consuelo para sobrellevar la
pesada condena. En especial los viernes, después del salat yuma, cientos de
familias se reúne a tomar el sol en la arena blanca donde extienden sus esteras y
se sientan a compartir la comida; fuman la arguila, juegan a las cartas o se bañan
en la playa. Según la época del año los niños elevan sus cometas que revolotean
en el cielo junto a las gaviotas.
Gaza ha sido calificada como una “entidad hostil” y el ejército sionista ha impuesto
un férreo bloqueo que los mantiene completamente aislados del mundo. Aunque en
el año 2008 se produjo un hecho excepcional cuando el barco Dignity de la
campaña “Free Gaza” consiguió entrar de forma clandestina en la franja.
A bordo del mismo y haciendo parte de un grupo de activistas del IMS se
encontraba el cooperante italiano Vittorio Arrigoni.
Arrigoni nació en Besana, pero residía con su familia en Bulciago provincia de
Lecco (Lombardia). Desde muy temprana edad -según sus allegados- comenzó a
manifestar una personalidad rebelde y contestataria que lo marcarían para el resto
de su vida. Al fin y al cabo su abuela había empuñado las armas para unirse a las
filas de los partisanos en la resistencia contra los Nazis en la II Guerra mundial.
Entre sus lecturas preferidas se destaca el libro “Homenaje a Cataluña” del escritor
inglés George Orwell en el que relata sus experiencias como voluntario en las
Brigadas internacionales durante la Guerra Civil española. Él se sentía heredero
del espíritu de los brigadistas, heredero de aquellos luchadores que defendían sin
1 1
reservas los ideales libertarios.
En la escuela donde cursó sus estudios bien hubiera podido elegir entre ser
sacerdote o misionero, pero a él no lo impulsaba ningún sentimiento religioso, sino
más bien la filosofía humanista que no necesita de un Dios o una teología para
justificar sus actos.
En todo caso a él le enseñaron que debía integrarse en el seno de una sociedad
italiana, ocupar un lugar en la cadena de producción, competir por un buen
trabajo, por un buen salario, velar por sus intereses personales y forjarse un
porvenir exitoso. Pero nada de esto lo sedujo y prefirió renunciar a las ambiciones
materialistas para entregarse de cuerpo y alma a la causa de los pueblos oprimidos
del Tercer Mundo.
No sabemos muy bien que
lo llevó a enamorarse de
una manera tan apasionada
de Palestina. El caso es que
cuando en el 2002 visitó
Cisjordania para colaborar
con la ONG IPYL sufrió un
súbito deslumbramiento.
Recordemos que en el 2003
el ejército israelí asesinó cobardemente a Rachel Corrie y unos meses más tarde a
Tom Hurndall, ambos miembros del ISM que realizaban labores humanitarias en
Gaza. Arrigoni a partir de esos trágicos sucesos quedó muy impresionado y
prometió que él iba a recoger el testigo de sus compañeros.
Arrigoni sentía gran admiración por aquellos valerosos niños y adolescentes que a
punta de pedradas y cócteles molotov enfrentaban a los tanques y a los soldados
sionistas. A pesar de saberse en inferioridad de condiciones persistían en el
empeño de resistir hasta las últimas consecuencias. Desde su posición de
activista humanitario asumió el compromiso de denunciar al mundo todos los
abusos cometidos por las fuerzas de ocupación que por ningún motivo podían
quedar impunes.
Pronto fue fichado por los agentes del Shin Bet e incluido en la lista negra del
Ministerio del Interior. En el año 2005 cuando pretendía ingresar en los territorios
ocupados por el paso fronterizo de Allemby es expulsado por lo aduaneros judíos
aduciendo que “su presencia en Cisjordania representaba un peligro para la
seguridad de Israel”. En ese momento sufrió un golpe emocional terrible pues eso
significaba que jamás podría regresar a Palestina.
La franja de Gaza ha tenido a lo largo de la historia un gran valor estratégico por
1 2
encontrarse en ese cruce de caminos entre Asia, norte de África y Europa. Por
aquí han pasado muchos pueblos y civilizaciones: egipcios, los griegos, romanos,
bizantinos, mongoles, árabes, mamelucos, turcos, británicos. Siempre fue una
zona muy conflictiva en la que se libraron batallas para hacerse con su dominio.
Gaza desde la más remota antigüedad destacó como un importante puerto
comercial y estación principal de las caravanas que transportaban viajeros y
mercancías por Medio Oriente. Pero con la apertura del canal de Suez y los medios
modernos de transporte comenzó su decadencia.
En la época bizantina se la describía como una fértil planicie en la que se
cultivaban frutales, trigo y viñedos. Durante el Imperio Otomano tuvo un gran
florecimiento y prosperidad como se puede observar en los magníficos edificios
que se conservan de aquella época (mezquita Al Omari, Qsar El Basha, Al Sayed).
En el trascurso de la Primera Guerra Mundial se libró la decisiva III batalla de
Gaza entre las tropas británicas al mando del general Allemby y el ejército otomano
aliado del imperio alemán. Al final los turcos caen vencidos y a partir de entonces
Gaza pasa a formar parte del mandato británico de Palestina.
Al estallar la guerra árabe-israelí en 1 948 la Liga Árabe proclama la yihad y Egipto
invade Gaza con la intención de avanzar en dirección a Tel Aviv y Beersheva. Pero
el ejército judío los rechaza y tienen que replegarse en la franja para afianzar sus
líneas defensivas. Con la firma del armisticio de Rodas en 1 949 Gaza queda
oficialmente a manos de la administración egipcia. A los cientos de miles de
refugiados palestinos que vinieron a buscar asilo no se les reconoce la
nacionalidad egipcia y sus derechos se ven seriamente restringidos.
En el año 1 956 el presidente Abdel Nasser, insigne líder del panarabismo,
nacionaliza el canal de Suez. Este hecho desata la guerra del Sinaí con la
intervención de las fuerzas anglo-francesas. El ejército sionista, que firmó un pacto
secreto con las dos potencias, invade Gaza y en el desarrollo de la operación
Kadesh (el desbloqueo del estrechó de Tirán) fusila en Khan Younis a 257 jóvenes
palestinos, y en Rafah a otros 1 1 1 acusándolos de pertenecer a los fedayines.
Pero el acontecimiento clave y definitivo sin lugar a dudas se produce en la Guerra
de los Seis Días en 1 967. Los ejércitos árabes caen derrotados e Israel asume el
control no sólo de la franja, sino también de la península del Sinaí, Cisjordania y los
altos del Golán.
En 1 979 con la firma de los acuerdos de paz de Camp David entre Israel y Egipto la
situación geopolítica de la región cambia por completo. Egipto renuncia al
panarabismo, reconoce la existencia de Israel y recupera la península del Sinaí.
Igualmente se aleja de la órbita Soviética para caer en brazos del imperialismo
norteamericano.
Tal y como lo estípula el tratado de paz Egipto debe garantizar la seguridad de
Israel y desplegar una fuerza militar en la frontera entre Gaza y el Sinaí. Además
ambos países están obligados a trabajar en conjunto con el objetivo de combatir la
1 3
amenaza del terrorismo, el contrabando de armas y el tráfico de inmigrantes
ilegales.
En el año de 1 987 un camión judío mata en Gaza a cuatro palestinos y este
lamentable suceso será el desencadenante de la primera intifada -que también se
extenderá a Cisjordania- Es a partir de entonces que la escalada bélica sionista irá
in crescendo hasta transformarse en un holocausto.
La población de Gaza lejos de amilanarse ejerce su legítimo derecho a la
resistencia. En el año 1 987 la radicalización llega a su punto más álgido y se funda
el movimiento islamista Hamas que lanza un llamado a la yihad en defensa de la
soberanía patria.
Vittorio Arrigoni poseía ese espíritu soñador y romántico propio de aquellos
revolucionarios que desean cambiar el mundo a cualquier precio. Tal vez pretendía
imitar la figura de Martin Luther King, de Mandela o de Gandhi. Ese joven utópico
estaba empeñado en aplicar la resistencia no violenta y el pacifismo activo y
voluntariamente ocupó el puesto más sacrificado en primera línea de fuego. Con un
desprecio absoluto por su vida en una demostración de amor supremo hacia una
tierra extraña que él había asumido como propia.
“Rompamos el bloqueo” fue la consigna de los activistas internacionales de la
campaña Free Gaza que a bordo del barco Dignity pretendían entrar en la franja
por vía marítima. Entre ellos se encontraba Arrigoni que después de ser deportado
de Cisjordania comprendió que la única manera de retornar a Palestina sería de
forma clandestina. El 20 de diciembre de 2008 los tripulantes del Dignity
consiguieron romper el bloqueo naval impuesto por Israel –que duraba desde
1 967- . Un día histórico que congregó a miles de gazatíes en el puerto para
brindarles una calurosa bienvenida. Esos extranjeros les devolvían la esperanza,
les levantaba la moral, no estaban solos pues desde occidente llegaba un puñado
de activistas dispuestos a sumarse a su causa.
Unos días después de que el Dignity cargado de ayuda humanitaria lograra burlar
el bloqueo comienza la operación “Plomo Fundido” como respuesta al lanzamiento
indiscriminado de cohetes por parte de Hamas y la Yihad Islámica. El ejército de
Israel entre diciembre del 2008 y enero del 2009 castiga sin piedad por tierra, mar
y aire la franja con un diluvio de bombas de racimo, bombas de fósforo, proyectiles
de uranio empobrecido, misiles, y fuego graneado de artillería.
Arrigoni como era de esperar se dedica de tiempo completo a ayudar a los médicos
y enfermeros a recoger a los heridos y trasladarlos en ambulancias a los
hospitales. No hay calificativos para elogiar su entrega solidaria pues en los
momentos más críticos jamás bajó la guardia ¿Quién puede permanecer pasivo al
contemplar la morgue repleta de cadáveres, los heridos agonizantes en la mesa de
operaciones o los niños descuartizados a bombazos?
Para él Gaza simbolizaba una segunda Guernica puesto que las escenas de
muerte y destrucción que contemplaba eran las mismas que inspiraron a Pablo
1 4
Picasso para pintar su célebre cuadro. Es difícil comprender el comportamiento de
este italiano que asumía en carne propia todo su sufrimiento, toda su angustia y
orfandad. Porque él de alguna manera quería redimirlos, liberarlos del terror en
una infructuosa búsqueda de la libertad y la justicia. Perteneciente a la era de una
juventud nihilista subordinada por completo a las leyes del capitalismo prefirió
renunciar a una existencia relajada allá en su Italia natal. La bella Italia que tanto
admiran los turistas, un país del primer mundo donde no le faltaba nada y podría
gozar sin sobresaltos de los parabienes de la sociedad de consumo.
Israel utiliza la táctica de la guerra preventiva, de los asesinatos selectivos, -según
los expertos- operaciones quirúrgicas que tienen el propósito de descabezar a los
líderes y hundirlos en el caos.
Gaza es como un campo de tiro donde experimentan con nuevos tipos de armas
sobre la población civil a la que han convertido en conejillos de indias.
La música de Gaza es el llanto desconsolado de los padres y las madres, de los
hermanos, de las viudas o los huérfanos; no hay más que gritos de rabia y de dolor
por doquiera que uno vaya. Las oraciones por los difuntos que son trasladados en
andas a los cementerios por las multitudes nos rompen el corazón. Un continuo
cortejo fúnebre donde la gente sólo pronuncia la palabra venganza. ¡Venganza en
el nombre de Allah! No existe resignación ni conformismo ¡Ni una lágrima más,
dame un arma! De ahí que el único deseo de muchos jóvenes sea engrosar las
filas de la resistencia dispuestos al martirio. Han decidido que la mejor manera de
protestar es forrarse de explosivos e inmolarse en honor a la patria.
Porque su patria ha sido devastada, no ha quedado piedra sobre piedra. Los cazas
y helicópteros sionistas han destruido edificios públicos, escuelas, universidades,
oficinas gubernamentales, hospitales, mezquitas, plantas desalinizadoras,
centrales eléctricas, sistemas de riego; han arrasado miles de hectáreas de cultivo,
árboles frutales, olivares. Cualquier resquicio de vida intentan cegarlo de raíz.
Es entonces cuando Arrigoni junto a otros compañeros del ISM deciden asumir la
condición de “escudos humanos” ¿escudos humanos? Sí. Como único método
válido de proteger a los pescadores o agricultores de las agresiones del ejército
israelí. Ellos sabían de antemano el riesgo que corrían porque a los soldados no les
1 5
temblaba el pulso a la hora de disparar contra los presuntos “terroristas” que se les
atravesaban en su camino. Los voluntarios con gran valor y coraje se colocaban
un chaleco reflectante y con un megáfono en mano advertían a las patrullas del
Tzahal a que se abstuvieran de disparar sobre los indefensos trabajadores. Con el
fin de documentar cualquier incidente fotografiaban o filmaban con sus cámaras el
desarrollo de sus actividades diarias. Ya se había producido gran cantidad de
asesinatos y detenciones arbitrarias al violar los jornaleros la zona de exclusión que
es donde están las tierras más fértiles.
De acuerdo a las leyes internacionales los pescadores de Gaza tienen derecho
faenar a 20 millas de la costa. Pero el gobierno israelí, por motivos de seguridad, lo
limita a tan sólo tres millas. Una decisión arbitraria que les impide alcanzar los
caladeros más productivos pues Israel intenta boicotear este importante rubro
económico de la franja.
Arrigoni acompañaba a la tripulación de los barcos de pesca que salían a faenar
colocándose en la proa empuñando una bandera palestina. Así avisaba la
presencia de los activistas del ISM para que las patrulleras de la armada israelí no
los abordaran. Un día que sobrepasaron el límite permitido se les dio el alto y
fueron apresados. Arrigoni opuso resistencia y los marinos del Hel Hayam tuvieron
que reducirlo con una pistola eléctrica. Cayó al mar inconsciente y por poco se
ahoga. Engrillado lo trasladaron al puerto de Askalon donde luego lo remitirían a la
prisión de Ramle. Allí, según su testimonio, fue torturado antes de que las
autoridades lo deportaran a Italia.
Tras ser deportado Arrigoni cabeza dura no se dio por vencido y nuevamente
embarcó a bordo de la nave Dignity rumbo a Gaza. Su única obsesión era ocupar
su puesto de escudo humano y velar por la seguridad de la población civil.
Arrigoni, que se distinguió como uno de los miembros más emblemáticos de la
ONG Internacional Solidarity Movement, no sólo condenaba la política genocida del
gobierno israelí sino también el régimen teocrático de Hamas y la actitud
colaboracionista del gobierno de Fatha con Israel. Además despreciaba por
completo el nepotismo y los escándalos de corrupción completamente
injustificables teniendo en cuenta la marginalidad y la miseria que padece el pueblo
palestino.
¿Cómo entender una Palestina dividida entre Gaza y Cisjordania? Sólo hay
que observar lo acontecido en las elecciones parlamentarias del 2006 cuando la
OLP y Hamas iniciaron una sangrienta guerra fratricida que se saldó con cientos
de muertos y heridos. La comunidad internacional no quiso reconocer la victoria del
primer ministro el islamista Ismail Haniyeh pues Hamas es considerado un
movimiento que promueve el terrorismo y propugna la destrucción de Israel.
En Gaza existen infinidad de facciones rivales con distintas tendencias políticas y
sectarias entre las que cabe destacar: Hamas, la Yihad Islámica, grupos salafistas
pro Al Qaeda como la Brigada de los Compañeros del Profeta Mohamed, Soldados
de Allah, Ejército del Islam, Ejército de la Nación, Brigadas de los mártires de Al
1 6
Aqsa, Brigadas Al Quds, el FPLP, el movimiento de resistencia Islámico Azzadin Al
Qassam, aliados de Hezbollah e Irán. La mayoría de estos grupos armados tienen
cuentas pendientes entre si y por eso la atmósfera es muy tensa y enrarecida. Es
tal el delirio de persecución que buscan desesperadamente por todas partes
agentes infiltrados del Mossad, la CIA o del MI6. Por la más mínima sospecha
cualquiera puede ser detenido y acusado de colaboracionismo. E, incluso, sin juicio
previo, condenado a muerte ejecutándose la sentencia en plena vía pública para
que sirva de escarmiento. Existen una serie de líneas rojas que no deben cruzarse
e ignorarlas por un exceso de confianza puede resultar fatal.
Arrigoni era un personaje muy popular al que se le veía muy a menudo recorriendo
las calles del wasted balad de Gaza.
No podía pasar desapercibido con su gorra de marinero, fumando la pipa y
anudado al cuello un pañuelo palestino. ¿Quién podía recelar de ese muchacho
alegre y afectuoso que hacia las compras en el zoco, se sentaba a comer humus o
falafel en los restaurantes conversando con la gente o asistiendo a los partidos de
fútbol internacional que se transmitían vía satélite? Tal fue su arrolladora
personalidad que el mismísimo Primer Ministro Ismael Haniyeh le hizo entrega del
pasaporte palestino.
Arrigoni sin ningún pudor se exhibía en público con ropas ajustadas, a veces con
el torso desnudo enseñando la musculatura donde se distinguían unos extraños
tatuajes y una ceja atravesada por un piercing. Para los más fundamentalistas esa
imagen poco ortodoxa y su comportamiento extrovertido era una provocación
intolerable porque atentaba contra la moral y las buenas costumbres.
En los acuerdos de Oslo que firmaron Rabin y Arafat en el año 1 993 se pactó la
retirada del ejército hebreo de la franja y el desmantelamiento colonias a cambio de
la paz y el reconocimiento a la existencia de Israel por parte de la OLP.
Se diseñó una hoja de ruta que establecía una serie de plazos para que Cisjordania
y Gaza alcanzaran la plena autonomía. En 1 994 con la firma de los acuerdos del
Cairo se resuelve que Jericó y Gaza pasarán a manos de ANP antes de que
termine la década. Una decisión que fue retrasándose hasta que en el año 2005 la
administración Sharon, presionada por EE.UU y la Unión Europea, comenzó la
evacuación de los 21 asentamientos de Gaza. A la fuerza tuvieron que desalojar a
los colonos que poseían la tierra más fértil donde se dedicaban a cultivar
principalmente flores y tomates (el 1 5% de las exportaciones agrícolas de Israel)
Las armas que utilizaba Arrigoni no eran otras que los teléfonos móviles, Internet,
You Tube o las teleconferencias. Escribía diariamente en su blog Guerrilla Radio,
sigamos siendo humanos para informar a la opinión pública mundial de todos los
crímenes y las violaciones de los derechos humanos que se cometían contra el
pueblo palestino. Convertido por la fuerza del destino en auténtico periodista
curtido en los fragores de los bombardeos y las operaciones de castigo.
Él intentaba remover las conciencias de una sociedad occidental más preocupada
por asuntos banales, una sociedad occidental indiferente al sufrimiento del pueblo
1 7
palestino y que apenas reaccionaba ante las cruentas imágenes que se transmitían
en vivo y en directo. Tampoco los responsables de tomar las decisiones políticas
mostraban ningún interés en detener el humillante castigo colectivo al que se
somete a Gaza; ni el Consejo de Seguridad de la ONU, ni la Unión Europea o los
EE.UU. Todos se mostraban condescendientes con el genocidio cometido por
Israel.
Arrigoni no se cansaba de decir
que la franja de Gaza era la “la
prisión a cielo abierto más grande
del mundo” un inmenso campo de
concentración o el nuevo gueto de
Varsovia para vergüenza de la
humanidad. Sólo había que
observar los muros, las vallas
electrificadas, las cercas de
alambre de púas, los campos
minados que lo rodean. Aparte de
los sofisticados sistemas de control
de seguridad como radares,
satélites, globos sonda y drones
para reforzar su vigilancia.
¿Qué futuro se puede esperar de una existencia bajo el estado de sitio
perpetuo? La única salida es cavar túneles e intentar desesperadamente romper
el bloqueo. Esto es lo más parecido a una ratonera porque a base del terror han
querido deshumanizarlos, despojarlos de su dignidad y decoro. No hay más que
recorrer sus calles y contemplar el paisaje devastador que ha dejado las distintas
ofensivas sionistas: cascotes de piedra, cañerías rotas, hierros retorcidos,
viviendas chamuscadas, edificaciones demolidas, en fin, parece que se hubiera
producido un violento cataclismo al que los agresores llaman eufemísticamente
“daños colaterales” Muchas zonas carecen del suministro de luz o de agua. – Y lo
peor de todo es que los acuíferos de Gaza están completamente contaminados y
no son aptos para el consumo.
La Franja de Gaza con localidades como Gaza capital, Jan Yunis, Deir al-Balah,
Rafah, Jabalia, Beit Hanoun ocupa una extensión de 360 kilómetros cuadrados.
Una superficie que se ha quedado pequeña para acoger una población que
sobrepasa el millón y medio de habitantes. -El 85% de los cuales son refugiados-.
Esto significa que cuenta con la densidad de población más alta del mundo. El
60% de la cual es menor de 21 años. La expectativa de vida ante tanta
marginalidad y miseria no puede ser más desesperanzadora. El deterioro mental
deja sus huellas perennes que tendrán que sobrellevar por el resto de sus días.
Lo cierto es que su supervivencia sería imposible sin el auxilio de las
organizaciones de ayuda humanitaria como la UNRWA, la Media Luna Roja,
1 8
UNICEF, y las distintas ONGs que operan en la zona. Con tasas de desempleo
altísimas y una economía en quiebra son argumentos suficientes para entender el
drama que los aqueja.
El único interés de Israel es el de forzar el colapso del gobierno de Hamas. Gaza es
una “entidad hostil” que debe someterse a sus designios o, de lo contrario, será
domada a sangre y fuego.
Esta demencial agresión provoca también recelos entre las diferentes milicias
palestinas que intentan imponer su ideología o dogmas religiosos. Porque no es
sólo Israel el único enemigo y todos saben que no pueden bajar la guardia.
Arrigoni recibió amenazas de muerte por el simple hecho de ser un ciudadano
italiano, un ciudadano europeo, un cristiano descendiente de los infieles Cruzados.
¿O quizás sería un ateo? un “kafir corruptor” con ese piercing en la ceja y los
tatuajes en su cuerpo no cabía la menor duda ¿bebería alcohol? ¿cortejaría a las
mujeres? Seguro viene a fomentar el libertinaje y el vicio entre la juventud y a
sacarlos del camino recto del Islam. ¿Que se le habrá perdido por aquí?
“Es inaceptable que un extranjero sea el protagonista de la lucha de
liberación Palestina”
Arrigoni fue secuestrado el día 1 4 de abril de 201 1 por un comando del grupo
Tawhid Wal Yihad -un grupo salafista pro al Qaeda -que luchan por establecer un
emirato islámico en Gaza- enfrentado abiertamente con Hamas al que acusan de
moderados- Con el rehén italiano en sus manos exigían a cambio la liberación de
su líder Heshamal al Saeedni y otros militantes yihadistas prisioneros en las
cárceles de Hamas.
Ese mismo día se emite por Internet un vídeo donde muestran a Arrigoni con los
ojos vendados y advierten que lo ejecutarán si no se cumplen sus exigencias. Es
inconcebible esta afrenta contra el hijo adoptivo de Gaza, aquel que orgulloso
enarbola la bandera Palestina, el escudo humano que afirmaba que por sus venas
corría sangre palestina y que con todas la fuerzas de su alma llevó hasta la
extenuación su compromiso solidario.
De madrugada -según los informes policiales- Arrigoni fue ahorcado en un piso del
barrio Sheikh Rudawan y luego su cuerpo abandonado en una vivienda vacía del
barrio Al Karama. Vilmente asesinaron al brigadista internacional, al partisano de
la paz. Con una soga en el cuello le han pagado toda su entrega y lucha libertaria.
Una verdadera tragedia shakespeariana, una obra de un brutal dramatismo que ha
tenido un desenlace diabólico, inaudito y autodestructivo. Y cumplió su palabra al
pie de la letra: sacrificó su vida en el altar de la utopía. Mataron sin ningún
escrúpulo a aquel que asumió Palestina como su propia patria y juró defenderla por
el resto de su vida en una prueba de altruismo supremo que lo dignifica. Como a él
le gustaba decir: “a veces el vencedor simplemente es un soñador que
jamás ha desistido”.
Carlos de Urabá
201 5
1 9
Diz a lenda
o mar é só um
dividido em sete pela hidra
em dois por Tordesilhas
espartilhado em mil pelo
arame farpado que medra
junto às fronteiras
(fosse um país só fronteiras
e era rico em arame farpado
apesar da dificuldade da colheita)
Sete mil
revoltou-se a hidra
sete mil mares
com sete mil nomes
a lenda diz
sete mil mares
se submeterão a
sete mil cabeças
sete mil maria nostra
proibidos uns dos outros
a lenda diz
sete cabeças
proibirão sete mares
a sete povos
sete maria clausa
submetidos a sete setas
diz a lenda
um barco
dois barcos
mil barcos
sete mil cabeças
surgirão a cortar o
arame farpado
a hidra ripostará
diz a lenda
sete mil vezes
e rirá
e diz
a cada barco
sete mil flores
daninhas
nascerão junto
à fronteira
A lenda de
Marianne
Toni
24

Más contenido relacionado

Similar a Mulheres desafiam bloqueio naval a Gaza

Dialogando sobre la verdad y el poder
Dialogando sobre la verdad y el poderDialogando sobre la verdad y el poder
Dialogando sobre la verdad y el poderFabricio Rocha
 
F.Gonzalez Sahara
F.Gonzalez SaharaF.Gonzalez Sahara
F.Gonzalez SaharaDouce Nieto
 
CALENDARIO CÍVICO ESCOLAR MAYO (1).docx
CALENDARIO CÍVICO ESCOLAR   MAYO (1).docxCALENDARIO CÍVICO ESCOLAR   MAYO (1).docx
CALENDARIO CÍVICO ESCOLAR MAYO (1).docxGuillermoLag
 
CALENDARIO CÍVICO ESCOLAR MAYO (1).docx
CALENDARIO CÍVICO ESCOLAR   MAYO (1).docxCALENDARIO CÍVICO ESCOLAR   MAYO (1).docx
CALENDARIO CÍVICO ESCOLAR MAYO (1).docxGuillermoLag
 

Similar a Mulheres desafiam bloqueio naval a Gaza (6)

Dialogando sobre la verdad y el poder
Dialogando sobre la verdad y el poderDialogando sobre la verdad y el poder
Dialogando sobre la verdad y el poder
 
F.Gonzalez Sahara
F.Gonzalez SaharaF.Gonzalez Sahara
F.Gonzalez Sahara
 
CALENDARIO CÍVICO ESCOLAR MAYO (1).docx
CALENDARIO CÍVICO ESCOLAR   MAYO (1).docxCALENDARIO CÍVICO ESCOLAR   MAYO (1).docx
CALENDARIO CÍVICO ESCOLAR MAYO (1).docx
 
CALENDARIO CÍVICO ESCOLAR MAYO (1).docx
CALENDARIO CÍVICO ESCOLAR   MAYO (1).docxCALENDARIO CÍVICO ESCOLAR   MAYO (1).docx
CALENDARIO CÍVICO ESCOLAR MAYO (1).docx
 
Periodico 1
Periodico 1Periodico 1
Periodico 1
 
Taller semana 05 al 09 de noviembre
Taller semana 05 al 09 de noviembreTaller semana 05 al 09 de noviembre
Taller semana 05 al 09 de noviembre
 

Más de GAP

Flyer milton a4
Flyer milton a4Flyer milton a4
Flyer milton a4GAP
 
Puma leaflet-bw-pt
Puma leaflet-bw-ptPuma leaflet-bw-pt
Puma leaflet-bw-ptGAP
 
Folhas Soltas do GAP nº7
Folhas Soltas do GAP nº7Folhas Soltas do GAP nº7
Folhas Soltas do GAP nº7GAP
 
Folhas Soltas do GAP nº10
Folhas Soltas do GAP nº10Folhas Soltas do GAP nº10
Folhas Soltas do GAP nº10GAP
 
Folhas Soltas do GAP nº9
Folhas Soltas do GAP nº9Folhas Soltas do GAP nº9
Folhas Soltas do GAP nº9GAP
 
Folhas Soltas do GAP nº 8
Folhas Soltas do GAP nº 8Folhas Soltas do GAP nº 8
Folhas Soltas do GAP nº 8GAP
 
Folhas Soltas do GAP nº 5
Folhas Soltas do GAP nº 5Folhas Soltas do GAP nº 5
Folhas Soltas do GAP nº 5GAP
 
Folhas Soltas do GAP nº4
Folhas Soltas do GAP nº4Folhas Soltas do GAP nº4
Folhas Soltas do GAP nº4GAP
 
Folhas Soltas do GAP nº3
Folhas Soltas do GAP nº3Folhas Soltas do GAP nº3
Folhas Soltas do GAP nº3GAP
 
Folhas Soltas do GAP nº2
Folhas Soltas do GAP nº2Folhas Soltas do GAP nº2
Folhas Soltas do GAP nº2GAP
 
Gaza 10 years_later_-_11_july_2017
Gaza 10 years_later_-_11_july_2017Gaza 10 years_later_-_11_july_2017
Gaza 10 years_later_-_11_july_2017GAP
 
Folhas soltas-7-haiku
Folhas soltas-7-haikuFolhas soltas-7-haiku
Folhas soltas-7-haikuGAP
 
Carta ao chef avillez
Carta ao chef avillezCarta ao chef avillez
Carta ao chef avillezGAP
 
Colocar algumas peças questão palestiniana
Colocar algumas peças questão palestinianaColocar algumas peças questão palestiniana
Colocar algumas peças questão palestinianaGAP
 
Folhas soltas do gap nº1
Folhas soltas do gap  nº1Folhas soltas do gap  nº1
Folhas soltas do gap nº1GAP
 
A sempiterna questão de um esquecimento selectivo
A sempiterna questão de um esquecimento selectivoA sempiterna questão de um esquecimento selectivo
A sempiterna questão de um esquecimento selectivoGAP
 
Reflexoes sobre o futuro da palestina 3
Reflexoes sobre o futuro da palestina 3Reflexoes sobre o futuro da palestina 3
Reflexoes sobre o futuro da palestina 3GAP
 
Resolucao 273 11 maio 1949
Resolucao 273 11 maio 1949Resolucao 273 11 maio 1949
Resolucao 273 11 maio 1949GAP
 
Reflexoes sobre o futuro da palestina 2
Reflexoes sobre o futuro da palestina 2Reflexoes sobre o futuro da palestina 2
Reflexoes sobre o futuro da palestina 2GAP
 
Reflexoes sobre o futuro da palestina 1
Reflexoes sobre o futuro da palestina 1Reflexoes sobre o futuro da palestina 1
Reflexoes sobre o futuro da palestina 1GAP
 

Más de GAP (20)

Flyer milton a4
Flyer milton a4Flyer milton a4
Flyer milton a4
 
Puma leaflet-bw-pt
Puma leaflet-bw-ptPuma leaflet-bw-pt
Puma leaflet-bw-pt
 
Folhas Soltas do GAP nº7
Folhas Soltas do GAP nº7Folhas Soltas do GAP nº7
Folhas Soltas do GAP nº7
 
Folhas Soltas do GAP nº10
Folhas Soltas do GAP nº10Folhas Soltas do GAP nº10
Folhas Soltas do GAP nº10
 
Folhas Soltas do GAP nº9
Folhas Soltas do GAP nº9Folhas Soltas do GAP nº9
Folhas Soltas do GAP nº9
 
Folhas Soltas do GAP nº 8
Folhas Soltas do GAP nº 8Folhas Soltas do GAP nº 8
Folhas Soltas do GAP nº 8
 
Folhas Soltas do GAP nº 5
Folhas Soltas do GAP nº 5Folhas Soltas do GAP nº 5
Folhas Soltas do GAP nº 5
 
Folhas Soltas do GAP nº4
Folhas Soltas do GAP nº4Folhas Soltas do GAP nº4
Folhas Soltas do GAP nº4
 
Folhas Soltas do GAP nº3
Folhas Soltas do GAP nº3Folhas Soltas do GAP nº3
Folhas Soltas do GAP nº3
 
Folhas Soltas do GAP nº2
Folhas Soltas do GAP nº2Folhas Soltas do GAP nº2
Folhas Soltas do GAP nº2
 
Gaza 10 years_later_-_11_july_2017
Gaza 10 years_later_-_11_july_2017Gaza 10 years_later_-_11_july_2017
Gaza 10 years_later_-_11_july_2017
 
Folhas soltas-7-haiku
Folhas soltas-7-haikuFolhas soltas-7-haiku
Folhas soltas-7-haiku
 
Carta ao chef avillez
Carta ao chef avillezCarta ao chef avillez
Carta ao chef avillez
 
Colocar algumas peças questão palestiniana
Colocar algumas peças questão palestinianaColocar algumas peças questão palestiniana
Colocar algumas peças questão palestiniana
 
Folhas soltas do gap nº1
Folhas soltas do gap  nº1Folhas soltas do gap  nº1
Folhas soltas do gap nº1
 
A sempiterna questão de um esquecimento selectivo
A sempiterna questão de um esquecimento selectivoA sempiterna questão de um esquecimento selectivo
A sempiterna questão de um esquecimento selectivo
 
Reflexoes sobre o futuro da palestina 3
Reflexoes sobre o futuro da palestina 3Reflexoes sobre o futuro da palestina 3
Reflexoes sobre o futuro da palestina 3
 
Resolucao 273 11 maio 1949
Resolucao 273 11 maio 1949Resolucao 273 11 maio 1949
Resolucao 273 11 maio 1949
 
Reflexoes sobre o futuro da palestina 2
Reflexoes sobre o futuro da palestina 2Reflexoes sobre o futuro da palestina 2
Reflexoes sobre o futuro da palestina 2
 
Reflexoes sobre o futuro da palestina 1
Reflexoes sobre o futuro da palestina 1Reflexoes sobre o futuro da palestina 1
Reflexoes sobre o futuro da palestina 1
 

Último

APOS - Global Médica SA: Contrato de prestación de servicios farmacéuticos
APOS - Global Médica SA: Contrato de prestación de servicios farmacéuticosAPOS - Global Médica SA: Contrato de prestación de servicios farmacéuticos
APOS - Global Médica SA: Contrato de prestación de servicios farmacéuticosEduardo Nelson German
 
Pronunciamiento de Mujeres en defensa de la Ley 348
Pronunciamiento de Mujeres en defensa de la Ley 348Pronunciamiento de Mujeres en defensa de la Ley 348
Pronunciamiento de Mujeres en defensa de la Ley 348Erbol Digital
 
El abogado de los Arrieta se queja ante la embajada de España por la presenci...
El abogado de los Arrieta se queja ante la embajada de España por la presenci...El abogado de los Arrieta se queja ante la embajada de España por la presenci...
El abogado de los Arrieta se queja ante la embajada de España por la presenci...20minutos
 
COMUNICADO CNE-CAMPAÑA Y PROPAGANDA ELECTORAL 20240423.pdf
COMUNICADO CNE-CAMPAÑA Y PROPAGANDA ELECTORAL 20240423.pdfCOMUNICADO CNE-CAMPAÑA Y PROPAGANDA ELECTORAL 20240423.pdf
COMUNICADO CNE-CAMPAÑA Y PROPAGANDA ELECTORAL 20240423.pdfAndySalgado7
 
PRECIOS_M_XIMOS_VIGENTES_DEL_28_DE_ABRIL_AL_4_DE_MAYO_DE_2024.pdf
PRECIOS_M_XIMOS_VIGENTES_DEL_28_DE_ABRIL_AL_4_DE_MAYO_DE_2024.pdfPRECIOS_M_XIMOS_VIGENTES_DEL_28_DE_ABRIL_AL_4_DE_MAYO_DE_2024.pdf
PRECIOS_M_XIMOS_VIGENTES_DEL_28_DE_ABRIL_AL_4_DE_MAYO_DE_2024.pdfredaccionxalapa
 
Aviso de pago de Títulos Públicos de La Rioja
Aviso de pago de Títulos Públicos de La RiojaAviso de pago de Títulos Públicos de La Rioja
Aviso de pago de Títulos Públicos de La RiojaEduardo Nelson German
 
Denuncia en la Justicia Federal por la salud en La Rioja
Denuncia en la Justicia Federal por la salud en La RiojaDenuncia en la Justicia Federal por la salud en La Rioja
Denuncia en la Justicia Federal por la salud en La RiojaEduardo Nelson German
 
Ampliación de denuncia del Fiscal Federal por medicamentos en La Rioja
Ampliación de denuncia del Fiscal Federal por medicamentos en La RiojaAmpliación de denuncia del Fiscal Federal por medicamentos en La Rioja
Ampliación de denuncia del Fiscal Federal por medicamentos en La RiojaEduardo Nelson German
 
Dictaduras de Bolivia a lo largo de su historia
Dictaduras de Bolivia a lo largo de su historiaDictaduras de Bolivia a lo largo de su historia
Dictaduras de Bolivia a lo largo de su historiaLauraCardenas882684
 
Estudio de opinión a nivel nacional (16.04.24) Publicación.pdf
Estudio de opinión a nivel nacional (16.04.24) Publicación.pdfEstudio de opinión a nivel nacional (16.04.24) Publicación.pdf
Estudio de opinión a nivel nacional (16.04.24) Publicación.pdfmerca6
 
La Justicia Federal no le hizo lugar a medida del Intendente de La Rioja cont...
La Justicia Federal no le hizo lugar a medida del Intendente de La Rioja cont...La Justicia Federal no le hizo lugar a medida del Intendente de La Rioja cont...
La Justicia Federal no le hizo lugar a medida del Intendente de La Rioja cont...Eduardo Nelson German
 
La lettera di pedro Sanchez che annuncia una "pausa"
La lettera di pedro Sanchez che annuncia una "pausa"La lettera di pedro Sanchez che annuncia una "pausa"
La lettera di pedro Sanchez che annuncia una "pausa"Ilfattoquotidianoit
 
Ente de Coordinación Operativa de Servicios en la Capital
Ente de Coordinación Operativa de Servicios en la CapitalEnte de Coordinación Operativa de Servicios en la Capital
Ente de Coordinación Operativa de Servicios en la CapitalEduardo Nelson German
 
Investigaciones en curso por maniobras con recetas falsas de insulina y tiras...
Investigaciones en curso por maniobras con recetas falsas de insulina y tiras...Investigaciones en curso por maniobras con recetas falsas de insulina y tiras...
Investigaciones en curso por maniobras con recetas falsas de insulina y tiras...Eduardo Nelson German
 
Comoeuropasubdesarrolloaafricawakter.es.pdf
Comoeuropasubdesarrolloaafricawakter.es.pdfComoeuropasubdesarrolloaafricawakter.es.pdf
Comoeuropasubdesarrolloaafricawakter.es.pdfLorenzo Lemes
 
Boletin semanal informativo 16 Abril 2024
Boletin semanal informativo 16 Abril 2024Boletin semanal informativo 16 Abril 2024
Boletin semanal informativo 16 Abril 2024Nueva Canarias-BC
 
maraton atenas veracruzana 2024 calles rutas.pdf
maraton atenas veracruzana 2024 calles rutas.pdfmaraton atenas veracruzana 2024 calles rutas.pdf
maraton atenas veracruzana 2024 calles rutas.pdfredaccionxalapa
 

Último (18)

APOS - Global Médica SA: Contrato de prestación de servicios farmacéuticos
APOS - Global Médica SA: Contrato de prestación de servicios farmacéuticosAPOS - Global Médica SA: Contrato de prestación de servicios farmacéuticos
APOS - Global Médica SA: Contrato de prestación de servicios farmacéuticos
 
Pronunciamiento de Mujeres en defensa de la Ley 348
Pronunciamiento de Mujeres en defensa de la Ley 348Pronunciamiento de Mujeres en defensa de la Ley 348
Pronunciamiento de Mujeres en defensa de la Ley 348
 
El abogado de los Arrieta se queja ante la embajada de España por la presenci...
El abogado de los Arrieta se queja ante la embajada de España por la presenci...El abogado de los Arrieta se queja ante la embajada de España por la presenci...
El abogado de los Arrieta se queja ante la embajada de España por la presenci...
 
LA CRÓNICA COMARCA DE ANTEQUERA _ Nº 1078
LA CRÓNICA COMARCA DE ANTEQUERA _ Nº 1078LA CRÓNICA COMARCA DE ANTEQUERA _ Nº 1078
LA CRÓNICA COMARCA DE ANTEQUERA _ Nº 1078
 
COMUNICADO CNE-CAMPAÑA Y PROPAGANDA ELECTORAL 20240423.pdf
COMUNICADO CNE-CAMPAÑA Y PROPAGANDA ELECTORAL 20240423.pdfCOMUNICADO CNE-CAMPAÑA Y PROPAGANDA ELECTORAL 20240423.pdf
COMUNICADO CNE-CAMPAÑA Y PROPAGANDA ELECTORAL 20240423.pdf
 
PRECIOS_M_XIMOS_VIGENTES_DEL_28_DE_ABRIL_AL_4_DE_MAYO_DE_2024.pdf
PRECIOS_M_XIMOS_VIGENTES_DEL_28_DE_ABRIL_AL_4_DE_MAYO_DE_2024.pdfPRECIOS_M_XIMOS_VIGENTES_DEL_28_DE_ABRIL_AL_4_DE_MAYO_DE_2024.pdf
PRECIOS_M_XIMOS_VIGENTES_DEL_28_DE_ABRIL_AL_4_DE_MAYO_DE_2024.pdf
 
Aviso de pago de Títulos Públicos de La Rioja
Aviso de pago de Títulos Públicos de La RiojaAviso de pago de Títulos Públicos de La Rioja
Aviso de pago de Títulos Públicos de La Rioja
 
Denuncia en la Justicia Federal por la salud en La Rioja
Denuncia en la Justicia Federal por la salud en La RiojaDenuncia en la Justicia Federal por la salud en La Rioja
Denuncia en la Justicia Federal por la salud en La Rioja
 
Ampliación de denuncia del Fiscal Federal por medicamentos en La Rioja
Ampliación de denuncia del Fiscal Federal por medicamentos en La RiojaAmpliación de denuncia del Fiscal Federal por medicamentos en La Rioja
Ampliación de denuncia del Fiscal Federal por medicamentos en La Rioja
 
Dictaduras de Bolivia a lo largo de su historia
Dictaduras de Bolivia a lo largo de su historiaDictaduras de Bolivia a lo largo de su historia
Dictaduras de Bolivia a lo largo de su historia
 
Estudio de opinión a nivel nacional (16.04.24) Publicación.pdf
Estudio de opinión a nivel nacional (16.04.24) Publicación.pdfEstudio de opinión a nivel nacional (16.04.24) Publicación.pdf
Estudio de opinión a nivel nacional (16.04.24) Publicación.pdf
 
La Justicia Federal no le hizo lugar a medida del Intendente de La Rioja cont...
La Justicia Federal no le hizo lugar a medida del Intendente de La Rioja cont...La Justicia Federal no le hizo lugar a medida del Intendente de La Rioja cont...
La Justicia Federal no le hizo lugar a medida del Intendente de La Rioja cont...
 
La lettera di pedro Sanchez che annuncia una "pausa"
La lettera di pedro Sanchez che annuncia una "pausa"La lettera di pedro Sanchez che annuncia una "pausa"
La lettera di pedro Sanchez che annuncia una "pausa"
 
Ente de Coordinación Operativa de Servicios en la Capital
Ente de Coordinación Operativa de Servicios en la CapitalEnte de Coordinación Operativa de Servicios en la Capital
Ente de Coordinación Operativa de Servicios en la Capital
 
Investigaciones en curso por maniobras con recetas falsas de insulina y tiras...
Investigaciones en curso por maniobras con recetas falsas de insulina y tiras...Investigaciones en curso por maniobras con recetas falsas de insulina y tiras...
Investigaciones en curso por maniobras con recetas falsas de insulina y tiras...
 
Comoeuropasubdesarrolloaafricawakter.es.pdf
Comoeuropasubdesarrolloaafricawakter.es.pdfComoeuropasubdesarrolloaafricawakter.es.pdf
Comoeuropasubdesarrolloaafricawakter.es.pdf
 
Boletin semanal informativo 16 Abril 2024
Boletin semanal informativo 16 Abril 2024Boletin semanal informativo 16 Abril 2024
Boletin semanal informativo 16 Abril 2024
 
maraton atenas veracruzana 2024 calles rutas.pdf
maraton atenas veracruzana 2024 calles rutas.pdfmaraton atenas veracruzana 2024 calles rutas.pdf
maraton atenas veracruzana 2024 calles rutas.pdf
 

Mulheres desafiam bloqueio naval a Gaza

  • 1.
  • 2. Em 2015, quando o Marianne Av. Gotenborg atracou na Marinha da Expo em Lisboa, um grupo de mulheres falou da ideia e alimentou o entusiasmo de se fretar um barco para Gaza só com mulheres. O entusiasmo foi crescendo e formulou-se algo concreto. Assim, a Coligação da Flotilha da Liberdade, com Mulheres rumo a Gaza, procura levar uma mensagem de esperança e solidariedade ao povo de Gaza. O Grupo Acção Palestina associa-se a este apelo e manifesta o seu apoio à tripulação. Na página seguinte, está a tradução do apelo ao apoio. desenho: Lara Apelo à Flotilha Mulheres Rumo a Gaza Flotilha da Liberdade III Natacha Desenho Teresa Cabral Vittorio Arrigoni, el sacrificio supremo en honor a Palestina Carlos de Urabá A lenda de Marianne Toni 3 5 9 10 19 Nº especial de apoio à FLOTILHA MULHERES RUMO A GAZA índice
  • 3. 3 Apoio à Flotilha Mulheres Rumo a Gaza (Women's Boat to Gaza) AColigação da Flotilha da Liberdade levará uma mensagem de esperança e solidariedade ao povo de Gaza. Em 201 6, com a Flotilha Mulheres Rumo a Gaza, mulheres de todas as partes do mundo far-se-ão ao mar para salientar o papel importante desempenhado pelas mulheres palestinas na luta do seu povo. A nossa inspiração vem-nos do inquebrável espírito das mulheres de Gaza, Cisjordânia, da Palestina ocupada em 1 948 e da diáspora.Há uma década que Gaza sofre de um bloqueio israelita. Durante estes anos todos, Israel lançou incontáveis ataques contra uma população sitiada, convertendo as vidas das pessoas num pesadelo e numa continua luta. As guerras não só invadiram as economias, mercados e território de Gaza, mas também invadiram e assaltaram lares, famílias, escolas e museus, destruindo civilização, património, cultura, memoria e esperanças. Com o lançamento das Flotilhas da Liberdade e outras missões navais denunciamos a passividade e a cumplicidade da comunidade internacional e procuramos chamar a atenção internacional para o sofrimento e resistência do povo palestino. A Flotilha Mulheres Rumo a Gaza não só procura desafiar o bloqueio israelita, mas também manifestar solidariedade e levar uma mensagem de esperança ao povo palestino. Com o apoio de eventos organizados por mulheres, homens, organizações não governamentais, grupos da sociedade civil e colectivos do mundo inteiro faremos com que isto seja uma realidade. 2016
  • 4. Dar publicamente apoio ao WBG (Flotilha Mulheres Rumo a Gaza) mediante uma declaração do vosso grupo ou organização. Organizar eventos locais em apoio ao WBG (Flotilha Mulheres Rumo a Gaza). Formar grupos de trabalho. Fazer doações monetárias à nossa iniciativa. 4 Este apaixonante projecto foi lançado em todo o mundo no Dia Internacional da Mulher, a 8 de Março de 201 6, e gostaríamos que te juntasses a esta campanha. Há vários anos que pedimos a solidariedade da sociedade civil para com a resistência palestina, assim como uma reacção coerente por parte dos governos do ocidente, assim apelamos a uma participação activa de indivíduos e grupos nesta nova campanha. Por favor, contacta-nos: colabora@rumboagaza.org para nos dizer qual a vossa contribuição! Coligação Internacional da Flotilha da Liberdade: http://freedomflotilla.org Rumbo a Gaza: http://rumboagaza.org BDS Galiza: http://www.bds-galiza.org Em solidariedade Contamos com a vossa ajuda para:
  • 5. O bloqueio desumano imposto ilegalmente pelo Estado de Israel e sustentado pelo Egipto à Faixa de Gaza desde 2007, nega aos palestinianos os seus direitos humanos básicos e impede um desenvolvimento justo e sustentável para a paz na região, em contradição com o direito internacional. Priva os palestinianos do direito de liberdade de circulação de pessoas e bens, impedindo o acesso às suas terras agrícolas, limitando a zona de pesca à seis milhas da costa e bloqueando a possibilidade de exportação e importação de mercadorias o que, no seu conjunto, impossibilita o seu auto-sustento, o direito à assistência médica, o acesso a medicamentos, materiais de construção, água potável e à educação e intercâmbio cultural. lotilha da Liberdade III Breve panorâmica do bloqueio à Faixa de Gaza 5 Acção solidária para pôr fim ao bloqueio marítimo à Faixa de Gaza Perante a inacção dos governos internacionais e a indiferença dos mídia, resta à sociedade civil defender os direitos humanos que constantemente nos querem fazer acreditar que não existem. Assim surge a Internacional Freedom Flotilla Coalition que é um movimento de base humanitária, composto de pessoas de todo o mundo que trabalham juntas para acabar com o bloqueio marítimo imposto a Gaza. Foi formada em 2009 a fim de coordenar acções e inúmeras campanhas locais que juntaram esforços contra o bloqueio, iniciando a preparação do envio de uma (das muitas que continuarão a desafiar o bloqueio a Gaza até que o mesmo seja retirado) frota de barcos rumo a Gaza. As acções da Flotilha da Liberdade contra o bloqueio são sempre regidas pelos princípios da não violência e da resistência não violenta. Como a situação humanitária em Gaza continua a deteriorar-se, os pescadores palestinianos são submetidos diariamente à violência do exército sionista, vendo os seus barcos a serem confiscados ou destruídos, sendo insultados, humilhados, agredidos, presos, baleados e muitos deles assassinados. O Estado de Israel continua a não ser responsabilizado pelo bárbaro ataque cometido contra a Faixa de Gaza no verão de 201 4 e os governos internacionais ocidentais, que pelo seu F
  • 6. 6 silêncio e colaboração se tornam também cúmplices deste acto criminoso, não cumprem com as obrigações que assumiram com Gaza após o último ataque. A Freedom Flotilla Coalition lançou a campanha Open Port Gaza enviando mais uma frota de barcos, a Flotilha da Liberdade III, que navegou rumo a Gaza durante os meses de Maio e Junho deste ano (201 5). Desta vez, a Flotilha da Liberdade utilizou uma estratégia um pouco diferente das anteriores- era composta por quatro barcos mas só um é que tentaria chegar a Gaza, enquanto os outros três o acompanhariam até um um determinado ponto seguro no Mediterrâneo, voltando de seguida aos seus portos de origem. Marianne av Göteborg, uma traineira pesqueira adquirida conjuntamente por Ship to Gaza Sweden e Ship to Gaza Norway, além de transportar um painel solar para ajudar a aliviar o grave problema de electricidade em Gaza e algum equipamento médico, transportava-se a si própria, pois a ideia era oferecer a traineira aos pescadores palestinianos. Marianne, partiu do seu porto de origem no dia 1 0 de Maio em direcção ao leste do Mediterrâneo para se juntar aos outros três barcos (Juliano II, Rachel e Vittorio); a sua tripulação estava composta por cinco pessoas sensíveis e corajosas, activistas pelos direitos humanos para todas. Fez várias paragens pela Europa que serviram para receber jornalistas, artistas, figuras políticas, activistas e todas as pessoas interessadas em desafiar o desumano bloqueio e ao mesmo tempo, divulgar, através de demonstrações e manifestações, as consequências do mesmo. No dia 26 de Junho, os quatro barcos saíram dos seus portos finais europeus, navegando em águas internacionais directamente para águas palestinas, a fim de, através de resistência não-violenta, desafiar o bloqueio ilegal. A bordo da Flotilha
  • 7. 7 da Liberdade III encontravam-se cerca de 50 activistas pelos direitos humanos, jornalistas, artistas e figuras políticas que representam 1 7 países. Mais dois barcos se prepararam para navegar com Marianne mas não conseguiram pois foram alvos de sabotagem, perdão, o nome dado pelos mídia e pelos governos é “falhas técnicas”. Em Gaza, o povo palestino esperançado aguardava por Marianne, que previa chegar à Faixa em apenas alguns dias. Sabendo do historial de terrorismo perpetuado pelo estado sionista e tendo na memória o ataque ao Mavi Marmara, um dos barcos que navegou na I Flotilha da Liberdade em 201 0, que vitimou 1 0 activistas quando os soldados abordaram violentamente o barco em águas internacionais, foram feitos vários apelos aos governos internacionais ocidentais a fim de assegurarem a protecção de todas as pessoas que se encontravam a bordo da Flotilha da Liberdade III, que corajosamente arriscaram a sua integridade física e até a própria vida por uma causa mais que justa - por direitos humanos iguais para todos. A última comunicação com Marianne foi na madrugada de dia 29 de Junho. 1 8 pessoas desarmadas a bordo. A traineira encontrava-se em águas internacionais, desenho:Lara
  • 8. 8 a 1 00 milhas náuticas da Faixa de Gaza, cercada por três navios da marinha de Israel. Entre a 1 h e as 6h da madrugada, mais uma vez, o exército israelense viola o direito internacional marítimo praticando mais um acto de agressiva pirataria, perdão, foi chamado de “acção sem incidentes”. Marianne e as 1 8 pessoas a bordo foram sequestradas e obrigadas a ir para o porto militar israelense de Ashdod para, de seguida. serem levadas para a prisão de Givon. Durante o assalto, a tripulação foi agredida, humilhada e ameaçada. Os outros três barcos que acompanhavam Marianne, voltaram aos seus portos de origem. Com excepção das figuras políticas que foram rapidamente deportadas, os cinco tripulantes, os jornalistas, artistas e activistas, apenas foram deportados entre dia 1 e 6 de Julho em pequenos grupos. A traineira, que é o resultado de muito e longo trabalho e dedicação da tripulação e outras pessoas solidárias, permanece apreendida pelo estado sionista. A Flotilha da liberdade III não chegou ao porto de Gaza mas a Freedom Flotilla Coalition não vai desistir e vai continuar a navegar até que o bloqueio ilegal seja retirado, que o estado de Israel cumpra com a lei internacional e seja condenado pelos actos terrorista praticados contra a população palestiniana. O bloqueio brutal continua mas a resistência também; cabe à sociedade civil exigir aos governos de todo o mundo e às organizações internacionais que façam cumprir a lei internacional, que o estado sionista seja condenado por violação da IV Convenção de Genebra relativa à protecção das pessoas civis em tempo de guerra e que seja aplicada a Resolução 242 da ONU onde se afirma que, para se estabelecer uma solução justa e se alcançar uma paz duradoura no Médio Oriente, é necessária a retirada militar israelense dos territórios palestinos ocupados, a cessação de todas as reivindicações ou estados de beligerância e respeito e reconhecimento da soberania, integridade territorial e independência política de cada estado na área e seu direito de viver em paz dentro de fronteiras seguras e reconhecidas, livres de ameaças ou actos de força. Também se afirma a necessidade de garantir a liberdade de navegação através de cursos de águas internacionais na área e alcançar uma solução justa para o problema dos refugiados. O povo palestino tem direito à autodeterminação. Natacha Porto, 201 5
  • 10. 1 0 ittorio Arrigoni, el sacrificio supremo en honor a Palestina Se cumplen cuatro años de su asesinato a manos de un comando salafista en Gaza V En la tragedia de Palestina hay un capítulo que no se debe pasar por alto por su irracional crudeza. Si Romeo y Julieta es una historia de amor eterno la de Vittorio Arrigoni con Palestina también tiene un grado de intensidad y de pasión inverosímil. Esto es algo aún más sublime pues no estamos hablando del amor por una mujer o una persona en concreto sino a todo un pueblo. En esta obra de teatro el escenario está lleno de cadáveres y no asistiremos a un final feliz. ¡Tanta muerte inútil! ¿Moriremos de hambre y pobreza o por los bombardeos que nos obsequiarán cada vez que haya que hacer una limpia de “terroristas”? Porque Israel ha diseñado una estrategia para demostrarle al mundo que los palestinos merecen ser aniquilados. Gaza es la aplicación minuciosa de una tecnología de exterminio lento. El lugar preferido de los gazatíes no puede ser otro que la playa. Allí el horizonte infinito del mar Mediterráneo al menos les sirve de consuelo para sobrellevar la pesada condena. En especial los viernes, después del salat yuma, cientos de familias se reúne a tomar el sol en la arena blanca donde extienden sus esteras y se sientan a compartir la comida; fuman la arguila, juegan a las cartas o se bañan en la playa. Según la época del año los niños elevan sus cometas que revolotean en el cielo junto a las gaviotas. Gaza ha sido calificada como una “entidad hostil” y el ejército sionista ha impuesto un férreo bloqueo que los mantiene completamente aislados del mundo. Aunque en el año 2008 se produjo un hecho excepcional cuando el barco Dignity de la campaña “Free Gaza” consiguió entrar de forma clandestina en la franja. A bordo del mismo y haciendo parte de un grupo de activistas del IMS se encontraba el cooperante italiano Vittorio Arrigoni. Arrigoni nació en Besana, pero residía con su familia en Bulciago provincia de Lecco (Lombardia). Desde muy temprana edad -según sus allegados- comenzó a manifestar una personalidad rebelde y contestataria que lo marcarían para el resto de su vida. Al fin y al cabo su abuela había empuñado las armas para unirse a las filas de los partisanos en la resistencia contra los Nazis en la II Guerra mundial. Entre sus lecturas preferidas se destaca el libro “Homenaje a Cataluña” del escritor inglés George Orwell en el que relata sus experiencias como voluntario en las Brigadas internacionales durante la Guerra Civil española. Él se sentía heredero del espíritu de los brigadistas, heredero de aquellos luchadores que defendían sin
  • 11. 1 1 reservas los ideales libertarios. En la escuela donde cursó sus estudios bien hubiera podido elegir entre ser sacerdote o misionero, pero a él no lo impulsaba ningún sentimiento religioso, sino más bien la filosofía humanista que no necesita de un Dios o una teología para justificar sus actos. En todo caso a él le enseñaron que debía integrarse en el seno de una sociedad italiana, ocupar un lugar en la cadena de producción, competir por un buen trabajo, por un buen salario, velar por sus intereses personales y forjarse un porvenir exitoso. Pero nada de esto lo sedujo y prefirió renunciar a las ambiciones materialistas para entregarse de cuerpo y alma a la causa de los pueblos oprimidos del Tercer Mundo. No sabemos muy bien que lo llevó a enamorarse de una manera tan apasionada de Palestina. El caso es que cuando en el 2002 visitó Cisjordania para colaborar con la ONG IPYL sufrió un súbito deslumbramiento. Recordemos que en el 2003 el ejército israelí asesinó cobardemente a Rachel Corrie y unos meses más tarde a Tom Hurndall, ambos miembros del ISM que realizaban labores humanitarias en Gaza. Arrigoni a partir de esos trágicos sucesos quedó muy impresionado y prometió que él iba a recoger el testigo de sus compañeros. Arrigoni sentía gran admiración por aquellos valerosos niños y adolescentes que a punta de pedradas y cócteles molotov enfrentaban a los tanques y a los soldados sionistas. A pesar de saberse en inferioridad de condiciones persistían en el empeño de resistir hasta las últimas consecuencias. Desde su posición de activista humanitario asumió el compromiso de denunciar al mundo todos los abusos cometidos por las fuerzas de ocupación que por ningún motivo podían quedar impunes. Pronto fue fichado por los agentes del Shin Bet e incluido en la lista negra del Ministerio del Interior. En el año 2005 cuando pretendía ingresar en los territorios ocupados por el paso fronterizo de Allemby es expulsado por lo aduaneros judíos aduciendo que “su presencia en Cisjordania representaba un peligro para la seguridad de Israel”. En ese momento sufrió un golpe emocional terrible pues eso significaba que jamás podría regresar a Palestina. La franja de Gaza ha tenido a lo largo de la historia un gran valor estratégico por
  • 12. 1 2 encontrarse en ese cruce de caminos entre Asia, norte de África y Europa. Por aquí han pasado muchos pueblos y civilizaciones: egipcios, los griegos, romanos, bizantinos, mongoles, árabes, mamelucos, turcos, británicos. Siempre fue una zona muy conflictiva en la que se libraron batallas para hacerse con su dominio. Gaza desde la más remota antigüedad destacó como un importante puerto comercial y estación principal de las caravanas que transportaban viajeros y mercancías por Medio Oriente. Pero con la apertura del canal de Suez y los medios modernos de transporte comenzó su decadencia. En la época bizantina se la describía como una fértil planicie en la que se cultivaban frutales, trigo y viñedos. Durante el Imperio Otomano tuvo un gran florecimiento y prosperidad como se puede observar en los magníficos edificios que se conservan de aquella época (mezquita Al Omari, Qsar El Basha, Al Sayed). En el trascurso de la Primera Guerra Mundial se libró la decisiva III batalla de Gaza entre las tropas británicas al mando del general Allemby y el ejército otomano aliado del imperio alemán. Al final los turcos caen vencidos y a partir de entonces Gaza pasa a formar parte del mandato británico de Palestina. Al estallar la guerra árabe-israelí en 1 948 la Liga Árabe proclama la yihad y Egipto invade Gaza con la intención de avanzar en dirección a Tel Aviv y Beersheva. Pero el ejército judío los rechaza y tienen que replegarse en la franja para afianzar sus líneas defensivas. Con la firma del armisticio de Rodas en 1 949 Gaza queda oficialmente a manos de la administración egipcia. A los cientos de miles de refugiados palestinos que vinieron a buscar asilo no se les reconoce la nacionalidad egipcia y sus derechos se ven seriamente restringidos. En el año 1 956 el presidente Abdel Nasser, insigne líder del panarabismo, nacionaliza el canal de Suez. Este hecho desata la guerra del Sinaí con la intervención de las fuerzas anglo-francesas. El ejército sionista, que firmó un pacto secreto con las dos potencias, invade Gaza y en el desarrollo de la operación Kadesh (el desbloqueo del estrechó de Tirán) fusila en Khan Younis a 257 jóvenes palestinos, y en Rafah a otros 1 1 1 acusándolos de pertenecer a los fedayines. Pero el acontecimiento clave y definitivo sin lugar a dudas se produce en la Guerra de los Seis Días en 1 967. Los ejércitos árabes caen derrotados e Israel asume el control no sólo de la franja, sino también de la península del Sinaí, Cisjordania y los altos del Golán. En 1 979 con la firma de los acuerdos de paz de Camp David entre Israel y Egipto la situación geopolítica de la región cambia por completo. Egipto renuncia al panarabismo, reconoce la existencia de Israel y recupera la península del Sinaí. Igualmente se aleja de la órbita Soviética para caer en brazos del imperialismo norteamericano. Tal y como lo estípula el tratado de paz Egipto debe garantizar la seguridad de Israel y desplegar una fuerza militar en la frontera entre Gaza y el Sinaí. Además ambos países están obligados a trabajar en conjunto con el objetivo de combatir la
  • 13. 1 3 amenaza del terrorismo, el contrabando de armas y el tráfico de inmigrantes ilegales. En el año de 1 987 un camión judío mata en Gaza a cuatro palestinos y este lamentable suceso será el desencadenante de la primera intifada -que también se extenderá a Cisjordania- Es a partir de entonces que la escalada bélica sionista irá in crescendo hasta transformarse en un holocausto. La población de Gaza lejos de amilanarse ejerce su legítimo derecho a la resistencia. En el año 1 987 la radicalización llega a su punto más álgido y se funda el movimiento islamista Hamas que lanza un llamado a la yihad en defensa de la soberanía patria. Vittorio Arrigoni poseía ese espíritu soñador y romántico propio de aquellos revolucionarios que desean cambiar el mundo a cualquier precio. Tal vez pretendía imitar la figura de Martin Luther King, de Mandela o de Gandhi. Ese joven utópico estaba empeñado en aplicar la resistencia no violenta y el pacifismo activo y voluntariamente ocupó el puesto más sacrificado en primera línea de fuego. Con un desprecio absoluto por su vida en una demostración de amor supremo hacia una tierra extraña que él había asumido como propia. “Rompamos el bloqueo” fue la consigna de los activistas internacionales de la campaña Free Gaza que a bordo del barco Dignity pretendían entrar en la franja por vía marítima. Entre ellos se encontraba Arrigoni que después de ser deportado de Cisjordania comprendió que la única manera de retornar a Palestina sería de forma clandestina. El 20 de diciembre de 2008 los tripulantes del Dignity consiguieron romper el bloqueo naval impuesto por Israel –que duraba desde 1 967- . Un día histórico que congregó a miles de gazatíes en el puerto para brindarles una calurosa bienvenida. Esos extranjeros les devolvían la esperanza, les levantaba la moral, no estaban solos pues desde occidente llegaba un puñado de activistas dispuestos a sumarse a su causa. Unos días después de que el Dignity cargado de ayuda humanitaria lograra burlar el bloqueo comienza la operación “Plomo Fundido” como respuesta al lanzamiento indiscriminado de cohetes por parte de Hamas y la Yihad Islámica. El ejército de Israel entre diciembre del 2008 y enero del 2009 castiga sin piedad por tierra, mar y aire la franja con un diluvio de bombas de racimo, bombas de fósforo, proyectiles de uranio empobrecido, misiles, y fuego graneado de artillería. Arrigoni como era de esperar se dedica de tiempo completo a ayudar a los médicos y enfermeros a recoger a los heridos y trasladarlos en ambulancias a los hospitales. No hay calificativos para elogiar su entrega solidaria pues en los momentos más críticos jamás bajó la guardia ¿Quién puede permanecer pasivo al contemplar la morgue repleta de cadáveres, los heridos agonizantes en la mesa de operaciones o los niños descuartizados a bombazos? Para él Gaza simbolizaba una segunda Guernica puesto que las escenas de muerte y destrucción que contemplaba eran las mismas que inspiraron a Pablo
  • 14. 1 4 Picasso para pintar su célebre cuadro. Es difícil comprender el comportamiento de este italiano que asumía en carne propia todo su sufrimiento, toda su angustia y orfandad. Porque él de alguna manera quería redimirlos, liberarlos del terror en una infructuosa búsqueda de la libertad y la justicia. Perteneciente a la era de una juventud nihilista subordinada por completo a las leyes del capitalismo prefirió renunciar a una existencia relajada allá en su Italia natal. La bella Italia que tanto admiran los turistas, un país del primer mundo donde no le faltaba nada y podría gozar sin sobresaltos de los parabienes de la sociedad de consumo. Israel utiliza la táctica de la guerra preventiva, de los asesinatos selectivos, -según los expertos- operaciones quirúrgicas que tienen el propósito de descabezar a los líderes y hundirlos en el caos. Gaza es como un campo de tiro donde experimentan con nuevos tipos de armas sobre la población civil a la que han convertido en conejillos de indias. La música de Gaza es el llanto desconsolado de los padres y las madres, de los hermanos, de las viudas o los huérfanos; no hay más que gritos de rabia y de dolor por doquiera que uno vaya. Las oraciones por los difuntos que son trasladados en andas a los cementerios por las multitudes nos rompen el corazón. Un continuo cortejo fúnebre donde la gente sólo pronuncia la palabra venganza. ¡Venganza en el nombre de Allah! No existe resignación ni conformismo ¡Ni una lágrima más, dame un arma! De ahí que el único deseo de muchos jóvenes sea engrosar las filas de la resistencia dispuestos al martirio. Han decidido que la mejor manera de protestar es forrarse de explosivos e inmolarse en honor a la patria. Porque su patria ha sido devastada, no ha quedado piedra sobre piedra. Los cazas y helicópteros sionistas han destruido edificios públicos, escuelas, universidades, oficinas gubernamentales, hospitales, mezquitas, plantas desalinizadoras, centrales eléctricas, sistemas de riego; han arrasado miles de hectáreas de cultivo, árboles frutales, olivares. Cualquier resquicio de vida intentan cegarlo de raíz. Es entonces cuando Arrigoni junto a otros compañeros del ISM deciden asumir la condición de “escudos humanos” ¿escudos humanos? Sí. Como único método válido de proteger a los pescadores o agricultores de las agresiones del ejército israelí. Ellos sabían de antemano el riesgo que corrían porque a los soldados no les
  • 15. 1 5 temblaba el pulso a la hora de disparar contra los presuntos “terroristas” que se les atravesaban en su camino. Los voluntarios con gran valor y coraje se colocaban un chaleco reflectante y con un megáfono en mano advertían a las patrullas del Tzahal a que se abstuvieran de disparar sobre los indefensos trabajadores. Con el fin de documentar cualquier incidente fotografiaban o filmaban con sus cámaras el desarrollo de sus actividades diarias. Ya se había producido gran cantidad de asesinatos y detenciones arbitrarias al violar los jornaleros la zona de exclusión que es donde están las tierras más fértiles. De acuerdo a las leyes internacionales los pescadores de Gaza tienen derecho faenar a 20 millas de la costa. Pero el gobierno israelí, por motivos de seguridad, lo limita a tan sólo tres millas. Una decisión arbitraria que les impide alcanzar los caladeros más productivos pues Israel intenta boicotear este importante rubro económico de la franja. Arrigoni acompañaba a la tripulación de los barcos de pesca que salían a faenar colocándose en la proa empuñando una bandera palestina. Así avisaba la presencia de los activistas del ISM para que las patrulleras de la armada israelí no los abordaran. Un día que sobrepasaron el límite permitido se les dio el alto y fueron apresados. Arrigoni opuso resistencia y los marinos del Hel Hayam tuvieron que reducirlo con una pistola eléctrica. Cayó al mar inconsciente y por poco se ahoga. Engrillado lo trasladaron al puerto de Askalon donde luego lo remitirían a la prisión de Ramle. Allí, según su testimonio, fue torturado antes de que las autoridades lo deportaran a Italia. Tras ser deportado Arrigoni cabeza dura no se dio por vencido y nuevamente embarcó a bordo de la nave Dignity rumbo a Gaza. Su única obsesión era ocupar su puesto de escudo humano y velar por la seguridad de la población civil. Arrigoni, que se distinguió como uno de los miembros más emblemáticos de la ONG Internacional Solidarity Movement, no sólo condenaba la política genocida del gobierno israelí sino también el régimen teocrático de Hamas y la actitud colaboracionista del gobierno de Fatha con Israel. Además despreciaba por completo el nepotismo y los escándalos de corrupción completamente injustificables teniendo en cuenta la marginalidad y la miseria que padece el pueblo palestino. ¿Cómo entender una Palestina dividida entre Gaza y Cisjordania? Sólo hay que observar lo acontecido en las elecciones parlamentarias del 2006 cuando la OLP y Hamas iniciaron una sangrienta guerra fratricida que se saldó con cientos de muertos y heridos. La comunidad internacional no quiso reconocer la victoria del primer ministro el islamista Ismail Haniyeh pues Hamas es considerado un movimiento que promueve el terrorismo y propugna la destrucción de Israel. En Gaza existen infinidad de facciones rivales con distintas tendencias políticas y sectarias entre las que cabe destacar: Hamas, la Yihad Islámica, grupos salafistas pro Al Qaeda como la Brigada de los Compañeros del Profeta Mohamed, Soldados de Allah, Ejército del Islam, Ejército de la Nación, Brigadas de los mártires de Al
  • 16. 1 6 Aqsa, Brigadas Al Quds, el FPLP, el movimiento de resistencia Islámico Azzadin Al Qassam, aliados de Hezbollah e Irán. La mayoría de estos grupos armados tienen cuentas pendientes entre si y por eso la atmósfera es muy tensa y enrarecida. Es tal el delirio de persecución que buscan desesperadamente por todas partes agentes infiltrados del Mossad, la CIA o del MI6. Por la más mínima sospecha cualquiera puede ser detenido y acusado de colaboracionismo. E, incluso, sin juicio previo, condenado a muerte ejecutándose la sentencia en plena vía pública para que sirva de escarmiento. Existen una serie de líneas rojas que no deben cruzarse e ignorarlas por un exceso de confianza puede resultar fatal. Arrigoni era un personaje muy popular al que se le veía muy a menudo recorriendo las calles del wasted balad de Gaza. No podía pasar desapercibido con su gorra de marinero, fumando la pipa y anudado al cuello un pañuelo palestino. ¿Quién podía recelar de ese muchacho alegre y afectuoso que hacia las compras en el zoco, se sentaba a comer humus o falafel en los restaurantes conversando con la gente o asistiendo a los partidos de fútbol internacional que se transmitían vía satélite? Tal fue su arrolladora personalidad que el mismísimo Primer Ministro Ismael Haniyeh le hizo entrega del pasaporte palestino. Arrigoni sin ningún pudor se exhibía en público con ropas ajustadas, a veces con el torso desnudo enseñando la musculatura donde se distinguían unos extraños tatuajes y una ceja atravesada por un piercing. Para los más fundamentalistas esa imagen poco ortodoxa y su comportamiento extrovertido era una provocación intolerable porque atentaba contra la moral y las buenas costumbres. En los acuerdos de Oslo que firmaron Rabin y Arafat en el año 1 993 se pactó la retirada del ejército hebreo de la franja y el desmantelamiento colonias a cambio de la paz y el reconocimiento a la existencia de Israel por parte de la OLP. Se diseñó una hoja de ruta que establecía una serie de plazos para que Cisjordania y Gaza alcanzaran la plena autonomía. En 1 994 con la firma de los acuerdos del Cairo se resuelve que Jericó y Gaza pasarán a manos de ANP antes de que termine la década. Una decisión que fue retrasándose hasta que en el año 2005 la administración Sharon, presionada por EE.UU y la Unión Europea, comenzó la evacuación de los 21 asentamientos de Gaza. A la fuerza tuvieron que desalojar a los colonos que poseían la tierra más fértil donde se dedicaban a cultivar principalmente flores y tomates (el 1 5% de las exportaciones agrícolas de Israel) Las armas que utilizaba Arrigoni no eran otras que los teléfonos móviles, Internet, You Tube o las teleconferencias. Escribía diariamente en su blog Guerrilla Radio, sigamos siendo humanos para informar a la opinión pública mundial de todos los crímenes y las violaciones de los derechos humanos que se cometían contra el pueblo palestino. Convertido por la fuerza del destino en auténtico periodista curtido en los fragores de los bombardeos y las operaciones de castigo. Él intentaba remover las conciencias de una sociedad occidental más preocupada por asuntos banales, una sociedad occidental indiferente al sufrimiento del pueblo
  • 17. 1 7 palestino y que apenas reaccionaba ante las cruentas imágenes que se transmitían en vivo y en directo. Tampoco los responsables de tomar las decisiones políticas mostraban ningún interés en detener el humillante castigo colectivo al que se somete a Gaza; ni el Consejo de Seguridad de la ONU, ni la Unión Europea o los EE.UU. Todos se mostraban condescendientes con el genocidio cometido por Israel. Arrigoni no se cansaba de decir que la franja de Gaza era la “la prisión a cielo abierto más grande del mundo” un inmenso campo de concentración o el nuevo gueto de Varsovia para vergüenza de la humanidad. Sólo había que observar los muros, las vallas electrificadas, las cercas de alambre de púas, los campos minados que lo rodean. Aparte de los sofisticados sistemas de control de seguridad como radares, satélites, globos sonda y drones para reforzar su vigilancia. ¿Qué futuro se puede esperar de una existencia bajo el estado de sitio perpetuo? La única salida es cavar túneles e intentar desesperadamente romper el bloqueo. Esto es lo más parecido a una ratonera porque a base del terror han querido deshumanizarlos, despojarlos de su dignidad y decoro. No hay más que recorrer sus calles y contemplar el paisaje devastador que ha dejado las distintas ofensivas sionistas: cascotes de piedra, cañerías rotas, hierros retorcidos, viviendas chamuscadas, edificaciones demolidas, en fin, parece que se hubiera producido un violento cataclismo al que los agresores llaman eufemísticamente “daños colaterales” Muchas zonas carecen del suministro de luz o de agua. – Y lo peor de todo es que los acuíferos de Gaza están completamente contaminados y no son aptos para el consumo. La Franja de Gaza con localidades como Gaza capital, Jan Yunis, Deir al-Balah, Rafah, Jabalia, Beit Hanoun ocupa una extensión de 360 kilómetros cuadrados. Una superficie que se ha quedado pequeña para acoger una población que sobrepasa el millón y medio de habitantes. -El 85% de los cuales son refugiados-. Esto significa que cuenta con la densidad de población más alta del mundo. El 60% de la cual es menor de 21 años. La expectativa de vida ante tanta marginalidad y miseria no puede ser más desesperanzadora. El deterioro mental deja sus huellas perennes que tendrán que sobrellevar por el resto de sus días. Lo cierto es que su supervivencia sería imposible sin el auxilio de las organizaciones de ayuda humanitaria como la UNRWA, la Media Luna Roja,
  • 18. 1 8 UNICEF, y las distintas ONGs que operan en la zona. Con tasas de desempleo altísimas y una economía en quiebra son argumentos suficientes para entender el drama que los aqueja. El único interés de Israel es el de forzar el colapso del gobierno de Hamas. Gaza es una “entidad hostil” que debe someterse a sus designios o, de lo contrario, será domada a sangre y fuego. Esta demencial agresión provoca también recelos entre las diferentes milicias palestinas que intentan imponer su ideología o dogmas religiosos. Porque no es sólo Israel el único enemigo y todos saben que no pueden bajar la guardia. Arrigoni recibió amenazas de muerte por el simple hecho de ser un ciudadano italiano, un ciudadano europeo, un cristiano descendiente de los infieles Cruzados. ¿O quizás sería un ateo? un “kafir corruptor” con ese piercing en la ceja y los tatuajes en su cuerpo no cabía la menor duda ¿bebería alcohol? ¿cortejaría a las mujeres? Seguro viene a fomentar el libertinaje y el vicio entre la juventud y a sacarlos del camino recto del Islam. ¿Que se le habrá perdido por aquí? “Es inaceptable que un extranjero sea el protagonista de la lucha de liberación Palestina” Arrigoni fue secuestrado el día 1 4 de abril de 201 1 por un comando del grupo Tawhid Wal Yihad -un grupo salafista pro al Qaeda -que luchan por establecer un emirato islámico en Gaza- enfrentado abiertamente con Hamas al que acusan de moderados- Con el rehén italiano en sus manos exigían a cambio la liberación de su líder Heshamal al Saeedni y otros militantes yihadistas prisioneros en las cárceles de Hamas. Ese mismo día se emite por Internet un vídeo donde muestran a Arrigoni con los ojos vendados y advierten que lo ejecutarán si no se cumplen sus exigencias. Es inconcebible esta afrenta contra el hijo adoptivo de Gaza, aquel que orgulloso enarbola la bandera Palestina, el escudo humano que afirmaba que por sus venas corría sangre palestina y que con todas la fuerzas de su alma llevó hasta la extenuación su compromiso solidario. De madrugada -según los informes policiales- Arrigoni fue ahorcado en un piso del barrio Sheikh Rudawan y luego su cuerpo abandonado en una vivienda vacía del barrio Al Karama. Vilmente asesinaron al brigadista internacional, al partisano de la paz. Con una soga en el cuello le han pagado toda su entrega y lucha libertaria. Una verdadera tragedia shakespeariana, una obra de un brutal dramatismo que ha tenido un desenlace diabólico, inaudito y autodestructivo. Y cumplió su palabra al pie de la letra: sacrificó su vida en el altar de la utopía. Mataron sin ningún escrúpulo a aquel que asumió Palestina como su propia patria y juró defenderla por el resto de su vida en una prueba de altruismo supremo que lo dignifica. Como a él le gustaba decir: “a veces el vencedor simplemente es un soñador que jamás ha desistido”. Carlos de Urabá 201 5
  • 19. 1 9 Diz a lenda o mar é só um dividido em sete pela hidra em dois por Tordesilhas espartilhado em mil pelo arame farpado que medra junto às fronteiras (fosse um país só fronteiras e era rico em arame farpado apesar da dificuldade da colheita) Sete mil revoltou-se a hidra sete mil mares com sete mil nomes a lenda diz sete mil mares se submeterão a sete mil cabeças sete mil maria nostra proibidos uns dos outros a lenda diz sete cabeças proibirão sete mares a sete povos sete maria clausa submetidos a sete setas diz a lenda um barco dois barcos mil barcos sete mil cabeças surgirão a cortar o arame farpado a hidra ripostará diz a lenda sete mil vezes e rirá e diz a cada barco sete mil flores daninhas nascerão junto à fronteira A lenda de Marianne Toni
  • 20. 24