O documento discute a inclusão escolar de crianças superdotadas de baixa renda no Brasil. Ele apresenta a história da educação de estudantes superdotados no país, o amparo legal dessas pessoas e instituições que trabalham com superdotados, incluindo ISMART, ILECCA e VOM. O documento também discute desafios como tensões na academia e mitos sobre superdotação.

1. CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO E INCLUSÃO:
DESAFIOS ATUAIS PARA A ESCOLA
PUC-RIO
DISCIPLINA :MOVIMENTOS SOCIAIS, POLÍTICAS
PÚBLICAS E INCLUSÃO EDUCACIONAL
“Um estudo da influência familiar sobre
o desempenho escolar dos alunos SD no
Complexo da Maré”

2.  “Temos o direito de sermos diferente, sempre que a
igualdade nos descaracteriza. Temos o direito de ser
iguais sempre que a diferença nos inferioriza.”
(Boaventura, Souza Santos 1995)
 “A descoberta, pelos jovens de baixa renda, de talentos
pessoais que poderão ser transformados em
oportunidades de desenvolvimento profissional e de
inserção social é certamente um caminho na
diminuição das desigualdades”
(Maria Clara S. Gama)

3.  “As escolas inclusivas são escolas para todos,
implicando num sistema educacional que reconheça e
atenda às diferenças individuais, respeitando as
necessidades de qualquer dos alunos. Sob essa ótica,
não apenas portadores de deficiência seriam ajudados e
sim todos os alunos que, por inúmeras causas
endógenas ou exógenas, temporárias ou permanentes,
apresentem dificuldades de aprendizagem ou no
desenvolvimento. A melhoria da qualidade das ofertas
de atendimento educacional é uma necessidade que se
impõe, para garantir o direito público e subjetivo de
cidadania dessas pessoas.”
(Rosita Edler, 2006, p. 29)

4. “SUPERDOTAÇÃO E ALTAS HABILIDADES”
(CURIOSIDADES HISTÓRICAS)
o “Na China existem registros da realização de exames
competitivos há mais de 2000 anos antes de Cristo, os
quais selecionavam crianças que se destacavam por sua
inteligência superior e, que, por isso passavam a
receber um atendimento especializado. Elas eram
denominadas divinas”
o “Platão já defendia a idéia de que indivíduos com
inteligência superior “deveriam ser selecionados nos
seus primeiros anos de infância, e suas habilidades
cultivadas em benefício do Estado, treinadas para a
liderança, denominando-as crianças de ouro”
(Eliane Alencar, 2001)

5. “SUPERDOTAÇÃO E ALTAS HABILIDADES”
(DEFINIÇÃO)
o “A Superdotação caracteriza-se pela elevada
potencialidade de aptidões, talentos e
habilidades, evidenciadas pelo alto
desempenho nas diversas áreas de atividade.
Contudo, é preciso que haja constância de tais
aptidões ao longo do tempo, além de
expressivo nível de desempenho. ”
(MEC, Superdotação e Talento – p. 35)

6. MITOS SOBRE OS SD
(MEC)
 Criança SD, um “adulto partido ao meio”
 Todo SD é um gênio
 SD como um “sabe-tudo”
 SD é 100%: mais arrumadinho, mais disciplinado e obediente.
 Todo SD é bem sucedido na escola
 SD indicador de: Rebeldia, desrespeito, desobediência,
atrevimento, ousadia e “do contra”
 SD: condição suficiente para alta produtividade
 Toda criança com indicio de SD é “superdotado”
 Todo SD é “meio maluco”
 Todo superdotado foi criança precoce, um “prodígio”
 SD só procede de família rica
 SD não, Superestimulado

7. MITOS SOBRE OS SD
(ESCOLA REPRODUZ)
 Não existe a unanimidade em relação ao conceito de SD
 O desconhecimento da suas características
 A confusão com outros termos (talentoso, criativo,
precoce, gênio, brilhante e/ou excepcional)
 A atitude de rejeição e prevenção
 A orientação, marcadamente mercantilista de alguns
profissionais especializados
 O SD se sobressai em todas as áreas do desenvolvimento
humano
 O SD se sobressai em todas as áreas do currículo escolar
 O SD há de conseguir excelentes resultados escolares
 O SD está muito motivado para se sobressair no colégio

8. I NCLUSÃO ESCOLAR DA
CRIANÇAS SUPERDOTADAS DE
BAIXA RENDA NO B RASIL

9. HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DOS SD NO
BRASIL
Estevão Pinto
editou os livros
“O dever do Helena
Leoni Kasef estado Antipoff
publicou o livro a relativamente à Criou o
Educação dos assistência aos instituto Helena Antipoff Instituto
supernormais mais capazes” Pestalozzi organizou LECCA
“Problema da em Minas pequenos grupos
educação dos Gerais. de adolescentes 1999 VOM
bem-dotados” bem-dotados
1999
1932 1966 1972 2003
1932 1935 1940 1945 2005
1933 1967
Década 20
A sociedade
Helena Antipoff Helena Pestalozzi ISMART
fundou a primeira Antipoff realizou Os dois
Associação Pestalozzi fundou a primeiros
de Belo Horizonte com: Fazenda seminários sobre
médicos, educadores e do Rosário a educação dos
religiosos bem-dotados -Helio Alkmim e HA
Projeto de civilização
Criou o pavilhão rural de cultura e lazer
para o CIRCULA
atendimento aos -ADAV associação
superdotados Milton Campos para
(Bem-Dotados). desenvolvimento de
assistência a vocação dos
bem-dotados

10. AMPARO LEGAL DAS PESSOAS
COM AH/SD NO BRASIL
A Declaração
O Seminário reuniu Universal dos Direitos
especialistas de todo do Homem prevê que
o País para "... todo ser humano é Decreto 39.678
aprofundar as elemento valioso Estabelece uma
discussões. qualquer que seja a Política Pública
-No ano seguinte, o idade, sexo, idade Estadual para
Inicio do Plano Setorial de mental, condições Pessoas Portadoras
Educação e Cultura
interesse no emocionais e de Deficiência e
dava maior antecedentes culturais
Brasil, educação prioridade à
Pessoas Portadoras
ou grupo étnico, nível de Altas Habilidades.
do SD Educação Especial social e credo"
1967 1981 1994 1995 1996 1999 2001
Década 20
Lei de Diretrizes e Lei 9.394 Resolução nº 02
o MEC criava uma Política Nacional
Bases da Educação - de 11/set Art. 5 e 8
Comissão de Educação
LDB (Lei 9394, Institui Diretrizes Nacionais
encarregada de Especial
Capítulo V, Artigo 59 para a Educação Especial na
estabelecer Sugere que a
Assegura aos alunos Educação Básica
critérios para a pessoa com
portadores de AH/SD. III - AH/SD, grande facilidade
identificação e necessidades
(I-II-III-IV-V) para compreender os
atendimento do educativas
conceitos.
superdotado. especiais seja
IX – atividades que
integrada ao
favoreçam, ao aluno que
ensino regular
apresente AH/SD

11. TENSÕES NA ACADEMIA
o Em 1981 surge a ABSD que pretende ser a associação
que reune os estudiosos e os mais interessados pelo
assunto superdotação, Alguns anos após sua fundação
assume a presidência uma professora da UERJ que ao
criar um grupo hegemônico promoveu desavenças
internas que culminam com o esvaziamento da
associação.
o Inconformados com a situação o grupo insatisfeito cria
um movimento encabeçado pela profa. Zenita Guenther
que se mobiliza na criação do COMBRASD.
o Hoje o COMBRASD é o órgão representativo dos
estudiosos do assunto e curiosamente a ex presidente
da ABSD promove ações para integrar-se ao grupo.

12. I NSTITUIÇÕES TRABALHANDO
COM SUPERDOTADOS

13. ISMART
Criado no 1999 o Instituto Social Para Motivar, Apoiar e
Reconhecer Talentos.
Objetivo:
 O desenvolvimento integral e concretização dos talentos de
crianças de baixa renda, identificado-os em suas
comunidades de origem e prevendo-lhes educação formal de
qualidade nas escolas particulares de excelência com bolsas
de estudo.
 Buscam contribuir para mudar a composição da futura elite
intelectual do país e ajuda a construir uma nação mais justa,
sustentável e competitiva.
 Atividades:
 Alicerce
 Bolsa talento

15. ISMART
 Patrocínios:

16. ISMART
oParceiros operacionais:
www.ismart.org.br

17. ILECCA
 Organização sem fins lucrativos que investe em
educação dos superdotados visando a Educação
de qualidade de comunidades carentes.
 Foi criado o 2003 por Luis Eduardo da Costa
Carvalho, presidente do grupo financeira
Lecca, um tradicional e bem sucedido grupo.
 Atividades / Projetos:
 Trabalho no RJ – “Programa Estrela Dalva” e
“Biblioteca A. A. A. Sodré”

18. ILECCA
 Patrocínios:
 Banco BRASCAN
 Brookfiel incorporações
 MetrôRio
 LECCA Financiera
 Vila Olímpica da Maré
 Parcerias:
 Sercretaria municipal de educação do RJ
 A cultura inglesa
 “Todos pela Educação”

19. VOM
 Objetivo :
 Integrar todas as a proposta do Projeto Educar a partir do
ano 2009, com o apoio do Petrobras
 Desenvolver, segundo a teoria das inteligências múltiplas,
atividades esportivas, culturais, educacionais e de saúde
com o propósito de contribuir para a melhoria da qualidade
de vida dos moradores do Complexo da Maré.
 Investir na potencialização das crianças e jovens ajudando-
as a desenvolverem autonomia cognitiva e autonomia moral
em prol da construção do bem comum
 Captar crianças superdotados da Comunidade da Maré,
desenvolver ao máximo as suas competências para que
sejam encaminhadas e/ou aprovadas nas escolas de
referência.

20. VOM
 Atividades:
 Projeto Educar:
 Oficina acadêmicas: Brincando com Números ,Mecânica ,
Experimentos , Fiando Conversa.
 Oficina culturais: de dança e música
 Oficinas esportivas: de natação, futebol, futsal, tênis, basquete,
ginástica olímpica, caratê, bale, entre outras.
 Patrocínios:
 Prefeitura do Rio de Janeiro
 Petrobras
 Parceiros:
 Acerta
 ILecca
 Unidade de Pronto-Atendimento 24h da Maré
 ONG – Ação da Cidadania
 Rio Banco de Alimentos (Sesc de Madureira)
 Instituições Educacionais (UFRJ, Unisuam, Gama Filho, Castelo
Branco e Univercidade)
 Entre outros...

21. VOM

22. VOM

23. VOM / ILECCA

25. PESSOAS RECONHECIDAS PELO TRABALHO COM
AS CRIANÇAS SUPERDOTADAS NA ATUALIDADE
FIM
Howard Erika
Gardner Renzulli Landau