Muitos educadores atribuem qualquer déficit de aprendizagem a dislexia, neste caso é importante que se tenha um diagnóstico mais preciso e coerente, que um profissional formado para essa especialidade possa fazer o diagnóstico. O modismo de muitos educadores junto com a escola de se privarem da culpa de seus alunos não irem bem às aulas e ter seu desenvolvimento cognitivo devagar, com esse paradigma acabam distorcendo completamente o real conceito da dislexia. Pretendo através desse artigo, trazer conhecimentos e esclarecer algumas dúvidas sobre o tema “Dislexia”, tais como: suas causas, seus sintomas, diagnósticos e tratamentos, mostrando a importância da troca de informações e experiências entre os profissionais, a escola e a família para que possa haver um bom acompanhamento e obter resultados progressivos. O artigo será seguido por composições e exemplos que norteiam o que realmente o educador e a escola deve fazer para dar um prognóstico da dislexia, sendo fundamentado por alguns autores que estudaram e se aprofundaram sobre o caso.
1. Revista Ciências da Educação
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Maceió, ano I, vol. 02, n. 01, Abr./Jun. 2014
DISLEXIA: desafio do educador nos dias de hoje.
Cristiano José Guimarães Batista *
RESUMO
Muitos educadores atribuem qualquer déficit de aprendizagem a dislexia, neste caso
é importante que se tenha um diagnóstico mais preciso e coerente, que um
profissional formado para essa especialidade possa fazer o diagnóstico. O modismo
de muitos educadores junto com a escola de se privarem da culpa de seus alunos
não irem bem às aulas e ter seu desenvolvimento cognitivo devagar, com esse
paradigma acabam distorcendo completamente o real conceito da dislexia. Pretendo
através desse artigo, trazer conhecimentos e esclarecer algumas dúvidas sobre o
tema “Dislexia”, tais como: suas causas, seus sintomas, diagnósticos e tratamentos,
mostrando a importância da troca de informações e experiências entre os
profissionais, a escola e a família para que possa haver um bom acompanhamento e
obter resultados progressivos. O artigo será seguido por composições e exemplos
que norteiam o que realmente o educador e a escola deve fazer para dar um
prognóstico da dislexia, sendo fundamentado por alguns autores que estudaram e
se aprofundaram sobre o caso.
Palavras-chave: Dislexia. Déficits. Cognitiva. Especialidade. Diagnóstico.
1 INTRODUÇÃO
Falar da dislexia como um distúrbio de aprendizagem é admissível, porém o
que dificulta seu diagnóstico são as diversas formas de interpretá-la. Partindo do
conceito de que ser inteligente ou não pressupõem de ser interessado ou ter sua
genética favorável com a compatibilidade de ser diferente, entre outros paradigmas,
cabe então, entender como aprendemos e o porquê de muitas pessoas inteligentes
e, até, geniais experimentarem dificuldades paralelas em seu caminho diferencial do
aprendizado.
*Graduado em Administração pela FAMA, Pós-Graduado em Gestão de Pessoas. Artigo apresentado
Revista acadêmica da UNASUR.
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A dificuldade de conhecimento e de definição do que é Dislexia, faz com que
se tenha criado um mundo tão diversificado de informações, que confunde e
desinforma.
Além do que a mídia, no Brasil, as poucas vezes em que aborda esse grave
problema, somente o fazem de maneira parcial, quando não de forma inadequada e,
mesmo, fora do contexto global das descobertas atuais da Ciência. Onde se verifica
que identificar uma pessoa com dislexia é só olhar e ver que ele tem algumas
dificuldades.
Segundo pesquisas realizadas no site “Dislexia. br”. Aponta que a dislexia é
causa ainda ignorada de evasão escolar em nosso país, e uma das causas do
chamado "analfabetismo funcional" que, por permanecer envolta no
desconhecimento, na desinformação ou na informação imprecisa, não é considerada
como desencadeante de insucessos no aprendizado.
Quando falamos em “dislexia”, é necessário que saibamos que é uma das
mais comuns deficiências de aprendizado, e também para que pais e
educadores não confundam dislexia com preguiça ou má disciplina... Dislexia,
antes de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender; reflete a
expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até genial, mas
que aprende de maneira diferente. (CONSONI, 2011, P. 4).
O foco do meu artigo consiste em entender quais as causas da dislexia, como
identificar através de sinais e características, levando em consideração quais serão
os envolvidos no processo de diagnóstico e como é desenvolvido o tratamento,
levando para a área do desenvolvimento de aprendizagem procurei alguns casos
reais e exemplos de pessoas que depois do diagnóstico foram acompanhadas por
profissionais que são preparados para essa especialidade, falarei um pouco sobre o
papel do psicopedagogo, psicólogo, professor e escola no processo que rege desde
o diagnóstico até o tratamento.
Para Varella, (2013). O diagnóstico é feito por exclusão, em geral por equipe
multidisciplinar (médico, psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo, neurologista).
Antes de afirmar que uma pessoa é disléxica, é preciso descartar a ocorrência de
deficiências visuais e auditivas, déficit de atenção, escolarização inadequada,
problemas emocionais, psicológicos e socioeconômicos que possam interferir na
aprendizagem.
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Segundo Varella, (2013). Fala que é de extrema importância estabelecer o
diagnóstico precoce para evitar que sejam atribuídos aos portadores do transtorno
rótulos depreciativos, com reflexos negativos sobre sua autoestima e projeto de vida.
É bastante rico o tema dislexia, para que nós como futuros educadores,
possamos entender e ter a curiosidade de pesquisar e atribuir conceitos, neste artigo
escolhi esta temática por ser um tema que fala sobre a alfabetização e as relações
interpessoais do aluno e de toda comunidade escolar, neste ponto procurei ler vários
artigos e livros para que eu pudesse esclarecer e fundamentar idéias e conceitos de
algumas práticas pedagógicas acerca da dislexia.
2.CONCEITO DE DISLEXIA.
“Não há saber mais ou saber menos. Há saberes
diferentes.” (Paulo Freire).
A dislexia é uma dificuldade específica de aprendizagem da leitura e escrita
que condiciona a forma como o indivíduo se percepciona e como se relaciona com
os seus pares nos mais diversos contextos desde educacionais até familiares. Assim
como se podem encontrar inúmeras definições do termo dislexia, também os fatores
que estão na sua origem têm vindo a sofrer alterações, de acordo com as teorias
que lhe estão implantadas.
Dislexia é um transtorno genético e hereditário da linguagem, de origem
neurobiológica, que se caracteriza pela dificuldade de decodificar o estímulo escrito
ou o símbolo gráfico. A dislexia compromete a capacidade de aprender a ler e
escrever com correção e fluência e de compreender um texto. Em diferentes graus,
os portadores desse defeito congênito não conseguem estabelecer a memória
fonêmica, isto é, associar os fonemas às letras.
De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia, o transtorno acomete de
0,5% a 17% da população mundial, pode manifestar-se em pessoas com inteligência
normal ou mesmo superior e persistir na vida adulta.
A causa do distúrbio é uma alteração cromossômica hereditária, o
que explica a ocorrência em pessoas da mesma família. Pesquisas
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recentes mostram que a dislexia pode estar relacionada com a
produção excessiva de testosterona pela mãe durante a gestação da
criança. (Dráuzio Varella, 2013, P. 3).
Segundo a ABD (Associação Brasileira de Dislexia) aproximadamente 20% da
população mundial sofre deste mal. Os sintomas dependem muito da idade e os
primeiros sinais geralmente aparecem nas salas de aula – A disfunção geralmente
caracteriza-se pela dificuldade na decodificação das palavras, como trocar letras ou
até mesmo escrevê-las na ordem inversa, e também dificuldades na leitura e fala.
Segundo Santo Agostinho, (2010). Esses sintomas não são determinantes
para identificá-la, sendo necessário um diagnóstico e acompanhamento médico e
psicológico.
1.1 AS DIVERSAS FORMAS DE SE COMPREENDER A DISLEXIA:
De acordo com a Fundação Brasileira de Dislexia, (2010). Essas são algumas
formas pela qual ela é compreendida:
Disgrafia: é caracterizada por problemas com a Linguagem Escrita, que
dificulta a comunicação de idéias e de conhecimentos através desse
específico canal de comunicação.
Discalculia: não existe uma causa única e simples com que possam ser
justificadas as bases das dificuldades com a Linguagem Matemática.
Hiperatividade: é quando a criança não para, está sempre agitada, não
consegue permanecer sentada.
Hipoatividade: é quando a criança parece estar sempre no “mundo da
lua”, “sonhando acordada”.
Deficiência de Atenção: está na dificuldade de focar a atenção.
É importante e totalmente relevante que antes de qualquer decisão que a
escola for tomar para indeferir na vida de um aluno, eles possam fazer um estudo do
caso, verificar em quais aspectos acima o aluno se encontra chamar a família,
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estabelecer um diálogo, entre aluno/pais/professor. È importante que a escola faça
um intercâmbio, informando e possibilitando que todos os envolvidos possam
estabelecer conceitos e esclarecer duvidas.
A dislexia deve ser entendida como uma dificuldade de aprendizagem, não
como um defeito, e, além disso, deve-se entender que ela precisa ser
acompanhada, a criança que apresenta dislexia, isso depois de ser diagnosticada, e
passar pela mão de profissionais que são aptos a diagnosticar e tratar, fazer um
acompanhamento, que inclua esse aluno numa sala de aula, para que ele possa
interagir com os colegas e a professora.
Sabemos ao certo que as dificuldades ainda permanecem, porem é importante
que o aluno se sinta parte da sala, que não seja excluído, que ele entenda que suas
dificuldades de aprendizagem não é um empecilho para que ele possa participar nas
aulas e interagir com os colegas.
1.3 CAUSAS DA DISLEXIA.
As causas da dislexia são algo amplamente estudado e, portanto existem
alguns modelos explicativos sobre as mesmas. É importante salientar que estas
são apenas possíveis causas. A criança disléxica tem dificuldade de
compreender o que está escrito e de escrever o que está pensando. Quando
tenta expressar-se no papel o faz de maneira incorreta fazendo com que o leitor
não compreenda suas idéias.
Alguns casos mais freqüentes sobre as causas da dislexia estão nomeadas
como:
Disfunções a nível cerebral, nomeadamente um mau funcionamento ou
atraso na maturação do Sistema Nervoso Central e/ou perturbação nos
neurônios (os neurônios não estabelecerem corretamente o seu
contacto dificultando as funções de coordenação);
Casos familiares puros, isto é, pais com dislexia provocada por lesões
cerebrais transmitem aos filhos sem lesões, a dislexia em 97% dos
casos;
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Perturbações instrumentais relacionadas com o esquema corporal –
má organização das estruturas espaços-temporais, má lateralidade,
linguagem e função simbólica;
Perturbações durante o parto ou no início da vida;
Doenças como, por exemplo: as encefalopatias;
Perturbações nutricionais e ambientais no início da vida da criança a
desnutrição grave pode afetar o sistema nervoso central, que irá por
sua vez afetar a aprendizagem e o desenvolvimento da criança.
Para Oliveira (1997), suas idéias sobre as dificuldades que as crianças com
dislexia atribuem a causas originadas por dificuldades cognitivas, pressupõem-se
no seguinte:
Ao nascer, o ser humano apresenta algumas estruturas já prontas, definidas,
como, por exemplo, a cor dos olhos, dos cabelos, o sexo. Outras ainda estão
por desenvolver. “No último caso encontra-se a parte do sistema nervoso,
que precisa de condições favoráveis para o seu pleno funcionamento e
desenvolvimento”. Para entendermos o porquê desta dificuldade precisamos
primeiro saber se este aluno processa o conhecimento na mesma área
cerebral que um aluno não disléxico. OLIVEIRA (1997, p.17),
Não há uma cura para a dislexia, mas um tratamento pode fazer com que os
afetados possam desenvolver habilidades e minimizem os problemas. Trata-se de
um trabalho cumulativo e sistemático de estimular o cérebro a compreender melhor
os sinais da linguagem.
È importante que os pais ao diagnosticarem a dislexia procurem logo ajuda e
auxilio para seu filho, pois quanto mais cedo tratada este poderá se integrar e
participar das atividades escolares e do convívio normal e afetivo. È importante que
se faça uma análise mais individualizada dos comportamentos de uma criança
disléxica e da estrutura familiar e escolar em que está inserida, pois só assim
podem-se entender os aspectos, cognitivos, emocionais e estruturais da criança,
pois partindo destes princípios fica mais fácil chegar a algumas soluções.
2. CONSEQÜÊNCIAS DA DISLEXIA
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As conseqüências da dislexia têm repercussões consideráveis, quer do ponto
de vista pessoal, familiar e escolar, passando necessariamente pelo
comportamental. Nestas características a interação e o conhecimento sobre o
assunto são totalmente inevitáveis para que todos envolvidos no processo possam
entender o seu real significado.
De acordo com PAIN, (1978) a dislexia ocorre em várias classes sociais e em
pessoas com níveis de inteligência variáveis, desde as que não conseguem ler e
escrever até aquelas que conseguem atingir o nível superior. O disléxico
geralmente demonstra insegurança e baixa autoestima, sentindo-se triste e culpado.
Muitos se recusam a realizar atividades com medo de mostrar os erros e
repetir o fracasso e com isso criam um vínculo negativo com a aprendizagem,
podendo apresentar atitude agressiva em relação a professores e colegas.
Existem características comuns, observadas na maior parte dos disléxicos, mas
convém salientar que cada pessoa é única e por isso terá comportamentos próprios.
Neste sentido não se faz o diagnóstico apenas olhando e comparando algumas
características, é necessário um olhar clinico e profissional, para que não haja um
diagnóstico precoce e errado sobre o caso.
As repercussões da dislexia são muitas vezes consideráveis, quer ao nível do
sucesso escolar, quer ao nível comportamental, provocando nestes domínios
grandes perturbações. Problemas e dificuldades são muitas enfrentadas por todos
envolvidos no processo, portanto, é muito importante que tudo seja visto com muito
cuidado, analisado e principalmente observado com todo zelo possível.
2.1 COMPORTAMENTOS DOS DISLÉXICOS:
Neste sentido alguns comportamentos observados e repercutidos pelos que têm
a dislexia, vejamos:
2.1.1 A NÍVEL PESSOAL
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Baixo auto-conceito;
Tensão na resolução das tarefas escolares;
Desalento e desmotivação;
Atitude depressiva perante as dificuldades.
O nível familiar
2.1.2 ACUSAÇÕES POR PARTE DOS FAMILIARES COMO POR EXEMPLO:
A preguiça, o desinteresse, a falta de atenção…;
Medidas repressivas;
Ambiente frustrante.
2.1.3 A NÍVEL ESCOLAR
Ansiedade e angustia perante a exposição dos colegas;
Heteroconceito reduzido (motivo de troça, não é escolhido…);
Maior esforço na preparação das atividades escolares;
Insegurança e vergonha (pelos sucessivos fracassos);
Condições de resposta muito prejudicadas;
Hostilidade para os pares e seus superiores.
2.2. A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO:
Algumas dificuldades que as crianças podem apresentar durante a
alfabetização só ocorrem porque são pequenas e imaturas e ainda não estão
prontas para iniciar o processo de leitura e escrita. Se as dificuldades persistirem,
o ideal é encaminhar a criança para avaliação por profissionais capacitados;
O diagnóstico de dislexia não significa que a criança seja menos
inteligente; significa apenas que é portadora de um distúrbio que pode
ser corrigido ou atenuado;
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O tratamento da dislexia pressupõe um processo longo que demanda
persistência;
Portadores de dislexia devem dar preferência a escolas preparadas
para atender suas necessidades específicas;
Saber que a pessoa é portadora de dislexia e as características do
distúrbio é o melhor caminho para evitar prejuízos no desempenho
escolar e social e os rótulos depreciativos que levam à baixa-estima.
"Atualmente, qualquer distúrbio de linguagem apresentado pela
criança, é tachado como dislexia, tanto pelos pais como pelos
professores. O problema, entretanto, nem sempre está na criança e
sim nos processos educacionais - sob a responsabilidade paterna -
ou nos processos de aprendizagem sob o encargo da escola".
(DROUET, 1995, p. 154),
2.3. TRATAMENTOS, EM SALA DE AULA COM ALUNOS DISLEXICOS:
Para minimizar os problemas advindos deste transtorno Jardini (2003, p.53)
sugere algumas dicas para a sala de aula:
Colocá-lo de frente e no centro da lousa, preferencialmente na primeira
carteira.
Tê-lo sempre perto da professora, principalmente na organização e
seqüência das atividades.
Exigir disciplina e concentração no conteúdo abordado, permitindo
opiniões espontâneas, desde que pertinentes ao assunto. Dizer ao
aluno caso sua colocação esteja fora do contexto.
Valorizar sempre o conteúdo trabalhado e “tolerar” as dificuldades
gramaticais, como letra maiúscula, parágrafo, pontuação, acentuação,
caligrafia irregular. Diminuir a tolerância à medida que os anos
escolares se sucedem.
O disléxico tem dificuldade com a orientação e organização espaciais.
Pode pular folhas do caderno, linhas, escrever em apostila trocada,
fazer anotações em locais inadequados. Mostrar sempre o certo, não
punir o erro e não criticá-lo pela falta de atenção.
Não trabalhar no limite, esperando que com o tempo vá passar.
Sempre entre em contato com a coordenação, com os pais, com os
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profissionais que atendem o disléxico. O stress do professor só piora o
quadro, traz frustração e afeta a motivação de todos.
Mantenha o bom humor e a confiança de que haverá sucesso.
Como ator articulador dessas demandas relacionadas ao papel da intervenção
psicopedagógica surge à imagem do psicopedagogo como um dos profissionais que
compõem o grupo multidisciplinar de avaliação e acompanhamento do portador.
2.3.1 O DESAFIO DO PROFESSOR PARA ALFABETIZAR UM ALUNO DISLÉXICO:
Antes de atribuir a dificuldade de leitura à dislexia, os pais e professores
deverão descartar os fatores a seguir juntamente com um parecer clínico:
imaturidade para aprendizagem; problemas emocionais; métodos defeituosos de
aprendizagem; ausência de cultura; incapacidade geral para aprender.
A fala, a leitura e a escrita não podem ser consideradas como
funções autônomas e isoladas, mas sim como manifestações de um
mesmo sistema, que é o sistema funcional de linguagem. A fala, a
leitura e a escrita resultam do harmônico desenvolvimento e da
integração das várias funções que servem de base ao sistema
funcional da linguagem desde o início de sua organização.
(POPPOVIC, 1981, p. 29).
Jardine (2003), faz referências a o desafio do professor com referencia no
aluno disléxico. Ele afirma que é importante a recuperação das habilidades
cognitivas, emocionais e, sobretudo sociais são competências desses profissionais.
O plano de trabalho profissional será dimensionado de acordo com o tipo de dislexia,
se fonológica, lexical ou mista.
A intervenção segue apoiado em pilares participativo que conta com o apoio
da família, do educador e do psicopedagogo. Conhecer as relações sócio-afetivas, o
desenvolvimento no processo de aprendizado, seu ambiente escolar assim como a
metodologia de ensino e outros atributos facilita na aplicabilidade das etapas que
compõem o processo de intervenção de um aluno diagnosticado com dislexia.
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3 CONCLUSÃO
Quando se trata de crianças com dificuldades de aprendizado o pré-suposto
tem um significado mais amplo, pois esse profissional necessita de muita dedicação
para ajudar o aluno. O conhecimento da dificuldade do discente é ferramenta
fundamental, para o tratamento especifico na aplicação das atividades. Mas esse
trabalho só tem eficácia comprovada quando realizado em conjunto – família, escola
e aluno.
O campo de estudo do tratamento para a dislexia ainda tem muito para
avançar assim como sua aplicabilidade, sendo que atualmente não existe uma
receita padrão de tratamento, o que se tem de mais adequado é a intervenção
pedagógica. No entanto para o caso em estudo nada ainda foi feito, não recaindo a
sua família o papel da omissão, já que competem as instituições de ensino a oferta
do acompanhamento adequado.
REFERÊNCIA
OLIVEIRA, G.C. Psicomotricidade: educação e reeducação num enfoque
Psicopedagógico. 9 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997
POPPOVIC, A.M. Alfabetização: disfunções psiconeurológicas. 3 ed. São
Paulo:Vetor, 1981.
DROUET, Ruth Caribé da Rocha. Distúrbios da Aprendizagem. São Paulo: Editora
Ática, 1995.
Causas da Dislexia. 2010. http://educamais.com/causas-da-dislexia/. Acesso no dia
19/04/2013.
PAÍN, S. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Porto Alegre:
Artmed, 1985.
JARDINI, R. S. R. Método das boquinhas: alfabetização e reabilitação dos distúrbios
da leitura e escrita: fundamentação teórica, livro1. São Paulo: Casa do Psicólogo,
2003.
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DISLEXIA. http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=1414.
Acesso no dia 19/04/2013.
MENEZES, R. de P. Intervenção Psicopedagogica com uma aluna com Disléxica.
Dissertação de mestrado-Faculdade de Educação. Programa de pós-graduação em
Educação. PUC-RS; Brasil, 2007.
PORTO, O. Psicopedagogia Institucional: Teoria, prática e assessoramento
psicopedagógico. 3 Ed.Rio de Janeiro: Wak Ed.,2009.