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O presente livro reúne fotografias dos XI e XII Jogos dos Povos
Indígenas, e da exibição organizada para a Conferência
Rio+20, no Rio de Janeiro. O ministério do
Esporte patrocina os Jogos Indígenas com
o propósito de valorizar suas culturas como
patrimôniodahumanidadeeparteformadora
do povo brasileiro.
Adotando os ideais de José Bonifácio de Andrada e Silva e
do Marechal Cândido Rondon, o Estado brasileiro encontra
no esporte o instrumento cultural para que eles sigam a linha
evolutivadahistóriaintegrando–seàNaçãoecompartilhando
o que de melhor a sociedade nacional tem a lhes oferecer.
Ao lado de práticas de origem ritualística, coreografias de
cerimoniais, mais reservadas à exibição que à competição
como a luta huka-huka, que faz parte do Quarup que celebra
os mortos no Parque do Xingu, os índios congraçam-se em
esportes oriundos de seu ambiente e cultura, como arco e
flecha, canoagem, corridas e natação – todos incluídos nos
Jogos Olímpicos.
Ao anunciar a realização dos Jogos Mundiais Indígenas para
2015 no Brasil, o ministério do Esporte e o Comitê Intertribal
reafirmam a fecunda presença indígena na formação
social brasileira. Maria do Espírito Santo Arcoverde, Bartira,
Paraguaçu, Tibiriçá, Sepé Tiaraju, Arariboia, Ajuricaba
permanecem vivos como heróis e heroínas na memória da
Pátria e do povo.
ALDO REBELO
This book brings together photographs
from the XI and XII editions of the
Indigenous Games, and the exhibit
organized for the Rio+20 Conference
in Rio de Janeiro. The Ministry of Sport
sponsors the Indigenous Games as a way
to value its cultures as a formative part of
Brazilian heritage and history.
Using the ideals of José Bonifácio de Andrada e Silva and
Marshall Cândido Rondon, the Brazilian government uses
sport as a cultural instrument to follow the evolution of history,
integrating the nation and sharing the best of what the country
has to offer.
Alongside ritualistic practices and ceremonial choreographies
more reserved for exhibition purposes than competition, such
as huka-huka fighting, part of the Quarup funeral ritual of
Xingu tribe, the indigenous people focus on sports related to
their environment and culture, such as archery, canoeing,
running races and swimming - all of which are included in the
Olympic Games.
After announcing the 2015 World Indigenous Games in Brazil,
the Ministry of Sport and the Intertribal Committee reaffirm
the significance of the indigenous people in the formation of
Brazilian society.
Maria do Espírito Santo Arcoverde, Bartira, Paraguaçu, Tibiriçá,
Sepé Tiaraju, Arariboia and Ajuricaba live on as heroes and
heroines in the memory of nation and the people.
El presente libro reúne imágenes del século XI y XII Juegos
de los Pueblos Indígenas, y de la exhibición organizada
para la Conferencia Rio+20 en Río de Janeiro. El Ministerio
de Deporte auspicia los Juegos Indígenas con el propósito
de valorar sus culturas como patrimonio de la humanidad y
parte formadora del pueblo brasileño.
Adoptando los ideales de José Bonifácio de Andrada e Silva y
del Mariscal Cândido Rondon, el Estado brasileño encuentra
en el deporte el instrumento cultural para que ellos sigan
la línea evolutiva de la historia integrándose a la Nación y
compartiendo lo mejor que la sociedad nacional tiene para
ofrecerles.
Al lado de prácticas de origen ritualistas, coreografía de
los ceremoniales – más restrictas a la exhibición que a la
competición – como la lucha huca-huca, que forma parte del
Quarup que celebra a los muertos en el Parque do Xingu–, los
indios se congracian en deportes originarios de su ambiente
y cultura, como arco y flecha, canotaje, carreras y natación
–todos incluidos en los Juegos Olímpicos.
Al anunciar la realización de los Juegos Mundiales Indígenas
para 2015 en Brasil, el Ministerio de Deporte y el Comité
Intertribal reafirman la fecunda presencia indígena en la
formación social brasileña. Maria do Espírito Santo Arcoverde,
Bartira, Paraguaçu, Tibiriçá, Sepé Tiaraju, Arariboia, Ajuricaba
siguen vivos como héroes y heroínas en la memoria de la
Patria y del pueblo.
Ce livre réunit des photographies des XIe et XIIe Jeux des
Peuples Indigènes et de l’exposition organisée à l’occasion
de la Conférence Rio+20, à Rio de Janeiro. Le Ministère du
Sport sponsorise ces évènements afin de valoriser la culture
indigène comme patrimoine de l’humanité et de mettre en
relief son importance dans la formation du peuple brésilien.
Dans le sillage des idéaux de José Bonifácio de Andrada e
Silva et du maréchal Cândido Rondon, l’État voit dans le sport
un instrument culturel permettant à ces peuples de suivre une
ligne évolutive de l’histoire et de s’intégrer à la Nation en
profitant du meilleur que la société brésilienne a à leur offrir.
Les Indiens se rassemblent non seulement pour leurs pratiques
et rituelles pour des chorégraphies cérémonielles, comme la
lutte huka-huka, qui fait partie de la célébration des morts
appelée Kuarup, dans le parc du Xingu, lesquelles sont plus
propices aux exhibitions qu’à la compétition, mais encore pour
pratiquer des sports emblématiques de leur environnement
et culture, comme le tir à l’arc, la pirogue, les courses et la
natation, tous présents aux Jeux olympiques.
En annonçant réalisation des Jeux Indigènes Mondiaux
au Brésil en 2015, le Ministère du Sport et le Comité du
Intertribal réaffirment la fécondité de la présence indigène
dans la formation sociale brésilienne. Maria do Espírito
Santo Arcoverde, Bartira, Paraguaçu, Tibiriçá, Sepé Tiaraju,
Arariboia, Ajuricaba sont autant de héros et héroïnes vivants
dans la mémoire de la Patrie et du peuple.
Ministro do Esporte • Minister of Sport • Ministro de Deporte • Ministre du Sport
CARLOS TERENA
Em nossa sabedoria milenar, a cultura indígena valoriza muito
o celebrar. Nossas festas tradicionais são manifestações
alegres de amor à vida e a natureza. Temos como referencia
a espiritualidade, que é a dimensão da vida criada pelo
Grande Espírito, um Ser Superior, mas conectado nos
elementos da natureza – flores, pássaros, animais, rios, lagos,
matas – a grandeza da vida. Nossa tradição não tem sentido
de coisas passadas ou velhas, e sim uma busca permanente
na memória e nos ensinamentos de nossos ancestrais que é
transmitida e atualizada de geração a geração.
Quando respeitamos esses valores, adquirimos a força da
natureza, física e espiritual como o dom da partilha, comemorar
uns com os outros, vivendo a gratuidade do festejar. Com a
chegada da “nova civilização” nossas comunidades criaram
outros mecanismos políticos, sociais e econômicos. Foi nesse
contexto que nasceu a ideia da criação dos Jogos dos Povos
Indígenas como encontro de intercâmbios e celebrações,
cuja função e objetivos ganham cada vez mais o caráter de
composição da grande família. Todos participam. É a reunião, a
integraçãoentrediferentesetnias,línguasecostumesquesabem
cultuar os esportes tradicionais. O esporte homem/natureza.
Com o acendimento do Fogo Sagrado, a Tocha Indígena,
nasce uma nova luz, um novo conceito de se fazer conhecer
e estabelecer uma relação de igualdade com a sociedade
envolvente. Um exemplo de igualdade na diversidade.
Somente o esporte possibilita esse momento de respeito às
diferenças. Somente essa linguagem da celebração e de
promoção da diversidade cultural e étnica que caracteriza
os indígenas brasileiros, será capaz de levar uma nova
linguagem do esporte individual para o bem coletivo: os
Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. Nós acreditamos nisso!
Itisanage-oldtruththatindigenousculturesvaluecelebrations
a great deal. Our traditional commemorations are joyful
manifestations of a love of life and nature. We have spirituality
as a reference, which is the dimension of life created by the
Great Spirit, a Superior Being, but also connected to the
elements of nature - flowers, bird, animals, rivers, lakes and
forests - the majesty of life. Our traditions are not things that
are old or useless. They are a permanent search in the memory
and teachings of our ancestors, which are passed on and
updated from generation to generation.
When we respect these values, we acquire a natural, physical
and spiritual strength, along with the gift of sharing and
celebrating with each other while enjoying our festivities. With
the arrival of the “new civilization”, our communities have
created new political, social and economic mechanisms.
This is the context in which the World Indigenous Games were
created for exchanging ideas and celebrating heritage,
creating something that seems more and more like a large
family. Everyone takes part. It is about coming together and
integrating different ethnicities, languages and customs that
know the value of traditional sports. The interaction between
human beings and nature that sports provide. With the lighting
of the Sacred Fire, the Indigenous Torch, a new light is born. A
new concept of learning and establishing an equal relationship
with society as a whole. An example of equality in diversity.
Only sports are able to create this respect for differences.
Only this approach of celebrating and promoting the
cultural and ethnic diversity that is characteristic of Brazilian
indigenous people will be able to create a new language
of individual and group sports: the World Indigenous Games.
We believe in this dream!
En nuestra sabiduría milenaria, la cultura indígena valora
mucho la celebración. Nuestras fiestas tradicionales son
manifestaciones alegres de amor a la vida y a la naturaleza.
Tenemoscomoreferencialaespiritualidad,queesladimensión
de la vida creada por el Gran Espíritu, un Ser Superior, más
conectado a los elementos de la naturaleza –flores, pájaros,
animales, ríos, lagos, bosques–la grandiosidad de la vida.
Nuestra tradición no tiene sentido de cosas pasadas o viejas,
sino una búsqueda permanente en la memoria y en las
enseñanzas de nuestros ancestrales que se las transmiten y se
actualizan de generación en generación.
Cuando respetamos estos valores, adquirimos la fuerza de
la naturaleza, física y espiritual, como el don de compartir,
conmemorar unos con los otros, viviendo la gratuidad del
festejar. Con la llegada de la “nueva civilización”, nuestras
comunidades crearon otros mecanismos políticos, sociales
y económicos. Fue en ese contexto que nació la idea de
la creación de los Juegos de los Pueblos Indígenas como
encuentro de intercambios y celebraciones, cuya función y
objetivos ganan cada vez más el carácter de composición de
la gran familia. Todos participan. Es la reunión, la integración
entre diferentes etnias, idiomas y costumbres que saben adorar
los deportes tradicionales. El deporte hombre/naturaleza. Con
el encendido del Fuego Sagrado, la Antorcha Indígena, nace
una nueva luz, un nuevo concepto de hacer que se conozca
y se establezca una relación de igualdad con la sociedad
involucrada. Un ejemplo de igualdad en la diversidad.
Solamente el deporte permite ese momento de respeto a las
diferencias. Solamente ese lenguaje de la celebración y de
promoción de la diversidad cultural y étnica que caracteriza a
los indígenas brasileños será capaz de llevar un nuevo lenguaje
del deporte individual para el bien colectivo: los Juegos
Mundiales de los Pueblos Indígenas. ¡Nosotros creemos en eso!
Dans sa sagesse millénaire, la culture indigène valorise
les célébrations. Nos fêtes traditionnelles sont de joyeuses
manifestations d’amour de la vie et de la nature. Notre
référence est la spiritualité, soit la dimension de la vie créée
par le grand Esprit, cet Être supérieur relié aux éléments de la
nature – fleurs, oiseaux, animaux, rivières, lacs, bois – et à la
grandeur de la vie. Notre tradition n’a pas le sens des choses
passées ou anciennes, mais d’une recherche incessante dans
la mémoire et les enseignements de nos aïeux, transmis et mis
à jour de génération en génération.
Le respect de ces valeurs nous insuffle la force physique
et spirituelle de la nature, comme le don de partager, de
commémorer les uns avec les autres, de vivre la gratuité de
l’acte de célébrer. Avec l’arrivée de la « nouvelle civilisation »,
nos communautés ont créé d’autres mécanismes politiques,
sociaux et économiques. C’est dans ce contexte qu’est née
l’idée d’organiser des Jeux des Peuples indigènes comme une
réunion d’échanges et de célébrations, dont la fonction et les
objectifs revêtent de plus en plus le caractère de composition
de la grande famille. Tous y participent. C’est un ralliement,
une intégration de différentes ethnies, langues et coutumes
vouant un culte aux sports traditionnels. Le sport homme/
nature. Le fait d’allumer le Feu sacré, la Torche indigène, fait
jaillir une nouvelle lumière, un nouveau concept pour se faire
connaître et établir une relation d’égalité avec la société
environnante. Un exemple d’égalité dans la diversité.
Seullesportpermetcemomentderespectpourlesdifférences.
Seul ce langage de célébration et de promotion de la diversité
culturelle et ethnique caractérisant les indigènes brésiliens
pourra produire un nouveau langage du sport individuel pour
le bien collectif : les Jeux Mondiaux des Peuples Indigènes.
Nous y croyons !
Coordenador Geral e Articulador Desportivo Cultural -Jogos dos Povos Indígenas • General Coordinator and Cultural Sports Supervisor - World Indigenous Games
Coordinador General y Articulador Deportivo Cultural -Juegos de los Pueblos Indígenas • Coordinateur général et Articulateur sportif et culturel des Jeux des Peuples indigènes
Sob o céu o Grande Espírito.
Bajo del Cielo, el Gran Espíritu.
Under the Sky, the Great Spirit.
Sous le ciel, le grand Esprit.
Cocares Indígenas tradicionais, luzes, brilhos como as estrelas.
Coronas indígenas tradicionales, luces, brillos como las estrellas.
Traditional Indigenous headdress, lights, sparkles as the stars.
Coiffes de plumes indigènes traditionnelles : lumières, éclats, comme les étoiles.
Bola, borracha, árvore, selva, futebol, tradição.
Pelota, caucho, árbol , selva, fútbol , tradición.
Ball, rubber, tree, jungle, soccer, tradition.
Ballon, caoutchouc, arbre, jungle, football, tradition.
Olhar de Guerreiros.
La Mirada de los Guerreros.
Warriors ‘s stare.
Regard de Guerriers.
Chamas, fumaças, Fogo Sagrado!
Llamas, Humos, Fuego Sagrado!
Flame, smoke, Sacred Fire!
Flammes, fumées, Feu sacré !
Luz para iluminar novos caminhos.
Luz para iluminar nuevos caminos.
Light to illuminate new paths.
Lumière illuminant de nouveaux chemins.
Barro Vermelho - Cor da Terra.
Arcilla Rojo - Color de la Tierra .
Red Clay – Color of Earth.
Argile rouge : couleur de la Terre.
Mãos pretas, belo da arte indígena.
Manos negras, la hermosa arte indígena.
Black hands, beauty of indigenous art.
Mains noires, beauté de l’art indigène.
Nas diferentes línguas o acordo comum.
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Different languages, common agreement.
En différentes langues, l’accord commun.
Água, canoas, caminhos, vida!
Agua, canoas, caminos, vida!
Water, canoes, paths, life!
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O Arqueiro.
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Olhos que brilham vívidos como o bem viver!
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Yeux à l’éclat vif comme le bien vivre !
Cocares que dançam como cores da Natureza.
Coronas que bailan como colores de la Naturaleza.
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Força da mulher indígena.
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La celebración de los Pueblos con la Madre Tierra.
The celebration of people with Mother Earth.
Célébration des peuples avec la Mère Terre.
Fotógrafos Voluntários
MILA PETRILLO
RAYSSA COE
MELISSA TERENA
TAILY TERENA
ROBERTA TOJAL
Fotógrafos
RUY FAQUINI
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Textos
CARLOS TERENA
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Jogos dos Povos indígenas

  • 1.
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5. O presente livro reúne fotografias dos XI e XII Jogos dos Povos Indígenas, e da exibição organizada para a Conferência Rio+20, no Rio de Janeiro. O ministério do Esporte patrocina os Jogos Indígenas com o propósito de valorizar suas culturas como patrimôniodahumanidadeeparteformadora do povo brasileiro. Adotando os ideais de José Bonifácio de Andrada e Silva e do Marechal Cândido Rondon, o Estado brasileiro encontra no esporte o instrumento cultural para que eles sigam a linha evolutivadahistóriaintegrando–seàNaçãoecompartilhando o que de melhor a sociedade nacional tem a lhes oferecer. Ao lado de práticas de origem ritualística, coreografias de cerimoniais, mais reservadas à exibição que à competição como a luta huka-huka, que faz parte do Quarup que celebra os mortos no Parque do Xingu, os índios congraçam-se em esportes oriundos de seu ambiente e cultura, como arco e flecha, canoagem, corridas e natação – todos incluídos nos Jogos Olímpicos. Ao anunciar a realização dos Jogos Mundiais Indígenas para 2015 no Brasil, o ministério do Esporte e o Comitê Intertribal reafirmam a fecunda presença indígena na formação social brasileira. Maria do Espírito Santo Arcoverde, Bartira, Paraguaçu, Tibiriçá, Sepé Tiaraju, Arariboia, Ajuricaba permanecem vivos como heróis e heroínas na memória da Pátria e do povo. ALDO REBELO This book brings together photographs from the XI and XII editions of the Indigenous Games, and the exhibit organized for the Rio+20 Conference in Rio de Janeiro. The Ministry of Sport sponsors the Indigenous Games as a way to value its cultures as a formative part of Brazilian heritage and history. Using the ideals of José Bonifácio de Andrada e Silva and Marshall Cândido Rondon, the Brazilian government uses sport as a cultural instrument to follow the evolution of history, integrating the nation and sharing the best of what the country has to offer. Alongside ritualistic practices and ceremonial choreographies more reserved for exhibition purposes than competition, such as huka-huka fighting, part of the Quarup funeral ritual of Xingu tribe, the indigenous people focus on sports related to their environment and culture, such as archery, canoeing, running races and swimming - all of which are included in the Olympic Games. After announcing the 2015 World Indigenous Games in Brazil, the Ministry of Sport and the Intertribal Committee reaffirm the significance of the indigenous people in the formation of Brazilian society. Maria do Espírito Santo Arcoverde, Bartira, Paraguaçu, Tibiriçá, Sepé Tiaraju, Arariboia and Ajuricaba live on as heroes and heroines in the memory of nation and the people. El presente libro reúne imágenes del século XI y XII Juegos de los Pueblos Indígenas, y de la exhibición organizada para la Conferencia Rio+20 en Río de Janeiro. El Ministerio de Deporte auspicia los Juegos Indígenas con el propósito de valorar sus culturas como patrimonio de la humanidad y parte formadora del pueblo brasileño. Adoptando los ideales de José Bonifácio de Andrada e Silva y del Mariscal Cândido Rondon, el Estado brasileño encuentra en el deporte el instrumento cultural para que ellos sigan la línea evolutiva de la historia integrándose a la Nación y compartiendo lo mejor que la sociedad nacional tiene para ofrecerles. Al lado de prácticas de origen ritualistas, coreografía de los ceremoniales – más restrictas a la exhibición que a la competición – como la lucha huca-huca, que forma parte del Quarup que celebra a los muertos en el Parque do Xingu–, los indios se congracian en deportes originarios de su ambiente y cultura, como arco y flecha, canotaje, carreras y natación –todos incluidos en los Juegos Olímpicos. Al anunciar la realización de los Juegos Mundiales Indígenas para 2015 en Brasil, el Ministerio de Deporte y el Comité Intertribal reafirman la fecunda presencia indígena en la formación social brasileña. Maria do Espírito Santo Arcoverde, Bartira, Paraguaçu, Tibiriçá, Sepé Tiaraju, Arariboia, Ajuricaba siguen vivos como héroes y heroínas en la memoria de la Patria y del pueblo. Ce livre réunit des photographies des XIe et XIIe Jeux des Peuples Indigènes et de l’exposition organisée à l’occasion de la Conférence Rio+20, à Rio de Janeiro. Le Ministère du Sport sponsorise ces évènements afin de valoriser la culture indigène comme patrimoine de l’humanité et de mettre en relief son importance dans la formation du peuple brésilien. Dans le sillage des idéaux de José Bonifácio de Andrada e Silva et du maréchal Cândido Rondon, l’État voit dans le sport un instrument culturel permettant à ces peuples de suivre une ligne évolutive de l’histoire et de s’intégrer à la Nation en profitant du meilleur que la société brésilienne a à leur offrir. Les Indiens se rassemblent non seulement pour leurs pratiques et rituelles pour des chorégraphies cérémonielles, comme la lutte huka-huka, qui fait partie de la célébration des morts appelée Kuarup, dans le parc du Xingu, lesquelles sont plus propices aux exhibitions qu’à la compétition, mais encore pour pratiquer des sports emblématiques de leur environnement et culture, comme le tir à l’arc, la pirogue, les courses et la natation, tous présents aux Jeux olympiques. En annonçant réalisation des Jeux Indigènes Mondiaux au Brésil en 2015, le Ministère du Sport et le Comité du Intertribal réaffirment la fécondité de la présence indigène dans la formation sociale brésilienne. Maria do Espírito Santo Arcoverde, Bartira, Paraguaçu, Tibiriçá, Sepé Tiaraju, Arariboia, Ajuricaba sont autant de héros et héroïnes vivants dans la mémoire de la Patrie et du peuple. Ministro do Esporte • Minister of Sport • Ministro de Deporte • Ministre du Sport
  • 6. CARLOS TERENA Em nossa sabedoria milenar, a cultura indígena valoriza muito o celebrar. Nossas festas tradicionais são manifestações alegres de amor à vida e a natureza. Temos como referencia a espiritualidade, que é a dimensão da vida criada pelo Grande Espírito, um Ser Superior, mas conectado nos elementos da natureza – flores, pássaros, animais, rios, lagos, matas – a grandeza da vida. Nossa tradição não tem sentido de coisas passadas ou velhas, e sim uma busca permanente na memória e nos ensinamentos de nossos ancestrais que é transmitida e atualizada de geração a geração. Quando respeitamos esses valores, adquirimos a força da natureza, física e espiritual como o dom da partilha, comemorar uns com os outros, vivendo a gratuidade do festejar. Com a chegada da “nova civilização” nossas comunidades criaram outros mecanismos políticos, sociais e econômicos. Foi nesse contexto que nasceu a ideia da criação dos Jogos dos Povos Indígenas como encontro de intercâmbios e celebrações, cuja função e objetivos ganham cada vez mais o caráter de composição da grande família. Todos participam. É a reunião, a integraçãoentrediferentesetnias,línguasecostumesquesabem cultuar os esportes tradicionais. O esporte homem/natureza. Com o acendimento do Fogo Sagrado, a Tocha Indígena, nasce uma nova luz, um novo conceito de se fazer conhecer e estabelecer uma relação de igualdade com a sociedade envolvente. Um exemplo de igualdade na diversidade. Somente o esporte possibilita esse momento de respeito às diferenças. Somente essa linguagem da celebração e de promoção da diversidade cultural e étnica que caracteriza os indígenas brasileiros, será capaz de levar uma nova linguagem do esporte individual para o bem coletivo: os Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. Nós acreditamos nisso! Itisanage-oldtruththatindigenousculturesvaluecelebrations a great deal. Our traditional commemorations are joyful manifestations of a love of life and nature. We have spirituality as a reference, which is the dimension of life created by the Great Spirit, a Superior Being, but also connected to the elements of nature - flowers, bird, animals, rivers, lakes and forests - the majesty of life. Our traditions are not things that are old or useless. They are a permanent search in the memory and teachings of our ancestors, which are passed on and updated from generation to generation. When we respect these values, we acquire a natural, physical and spiritual strength, along with the gift of sharing and celebrating with each other while enjoying our festivities. With the arrival of the “new civilization”, our communities have created new political, social and economic mechanisms. This is the context in which the World Indigenous Games were created for exchanging ideas and celebrating heritage, creating something that seems more and more like a large family. Everyone takes part. It is about coming together and integrating different ethnicities, languages and customs that know the value of traditional sports. The interaction between human beings and nature that sports provide. With the lighting of the Sacred Fire, the Indigenous Torch, a new light is born. A new concept of learning and establishing an equal relationship with society as a whole. An example of equality in diversity. Only sports are able to create this respect for differences. Only this approach of celebrating and promoting the cultural and ethnic diversity that is characteristic of Brazilian indigenous people will be able to create a new language of individual and group sports: the World Indigenous Games. We believe in this dream! En nuestra sabiduría milenaria, la cultura indígena valora mucho la celebración. Nuestras fiestas tradicionales son manifestaciones alegres de amor a la vida y a la naturaleza. Tenemoscomoreferencialaespiritualidad,queesladimensión de la vida creada por el Gran Espíritu, un Ser Superior, más conectado a los elementos de la naturaleza –flores, pájaros, animales, ríos, lagos, bosques–la grandiosidad de la vida. Nuestra tradición no tiene sentido de cosas pasadas o viejas, sino una búsqueda permanente en la memoria y en las enseñanzas de nuestros ancestrales que se las transmiten y se actualizan de generación en generación. Cuando respetamos estos valores, adquirimos la fuerza de la naturaleza, física y espiritual, como el don de compartir, conmemorar unos con los otros, viviendo la gratuidad del festejar. Con la llegada de la “nueva civilización”, nuestras comunidades crearon otros mecanismos políticos, sociales y económicos. Fue en ese contexto que nació la idea de la creación de los Juegos de los Pueblos Indígenas como encuentro de intercambios y celebraciones, cuya función y objetivos ganan cada vez más el carácter de composición de la gran familia. Todos participan. Es la reunión, la integración entre diferentes etnias, idiomas y costumbres que saben adorar los deportes tradicionales. El deporte hombre/naturaleza. Con el encendido del Fuego Sagrado, la Antorcha Indígena, nace una nueva luz, un nuevo concepto de hacer que se conozca y se establezca una relación de igualdad con la sociedad involucrada. Un ejemplo de igualdad en la diversidad. Solamente el deporte permite ese momento de respeto a las diferencias. Solamente ese lenguaje de la celebración y de promoción de la diversidad cultural y étnica que caracteriza a los indígenas brasileños será capaz de llevar un nuevo lenguaje del deporte individual para el bien colectivo: los Juegos Mundiales de los Pueblos Indígenas. ¡Nosotros creemos en eso! Dans sa sagesse millénaire, la culture indigène valorise les célébrations. Nos fêtes traditionnelles sont de joyeuses manifestations d’amour de la vie et de la nature. Notre référence est la spiritualité, soit la dimension de la vie créée par le grand Esprit, cet Être supérieur relié aux éléments de la nature – fleurs, oiseaux, animaux, rivières, lacs, bois – et à la grandeur de la vie. Notre tradition n’a pas le sens des choses passées ou anciennes, mais d’une recherche incessante dans la mémoire et les enseignements de nos aïeux, transmis et mis à jour de génération en génération. Le respect de ces valeurs nous insuffle la force physique et spirituelle de la nature, comme le don de partager, de commémorer les uns avec les autres, de vivre la gratuité de l’acte de célébrer. Avec l’arrivée de la « nouvelle civilisation », nos communautés ont créé d’autres mécanismes politiques, sociaux et économiques. C’est dans ce contexte qu’est née l’idée d’organiser des Jeux des Peuples indigènes comme une réunion d’échanges et de célébrations, dont la fonction et les objectifs revêtent de plus en plus le caractère de composition de la grande famille. Tous y participent. C’est un ralliement, une intégration de différentes ethnies, langues et coutumes vouant un culte aux sports traditionnels. Le sport homme/ nature. Le fait d’allumer le Feu sacré, la Torche indigène, fait jaillir une nouvelle lumière, un nouveau concept pour se faire connaître et établir une relation d’égalité avec la société environnante. Un exemple d’égalité dans la diversité. Seullesportpermetcemomentderespectpourlesdifférences. Seul ce langage de célébration et de promotion de la diversité culturelle et ethnique caractérisant les indigènes brésiliens pourra produire un nouveau langage du sport individuel pour le bien collectif : les Jeux Mondiaux des Peuples Indigènes. Nous y croyons ! Coordenador Geral e Articulador Desportivo Cultural -Jogos dos Povos Indígenas • General Coordinator and Cultural Sports Supervisor - World Indigenous Games Coordinador General y Articulador Deportivo Cultural -Juegos de los Pueblos Indígenas • Coordinateur général et Articulateur sportif et culturel des Jeux des Peuples indigènes
  • 7.
  • 8. Sob o céu o Grande Espírito. Bajo del Cielo, el Gran Espíritu. Under the Sky, the Great Spirit. Sous le ciel, le grand Esprit.
  • 9. Cocares Indígenas tradicionais, luzes, brilhos como as estrelas. Coronas indígenas tradicionales, luces, brillos como las estrellas. Traditional Indigenous headdress, lights, sparkles as the stars. Coiffes de plumes indigènes traditionnelles : lumières, éclats, comme les étoiles.
  • 10. Bola, borracha, árvore, selva, futebol, tradição. Pelota, caucho, árbol , selva, fútbol , tradición. Ball, rubber, tree, jungle, soccer, tradition. Ballon, caoutchouc, arbre, jungle, football, tradition.
  • 11. Olhar de Guerreiros. La Mirada de los Guerreros. Warriors ‘s stare. Regard de Guerriers.
  • 12. Chamas, fumaças, Fogo Sagrado! Llamas, Humos, Fuego Sagrado! Flame, smoke, Sacred Fire! Flammes, fumées, Feu sacré !
  • 13. Luz para iluminar novos caminhos. Luz para iluminar nuevos caminos. Light to illuminate new paths. Lumière illuminant de nouveaux chemins.
  • 14. Barro Vermelho - Cor da Terra. Arcilla Rojo - Color de la Tierra . Red Clay – Color of Earth. Argile rouge : couleur de la Terre. Mãos pretas, belo da arte indígena. Manos negras, la hermosa arte indígena. Black hands, beauty of indigenous art. Mains noires, beauté de l’art indigène.
  • 15. Nas diferentes línguas o acordo comum. En los diferentes idiomas, el acuerdo común. Different languages, common agreement. En différentes langues, l’accord commun.
  • 16. Água, canoas, caminhos, vida! Agua, canoas, caminos, vida! Water, canoes, paths, life! Eau, pirogues, chemins, vie !
  • 17.
  • 18. O Arqueiro. El Arquero. The Archer. L’Archer.
  • 19. Olhos que brilham vívidos como o bem viver! Ojos que brillan vivos, como el buen vivir! Shining eyes, vivid as the good living! Yeux à l’éclat vif comme le bien vivre !
  • 20. Cocares que dançam como cores da Natureza. Coronas que bailan como colores de la Naturaleza. Dance of Headdresses like the colors of nature. Coiffes de plumes dansant comme des couleurs de la Nature.
  • 21. Culturas. Passos y cadencia como las olas de los rios. Cultures. Steps and cadence as the waves of the river. Cultures. Pas et cadences comme les vagues des rivières. Culturas. Passos e cadências como ondas dos rios.
  • 22. Oca dos Sábios. Idéias que se movem... “Oca” de los sabios. Ideas que se mueven... “Oca” of the Elders. Ideas in movement… Paillote des Sages. Idées en mouvement...
  • 23. Liderar para o bem coletivo, aconselhar, ouvir, falar. Liderazgo al bien coletivo, aconsejar, escuchar, hablar. Leading for the collective good, advising, listening, speaking. Diriger pour le bien collectif, conseiller, écouter, parler.
  • 24. Tótem, terra, madeira, água, fogo. Tóten , Tierra, madera, agua, fuego. Totem, earth, wood, water, fire. Totem, terre, bois, eau, feu.
  • 25.
  • 26. Perícia na busca do alvo. Maestria en la búsqueda del blanco. Dexterity in target search. Habileté dans la recherche de sa cible. Traços, cores, marcas da tradição secular. Rasgos, colores, las marcas de la tradición secular. Traits, colors, marks of secular tradition. Traits, couleurs, marques d’une tradition séculière.
  • 27. Guerreiras, Mulheres, beleza da natureza viva. Guerreras, Mujeres, belleza de la naturaleza viva. Female warriors, women, beauty of living nature. Guerrières, Femmes, beauté de la nature vive.
  • 28. Corrida da tora. Raza de la Tora. Tora Race. Course au tronc d’arbre.
  • 29. Mãos Vermelhas, Urucum, Homem/ Natureza. Manos Rojas, Achiote, Hombre/ Naturaleza. Red Hands, Annatto, Human / Nature. Mains rouges, Roucou, Homme/Nature.
  • 30. Força da mulher indígena. Fuerza de la mujer indígena. Force of Indigenous Women. Force de la femme indigène.
  • 31. Espiritualidade, Cultura, Tradição: a força indígena e os novos tempos. Espiritualidad, Cultura, Tradición: la fuerza indígena y los nuevos tiempos. Spirituality, Culture, Tradition: indigenous force and new times. Spiritualité, Culture, Tradition : la force indigène et les temps nouveaux.
  • 32. Chuva. Corpo e Alma. Renovação Lluvia. Cuerpo y Alma. Renovación. Rain. Body and Soul. Renovation. Pluie. Corps et Âme. Rénovation
  • 33.
  • 34. Legado Sagrado da palavra indígena. Legado Sagrado de la palabra indígena. Sacred Legacy of the indigenous word. Héritage sacré de la parole indigène.
  • 35. Oca Digital. Oca Digital. Digital “Oca” Paillote numérique.
  • 36. Nas artes o belo e o gosto de ser o que é. En las artes la belleza y el gusto de ser lo que es. In the arts the beauty and taste being what is. Dans les arts, le beau et le goût d’être ce qui est.
  • 37. Marcas constante da vida indígena. Marcas continuas de la vida indígena. Constant marks of Indigenous life. Marques constantes de la vie indigène.
  • 38. Jogos Verdes, Rio+20, força da Mãe Terra. Juegos Verdes Rio+20, fuerza de la Madre Tierra. Green Games Rio+ 20, the strength of Mother Earth. Jeux verts, Rio+20, force de la Mère Terre. Sustentabilidade. Sostenibilidad. Sustainability. Durabilité.
  • 39. Força do Guerreiro. Fuerza del Guerrero. Strength of the Warrior. Force du Guerrier.
  • 40. Caminhando ao futuro nos rastros dos antepassados. Caminando al futuro en los rastros de los antepasados. Walking to the future in the wake of the ancestors. Marchant vers le futur sur les traces de nos aïeux.
  • 41.
  • 42.
  • 43. Olhar, responsabilidade e compromisso. Mirada, responsabilidad y compromisso. To look, responsibility and commitment. Regard, responsabilité et engagement. A alegria de viver e lutar. La alegria de vivir y luchar. The joy of living and fighting. La joie de vivre et de lutter.
  • 44. Os Remadores. Los Remeros. The Rowers. Rameurs.
  • 45. Luta soberana. Lucha soberana. The Sovereign fight. Lutte souveraine.
  • 46.
  • 47. Nas estrelas, a magia da dança da Ema. En las estrellas la magia de la danza del Emú. In the stars, the magic of the dance of Emu. Dans les étoiles, magie de la danse de l’Émeu.
  • 48.
  • 49. Equilíbrio de forças. Equilibrio de las fuerzas. Balance of the forces. Équilibre des forces.
  • 50. A celebração de povos com a Mãe Terra. La celebración de los Pueblos con la Madre Tierra. The celebration of people with Mother Earth. Célébration des peuples avec la Mère Terre.
  • 51. Fotógrafos Voluntários MILA PETRILLO RAYSSA COE MELISSA TERENA TAILY TERENA ROBERTA TOJAL Fotógrafos RUY FAQUINI FRANCISCO Textos CARLOS TERENA