1. • Tem como principal filósofo
Aristóteles.
• Produziu uma enciclopédia
de todo saber que foi
produzido e acumulado
pelos gregos ao longo dos
anos. -> FILOSOFIA.
• Para ele, portanto, a
filosofia não é o saber
específico sobre alguma
coisa, mas sim uma forma
de conhecer todas as
coisas.
• Estabeleceu uma diferença
entre a totalidade desses
conhecimentos,
distribuindo-os em escala.
Período Sistemático – IV a III a. C
2.
3. O questionamento de Platão
• A ruptura entre o pensamento de Aristóteles e de
Platão se deu por conta da teoria das ideias e das
formas, relacionado diretamente com o estudo sobre
o mundo natural.
• Dizia não ser preciso haver um mundo hipotético das
formas, como o mundo das ideias, pois a realidade
das coisas estava aqui na Terra.
• Afirmava que certas constantes podem ser
descobertas quando investigamos o mundo natural.
4.
5. Observando o mundo natural...
• Aprendeu que, ao observar as características de
cada exemplo de seres vivos poderia construir
uma visão completa sobre eles.
• Para ele não nascemos com as ideias inatas
capazes de reconhecer as coisas, como pregava
Platão.
6. • É a partir da nossa experiência do mundo,
aprendemos quais as características compartilhadas
que tornam as coisas o que elas são.
• E a única maneira de experimentar o mundo é por
meio dos sentidos (insight).
• Assim, acreditava que as coisas no mundo material
não são cópias imperfeitas de alguma forma ideal,
mas que a forma essencial de alguma coisa é
inerente à própria coisa.
7. O mesmo se aplica aos conceitos...
• O que é verdadeiro no mundo natural também é no mundo dos
conceitos humanos, como virtude, justiça, beleza, ética e
bondade.
• Qualquer ideia que alcançamos só podem ser percebidas pelos
sentidos, pois, ao nascer, não temos a ideia de certo e errado.
• No entanto, quando encontramos exemplos de justiça ao longo de
nossas vidas, aprendemos a reconhecer as qualidades que tais
exemplos têm em comum e, aos poucos, refinamos nossa ideia
sobre justiça.
8. • A única maneira pela qual podemos conhecer a
ideia de justiça, então, é observando como ela se
manifesta à nossa volta.
• Assim, para Aristóteles existem verdades
universais passíveis de serem apreendidas pelos
sentidos.
• Dividiu o conhecimento em diversas áreas. Cada
saber, no campo que lhe é próprio, possui um
objeto e procedimentos específicos (FÍSICA,
LÓGICA, METAFÍSICA, ÉTICA, POLÍTICA, POÉTICA
E BIOLOGIA).
9. Classificação biológica
• Aristóteles, em sua escola Liceu, começou a colecionar espécies de
todos os animais. Costumava andar com seus alunos pela natureza
(os peripatéticos), classificando a fauna e a flora de acordo com
suas características específicas.
• Montou então um esquema hierárquico, base da taxonomia.
Dividiu o mundo em coisas vivas e não vivas através de suas
características compartilhadas.
• Na sua classificação, o ser humano está no topo da hierarquia.
10.
11. • O poder da razão é algo que não nasce dos sentidos,
que é a nossa única característica inata.
• Mas, embora tenhamos o raciocínio como algo
tipicamente humano, as ideias não são inatas, sendo a
razão necessária para aprendermos as coisas pela
experiência.
• Dai a necessidade do uso da lógica.
12. Hilemorfismo Teleológico
• Uma explicação teleológica é uma explanação sobre a
finalidade de algo.
• Para Aristóteles, a forma de uma criatura não se limita
às suas características físicas, mas também algo sobre
o que essa criatura faz e como ela se comporta.
• Todos os seres, então, possuem implicações éticas.
• Para ele, todas as coisas estariam constituídas de 4
causas inseparáveis:
• CAUSA MATERIAL, CAUSA FORMAL, CAUSA EFICAZ E
CAUSA FINAL.
13. • CAUSA MATERIAL: do que algo é feito.
• CAUSA FORMAL: é a disposição ou forma de
algo.
• CAUSA EFICIENTE: é a origem do ser.
• CAUSA FINAL: é a função ou objetivo de algo. (é
esta que se relaciona com a ética
• Tudo no mundo possui:
• 1 – Essência e acidente
• 2 – Ato e potência
• 3 – Necessidade e contingência
14. • Tudo que existe, compõe-se de matéria e forma.
A forma é que faz com que as coisas sejam o
que são, enquanto a matéria constitui o
substrato que permanece.
• Nos processos de mudança, a forma muda; a
matéria permanece.
15. Potência e Ato
• Buscou analisar a realidade que muda, mas
procurando conceitos que fossem imutáveis.
• Assim, devemos diferenciar: o ato – manifestação
atual do ser; potência – as possibilidades do ser,
aquilo que ainda não é mas pode vir a ser.
• Ato – Forma / Potência - Matéria
16. Método Dedutivo
• Assim, a ciência deveria partir da realidade
sensorial – empírica – para buscar nela as
estruturas essenciais de cada ser.
• A finalidade da ciência deve ser a compreensão
do universal, visando o estabelecimento de
definições essenciais que possam ser utilizadas
de modo generalizado.
17. • A dedução representa para o autor o processo
intelectual básico de aquisição do conhecimento.
• Observação sistemática das diferentes frutas às quais
damos o nome de maçã.
• Assim, o conceito maçã pode ter sentido universal, já
que reúne em si a estrutura essencial (as causas)
aplicável ao conjunto das várias maçãs existentes no
mundo.
18. A filosofia como um grande sistema de
conhecimento
• Busca de um conhecimento que abarque toda
realidade.
• Esquematizar através de “departamentos”
específicos de conhecimento, formando um
conjunto completo e fechado capaz de produzir
saber.
• “Corpos Aristotelicum”
• Conhecimento dividido
em 3 esferas.
19. • 1- Ciências produtivas: estudam as práticas e técnicas.
Finalidade: produção de alguma coisa, objeto ou obra.
• Poética (obra: Tratado da Poética) mimesis = imitação da
natureza.
• Retórica (obra: Tratado da Retórica) cartase = reviver os
sentimentos por meio da arte para que possamos nos
purificar deles. É a arte do discurso e da tragédia grega. Ao
sentir o que é representado, aprende-se sobre os sentimentos
e cria-se a possibilidade de amadurecimento do ser humano.
20. • 2 – Ciências Práticas: a finalidade da ação está na realização do
agente, ou seja, a finalidade da ação está nela mesma.
• EX: Ética, moral e política.
• Ética: estudo da virtude -> o que ela é e como nos educar. É
encontrada no meio justo (meson).
• Por exemplo, a virtude da coragem não é nem temer a tudo e
também não é nunca temer: a virtude é a sabedoria da coragem
na medida certa.
• Política: “O homem é um animal político” -> O homem só realiza
sua natureza essencial no convívio e na relação política com seus
pares na cidade.
21. • 3 – Ciências Teóricas ou Contemplativas: estuda as
coisas da natureza e divinas. Coisas que não dependem
da ação do homem.
a) Ciência Natural: do mundo sensível.
• ->FÍSICA/ASTRONOMIA: movimento dos corpos
sensíveis.
• ->VIDA/BIOLOGIA: movimento do ser vivo.
• -> PSICOLOGIA: movimento do ser racional, da alma
humana.
22. b) Filosofia Primeira: ciência do ser.
• -> ARQUELOLOGIA: busca a causa primeira de
qualquer ser.
• -> ONTOLOGIA: reflexão do ser; do que é real.
• -> TEOLOGIA: compreensão do Primeiro Ser, que
é perfeito, denominado de Theos.
23. SILOGISMO
• No processo de classificação, Aristóteles formulou
uma forma sistemática de lógica que se aplica a
cada espécie para determinar se ele pertence ou
não a certa categoria.
• Por exemplo, uma característica em comum de
todos os répteis é o sangue frio, logo, uma
espécie de sangue quente não seria um réptil.
• Qualquer área do conhecimento pressupõe a
lógica e a usa para produzir sentido.
24. • Observou um padrão nessa linha de pensamento
com três proposições que consistem em duas
premissas e uma conclusão, forma de raciocínio
conhecida como silogismo.
25. Teoria do Conhecimento
• Diferente de Platão, que faz uso da alegoria e da
metáfora, Aristóteles escreve a obra Metafísica
para, sistematicamente, demonstrar a experiência
do conhecer.
• 1- Sensação
• 2- Memória
• 3- Experiência
• 4- Arte
• 5- Teoria
26.
27. 1. (Uenp) As discussões iniciais sobre Lógica foram organizadas por Aristóteles no texto conhecido
como “Organon”, onde o filósofo sistematiza e problematiza algumas das afirmações que tinham
sido feitas pelos pré-socráticos (Parmênides, Heráclito) e por Platão. Sobre a lógica aristotélica é
incorreto afirmar:
• a) Aristóteles considera que a dialética não é um procedimento seguro para o pensamento, tendo
em vista posições contrárias de debatedores, e a escolha de uma opinião contra a outra não garante
chegar à essência da coisa investigada, por isso sugere a substituição da dialética pela lógica.
• b) Entre as principais diferenças que existem entre a lógica aristotélica e a dialética platônica estão:
a primeira é um instrumento para o conhecer que antecede o exercício do pensamento e da
linguagem; a segunda é um modo de conhecer e pressupõe a aplicação imediata do pensamento e
da linguagem.
• c) A lógica aristotélica é um instrumento para trabalhar os contrários, e as contradições para superá-
los e chegar ao conhecimento da essência das coisas e da realidade.
• d) A lógica aristotélica sistematiza alguns princípios e procedimentos que devem ser empregados
nos raciocínios para a produção de conhecimentos universais e necessários.
• e) Contemporaneamente não se pode considerar a lógica aristotélica como plenamente formal,
tendo em vista que Aristóteles não afasta por completo os conteúdos pensados, para ficar com
formas vazias (como se faz na lógica puramente formal). Embora tenha avançado no sentido da
lógica formal, se comparada com a dialética platônica, que dependia absolutamente do conteúdo
dos juízos.
28. 2. (UFU) Em primeiro lugar, é claro que, com a expressão “ser segundo a potência e o ato”,
indicam-se dois modos de ser muito diferentes e, em certo sentido, opostos. Aristóteles, de fato,
chama o ser da potência até mesmo de não-ser, no sentido de que, com relação ao ser-em-ato, o
ser-em-potência é não-ser-em-ato.
(REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga. Vol. II. Trad. de Henrique Cláudio de Lima Vaz e
Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994, p. 349.)
A partir da leitura do trecho acima e em conformidade com a Teoria do Ato e Potência de
Aristóteles, assinale a alternativa correta.
• a) Para Aristóteles, ser-em-ato é o ser em sua capacidade de se transformar em algo diferente
dele mesmo, como, por exemplo, o mármore (ser-em-ato) em relação à estátua (ser-em-
potência).
• b) Segundo Aristóteles, a teoria do ato e potência explica o movimento percebido no mundo
sensível. Tudo o que possui matéria possui potencialidade (capacidade de assumir ou receber
uma forma diferente de si), que tende a se atualizar (assumindo ou recebendo aquela
forma).
• c) Para Aristóteles, a bem da verdade, existe apenas o ser-em-ato. Isto ocorre porque o
movimento verificado no mundo material é apenas ilusório, e o que existe é sempre imutável
e imóvel.
• d) Segundo Aristóteles, o ato é próprio do mundo sensível (das coisas materiais) e a potência
se encontra tão-somente no mundo inteligível, apreendido apenas com o intelecto.