Jean Vague Am J Clin Nutr 1956 ; 4: 20-34 The degree of masculine differentiation of obesities. A factor determining predisposition to diabetes, atherosclerosis, gout, and uric calculous disease.
Síndrome da fartura (Mehnert, 1968) Síndrome plurimetabólica (Avogaro e Crepaldi, 1967) Síndrome X (Reaven, 1988) Síndrome da resistência à insulina (Haffner, 1992 e DeFronzo, 1991) Quarteto mortal (Kaplan, 1989) Síndrome metabólica hormonal (Björntorp, 1991) Síndrome metabólica (Hanefeld e Leonhardt, 1981)
VASOCONSTRIÇÃO E AUMENTO DO DÉBITO CARDÍACO RESPOSTA DE ALERTA MAIS EFICIENTE (ATAQUE OU FUGA) AUMENTO DA COAGULABILIDADE PROTEÇÃO CONTRA HEMORRAGIAS ATIVAÇÃO DE FATORES INFLAMATÓRIOS DEFESA CONTRA INFECÇÕES
CAPACIDADE DE ESTOCAR ENERGIA SOBREVIVÊNCIA A PERÍODOS PROLONGADOS DE JEJUM E ESCASSEZ OBESIDADE, HIPERLIPIDEMIA, DIABETES
VASOCONSTRIÇÃO E AUMENTO DO DÉBITO CARDÍACO RESPOSTA DE ALERTA MAIS EFICIENTE (ATAQUE OU FUGA) HIPERTENSÃO ARTERIAL AUMENTO DA COAGULABILIDADE PROTEÇÃO CONTRA HEMORRAGIAS TROMBOSE ATIVAÇÃO DE FATORES INFLAMATÓRIOS DEFESA CONTRA INFECÇÕES LESÃO DO ENDOTÉLIO VASCULAR, ATEROSCLEROSE
AUMENTO DA GORDURA VISCERAL (ADIPOCINAS) AUMENTO DA GLICEMIA (GLICOTOXICIDADE) AUMENTO DOS ÁCIDOS GRAXOS LIVRES (LIPOTOXICIDADE) PERPETUAM O CICLO
Síndrome Metabólica: classificação clínica do NCEP National Institutes of Health. Third report of the National Cholesterol Education Program (NCEP) Expert Panel on detection, evaluation and treatment of high blood cholesterol in adults (Adult Treatment Panel III). Publication No. 02-5215: 2002. Fator de risco Valor Obesidade abdominal Circunferência abdominal Homens > 102cm Mulheres > 88cm Triglicerídeos 150mg/dl HDL colesterol Homens < 40mg/dl Mulheres < 50mg/dl Pressão arterial 130/85mmHg Glicemia de jejum 110mg/dl (presença de pelo menos 3 fatores)
American Diabetes Association Novo ponto de corte para o diagnóstico de glicemia de jejum alterada: 99 mg/dl Diabetes Care 2004; 27 suppl 1: S5-S10
Obesidade visceral: associada à resistência à insulina. Banerji MA, et al . Am J Physiol 1997; 273:E425–E432. 0 5,000 10,000 15,000 20,000 Captação de glicose (mg/kg LBM/min) Volume de tecido adiposo subcutâneo por unidade de área de superfície (ml/m 2 ). 0 1,000 2,000 3,000 4,000 5,000 Volume de tecido adiposo visceral por unidade de área de superfície (ml/m 2 ). Captação de glicose (mg/kg LBM/min) Mulheres (n = 20) Homens (n = 32) População de estudo: pacientes negros com DM2 P < 0,0001 12 2 4 6 8 0 14 16 18 10 12 2 4 6 8 0 14 16 18 10
A Síndrome Metabólica: uma rede de fatores aterogênicos. Adaptado de McFarlane S, et al . J Clin Endocrinol Metab . 2001; 86:713–718. Aterosclerose Fatores predisponentes genéticos Fatores desencadeantes ambientais Resistência à insulina Hiperglicemia/IGT Dislipidemia Hipertensão Disfunção endotelial/ Microalbuminúria Hipofibrinólise Inflamação
Resistência à insulina e aumento no número de distúrbios metabólicos. Amostra randômica da população em geral (n = 888) Distúrbios metabólicos: intolerância à glicose, dislipidemia, hiperuricemia e/ou hipertensão. P < 0,001 para diferenças entre todas as categorias. Bonora E, et al . Diabetes 1998; 47:1643–1649. Prevalência de RI, estimada pelo HOMA (%) 100 0 80 60 40 20 0 1 2 3 4 Número de distúrbios metabólicos
Correlação entre PCR e síndrome de resistência à insulina. Festa A, et al . Circulation 2000; 102:42–47. Log médio PCR 1.6 0 0 1 2 3 4 Número de distúrbios metabólicos 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 1,6 População não -diabética do Estudo Resistência à insulina e aterosclesore (n = 1.008) Em todas as comparações P = 0,0001 exceto 2 vs 4 P < 0,005 e 3 vs 4 P = ns
Disfunção endotelial e resistência à insulina. Cleland SJ, et al . Hypertens 2000; 35:507–511. Sensibilidade à insulina (MCR; ml/kg/min) Vaso-reatividade ( % alt fluxo sangüíneo no antebraço) 12 0 10 8 6 4 2 – 20 60 0 20 40 DM2 Controle Hipertensão n = 27 r = 0,46, P < 0,05
Síndrome metabólica (NCEP III), estado conjugal e qualidade da relação conjugal em mulheres de 42 a 50 anos. Pittsburgh Healthy Women Study. Seguimento de 3 anos. Arch Intern Med 2005; 165: 1022-1027
A duração do sono dos americanos diminuiu 1,5 a 2 horas durante a segunda metade do século XX. Arch Gen Psychiatry. 1979;36:103-116. National Sleep Foundation. Sleep in America Poll, 2001-2002. Washington, DC: National Sleep Foundation.
*Body mass index unchanged † After controlling for body mass index Levels of Leptin and Ghrelin in Sleep-Deprived vs Well-Rested Subjects Hormone Laboratory Study Within Subject Comparison 2 days of 4-hour Sleep Time vs 2 days of 10-hour Sleep Time (n = 12) Age, 22 ± 2 years 100% Men Ann Intern Med. 2004;141:846-850 Epidemiologic Study Across Subject Comparison Usual Sleep Time of 5 hours vs 8 hours (n = 1024) Age, 53 ± 8 years 54% Men Sleep. 2004;27:A146-A147 Change in leptin (satiety hormone) -18%* -16% † Change in ghrelin (appetite hormone) +28%* +15% †
SÍNDROME METABÓLICA TRÊS VISÕES DIFERENTES, QUE NÃO SE EXCLUEM MUTUAMENTE AMBIENTE (alimentação, atividade física, estresse) RESISTÊNCIA INSULÍNICA INFLAMAÇÃO DOIS PRODUTOS DIABETES MELLITUS DOENÇA CARDIOVASCULAR
RATOS A e B (12. Congresso Latino Americano de Diabetes, 2004) SOB DIETA HIPERLIPÍDICA: A: ENGORDA MAIS B: ENGORDA MENOS SOB JEJUM: A: MORRE MENOS B: MORRE MAIS SOB INFECÇÃO: A: MORRE MENOS B: MORRE MAIS
A Organização Mundial de saúde (OMS) reconhece que a RI pode ser o fator comum para os componentes individuais da Síndrome Metabólica. A OMS recomenda que o tratamento de pacientes com hiperglicemia e outros componentes da Síndrome Metabólica deve incluir não só o controle glicêmico, como também estratégias para o tratamento de outros fatores de risco cardiovascular. World Health Organization. Definition, diagnosis and classification of diabetes mellitus and its complications. Part I: Diagnosis and classification of diabetes mellitus. WHO Department of Noncommunicable Disease Surveillance; 1999.
Os critérios desenvolvidos pelo National Cholesterol Education Program – Adult Treatment Panel III (NCEP ATP III) podem ser usados para se definir a Síndrome Metabólica. 1 Uma avaliação dos pacientes incluidos no estudo ADOPT sugeriu que possa haver discordância entre os critérios do NCPE e da OMS quanto a definição de Síndrome Metabólica. 2 A definição do NCEP ATP III pode ser um indicador mais sensível de obesidade central e RI e seus efeitos metabólicos do que a definição da OMS, provavelmente devido às exigências do NCEP para avaliação da obesidade através da medida da circunferência abdominal. 2 1. National Institutes of Health. Third report of the National Cholesterol Education Program (NCEP) Expert Panel on detection, evaluation and treatment of high blood cholesterol in adults (Adult Treatment Panel III). Publication No. 02-5215: 2002. 2. Kahn et al. Diabetes 2003; 52 (Suppl 1):A222, 952-P.
A obesidade, principalmente a obesidade visceral, é o precursor mais prevalente do DM2. A obesidade visceral está associada à RI. 1 Existe uma forte associação entre obesidade, principalmente a obesidade visceral, e os fatores de risco tradicionais para a DCV. 2 1. Bjorntorp P & Rosmond R. Drugs 1999; 58 (Suppl 1):13–18. 2. Alexander JK. Am H Med Sci 2001; 321 :215–224.
A obesidade visceral está associada à RI. Este estudo em pacientes com DM2 demonstrou uma correlação inversa, não-linear entre a utilização de glicose e a gordura visceral. A utilização da glicose não esteve associada com a gordura subcutânea. Banerji MA, et al. Am J Physiol 1997; 273 :E425–E432.
Uma série de fatores, tanto genéticos quanto ambientais, influenciam o desenvolvimento da RI e seus fatores de risco cardiovascular associados. Em particular, a obesidade visceral é um forte fator de risco para a RI e contribui significativamente para a hiperglicemia/intolerância à glicose, dislipidemia e hipertensão. Outros fatores de risco associados com a RI e a obesidade visceral incluem níveis elevados do inibidor-1 do ativador do plasminogênio (PAI-1; um inibidor da fibrinólise), disfunção endotelial, microalbuminúria, e níveis aumentados da proteína C reativa (PCR; um marcador de inflamação sistêmica). Juntos, o conjunto de fatores de risco cardiovascular que compreende a Síndrome Metabólica aumenta significativamente o risco de aterosclerose. McFarlane S, et al. J Clin Endocrinol Metab . 2001; 86 :713–718.
A prevalência de resistência à insulina (RI) se correlaciona com um número crescente de distúrbios metabólicos. O estudo Bruneck avaliou a prevalência de RI e outros distúrbios metabólicos em uma amostra randomizada estratificada por idade e por sexo da população em geral. A RI foi estimada pelo método H OMA. A prevalência da RI aumenta conforme aumenta o número de distúrbios metabólicos. A grande maioria (95%) dos indivíduos com múltiplos distúrbios metabólicos (intolerância à glicose [IGT ou diabetes tipo 2], dislipidemia, hiperuricemia e hipertensão) tinham RI. Bonora E, et al. Diabetes 1998; 47 :1643–1649.
Uma alta insulinemia de jejum está relacionada a uma série de fatores de risco para a DCV. Este estudo avaliou a relação entre a insulinemia de jejum (um indicador de RI) e a incidência de múltiplos distúrbios metabólicos durante 8 anos de acompanhamento do coorte incluido no San Antonio Heart Study , um estudo populacional sobre DM2 e DCV em pacientes mexicanos e brancos não-hispânicos . Uma alta insulinemia de jejum esteve relacionada a uma incidência significativamente maior de hipertensão, hipertrigliceridemia, diminuição do HDL-colesterol e DM2. As concentrações de insulina na linha de base eram maiores nos indivíduos que desenvolveram distúrbios metabólicos múltiplos subseqüente. Haffner SM, et al. Diabetes 1992; 41 : 715–722.
O modelo de avaliação homeostático (HOMA) é um método usado para se medir a resistência à insulina através da glicemia de jejum e insulinemia. Alguns pesquisadores acham que a imprecisão das estimativas pelo HOMA limitam sua aplicação clínica; entretanto, as estimativas pelo HOMA se correlacionam significativamente com medidas independentes de resistência à insulina e sustentam a base teórica da análise. 1,2 1. Matthews DR, et al. Diabetologia 1985; 28 :412–419. 2. Bonora E, et al. Diabetes Care 2000; 23 :57–63.
A proteína C reativa (PCR) é uma proteína de fase aguda liberada em resposta lesão aguda, infecção, ou outro estímulo inflamatório e é considerada, por isso, um marcador de inflamação sistêmica. Este estudo avaliou a relação da PCR com componentes da Síndrome de Resistência à Insulina (dislipidemia, obesidade central, RI e hipertensão) em uma população de 1.008 indivíduos não-diabéticos, 33% dos quais tinham intolerância à glicose. Foi observada uma correlação linear entre os níveis da PCR e o número de componentes presentes, sugerindo que inflamação crônica, sub-clínica faça parte da Síndrome de Resistência à Insulina. Festa A, et al. Circulation 2000; 102 :42–47.
A disfunção endotelial está relacionada à RI. Este estudo demonstrou a relação entre RI e disfunção endotelial em pacientes com DM2, pacientes hipertensos e controles. Correlações significativas foram encontradas, em todos os grupos, entre sensibilidade à insulina (avaliada através do clamp euglicêmico hiperinsulinêmico) e alterações no fluxo sangüíneo do antebraço em resposta à L-NMMA – uma medida da reatividade vascular dependente do endotélio ( P < 0,05). Cleland SJ, et al. Hypertens 2000; 35 :507–511.
5. Spiegel K, Tasali E, Penev P, et al. Sleep curtailment in healthy young men is associated with decreased leptin levels: elevated ghrelin levels and increased hunger and appetite. Ann Intern Med. 2004;141:846-850. Abstract 11. Taheri S, Lin L, Austin D, et al. Short sleep duration is associated with reduced leptin, elevated ghrelin, and increased body mass index (BMI). Sleep. 2004;27:A146-A147.