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Ac. Henrique Mascioli Fiorillo – Interno II
Faculdade de Medicina de Catanduva – 2012
 Insuficiência renal funcional em
  pacientes em fase avançada de
  insuficiência hepática e hipertensão
  porta.
 Decorrente de vasoconstrição arterial
  renal sem nefropatia subjacente, que
  resulta em diminuição da taxa de
  filtração glomerular.
 7 – 15% dos cirróticos hospitalizados
  por ascite.
 33% dos pacientes com PBE e sem uso
  prévio de antibióticos nefrotóxicos.
FISIOPATOGENIA
 Acentuada vasoconstrição renal.
 Mecanismo ainda não completamente
  esclarecido.
 Teoria mais aceita: vasodilatação
  arterial periférica. Ocorre diminuição
  progressiva do volume sanguíneo
  efetivo, progressiva ativação dos
  sistemas renina-angiotensina e nervoso
  simpático.
 Vasoconstrição pode estar presente
  semanas/meses antes das
  manifestações clínicas.
   Outras teorias: reflexo hepatorrenal
    (descrito apenas em animais) e
    diminuição na síntese ou na liberação
    de fator vasodilatador renal pelo fígado
    doente (não há comprovação de sua
    existência).
ACHADOS CLÍNICOS
 Insuficiência renal + alterações
  hemodinâmicas.
 Disfunção hepática avançada.
 IRA de início rápido ou insidioso,
  acentuada retenção de Na+ e água,
  levando ao edema, ascite, hiponatremia
  dilucional.
 Diagnóstico de exclusão (demonstrar
  uma ↓TFG com a ↑Cr, excluindo
  hipovolemia, infecção, drogas
  nefrotóxicas, dça renal, NTA, pós-renal.
   Dois tipos de SHR:

     Tipo I = duplicação dos valores iniciais da
     creatinina sérica maiores que 2,5mg/dl OU
     redução de 50% dos valores iniciais da
     depuração de creatinina de 24h a menos de
     20ml/min antes de 2 semanas

     Tipo II = IRA não apresenta curso
     rapidamente progressivo. Cr sérica entre 1,5
     e 2,5mg/dl OU redução da depuração da Cr
     de 24h abaixo de 40ml/min.
TRATAMENTO
 Ideal = transplante hepático (TxH).
 33% após TxH precisarão de diálise.
 Sobrevida após 3 anos ≈ 60%.
 Farmacológico (5-14 dias): terlipressina
  0,5-1 mg EV 4/4h OU Midodrina 7,5mg
  VO 8/8h + Octreotídeo 100mg SC 8/8h
  OU Noradrenalina 0,5-3mg/h infusão
  contínua EV; Albumina humana 20-40g/
  dia EV (associada a todos os fármacos).
 TIPS: melhora perfusão renal e TFG,
  reduz atividade dos sistemas
  vasoconstritores. Relacionado com
  grande frequência de efeitos colaterais,
  como encefalopatia hepática.
 Fármacos e TIPS devem ser uma
  “ponte” para o transplante.

PROGNÓSTICO
 Reservado.
 SHR I: sobrevida média = 2 semanas
 SHR II: sobrevida média = alguns
  meses
   Tríade clínica:
     Doença hepática
     Anormalidades nas trocas gasosas
     Dilatações vasculares pulmonares
FISIOPATOGENIA
 Dilatação de capilares pulmonares (de
  8-15 µm para até 500 µm),
  preferencialmente na periferia e bases.
  Provocam desequilíbrio na relação
  ventilação/perfusão.
 Comunicações vasculares diretas entre
  artérias e veias pulmonares (shunts).
 Fisiopatogenia da vasodilatação
  permanece incerta.
 Hiporresponsividade do leito vascular a
  substâncias vasoconstritoras exógenas
  (nor e A II)?
   Postula-se que endotoxemia dos
    cirróticos induz diretamente a atividade
    das NO-S (sintetases do óxido nítrico),
    ou indiretamente (liberação de
    citocinas).
ACHADOS CLÍNICOS

 Dispneia (sintoma mais comum)
 Platipneia
 Ortodeoxia (88% dos pacientes)
 Hipoxemia
 Hipocratismo digital
 “Spiders”
 Cianose
   Classificação:

     Tipo I = dilatações pré-capilares difusas
     (podem se tornar semelhantes a
     esponja/manchas); resposta quase normal à
     administração de O2 a 100%.

     Tipo II = vasodilatações pequenas e
     localizadas (MAVs); pobre resposta ao O2 a
     100%. Pouco comum.
DIAGNÓSTICO
 Gasometria arterial (PaO2 <70mmHg.
  Sat <92%)
 Gradiente alvéolo-arterial
 TC (espessamento pleural e dilatações
  vasculares pulmonares)
 Acocardiografia com contraste (método
  não invasivo de escolha)
 Cintigrafia pulmonar (mais específico
  que ECC)
 Arteriografia pulmonar (escolha do
  tratamento)
TRATAMENTO
 Fases iniciais: hipoxemia responde bem
  ao oxigênio inalatório.
 Farmacológica: não há nenhum fármaco
  que melhora a oxigenação e altere a
  vasodilatação pulmonar.
 TIPS: papel controverso na SHP.
 Oclusão de MAVs congênitas por
  cateter transcutâneo (manejo do shunt
  A-V intrapulmonar); SHP tipo II.
 Única terapia real: transplante hepático.
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Síndromes hepatorrenal e hepatopulmonar

  • 1. Ac. Henrique Mascioli Fiorillo – Interno II Faculdade de Medicina de Catanduva – 2012
  • 2.  Insuficiência renal funcional em pacientes em fase avançada de insuficiência hepática e hipertensão porta.  Decorrente de vasoconstrição arterial renal sem nefropatia subjacente, que resulta em diminuição da taxa de filtração glomerular.
  • 3.  7 – 15% dos cirróticos hospitalizados por ascite.  33% dos pacientes com PBE e sem uso prévio de antibióticos nefrotóxicos.
  • 4. FISIOPATOGENIA  Acentuada vasoconstrição renal.  Mecanismo ainda não completamente esclarecido.  Teoria mais aceita: vasodilatação arterial periférica. Ocorre diminuição progressiva do volume sanguíneo efetivo, progressiva ativação dos sistemas renina-angiotensina e nervoso simpático.  Vasoconstrição pode estar presente semanas/meses antes das manifestações clínicas.
  • 5. Outras teorias: reflexo hepatorrenal (descrito apenas em animais) e diminuição na síntese ou na liberação de fator vasodilatador renal pelo fígado doente (não há comprovação de sua existência).
  • 6. ACHADOS CLÍNICOS  Insuficiência renal + alterações hemodinâmicas.  Disfunção hepática avançada.  IRA de início rápido ou insidioso, acentuada retenção de Na+ e água, levando ao edema, ascite, hiponatremia dilucional.  Diagnóstico de exclusão (demonstrar uma ↓TFG com a ↑Cr, excluindo hipovolemia, infecção, drogas nefrotóxicas, dça renal, NTA, pós-renal.
  • 7. Dois tipos de SHR:  Tipo I = duplicação dos valores iniciais da creatinina sérica maiores que 2,5mg/dl OU redução de 50% dos valores iniciais da depuração de creatinina de 24h a menos de 20ml/min antes de 2 semanas  Tipo II = IRA não apresenta curso rapidamente progressivo. Cr sérica entre 1,5 e 2,5mg/dl OU redução da depuração da Cr de 24h abaixo de 40ml/min.
  • 8. TRATAMENTO  Ideal = transplante hepático (TxH).  33% após TxH precisarão de diálise.  Sobrevida após 3 anos ≈ 60%.  Farmacológico (5-14 dias): terlipressina 0,5-1 mg EV 4/4h OU Midodrina 7,5mg VO 8/8h + Octreotídeo 100mg SC 8/8h OU Noradrenalina 0,5-3mg/h infusão contínua EV; Albumina humana 20-40g/ dia EV (associada a todos os fármacos).
  • 9.  TIPS: melhora perfusão renal e TFG, reduz atividade dos sistemas vasoconstritores. Relacionado com grande frequência de efeitos colaterais, como encefalopatia hepática.  Fármacos e TIPS devem ser uma “ponte” para o transplante. PROGNÓSTICO  Reservado.  SHR I: sobrevida média = 2 semanas  SHR II: sobrevida média = alguns meses
  • 10. Tríade clínica:  Doença hepática  Anormalidades nas trocas gasosas  Dilatações vasculares pulmonares
  • 11. FISIOPATOGENIA  Dilatação de capilares pulmonares (de 8-15 µm para até 500 µm), preferencialmente na periferia e bases. Provocam desequilíbrio na relação ventilação/perfusão.  Comunicações vasculares diretas entre artérias e veias pulmonares (shunts).  Fisiopatogenia da vasodilatação permanece incerta.  Hiporresponsividade do leito vascular a substâncias vasoconstritoras exógenas (nor e A II)?
  • 12. Postula-se que endotoxemia dos cirróticos induz diretamente a atividade das NO-S (sintetases do óxido nítrico), ou indiretamente (liberação de citocinas).
  • 13. ACHADOS CLÍNICOS  Dispneia (sintoma mais comum)  Platipneia  Ortodeoxia (88% dos pacientes)  Hipoxemia  Hipocratismo digital  “Spiders”  Cianose
  • 14. Classificação:  Tipo I = dilatações pré-capilares difusas (podem se tornar semelhantes a esponja/manchas); resposta quase normal à administração de O2 a 100%.  Tipo II = vasodilatações pequenas e localizadas (MAVs); pobre resposta ao O2 a 100%. Pouco comum.
  • 15. DIAGNÓSTICO  Gasometria arterial (PaO2 <70mmHg. Sat <92%)  Gradiente alvéolo-arterial  TC (espessamento pleural e dilatações vasculares pulmonares)  Acocardiografia com contraste (método não invasivo de escolha)  Cintigrafia pulmonar (mais específico que ECC)  Arteriografia pulmonar (escolha do tratamento)
  • 16. TRATAMENTO  Fases iniciais: hipoxemia responde bem ao oxigênio inalatório.  Farmacológica: não há nenhum fármaco que melhora a oxigenação e altere a vasodilatação pulmonar.  TIPS: papel controverso na SHP.  Oclusão de MAVs congênitas por cateter transcutâneo (manejo do shunt A-V intrapulmonar); SHP tipo II.  Única terapia real: transplante hepático.