SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 324
Descargar para leer sin conexión
P. Luis GLINKA OFM
          (COMP.)




  La oración en
los santos Padres


    ichthys     bolsillo




       L U M E N
LA ORACIÓN
EN LOS SANTOS PADRES
  PEDID, LLAMAD Y BUSCAD
ichthys             bolsillo




     LA ORACIÓN
EN LOS SANTOS PADRES
  PEDID, LLAMAD Y BUSCAD



    PADRE LUIS G L I N K A
          COMPILADOR




              LUMEN
     Grupo Editorial LUMEN
        Buenos Aires - México
Colección: Ichthys bolsillo
                    Compilación: Padre Luis Glinka
           Coordinación gráfica y diseño: Lorenzo Ficarelli


 La oración en los santos Padres / compilado por Luis Glinka.
   a
 1. ed. - Buenos Aires : Lumen, 2009.
    320 p . ; 18x13 cm.

       ISBN 978-987-00-0858-3

       1. Religión. 2. Patrística. I. Luis Glinka, comp.
       CDD 200.1


No está permitida la reproducción total o parcial de este libro, ni
su tratamiento informático, ni su transmisión de ninguna forma,
           ya sea electrónica, mecánica, por fotocopia,
     por registro u otros métodos, ni cualquier comunicación
         pública por sistemas alámbricos o inalámbricos,
comprendida la puesta a disposición del público de la obra de tal
 forma que los miembros del público puedan acceder a esta obra
       desde el lugar y en el momento que cada uno elija,
o por otros medios, sin el permiso previo y por escrito del editor.



             © Editorial y Distribuidora Lumen SRL, 2009.

                     Grupo Editorial Lumen
 viamonte 1674, (C1055ABF) Buenos Aires, República Argentina
     Tel. 4373-1414 (líneas rotativas) o Fax (54-11) 4375-0453
                 E-mail: editorial@lumen.com.ar
                   http://www.lumen.com.ar
           Hecho el depósito que previene la ley 11.723
                  Todos los derechos reservados



                  LIBRO DE EDICIÓN ARGENTINA
                     PRINTED IN ARGENTINA
PRÓLOGO




     S          an P a b l o , dirigiéndose a los fieles de Te-
                salónica, los exhorta a orar sin interrup­
                ción. " R e c e n i n c e s a n t e m e n t e " , les dice
(1 Ts 5, 1 7 ) . E l a p ó s t o l n o h a c e otra c o s a q u e
t r a n s m i t i r a los fieles v e n i d o s del p a g a n i s m o u n a
de las principales exigencias que J e s ú s h a b í a
p u e s t o p a r a sus discípulos. L o s que v e n í a n del
p a g a n i s m o a c o s t u m b r a b a n rezar c o n m u c h a s p a ­
labras, o c o n interminables repeticiones d e las
m i s m a s fórmulas.

     Ya J e s ú s h a b í a d i c h o a sus discípulos q u e n o
rezaran c o m o los p a g a n o s (Mt 6, 7-8). L o s cristia­
n o s d e b í a n rezar de acuerdo con la antigua tradi­
ción q u e se e n r a i z a b a en el A n t i g u o T e s t a m e n t o y
q u e tenía su m o d e l o en los S a l m o s , c o m o y a lo
h a c í a n los fieles v e n i d o s del j u d a i s m o . P e r o les
advirtió que no hicieran como algunos judíos,
q u e r e z a b a n e n las p l a z a s o e n las c a l l e s p a r a
ser vistos por los demás. La oración de los dis­
cípulos de Jesús se caracteriza por ser interior,


                                     5
6                   LA   O R A C I Ó N EN L O S SANTOS      PADRES




y se hace con el deseo de ser vistos sólo por
D i o s ( M t 6, 5 - 6 ) .

    J e s ú s fue c o n o c i d o c o m o h o m b r e de oración.
Los E v a n g e l i o s r e c u e r d a n que c o n frecuencia se
retiraba a orar, q u e a v e c e s se levantaba m u y t e m -
p r a n o p a r a h a c e r l o ( M c 1, 3 5 ) y q u e otras v e c e s
" p a s a b a t o d a la n o c h e en o r a c i ó n " (Lc 6, 1 2 ) . E n
ciertas circunstancias, lo hacía a c o m p a ñ a d o p o r
sus discípulos (Lc 9, 2 5 ) . En algunas o p o r t u n i d a -
des, los evangelistas transmiten las palabras q u e
el S e ñ o r p r o n u n c i a b a en su oración, c o m o la afec-
tuosa acción de gracias al Padre p o r q u e reveló s u
misterio a los p e q u e ñ o s (Mt 11, 25-26; L c 10, 2 1 -
2 2 ) , el d e s g a r r a d o r grito en la cruz ( M t 2 7 , 4 6 ; M c
15, 3 4 ) , t o m a d o de u n S a l m o (Sal 2 2 , 2 ) , o el cari-
ñ o s o " ¡ A b b á ! " c o n el que revelaba su especial in-
t i m i d a d c o n D i o s . E l ejemplo del S e ñ o r resultó
atrayente p a r a los discípulos, p o r q u e éstos, al
verlo rezar, se dirigieron a él pidiéndole: "¡Señor,
e n s é ñ a n o s a rezar!" (Lc 11, 1 ) .

    J e s ú s e n s e ñ ó a sus discípulos q u é debían decir
en la oración y c ó m o debían orar. L o que se d e b e
decir e n la oración está resumido en la principal
e n s e ñ a n z a de J e s ú s en esta materia, que es el " P a -
d r e n u e s t r o " (Mt 6, 9-12; L c 11, 2-4). Entre las ins-
PRÓLOGO                       7




trucciones sobre la forma en que h a y q u e rezar, se
e n c u e n t r a el triple imperativo c o n s e r v a d o en los
textos e v a n g é l i c o s que los críticos atribuyen a tina
de las m á s antiguas fuentes: "Pidan... busquen...
l l a m e n " (Mt 7, 7; L c 11, 9). S o n expresiones que se
dirigen a los q u e están en condición de carencia.
Si d e b e n p e d i r o buscar, es p o r q u e n o tienen o
p o r q u e h a n p e r d i d o lo que tenían. Si deben lla­
mar, es p o r q u e están fuera y desean ser recibidos.

    L o s tres imperativos van seguidos p o r otros
tantos v e r b o s q u e aseguran la respuesta que se
d a r á a los que o b e d e z c a n a estos m a n d a t o s : a los
q u e b u s q u e n , hallarán, y a los que llamen se les
abrirá. S e g ú n la forma de expresarse de los j u d í o s ,
q u e a t e n d i e n d o al m a n d a m i e n t o evitan, p o r lo ge­
neral, p r o n u n c i a r el n o m b r e de D i o s , los v e r b o s
dichos en forma pasiva indican q u e quien realiza­
rá la acción es el m i s m o Dios; al que pide, D i o s le
dará, y al q u e l l a m e , Dios m i s m o le abrirá.

    Se s o b r e e n t i e n d e que el que b u s c a e n c o n t r a r á
a D i o s . E l texto c o n c l u y e h a c i e n d o u n a c o m p a r a ­
ción: los seres h u m a n o s , aun s i e n d o m a l o s , s a b e n
dar c o s a s b u e n a s a sus hijos. E l Padre celestial,
q u e es s ó l o b o n d a d , dará s i e m p r e lo q u e es b u e ­
n o p a r a aquellos q u e se lo piden. P o r eso los t e x -
8                  LA    ORACIÓN        EN LOS SANTOS            PADRES




tos del N u e v o T e s t a m e n t o insisten en que el oran-
te será e s c u c h a d o , y q u e todo lo que p i d a le será
c o n c e d i d o , a u n las c o s a s m a s sorprendentes ( M c
11, 2 4 ) .

    La s e g u r i d a d q u e debe tener el orante de q u e
será a t e n d i d o en la oración está m u y lejos de p a -
recerse a la " m a g i a " . N o es sólo decir p a l a b r a s
para que las c o s a s sucedan: el q u e reza d e b e c o -
m e n z a r p o r liberarse de todo m a l sentimiento. El
E v a n g e l i o p o n e u n ejemplo: " C u a n d o te p o n g a s
de pie para orar, p e r d o n a a los demás..." ( M c 11,
25). A d e m á s , la o r a c i ó n se debe h a c e r "en el n o m -
bre de J e s ú s " (Jn 14, 13; 15, 16). Estar "en el n o m -
bre"    es c o m o estar m e t i d o s dentro del m i s m o
n o m b r e , es decir, c o m o f o r m a n d o u n a sola p e r s o -
n a c o n él. E n t o n c e s , si se tienen los m i s m o s senti-
m i e n t o s q u e tiene Jesucristo, y se reza en u n i ó n
con él, se tiene la s e g u r i d a d de participar de su
o m n i p o t e n c i a . P e r o , aun así, es necesario "pedir";
n o es c o m o p r o n u n c i a r u n a palabra m á g i c a , sino
p o n e r s e en h u m i l d e actitud de petición p a r a q u e
D i o s la c o n c e d a .

    El A n t i g u o T e s t a m e n t o , c o m o la e n s e ñ a n z a
d e J e s ú s y d e l o s a p ó s t o l e s , c o n t r a d i c e la a c t i -
t u d d e aquellos fatalistas que aceptan pasiva-
PRÓLOGO                   9




m e n t e lo que s u c e d e . U n o s p i e n s a n que t o d o su-
c e d e i n e x o r a b l e m e n t e de acuerdo c o n las leyes de
la naturaleza, y q u e es inútil que los seres h u m a -
n o s p r e t e n d a n c a m b i a r el orden de las cosas recu-
r r i e n d o a D i o s . O t r o s dicen q u e todo ya fue deter-
m i n a d o p o r D i o s ("estaba escrito"), y que El n o
va a cambiar sus planes.

    A u n o s y a otros se les responde que D i o s quie-
re q u e le p i d a n y que, para ordenar las c o s a s ,
D i o s tiene en c u e n t a la súplica de los h u m a n o s .
N o se explica c ó m o entra a j u g a r la petición de u n
ser h u m a n o en el orden inflexible de las c a u s a s
naturales, ni en el s o b e r a n o plan de D i o s . P e r o la
Escritura e n s e ñ a q u e los h u m a n o s n o son objetos
p a s i v o s ni s o n "juguetes del destino"; D i o s h a
q u e r i d o o r d e n a r la historia en diálogo c o n sus hi-
j o s , y t o d o s p u e d e n participar c o m o suplicantes.

    L o s santos P a d r e s c u m p l i e r o n con el misterio
de profundizar las e n s e ñ a n z a s del E v a n g e l i o y
transmitirlas a los fieles de todas las culturas,
aplicándolas a las n u e v a s circunstancias q u e se
iban p r o d u c i e n d o en la historia de la Iglesia. D e
esa m a n e r a , dejaron sorprendentes             enseñanzas
sobre la oración. U n o s escribieron tratados sobre
la o r a c i ó n en general, o sobre alguna oración en
10                LA   ORACIÓN       EN L O S SANTOS        PADRES




particular, e s p e c i a l m e n t e sobre el        "Padrenues-
tro"; otros escribieron oraciones o dejaron p o r e s -
crito las oraciones q u e ellos m i s m o s rezaban, p a -
ra q u e sirvieran de ejemplo a los fieles; a l g u n o s
c o m p u s i e r o n los textos litúrgicos que se u s a r o n
en a l g u n o s t i e m p o s o q u e todavía h o y se rezan y
se c a n t a n en las iglesias; finalmente otros, e n s u
tarea pastoral, dirigieron s e r m o n e s al p u e b l o p a -
ra instruirlo sobre q u é debía rezar y c ó m o d e b í a
hacerlo.

     Las   e n s e ñ a n z a s sobre la oración que se en-
c u e n t r a n en los escritos de los santos                 Padres
c o n s t i t u y e n u n m a t e r i a l inabarcable. D e t o d o e s -
te a b u n d a n t e material, el p a d r e Luis G l i n k a h a
extraído u n a c a n t i d a d de ejemplos que a los lec-
tores p o d r á n p a r e c e r m u c h o s , pero q u e en reali-
d a d s o n u n a p e q u e ñ a m u e s t r a de todo lo q u e se
p u e d e leer sobre este tema.

     El p a d r e G l i n k a h a seleccionado estos e j e m -
plos, y a q u í los ofrece traducidos al castellano y
o r d e n a d o s c o m o p a r a q u e los cristianos de h o y
a p r e n d a n a rezar en la escuela de los santos P a -
dres. E s de d e s e a r q u e estos ejemplos susciten el
interés p o r la lectura de las obras de aquellos pri-
m e r o s testigos y m a e s t r o s de la fe.
PRÓLOGO                     11




      L o s fieles reciben en la actualidad la oferta de
m u c h o s m é t o d o s de oración. A l g u n o s se a p o y a n
sobre c o n c e p t o s religiosos m u y distantes de la fe
cristiana, p o r lo q u e son ciertamente desaconseja-
b l e s . L a obra del p a d r e G l i n k a sirve c o m o un v a -
lioso indicador, que ubica a los lectores en el c a -
m i n o de la auténtica tradición cristiana. C o m o se
suele decir, c u a n d o r e m o n t a m o s el c a m i n o , y v o l -
v e m o s hacia la fuente, ahí e n c o n t r a m o s el a g u a
más pura.



                              Monseñor Luis Heriberto Rivas
PRESENTACIÓN
       P E R M A N E C E R DELANTE DE D I O S




    A           c t u a l m e n t e existe u n a proliferación de
                o r a c i o n e s p o p u l a r e s p a r a todas las n e ­
                cesidades e inquietudes personales,
a l g u n a s de las c u a l e s hasta p u e d e n p a r e c e r m á ­
gicas o m a c u m b e r a s a la h o r a de obtener gracias
y favores divinos.
     Estas o r a c i o n e s a p u n t a n e s p e c i a l m e n t e a o b t e ­
n e r trabajo, p o d e r e c o n ó m i c o , salud corporal y,
p o r ú l t i m o , al t e m a espiritual e interior del h o m ­
bre. S e organizan procesiones, peregrinaciones,
manifestaciones religiosas p a r a rogar p o r " p a n y
trabajo", p a r a a g r a d e c e r h a b e r c o n s e g u i d o u n
e m p l e o o salud. E s t o es v e r d a d e r a m e n t e n e c e s a ­
rio y b u e n o ; p e r o olvida la parte m á s i m p o r t a n t e
de la p e r s o n a h u m a n a que garantiza la salud e s ­
piritual y m o r a l : m a n t e n e r la amistad c o n D i o s
d u r a n t e t o d o el t i e m p o , p e r m a n e c e r c o n t i n u a ­
m e n t e ante Dios.


                                      13
14                LA   ORACIÓN        EN L O S SANTOS        PADRES




     Es n e c e s a r i o p e d i r a D i o s el p e r d ó n de los p e -
c a d o s , la c o n v e r s i ó n interior, vivir i n t e n s a m e n t e
la c a r i d a d fraternal. L a oración n o es u n a s p e c t o
sólo p e r s o n a l , sino t a m b i é n c o m u n i t a r i o , litúrgi-
co, q u e n o s u n e a D i o s y n o s h e r m a n a en u n a s o -
la c a r i d a d y fe en el Señor.

      R e z a m o s m u c h o o p o c o pero n o s a b e m o s q u é
p e d i r a D i o s . S e h a n tergiversado los valores y las
p r i o r i d a d e s de la oración.

     Los santos P a d r e s tienen aquí u n a importante
e n s e ñ a n z a sobre la oración. N o s dejaron preciosos
tesoros sobre su p e d a g o g í a que l a m e n t a b l e m e n t e
d e s c o n o c e m o s . E l l o s n o s e n s e ñ a n c ó m o rezar,
c ó m o p e d i r a D i o s u n a gracia y, p a r t i c u l a r m e n -
te, c ó m o p e r m a n e c e r c o n t i n u a m e n t e ante la p r e -
s e n c i a de D i o s c o n el corazón y la m e n t e , y conti-
n u a r delante de él, día y n o c h e , en m e d i o de n u e s -
tras actividades, p r e o c u p a c i o n e s y tareas de c a d a
día.

    Se trata, p u e s , de n o volver a u n p a s a d o h i s t ó -
rico, s i n o r e c u p e r a r las ricas e n s e ñ a n z a s de los
P a d r e s sobre la o r a c i ó n y aplicarlas a nuestra rea-
lidad m o d e r n a materialista, h e d o n i s t a e indivi-
dualista p a r a m a n t e n e r un contacto p e r m a n e n t e
con D i o s q u e es amor, n o s p e r d o n a y es el S e ñ o r
PRESENTACIÓN                         15




de t o d o lo c r e a d o . A través de D i o s n o s e n c o n t r a -
m o s c o n n u e s t r o prójimo c o m o h e r m a n o e hijo de
n u e s t r o Padre.

    "Oren c o n s t a n t e m e n t e " (1 Ts 5, 17) es la ense-
ñ a n z a constante de los Padres que tiene su origen
en la S a g r a d a Escritura. Es b ú s q u e d a constante de
Dios y descubrir c a d a día m á s , quién es Dios p a r a
mí, para la c o m u n i d a d . N o es u n a b ú s q u e d a abs-
tracta, teológica de la oración, sino u n a experiencia
directa y personal, vivencial, n o m e r a especula-
ción racional. U n a vez, un monje preguntaba al
anciano M a c a r i o : " ¿ C ó m o d e b e m o s o r a r ? " E l an-
ciano respondió: " N o es necesario usar un m o n t ó n
de palabras; sólo extiende las m a n o s y di: 'Señor,
c o m o tú quieres y c ó m o tú conoces mejor, ten m i -
sericordia', o, 'Señor, socorro'."

     La p e d a g o g í a de los Padres sobre la oración: la
espiritualidad es m u y rica en la experiencia d e l
m i s t e r i o d e la r e l a c i ó n del h o m b r e c o n la S a n t í -
s i m a T r i n i d a d e n espíritu de a d o r a c i ó n y e n v e r -
d a d . L a o r a c i ó n e n los s a n t o s P a d r e s tiene s u
f u n d a m e n t o y o r i g e n en la S a g r a d a E s c r i t u r a , e s -
p e c i a l m e n t e en la oración del Padrenuestro y en
los s a l m o s .
16                 L A O R A C I Ó N EN L O S SANTOS       PADRES




     Al final de los p r i m e r o s t i e m p o s del cristianis-
m o c o m e n z a r o n aparecer p e q u e ñ o s c o m e n t a r i o s
sobre la o r a c i ó n s e ñ a l a n d o q u e debía ser h u m i l -
de, alegre, confiada y vigilante, orientada e s p e -
c i a l m e n t e a p e d i r a D i o s los b i e n e s espirituales
p r o m e t i d o s p o r el Señor. L a c o m u n i d a d reza diri-
g i é n d o n o s al P a d r e creador y S e ñ o r de los siglos.
La o r a c i ó n es a l a b a n z a y acción de gracias p o r el
Hijo y recoge las intenciones de toda la Iglesia
p o r la m e d i a c i ó n de Jesucristo. E n ella, el Padre y
el Hijo están u n i d o s en u n m i s m o culto y en u n a
m i s m a fe.

     D u r a n t e el siglo III, aparecen los p r i m e r o s c o -
m e n t a r i o s al P a d r e n u e s t r o (Orígenes, Tertuliano,
C i p r i a n o , etc.), d o n d e se insiste en q u e el P a d r e -
n u e s t r o es el c o m p e n d i o de t o d o el E v a n g e l i o . E l
rezo del P a d r e n u e s t r o tiene que ser a c o m p a ñ a d o
con genuflexiones, a y u n o s y hospitalidad, y así
n o s h a c e perfectos adoradores de D i o s Padre.

     El t r a t a d o de O r í g e n e s sobre la o r a c i ó n y el
c o m e n t a r i o al P a d r e n u e s t r o es u n " v e r d a d e r o te-
s o r o " d e la o r a c i ó n , a d e m á s de ser u n p e q u e ñ o
tratado teológico de la oración. P a r a este t e ó l o g o ,
la o r a c i ó n es el c a m i n o p o r el cual los fieles c a m i -
n a n h a c i a D i o s , r e c u p e r a n d o la s e m e j a n z a q u e
h a b í a s i d o p e r d i d a a c a u s a del p e c a d o y del odio.
PRESENTACIÓN                         17




C o n la purificación interior se llega a la perfecta
u n i ó n c o n D i o s q u e es el fin de toda oración.

    Ésta n o p u e d e estar separada de la existencia
h u m a n a real, sino que se extiende en situaciones
concretas, "de u n a caridad sin límites", hospitali­
dad, repartición de bienes que son manifestaciones
de u n a fraternidad en Jesús, m i e m b r o de la Iglesia:
"La oración aceptada por Dios es u n a b u e n a obra."

    En el Oriente cristiano, durante los siglos I V y
V, aparecen obras maestras sobre la espiritualidad
de la oración especialmente en el ambiente m o ­
nástico. L o s monjes consideran la oración c o m o
u n a ciencia p o r excelencia que recoge todo en sí:
la fe, la vida, la salvación. Para estos m o n j e s la
o r a c i ó n tiene q u e ser un diálogo del h o m b r e c o n
D i o s , y lo principal es p e d i r a D i o s los b i e n e s c o n ­
v e n i e n t e s p a r a la s a l v a c i ó n ; e s u n a e l e v a c i ó n d e
la m e n t e y el c o r a z ó n a D i o s , n o en el s e n t i d o
d e u n a visión platónica sino en u n transformarse
en u n " d i á l o g o del espíritu c o n el P a d r e " . P a r a
evitar u n a cierta intelectualización h e l é n i c a d e la
oración, los m o n j e s unificaron el espíritu c o n el
c o r a z ó n p a r a referirse a la totalidad de la p e r s o n a
vivificada p o r el Espíritu S a n t o .
18              LA ORACIÓN      EN L O S S A N T O S   PADRES




     Los P a d r e s c o m e n t a n las cuatro distinciones
que s a n P a b l o h a c e en la oración: petición, ora-
ción, súplica y acción de gracias (1 T m 2, a ) .

     Por petición, e n t i e n d e n rogar a Dios p o r los
b i e n e s celestiales y espirituales, y l u e g o , en u n
s e g u n d o lugar, p o r las cosas materiales y t e m p o -
rales. A la pregunta de p o r qué nuestras oraciones
n o siempre son escuchadas, san J u a n C r i s ó s t o m o
responde: " P o r q u e r o g a m o s m u y p o c o o n o s en-
contramos en pecado."

     En la tradición m o n a c a l , la oración tiene u n
carácter insistente, en p r i m e r l u g a r p a r a p e d i r
p e r d ó n p o r los p e c a d o s : "Señor, ten p i e d a d d e
mí, p e c a d o r . "

     La continua oración n o es hablar constante-
mente, sino llegar al estado de vida de u n a gran
oración, de la cual la oración vocal es parte. O t r o
aspecto fundamental para el m o n a q u i s m o oriental
es la oración litúrgica y comunitaria, que encuen-
tra su lugar teológico en un conocimiento y sabi-
duría de la vida mística donde el alma se une a
Dios a través de la fe y el amor, aceptando el sufri-
miento, el dolor y la cruz en Cristo. El creer nos lle-
va a suplicar: cuando m á s viva es la fe, tanto m á s se
siente la necesidad de orar y estar u n i d o al Señor.
PRESENTACIÓN                     19




    E n los c o m e n t a r i o s litúrgicos, en las h o m i l í a s ,
en la catequesis de las cartas pascuales, los P a d r e s
insisten en la n e c e s i d a d de rezar c o n t i n u a m e n t e
p a r a c o m b a t i r las tentaciones de los espíritus m a ­
lignos, las especulaciones filosóficas, el racionalis­
m o teológico que h a c e n perder la fe v i v a en D i o s
Uno-Trino.

    La oración tiene que salir del corazón.

    En O c c i d e n t e t u v o gran influencia el t r a t a d o
de la oración del t e ó l o g o alejandrino O r í g e n e s .
P e r o a d e m á s , los Padres occidentales h a n dejado
u n p r e c i o s o l e g a d o sobre la oración: c o m e n t a n d o
los s a l m o s , afirmaban "Vox Christi ad P a t r e m "
(san A m b r o s i o ) .

     Los s a l m o s eran presentados c o m o u n c a m i n o
espiritual de elevación del a l m a hacia D i o s . L a
oración n o es sólo u n a fórmula de oración c o n
m u c h a s p a l a b r a s sino u n estilo de vida, u n afecto
c o n t i n u o del corazón, u n a actitud p e r m a n e n t e de
fe, a u n en los m o m e n t o s difíciles de la vida. D i o s
es u n misterio q u e se acepta sólo c o n la oración
de fe y n o c o n la especulación teológica.

    La a d o r a c i ó n silenciosa es mejor que el r a c i o ­
n a l i s m o p a r a encontrarse c o n D i o s .
20                L A O R A C I Ó N EN L O S SANTOS    PADRES




    San A g u s t í n h a d a d o amplios espacios en sus
escritos, reflexionando sobre la oración. M e d i t a n d o
el comentario a los salmos, la carta a Proba sobre la
oración, afirma que la oración de Cristo es n u e s -
tra y la nuestra se h a c e en Cristo: "Nuestras ora-
ciones s o n e n t o n c e s hacia él, p o r él y en é l " (In
Pas, 8 5 , 1). L a oración es el c a m i n o c o n Cristo y e n
Cristo p a r a llegar al P a d r e con la a y u d a del E s p í -
ritu S a n t o .

    D e s p u é s de san A g u s t í n siguieron otros
c o m e n t a r i o s a la o r a c i ó n , p o r e j e m p l o los d e
C a s i a n o , s a n J u a n D i a s a n c e n o , s a n M á x i m o el
Confesor, etc. M u c h a s de las oraciones de los P a -
dres y del m o n a q u i s m o se h a n recogido en los
cuatro t o m o s de la Filocalia, que es u n precioso te-
soro p a r a a p r e n d e r a orar con los Padres.

      La presente edición de compilaciones de
o r a c i ó n d e l o s P a d r e s n o tiene otro o b j e t i v o q u e
h a c e r c o n o c e r y acercar algunas e n s e ñ a n z a s úti-
les p a r a la oración. E s t a m o s p a s a n d o p o r u n
t i e m p o de crisis de fe, de n e c e s i d a d de orar. N o
sólo c o n los m e d i o s h u m a n o s p o d e m o s resolver
nuestros p r o b l e m a s , sino que es necesaria la ora-
ción c o n fe. El h o m b r e es creado a i m a g e n y s e m e -
janza de Dios, y n o p o d r á encontrar la verdadera
PRESENTACIÓN                        21




felicidad h a s t a q u e recupere la s e m e j a n z a c o n
D i o s , a través de la continúa oración, a y u n o s y
obras de misericordia.

    Los t e x t o s p u b l i c a d o s fueron revisados c o n
los o r i g i n a l e s q u e se e n c u e n t r a n en P a t r o l o g í a
g r i e g a y latina, o r d e n a d a s c r o n o l ó g i c a m e n t e p o r
los P a d r e s .

    A l g u n a s afirmaciones sobre el misterio de la
oración:

        " L a oración es el m á s grande de todos los
    b i e n e s , el fin de todos los m a l e s y el funda­
    m e n t o y raíz de todas las virtudes."

       "Todas las virtudes juntas, sin la oración,
    son p u r a ilusión."

       " C o m o se h a g a b i e n la oración, que es lo
    m á s i m p o r t a n t e , n o dejará de h a c e r s e t o d o
    lo q u e D i o s quiere."

       " D o n d e e s t é la o r a c i ó n , c o n ella e s t a r á n
    t o d o s l o s b i e n e s y t o d a s las        verdaderas
    virtudes."

       "Tú n o vales otra cosa que lo que valga tu
    oración: ella es la m e d i d a de toda virtud y el
    fundamento y origen de toda perfección."
22                  LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES


       " A u n q u e repartas todos tus bienes a los
     pobres, aunque te sacrifiques y entregues tu
     vida en a y u d a de los necesitados, aunque
     vivas e n perfecta austeridad y en continuas
     vigilias y ayunos, y aunque te parezca que
     posees todas las virtudes, todas ellas n o ten­
     drán otro valor q u e lo que valga tu oración."

         " P o r la oración y sólo en ella y c o n ella re­
     c i b i m o s todos los b i e n e s . "

        " E s t o t a l m e n t e i m p o s i b l e q u e e x i s t a al­
     g o b u e n o e n u n a l m a d o n d e n o a n i d a la
     oración."

       " U n h o m b r e sin oración es c o m o u n ani­
     m a l sin razón."

       "El q u e a b a n d o n a la oración p r o n t o se
     convierte en bestia o d e m o n i o . "



                                                   P. Luis Glinka ofin
PIDAN A DIOS CON FERVOR




  1           Así, p u e s , a p o y a d o s e n esta e s p e r a n z a ,
              únanse nuestras almas a Aquel que es
            • fiel e n sus p r o m e s a s y j u s t o en sus jui­
cios. E l q u e n o s m a n d ó n o mentir, m u c h o m e n o s
mentirá El mismo, pues nada hay imposible pa­
ra D i o s fuera d e l mentir... T o d o lo h a r á c u a n d o
q u i e r a y c o m o q u i e r a , y n o h a y peligro de q u e
deje de c u m p l i r s e n a d a de c u a n t o E l h a p r o m e t i ­
                 a
do (Carta 1 ) .

     2. P o r c o n s i g u i e n t e , t a m b i é n nosotros, reuni­
d o s y c o n s c i e n t e s de nuestro deber, en c o n c o r d i a
y en u n solo lugar, l l a m e m o s fervorosamente a É l
(con o r a c i o n e s ) c o m o salidas de u n a sola b o c a , a
fin de llegar a ser partícipes de sus magníficas y
                                         a
gloriosas p r o m e s a s (Carta 1 ) .

    3. O r e m o s t a m b i é n p o r los q u e están en p e c a ­
do, a fin d e q u e les sea otorgada la m o d e r a c i ó n y
la h u m i l d a d , y c e d a n , n o a n o s o t r o s , s i n o a la
v o l u n t a d d e D i o s ; p o r q u e así c u a n d o los r e c o r ­
d e m o s e n espíritu de misericordia delante                       de


                                   23
24                LA ORACIÓN        EN LOS SANTOS           PADRES




Dios y de los S a n t o s , nuestra oración será fruc-
tuosa y perfecta (1 C o LVI. 1-3, 1 6 ) .

     4. A s í , p u e s , oren s a n t a m e n t e y p i d a n a D i o s
con fervor y c o n t o d a s o b r i e d a d y castidad, sin
odio y sin malicia... C o n vuestros a y u n o s y ora-
ciones c o n t i n u a s , d a d en Cristo, visitad a los q u e
estén e n d e m o n i a d o s y recitad sobre ellos u n a
o r a c i ó n q u e a g r a d e a D i o s . . . P o r q u e esta c a s t a
— d i c e el S e ñ o r — sólo se expulsa p o r la oración
fervorosa y fe c o n a y u n o . Bello es, p o r tanto, c o m -
p a d e c e r a los h e r m a n o s enfermos, c o m o q u e d a
dicho, p o r m e d i o de vigilias, a y u n o s y oraciones
                              a
continuas... (Carta 1 Virg.).

     5. C u a n d o a ú n estés tú h a b l a n d o , diré: H e m e
a q u í presente (Is 5 8 , 9 ) . S i g n o es, efectivamente,
esta p a l a b r a , de gran p r o m e s a : p u e s n o s dice el
S e ñ o r q u e É l está m á s dispuesto a d a r n o s sus do-
                                                        a
n e s que n o s o t r o s a recibirlos (Carta 2 a C o r ) .




                  SAN CLEMENTE ROMANO ( †               99)
DEDÍCATE
            SIN INTERRUPCIÓN
              A LA ORACIÓN




  1      E n c a d e n a d o c o m o estoy p o r a m o r de J e -
         sucristo, suplicando alcanzar a D i o s , o s
       • h a g o esta exhortación: p e r m a n e c e d uni-
dos en la oración, rogando los u n o s p o r los otros
(Carta Tral).
    2. P u e s , si tanta fuerza tiene la oración de c a d a
u n o en particular, ¿cuánta m á s la que se h a c e pre-
sidida p o r el o b i s p o y en unión con toda la Igle-
sia? (Carta a los Efesios).

      3. Yo te e x h o r t o a que, p o r la gracia de que e s -
tás revestido, aceleres el p a s o de tu carrera, y q u e
a s i m i s m o exhortes tú, p o r tu parte, a todos p a r a
que se salven. D e s e m p e ñ a el lugar que o c u p a s
con toda diligencia de cuerpo y espíritu. P r e o c ú -
pate de la u n i ó n entre todos, mejor que la cual n a -
da existe. Llévalos a todos sobre ti, c o m o a ti te
lleva el Señor. Sopórtalos a todos con cariño, c o -
m o y a lo h a c e s . D e d í c a t e sin interrupción a la ora-


                              25
26                LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES


ción. P i d e a D i o s m a y o r inteligencia de la q u e tie-
nes. Estáte alerta, apercibido del espíritu que des-
c o n o c e el s u e ñ o (...). D o n d e m a y o r es el trabajo,
allí h a y m a y o r e s g a n a n c i a s (Carta a san Policarpo).



            SAN   I G N A C I O DE A N T I O Q U Í A ( † 1 0 7 )
O R E M O S POR TODOS




  1           D e s p u é s del b a u t i s m o , l l e v e m o s con n o ­
              sotros a nuestros h e r m a n o s , c o n el fin d e
           • h a c e r preces en c o m ú n p o r nosotros
m i s m o s y p o r todos los d e m á s esparcidos p o r to­
d o el m u n d o , o r a n d o con fervor, suplicando se
n o s c o n c e d a vivir de acuerdo con la verdad q u e
h e m o s c o n o c i d o , siendo h o m b r e s de recta c o n ­
ducta, guardianes de todo lo que se n o s h a m a n ­
                                                         a
d a d o p a r a conseguir la vida eterna (1 Apolog.).

     2. N o s o t r o s v e n e r a m o s al C r e a d o r del u n i v e r ­
so c o n o r a c i o n e s y acciones de gracias, a l a b a n d o
al q u e h e m o s a c e p t a d o c o m o ú n i c o d i g n o de este
h o n o r d á n d o l e gracias p o r h a b e r n o s creado y p o r
t o d o s los b i e n e s , c o n nuestras peticiones p a r a re­
n a c e r l u e g o en la eternidad p o r la fe q u e t e n e m o s
en É l (ibíd.).

      3. O r e m o s p o r toda la Iglesia, p a r a q u e c o n o ­
c i e n d o la v e r d a d y o b r a n d o el bien, g u a r d a n d o
los m a n d a m i e n t o s , n o s h a g a m o s d i g n o s de alcan­
zar la s a l v a c i ó n eterna (ibíd.).


                                    27
28                LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES


     4. E n vuestras s i n a g o g a s vosotros m a l d e c í s a
todos los q u e se h a n h e c h o cristianos, y las d e m á s
n a c i o n e s h a c e n lo m i s m o . Pero nosotros a todos
d e c i m o s : "vosotros sois nuestros h e r m a n o s " , y
nuestro d e s e o es que todos l l e g u e m o s al conoci-
m i e n t o de la v e r d a d e r a vida. P o r eso o r a m o s p o r
vosotros, p a r a que Cristo tenga piedad. Él, en
efecto, n o s e n s e ñ ó a orar m u c h o p o r nuestros
e n e m i g o s (Diálogo con Trifón, 96).

     O r e m o s p o r vosotros y p o r todos los h o m b r e s
sin e x c e p c i ó n , c o n f o r m e n o s enseñó nuestro Cris-
to y Señor, q u e m a n d ó orar incluso p o r nuestros
e n e m i g o s , a m a r a los q u e n o s odian, y b e n d e c i r a
los que n o s m a l d i c e n (ibíd., 1 3 3 ) .




                     SAN   JUSTINO ( † 1 6 5 )
N O DUDAR
             EN PEDIR AL SEÑOR




   A            rranca d e ti toda d u d a y n o vaciles e n
                n a d a a b s o l u t a m e n t e al p e d i r al Señor,
                ni digas dentro de ti: " ¿ C ó m o p u e d o
p e d i r n i recibir n a d a del Señor, h a b i e n d o c o m e t i -
d o c o n t r a É l tan g r a n d e s p e c a d o s ? " N o discurras
así, s i n o conviértete de todo c o r a z ó n al S e ñ o r y
pídele sin vacilación y e x p e r i m e n t a r á s s u g r a n
m i s e r i c o r d i a , y n o t e n g a s m i e d o de q u e te a b a n -
d o n e , s i n o q u e c u m p l i r á la petición de tu a l m a .
    P o r q u e n o es el S e ñ o r c o m o los h o m b r e s , q u e
g u a r d a n rencor, sino que Él n o es rencoroso, an-
tes se c o m p a d e c e de la h e c h u r a de sus m a n o s .
P o r tu parte, p u e s , purifica tu c o r a z ó n de t o d a s
las v a n i d a d e s de este siglo y de todas las p a l a b r a s
q u e a n t e r i o r m e n t e te fueron dichas, y pide al S e -
ñ o r y lo recibirás t o d o y n o te v e r á s defraudado
de n i n g u n a de sus peticiones, c o m o le pidas c o n
fe. M a s si d u d a r a s en tu corazón, n a d a recibirás
de c u a n t o pidieres. P o r q u e los q u e d u d a n de


                                    29
30                  LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES


Dios, son d o b l e s de a l m a y n a d a a b s o l u t a m e n t e
tienen de c u a n t o piden. M a s los sencillos de la fe
piden c o n confianza en el S e ñ o r y reciben, p o r q u e
p i d e n sin vacilación y sin dar lugar a d u d a . P u e s
todo h o m b r e doble de a l m a , si n o se arrepiente,
difícilmente se salvará.

    Purifica, p u e s , tu c o r a z ó n de toda d u d a y re-
vístete de la fe, p o r q u e es fuerte, y cree en D i o s
que recibirás t o d o c u a n t o pidieres. Y si a c o n t e c e
alguna v e z que, d e s p u é s de pedir, tardas en reci-
bir del S e ñ o r lo que pides, n o d u d e s p o r q u e tarde
en d e s p a c h a r t e la petición de tu alma. Porque, sin
género de d u d a , p o r a l g u n a tentación o p e c a d o
que tú d e s c o n o c e s , tardas en recibir tu petición.
Por tu parte, p u e s , n o cejes en tus súplicas, que al
fin recibirás. M á s si desfalleces y vacilas al rogar,
a ti m i s m o tienen q u e acusarte y n o al que te da.
Vigila contra esta d u d a , p o r q u e es m a l a e insen-
sata y a m u c h o s desarraiga de la fe, incluso los
m u y fieles y firmes en ella.


     ( E L PASTOR, I X M A N D A M I E N T O ) H E R M I A S ( S . I I )
C O N SINCERIDAD E INOCENCIA,
OFRECER NUESTRAS OFRENDAS
           AL SEÑOR




   1            C o n simplicidad y conciencia pura, la
                Iglesia ofrece a D i o s el sacrificio insti-
             • t u i d o p o r el m i s m o Señor, en el q u e
o f r e c e m o s t a m b i é n nuestros c u e r p o s y n u e s t r a
oración, glorificando su n o m b r e entre las g e n t e s
( F r a g m e n t o 3 8 ) . Y n o se lo ofrecemos c o m o a u n
indigente, sino dándole gracias p o r su dominio...,
y para que nos conceda sus bienes..., el p e r d ó n de
los p e c a d o s y la vida eterna (Adversus haereses, 1 y
Fragmento 38).
     2. " E n todo lugar se ofrece incienso y sacrificio
p u r o a m i n o m b r e " (MI 1 , 1 1 ) . E n el A p o c a l i p s i s ,
J u a n dice q u e el incienso es las oraciones de los
santos (cf. A p 5, 8 ) . El sacrificio puro y agradable a
Dios es la obligación de la Iglesia que el Señor m a n -
dó que se ofreciera en todo el m u n d o , n o porque
Dios necesite nuestro sacrificio, sino porque el que
ofrece es glorificado él m i s m o en lo que ofrece, con
tal de que sea aceptada su ofrenda. L a ofrenda que


                                   31
32            LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES


hacemos al R e y es u n a muestra de honor y de afec-
to y el Señor quiere que ofrezcamos nuestras ofren-
das con toda sinceridad e inocencia (...).

   N o h e m o s de pensar que haya sido abolida to-
da clase de oblación, p u e s las oblaciones continúan
en vigor ahora c o m o antes: el antiguo pueblo de
Dios ofrecía sacrificios y la Iglesia los ofrece tam-
bién. L o que h a cambiado es la forma de la obla-
ción, puesto que los que ofrecen no son ya siervos,
sino h o m b r e s libres. (...) Es necesario, por tanto,
que presentemos nuestra ofrenda a Dios y que le
seamos gratos en todo ofreciéndole las primicias de
su creación con mente sincera, con fe sin mezcla de
engaño, con esperanza firme, con a m o r ferviente.
Esta oblación pura sólo la Iglesia puede ofrecerla a
su Hacedor en la Eucaristía, hecha con frutos de la
creación. (...) Y se la ofrecemos n o porque El la ne-
cesite, sino para darle gracias por su Providencia y
para santificar la creación. Dios n o necesita de lo
nuestro, pero nosotros sí necesitamos ofrecer algo a
Dios. S e g ú n dice Salomón: "Quien se apiada del
débil, presta a D i o s " (Pr 19, 17), pues Dios, que n o
necesita de nada, acepta nuestras buenas obras pa-
ra correspondemos con sus beneficios (...).


                 SAN   IRENEO ( † 2 0 2 )
REZA
            EN T O D O M O M E N T O




   1             P a r a u n v e r d a d e r o s a b i o (o c r i s t i a n o
                 i n s t r u i d o ) , t o d a la v i d a es u n a fiesta
              • s a c r a . S u s sacrificios c o n s i s t e n , p o r
t a n t o , e n las o r a c i o n e s y en las a l a b a n z a s (a
D i o s ) , e n la l e c t u r a d e la S a g r a d a E s c r i t u r a , e n
las r e c i t a c i o n e s d e los Salmos..., a n t e s de a c o s -
tarse y e n la o r a c i ó n d e la n o c h e . A s í se u n e a la
m i l i c i a celestial c o n s u i n c e s a n t e m e d i t a c i ó n y
c o n t e m p l a c i ó n (...).
    Durante la oración que recitará en alta voz, n o
usará m u c h a s palabras, p o r haber aprendido del
Señor c ó m o se debe rezar. Reza, pues, en todo lugar,
pero n o públicamente y delante de los ojos de to-
dos. Y reza en todo m o m e n t o y en toda circunstan-
cia, bien cuando pasea, y cuando va en compañía
de otros, y cuando se acuesta y cuando comienza
alguna obra espiritual. Y cuando en el interior de
su alma le preocupa algún pensamiento, con gemi-
dos inenarrables invoca al Padre (Stromata, 7).


                                    33
34               LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES


   2. Es evidente que la vida de un cristiano h a de
estar ligada a la permanente oración. Nadie p u e d e
discutir la importancia fundamental del recogi-
miento en la oración en la vida diaria de los cristia-
nos...; p u e s el alma tiene que dar incesantemente
gracias a Dios p o r los dones que le hace y también
tiene que pedir perdón de sus continuos pecados.

   E s t a n d o obligados a aspirar a la perfección, n e -
cesitamos indiscutiblemente recurrir a la oración,
de la q u e j a m á s p o d e m o s prescindir... E n nuestra
oración, a ejemplo del Señor, h e m o s de pedir p o r
todos los h e r m a n o s , a m i g o s y e n e m i g o s , y p o r la
conversión de todo el m u n d o al verdadero Dios.
La oración n o s debe a c o m p a ñ a r siempre en todo
nuestro obrar, p u e s n o s une íntimamente con D i o s
y n o s h a c e c a m i n a r a D i o s (Stromata, 6).

     3. L a oración es "trato y c o n v e r s a c i ó n con
D i o s " . D e ahí q u e el cristiano, al g u a r d a r escru-
p u l o s a m e n t e los t i e m p o s de oración, c o n s a g r a a
Dios t o d o su q u e h a c e r diario, y así da testimonio
del S e ñ o r c o n su vida entera... (Stromata, 7).



         SAN   C L E M E N T E DE ALEJANDRÍA ( † 2 1 4 )
¿CUÁNDO
                   SE DEBE ORAR?




     S      o b r e los m o m e n t o s de la o r a c i ó n n o te-
            n e m o s n a d a prescrito; tan s ó l o q u e t e n e -
            m o s q u e o r a r en t o d o t i e m p o y lugar.
P e r o , si se n o s p r o h i b e o r a r en p ú b l i c o , ¿ c ó m o se
d i c e e n t o d o l u g a r ? S e e n t i e n d e en t o d o l u g a r
d o n d e se considere o p o r t u n o o necesario. P u e s
los A p ó s t o l e s n o creyeron que q u e b r a n t a b a n el
p r e c e p t o c u a n d o oraron y cantaron a D i o s en la
cárcel, o y é n d o l e s los guardianes (Hch 16, 2 5 ) , n i
t a m p o c o P a b l o , q u e celebró la Eucaristía en el
b a r c o en p r e s e n c i a de todos (Hch 2 7 , 3 5 ) .
     R e s p e c t o al t i e m p o , n o estará de m á s tener s e -
ñ a l a d a s u n a s horas: las q u e c o m ú n m e n t e se c o n -
sideran c o m o intermedias del día: tercia, sexta y
n o n a , q u e en la Escritura aparecen c o m o m á s s o -
l e m n e s . E n la h o r a de tercia, el Espíritu se infun-
dió p o r v e z p r i m e r a a los discípulos c o n g r e g a d o s .
Pero, el día q u e tuvo la visión de toda la c o m u n i -
d a d en a q u e l lienzo, h a b í a subido a orar a la plan-
ta alta d e la casa a la h o r a sexta (Hch 10, 9 ss.).


                                   35
36                  LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES


     Él m i s m o iba al t e m p l o a la h o r a de n o n a
c u a n d o dio la salud a u n paralítico ( H c h 3 , 1 ss.).
A u n q u e t o d o esto está d i c h o s e n c i l l a m e n t e y sin
n i n g ú n p r e c e p t o q u e lo prescriba, p a r e c e q u e
constituye u n a p r e s u n c i ó n que n o s exhorta a orar
y que n o s i m p o n e c o m o u n a ley de interrumpir
nuestras o c u p a c i o n e s p a r a la oración, lo m i s m o
que h a c í a D a n i e l , c u m p l i e n d o la n o r m a t i v a j u d í a
(Dn 6, 11); p o r tanto, h e m o s de orar al m e n o s tres
veces p o r día, p u e s h e m o s de dar culto al Padre,
al Hijo y al Espíritu S a n t o ; esto aparte de las ora­
ciones r e g l a m e n t a d a s q u e se h a n de hacer, aun­
q u e n o se diga n a d a de ello, al c o m i e n z o del día
y de la n o c h e . A d e m á s , n o está bien q u e los fieles
c o m a n o se aseen antes de rezar, p u e s h a y q u e
atender el a l i m e n t o y el c u i d a d o del espíritu an­
tes que el d e la carne, p o r q u e lo celestial es prio­
ritario a lo terreno (Tratado de la Oración, 25).



                        TERTULIANO ( †          220)
LA ORACIÓN
        ES UN ARMA PODEROSA




     E      l q u e cree en la palabra de Jesús, q u e n o
            p u e d e mentir, n o d u d a r á un instante e n
            h a c e r oración, p u e s Él dice: P e d i d y se os
d a r á (...), p o r q u e t o d o el q u e p i d e r e c i b e ( M t 7,
7-8; L c 11, 9-10).
    P i e n s o q u e las palabras de las oraciones de los
santos tienen gran p o d e r p o r q u e oran con espíri-
tu y m e n t e (1 C o 14, 1 5 ) . Salen de la b o c a c o n el
p o d e r de D i o s p a r a debilitar el v e n e n o de las p o -
testades adversas. Estos p o d e r e s m a l i g n o s influ-
y e n en la m e n t e de quienes descuidan la oración
y n o tienen en c u e n t a el m a n d a t o de orar s i e m p r e
(1 Ts 5, 1 7 ) . Salen de la b o c a c o m o u n d a r d o q u e
hiere los espíritus e n e m i g o s de Dios. L o s derrota
y aniquila c u a n d o ellos quieren e n r e d a r n o s c o n
lazos de p e c a d o (Sal 8, 3; Pr 5, 2 2 ) .

      Y ¿ c ó m o c u m p l i r e m o s el p r e c e p t o de orar
s i e m p r e ? O r a c o n s t a n t e m e n t e el que u n e la ora-


                                 37
38               LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES


ción al c u m p l i m i e n t o de los deberes y las b u e n a s
obras a la oración. L a única m a n e r a de e n t e n d e r
el m a n d a t o de "orar s i e m p r e " (1 Ts 5 , 1 7 ) , tenien-
d o en c u e n t a nuestras limitaciones, es considerar
que la vida del santo en conjunto es u n a gran ora-
ción. L o que a c o s t u m b r a m o s llamar oración es,
p o r consiguiente, parte de la oración.

     A t e n i é n d o n o s a la noción c o m ú n de oración,
h a y que practicarla tres veces al día. Esto se ve cla-
ro en la historia de Daniel, que oraba tres veces p o r
día, aun c u a n d o p o r ello corriese gran peligro su
vida (Dn 3, 13). San Pedro subió a la terraza para
hacer oración a la hora sexta cuando vio el lienzo
que bajaba del cielo atado por las cuatro puntas.
Practicaba el s e g u n d o de los tres tiempos de ora-
ción, c o m o dice David: "Porque a ti suplico, Señor,
ya de m a ñ a n a oyes m i voz; de m a ñ a n a te presen-
to m i súplica y m e q u e d o a la espera" (Sal 5, 3 ) .

      El ú l t i m o t i e m p o de oración q u e d a indicado
así: " E l alzar de m i s m a n o s c o m o oración de la
t a r d e " (Sal 141, 2 ) . (Tratado de la Oración.)


                       ORÍGENES        (†254)
LO QUE DEBEMOS PEDIR




  Y           a q u e h e m o s h a b l a d o de los beneficios
              q u e p o r la oración reciben los santos,
             p e n s e m o s en el dicho: " B u s c a d lo gran-
de; las c o s a s p e q u e ñ a s os v e n d r á n p o r a ñ a d i d u r a
(Mt 6, 3 3 ) . B u s c a d las c o s a s del cielo, las de la tie-
rra os v e n d r á n p o r añadidura." C u a l q u i e r s í m b o -
lo o tipo de c o m p a r a c i ó n en relación c o n a lo v e r -
d a d e r o y espiritual, es p e q u e ñ o y terreno. E l v e r -
b o de D i o s n o s e x h o r t a a que i m i t e m o s las oracio-
n e s de los santos y p i d a m o s la v e r d a d de lo q u e
ellos c o n s e g u í a n en figura. Esto es, que p i d a m o s
las celestiales y g r a n d e s cosas indicadas p o r las
terrenas y p e q u e ñ a s . El texto e v a n g é l i c o quiere
decir: "Vosotros, q u e deseáis ser espirituales, b u s -
c a d e n vuestras oraciones las c o s a s celestiales y
g r a n d e s , p a r a que, obteniéndolas, heredéis el rei-
n o de los cielos y disfrutéis g r a n d e m e n t e de las
cosas b u e n a s . E n c u a n t o a las cosas que n e c e s i t a
vuestra v i d a corporal, el Padre os la c o n c e d e r á e n
la m e d i d a q u e las necesitéis." P o r tanto, el q u e pi-


                                   39
40               LA ORACIÓN       EN LOS SANTOS       PADRES




de a Dios c o s a s terrenas y sin importancia, n o ha­
ce lo q u e dice Dios, quien sin p r o m e t e r cosas te­
rrenas o r d e n ó p e d i r las celestiales.

     Todos c u a n t o s se d e d i c a n c o n a s i d u i d a d a la
o r a c i ó n , s a b e n m u y b i e n c ó m o ésta los a p a r t a
del p e c a d o y c ó m o los invita al ejercicio de las
virtudes.

     H a y q u e orar, n o p a r a dejar de ser tentados,
cosa i m p o s i b l e , sino p a r a n o ser e n r e d a d o s en la
tentación, c o m o s u c e d e a los que son atrapados y
v e n c i d o s p o r ella.

     C r e o q u e , si el que v a a la oración, se recoge u n
instante y se c o m p r o m e t e a sí mismo... si se es­
fuerza c o n t o d o interés en recordar la majestad de
A q u e l a q u i e n se va a acercar, y p i e n s a en lo i m ­
p í o q u e sería acercarse a El con cierto a b a n d o n o y
desprecio, se hallará m á s dispuesto y atento a lo
largo de t o d a la oración (Tratado de la Oración).



                       ORÍGENES      (†254)
PERMANECER
             FIEL A LA ORACIÓN




   A            u n q u e t e n g a m o s dificultades para orar,
                d e b e m o s imitar a Daniel, del que está
                escrito: " E n t r ó en su casa. L a s v e n t a n a s
de su c u a r t o superior estaban orientadas h a c i a J e -
rusalén, y tres v e c e s al día se p o n í a de rodillas
o r a n d o y a l a b a n d o a su D i o s , c o m o h a b í a h e c h o
s i e m p r e " (Dn 6, 11).

    A p r i m e r a vista, sus obligaciones p a r a c o n el
E s t a d o parecían o c u p a r todo su t i e m p o . N o o b s -
tante, p e r m a n e c í a fiel a la oración diaria, d a n d o
así al C é s a r lo q u e es del César, y a D i o s lo q u e es
de D i o s (Mc 1 2 , 1 3 - 1 7 ) .

    Objetará a l g u n o : " ¿ P a r a qué ese riesgo? ¿ N o
p o d í a h a b e r o r a d o d u r a n t e el día en el interior de
su c o r a z ó n , y de n o c h e , si quería, dedicarse a la
oración en el secreto de su c a s a ? "

    Yo contesto: Podría haberlo h e c h o , pero n o qui-
so. Si h u b i e r a p r o c e d i d o así, ministros y sátrapas
del E s t a d o p u d i e r a n h a b e r dicho con razón: " ¿ C ó -

                                     4 1
42              LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES


m o ? ¿Teme a su Dios pero al m i s m o tiempo tam-
bién al rey, p u e s acata sus ó r d e n e s ? " ¡Eso hubiera
sido hipocresía y n o sincera fe de un creyente!

    Así d e m o s t r ó Daniel q u e temía m á s a D i o s que
a los h o m b r e s , y fue valiente ante la m u e r t e , y u n
ángel le salvó e n la fosa de los leones. Si, p o r el
contrario, se h u b i e s e s o m e t i d o servilmente du-
rante los treinta días al decreto real, n o h u b i e r a
d e m o s t r a d o fidelidad a D i o s según aquello q u e
sostiene q u e n a d i e p u e d e servir a dos señores.

   Ésa fue s i e m p r e la artimaña del d e m o n i o : per-
siguió, a t o r m e n t ó a los santos, para que n o pu-
diesen elevar a D i o s sus m a n o s limpias. Él sabe
m u y b i e n q u e la oración de los santos trae al
m u n d o p a z , y al m a l v a d o la ira de Dios.

    Así ocurrió cierta vez en el desierto: C u a n d o
Moisés alzaba las m a n o s , vencía Israel; m á s si las
bajaba un p o c o , vencía Amalee. Es lo que al presen-
te sucede entre nosotros: siempre que aflojamos en
el fervor de nuestra oración, vence el adversario;
pero cuando p e r m a n e c e m o s con valentía, fieles a
ella, el poder y la fuerza de los perseguidores se re-
ducen a nada. (Comentario al Libro de Daniel, a. 222).

                     SAN   HIPÓLITO († 2 3 5 )
PRACTICAR LA ORACIÓN
            Y LA ASCESIS




     S         olía decir a los h e r m a n o s q u e v e n í a n al
               m o n t e , y recordarles, c o n frecuencia,
               q u e t u v i e r a n fe y a m a r a n a Cristo, q u e se
g u a r d a r a n d e t o d o p e n s a m i e n t o i m p u r o y de los
p l a c e r e s c a r n a l e s , y s e g ú n el consejo de los P r o -
v e r b i o s " q u e n o fueran e s c l a v o s del v i e n t r e " (Pr
2 4 , 15), q u e h u y e r a n de la v a n a g l o r i a , y q u e " o r a -
s e n sin c e s a r " (1 Ts 5, 1 7 ) , q u e c a n t a r a n s a l m o s
antes de dormir, e i n t e r r u m p i e r a n el s u e ñ o p a r a
orar y s a l m o d i a r , m e d i t a r a n lo q u e s a b í a n de m e -
m o r i a , r e c o r d a r a n los e j e m p l o s de los santos, p a -
ra q u e s u a l m a e m p a p a d a en D i o s se a n i m a r a a
imitarles.

    Y añadía: Para probarnos, lo mejor es obedecer
al A p ó s t o l que dice: " E x a m i n a o s y probaos a v o s o -
tros m i s m o s " (1 C o 13, 5); que cada u n o lleve dia-
riamente la cuenta de las acciones del día y de la
noche; y si alguno h a pecado, que p o n g a fin a sus
pecados; y el que n o h a pecado, que n o se gloríe de
ello, sino que persevere en el bien y en la oración.


                                    43
44                LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES


     O r a b a m u c h o , p o r q u e había aprendido que
"es preciso orar i n c e s a n t e m e n t e " (1 Ts 5 , 1 7 ) ; y e s ­
c u c h a b a con tanta atención lo que se lee en la
iglesia que n o se le e s c a p a b a n a d a de las Escritu­
ras, sino que lo c o n s e r v a b a todo en su m e m o r i a y
le servía de libro.

   Decía: "Necesitamos, pues, practicar m u c h o la
oración y la ascesis para poseer la perfección (...) "

     C o n t r a los d e m o n i o s , la mejor a r m a para ata­
carlos es u n a v i d a h o n e s t a y la confianza en D i o s .
T i e m b l a n ante el ayuno, la ascesis, las vigilias, la
oración, la p a z y la m a n s e d u m b r e , el a m o r a los
pobres, la b o n d a d , la misericordia, y sobre todo,
la obediencia a Cristo (Ibíd., 5 5 ) .

     M a n t e n e o s firmes y orad.

    También decía que n o era perfecta la oración del
que se acuerda que ora, porque la perfecta oración
arrebata el espíritu, de m o d o que no hace estas re­
flexiones ni se acuerda de otra cosa que de su Dios
con el que trata (san Atanasio, Vita Antonii, 5 5 ) .


                     SAN   ATANASIO ( † 3 5 6 )
IMPORTANCIA
  DE LA ORACIÓN DOMINICAL




     E        l Señor, entre otros p r e c e p t o s y consejos
              s a l u d a b l e s c o n que p r o v e y ó a la salva-
              ción de s u p u e b l o , le e n s e ñ ó t a m b i é n la
m a n e r a d e orar, y É l m i s m o aconsejó y e n s e ñ ó
t a m b i é n lo q u e d e b í a m o s pedir.

    El q u e n o s dio la vida, con la m i s m a b e n i g n i d a d
c o n q u e se h a d i g n a d o d a m o s todas las cosas, n o s
e n s e ñ ó también a orar, para que m á s fácilmente
s e a m o s e s c u c h a d o s c u a n d o h a b l a m o s al Padre c o n
las súplicas y oraciones enseñadas p o r el Hijo.

    P u e s , ¿qué oración p u e d e h a b e r m á s espiritual
q u e la q u e n o s h a e n s e ñ a d o el m i s m o D i o s ? Y
¿qué súplica m á s verdadera para con el Padre q u e
aquella q u e h a p r o c e d i d o de la b o c a de su Hijo?

     D e m a n e r a q u e el orar de distinto m o d o del
q u e É l n o s e n s e ñ ó , n o sólo es ignorancia, s i n o
t a m b i é n culpa. P o r e s o dijo: " H a b é i s r e c h a z a d o el
m a n d a t o de D i o s p a r a establecer v u e s t r a tradi-
ción" (Mt 7 ) .


                                   45
46                LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES


   O r e m o s , p u e s , h e r m a n o s carísimos, del m o d o
que Él, n u e s t r o M a e s t r o , n o s enseñó.

     Es oración a m i g a y familiar el rogar a D i o s con
lo suyo. H a g a m o s que llegue a sus oídos la ora-
ción de Cristo, de m o d o que reconozca el Padre
las palabras de su Hijo en nuestras oraciones.
P u e s si Él h a d i c h o que cualquier cosa que pidié-
r a m o s al Padre en su n o m b r e , n o s la dará, ¿con
cuánta m a y o r eficacia c o n s e g u i r e m o s lo que pi-
d a m o s si lo h a c e m o s con su oración?

     Pues, ¿ c u á n t o s son, h e r m a n o s carísimos, los
misterios de la oración dominical? ¡Oh, cuántos y
c u á n g r a n d e s , y c u á n c o m p e n d i o s a m e n t e resumi-
dos, y t a m b i é n , c u á n copiosos en virtudes espiri-
tuales! N o q u e d a absolutamente n a d a de doctri-
n a celestial sin ser c o m p e n d i a d o en esta oración
(De oratione dominica).



                     SAN   CIPRIANO ( † 2 5 8 )
A LA ORACIÓN
           HAN DE ACOMPAÑAR
               LAS OBRAS




     L           os q u e o r a n n o h a n de presentarse ante
                 D i o s con preces estériles y v a n a s . E s b a l -
                 día la petición si se ruega a D i o s c o n
o r a c i o n e s sin obras. P u e s , c o m o t o d o árbol q u e
n o d a fruto, d e b e ser cortado y e c h a d o al fuego,
n o h a y d u d a q u e las palabras sin el fruto de las
obras n o p u e d e n m e r e c e r la aprobación de D i o s ,
p o r q u e es infecunda en obras. P o r lo m i s m o lo
advierte la S a g r a d a Escritura c o n estas palabras:
" B u e n a es la oración j u n t o c o n el a y u n o y la li-
m o s n a " (Jb 12, 8 ) . P u e s t o que, en el día del juicio
h a de p a g a r la r e c o m p e n s a p o r las obras y l i m o s -
nas, ahora también Dios escucha con benignidad
al q u e llega a la oración con b u e n a s obras.

     D e ese m o d o , en fin, c u a n d o oraba el c e n t u -
rión C o r n e l i o , m e r e c i ó ser e s c u c h a d o . H i z o m u -
c h a s l i m o s n a s al p u e b l o y siempre estaba o r a n d o


                                   47
48              LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES


a Dios. A éste, c u a n d o un día estaba o r a n d o h a c i a
las tres de la tarde, se le presentó un ángel d á n d o ­
le t e s t i m o n i o d e sus b u e n a s obras y diciéndole a
Cornelio: "Tus oraciones y l i m o s n a s h a n s u b i d o
hasta la p r e s e n c i a de D i o s , que las tiene presen­
tes" (Hch 1 0 , 2-4).

    N o tardan en subir a D i o s las oraciones a las
que los méritos de nuestras obras acrediten ante
Dios. P o r eso, el ángel Rafael dio testimonio de la
oración continua de Tobías y de sus continuas
obras diciendo: " E s honroso manifestar y recono­
cer las obras de Dios. E n efecto, cuanto tú y Sara
orabais, y o presenté vuestras oraciones en el acata­
miento de Dios. Y c u a n d o sepultabas piadosamen­
te a los muertos, levantándote al p u n t o de la m e s a
para enterrarlos, por eso fui enviado para probar­
te, y de n u e v o m e h a enviado Dios a curarte a ti y
a Sara, tu nuera. Yo soy Rafael, u n o de los siete án­
geles que asistimos en la presencia de Dios (Tb 12,
11-15)" (De oratione dominica).



                  SAN   CIPRIANO ( † 2 5 8 )
FRECUENCIA
                  DE LA ORACIÓN




     E       n lo q u e toca a la frecuencia de la ora­
             ción, v e m o s q u e los j ó v e n e s c o n D a n i e l ,
             c o n s t a n t e s en la fe y v e n c e d o r e s e n el
cautiverio, o b s e r v a r o n las h o r a s tercia, sexta, n o ­
n a , prefigurando el misterio de la Trinidad, q u e
se revelaría en los últimos tiempos. E n efecto,
d e s d e la h o r a p r i m a a la tercia, llena el n ú m e r o
tres; lo m i s m o de la h o r a cuarta a la sexta t a m b i é n
c u b r e tres, y de m a n e r a semejante de la s é p t i m a a
la n o n a , es decir, q u e p o r grupos ternarios de h o ­
ras se c u e n t a u n a perfecta trinidad.
    D e s d e m u y atrás h a b í a n d e t e r m i n a d o estos in­
tervalos d e h o r a s c o n sentido espiritual los a d o r a ­
dores d e D i o s y d e d i c a b a n a la oración e s o s tiem­
p o s prescritos. Y d e s p u é s se p u s o de manifiesto
q u e h a b í a m i s t e r i o en lo q u e hacían anteriormen­
te los j u s t o s , o r a n d o de tal m a n e r a .

    C i e r t a m e n t e , a la h o r a tercia, d e s c e n d i ó s o b r e
los d i s c í p u l o s el Espíritu S a n t o , que realizó lo


                                   49
50                LA ORACIÓN       EN L O S S A N T O S   PADRES




p r o m e t i d o p o r el Señor, con sus dones. A s i m i s m o
Pedro, a la h o r a sexta, subió a la azotea de la ca-
sa, avisado p o r u n a visión y l l a m a d a de Dios, pa-
ra q u e admitiese la gracia del b a u t i s m o p a r a to-
dos, p u e s antes h a b í a vacilado en recibir a los
gentiles e n esa purificación.

     El S e ñ o r fue crucificado a la hora sexta, a la h o -
ra n o n a lavó c o n s u sangre nuestros p e c a d o s , y
p a r a r e d i m i m o s y d a m o s vida, dio c i m a a la vic-
toria c o n la p a s i ó n , a esa hora.

     Pero a d e m á s de las horas q u e g u a r d a b a n los
antiguos, h e r m a n o s a m a d í s i m o s , a nosotros se
n o s h a n a u m e n t a d o los t i e m p o s de orar a la v e z
q u e los m i s t e r i o s . P o r q u e t a m b i é n se h a de orar a
la m a ñ a n a m u y t e m p r a n o , para c o n m e m o r a r c o n
esa oración de la m a ñ a n a la resurrección del S e -
ñor. Esto y a lo e n s e ñ a el Espíritu S a n t o en los sal-
m o s c u a n d o se dice: " R e y m í o y Dios m í o , oraré
a ti p o r la m a ñ a n a ; Señor, oirás mis palabras, p o r
la m a ñ a n a estaré en tu presencia y te c o m p l a c e r é "
(Sal 4 , 3-5). Y en otro lugar, h a b l a p o r el profeta:
" A la aurora velarán, diciendo: V a m o s a volver-
n o s al S e ñ o r n u e s t r o D i o s (Os 6, 1 ) " (De oratione
dominica, 34-36).

                     SAN C I P R I A N O ( † 2 5 8 )
ORAR
             SIN DISTRACCIONES




     S       ea, p u e s , nuestra ocupación u n c o n t i n u o
             llanto y u n a continua oración. Éstas s o n
             las a r m a s celestiales con q u e p e r s e v e r a n
y defienden nuestras almas. A y u d é m o n o s u n o s a
otros c o n o r a c i o n e s y c o n s o l é m o n o s c o n recípro-
ca c a r i d a d en nuestros trabajos.
     C u a n d o o r a m o s d e b e m o s h a c e r l o con t o d o
n u e s t r o corazón, desterrando todos los p e n s a -
m i e n t o s c a r n a l e s y del siglo, a t e n d i e n d o ú n i c a -
m e n t e a la a c c i ó n q u e e s t a m o s e j e c u t a n d o . P a r a
esto, el sacerdote u obispo, antes de e m p e z a r la
o r a c i ó n , p r e p a r a los espíritus c o n esta a d v e r t e n -
cia: " E l e v a d los c o r a z o n e s . " Y el p u e b l o r e s p o n -
de: " Y a los t e n e m o s levantados al S e ñ o r " , c o n lo
q u e se n o s indica q u e p o r entonces s o l a m e n t e en
D i o s h e m o s de pensar.

    H a y que orar sin distracciones. ¿ C ó m o queréis
que Dios os atienda en la oración, si vosotros m i s -
m o s n o os entendéis? Y ¿ c ó m o os atrevéis a pedir


                                    5 1
52                 LA ORACIÓN       EN L O S SANTOS     PADRES




a Dios que n o os olvide, al m i s m o tiempo que v o ­
sotros m i s m o s os estáis olvidando? El que así ora,
con tanta negligencia, ofende a la Divina Majestad.

     E m p l e e m o s nuestros ojos en la lección de las
D i v i n a s Escrituras; nuestras m a n o s en el ejercicio
de las b u e n a s obras; y nuestro espíritu en p e n s a r
en D i o s . O r e m o s sin cesar, a p l i c á n d o n o s conti­
n u a m e n t e a las santas acciones, para dar gracias
a D i o s , n o c e s e m o s de orar y dar gracias t a m b i é n
a q u í (ibíd., 3 4 - 3 6 ) .




                      SAN C I P R I A N O ( † 2 5 8 )
GRACIAS
                  A LOS MONJES




     L         os monjes sois constantes en los ayunos y
               m á s constantes aun en las oraciones (...).
               Vosotros sois bienaventurados ante Dios
y el m u n d o m i s m o lo es p o r vosotros: gracias a v o -
sotros, los desiertos son lugares de culto y p o r
vuestras oraciones el orbe de la tierra p e r m a n e c e
i n c ó l u m e . Gracias a vuestras oraciones cae lluvia
sobre la tierra, el cielo verdea de hierba, los á r b o -
les proporcionan su fruta sana; y m u e s t r a la efica-
cia de vuestras súplicas el río que c a d a a ñ o c r e c e
r e g a n d o t o d o E g i p t o , dejando e m p a n t a n a d a la
tierra y p r o p o r c i o n a n d o a g u a a b u n d a n t e al mar.
Pues si Elias, c o m o está escrito, q u e se dejaba lle-
var de las pasiones h u m a n a s , sin embargo p o r su
oración impidió la lluvia y luego hizo que lloviera
n u e v a m e n t e t a m b i é n mediante su oración y así la
tierra dio su fruto, ¿cuanto m á s vuestra interce-
sión n o s será útil en nuestras peticiones? ¡Feliz
c i u d a d de Alejandría que os tiene p o r interceso-


                                 53
54                LA ORACIÓN      E N LOS S A N T O S   PADRES




res! S o d o m a y G o m o r r a n u n c a habrían sido redu­
cidas a cenizas si hubieran habitado en ellas diez
justos; y t a m p o c o otras ciudades habrían sido des­
truidas si hubieran tenido en su interior vuestra
santidad.

     Vosotros estáis en el ejército de D i o s y c o n s ­
t a n t e m e n t e p o n é i s vuestras oraciones en su pre­
sencia. " L o s ojos de D i o s m i r a n a los j u s t o s y s u s
oídos e s c u c h a n sus o r a c i o n e s " (Sal 3 3 , 1 6 ) . P o r
tanto, orad p o r el m u n d o , conscientes de que
Dios inclina su o í d o a las oraciones de los b u e n o s
y que la intercesión del h o m b r e justo tiene m u c h o
valor. A c o r d a o s siempre de nosotros. Vosotros te­
néis a c c e s o libre al paraíso de las delicias; y las
p u e r t a s del p a r a í s o q u e el p e c a d o de A d á n cerró,
las abre vuestra entrega a D i o s " (Carta a los Mon­
jes, XI: P. 40, 937).




          SAN    SERAPIÓN       DE T H M U I S     (†360)
REZAR EN SILENCIO




        Y          o m e acordé de vuestro n o m b r e p o r
                   la n o c h e . " El Profeta sabía m u y b i e n
                   que, en especial d u r a n t e la n o c h e ,
d e b e m o s recurrir a D i o s . Sabía q u e e n t o n c e s es
p r e c i s o a t e n d e r m á s a o b s e r v a r la ley, p o r s e r el
t i e m p o e n q u e los deseos i m p u r o s se introducen
en el a l m a (Sal 118).
      E n el E v a n g e l i o , n o s p i d e el S e ñ o r q u e o r e m o s
en silencio en el secreto de nuestras a l m a s p a r a
q u e n u e s t r a oración sea m á s b i e n obra del c o r a -
zón q u e de la lengua. ¿Podría ser esto contrario a
las p a l a b r a s del Profeta: " Y o h e c l a m a d o c o n t o d o
m i c o r a z ó n " ? N o , p o r cierto, p u e s sabía m u y b i e n
aquel Profeta q u e m á s consiste (la oración) en el
c l a m o r del c o r a z ó n que en el de la b o c a .

    Es la oración u n grito que n o ofende ni hiere
los oídos; p o r q u e es u n grito de la fe, un grito del
a l m a q u e penetra en los cielos y s u b e hasta el tro-
n o de D i o s , n o c o n el esfuerzo de la v o z , sino c o n
la virtud d e la fe.

                                    55
56                 LA ORACIÓN       EN L O S SANTOS      PADRES




      A q u e l , p u e s , c l a m a a D i o s con todo su c o r a z ó n
si le pide g r a n d e s cosas, si le suplica que le dé los
b i e n e s celestiales, que espera los b i e n e s eternos y
v i v e e n t r e t a n t o en la i n o c e n c i a y t e m o r de D i o s
(Sal 118).

    Los ángeles están atentos a las oraciones de los
fieles y las ofrecen a D i o s diariamente ( H m 13 in
mat.).

   Es preciso ser tan loco c o m o impío para dejar de
conocer que d e p e n d e m o s absolutamente de Dios,
y para creer, por el contrario, que cuanto hace, lo
podrá conseguir con sus propias fuerzas. Porque si
en nosotros h a y algún bien, sin duda viene de Dios.
Por lo cual, es preciso poner en Él toda nuestra es-
peranza, y confesar que del Señor nos viene todo, a
ejemplo del Profeta que clama: "Señor, vos sois m i
protector y m i redentor" (Sal 51).




                     SAN     HILARIO (†         367)
REZAR
               C O N EL CORAZÓN




    C           u a n d o r e z a m o s , la iniciativa p a r a q u e
                D i o s c o n c e d a su don, parte de n o s o -
                tros; y si el d o n de D i o s d e p e n d e de
n u e s t r a iniciativa, d e p e n d e t a m b i é n de n o s o t r o s
b u s c a r l o , obtenerlo y que p e r m a n e z c a .
    S o b r e t o d o p o r la n o c h e h a y que rezar a D i o s
e i m p l o r a r su favor. E l espíritu n o se d e b e a b a n -
d o n a r al r e p o s o p e l i g r o s o de las v e l a d a s n o c t u r -
n a s , s i n o q u e d e b e c o n s a g r a r s e a las p l e g a r i a s y
s ú p l i c a s y a la confesión de los p e c a d o s a fin d e
q u e , s o b r e t o d o c u a n d o se presenta u n a o c a s i ó n
de satisfacer los vicios del c u e r p o , tales v i c i o s
sean c o m b a t i d o s p o r el recuerdo de la ley divina.

     Entre los n u m e r o s o s preceptos de la doctrina
e v a n g é l i c a , figura el silencio que el S e ñ o r n o s h a
e x i g i d o en la oración p a r a que nuestra petición
s e a s i l e n c i o s a , v e n g a de lo s e c r e t o de n u e s t r o
c o r a z ó n y la p a l a b r a o c u p e m e n o s lugar q u e el e s -


                                    57
58                  LA ORACIÓN          EN L O S S A N T O S   PADRES




píritu. L o s secretos de nuestra oración son escu-
c h a d o s p o r D i o s p o r q u e Él penetra los secretos.
Parecería q u e h a y contradicción entre lo q u e en-
seña el E v a n g e l i o y lo q u e dice el profeta: " H e gri-
tado c o n t o d o m i corazón, e s c ú c h a m e S e ñ o r " (Sal
118, 145). P e r o el profeta sabe que es preciso q u e
su grito sea m á s del c o r a z ó n que de s u v o z ; p o r
eso su grito v i e n e del corazón. N o se trata a q u í
del s o n i d o e l e v a d o de la v o z , ni de u n a audición
en el s e n t i d o físico de la palabra, sino del grito de
la fe, del grito del espíritu h e c h o para ser e m i t i d o
n o p o r el esfuerzo de la v o z , sino p o r el espíritu
de la fe. G r i t a a D i o s c o n s u c o r a z ó n q u i e n le pi-
de g r a n d e s c o s a s , q u i e n i m p l o r a b i e n e s c e l e s t i a -
les,    quien espera bienes eternos, quien                                 vive
c u m p l i e n d o sus deberes c o n inocencia y t e m o r
de D i o s (Sal 118, 19, 1 ) .




                        SAN H I L A R I O ( † 3 6 7 )
LA ORACIÓN ES EFICAZ
         PARA M O V E R AL S E Ñ O R




    G            ran a r m a d u r a es la oración, tesoro in-
                 deficiente, riqueza inagotable, p u e r t o
                 sereno, fundamento de tranquilidad,
raíz, fuente y m a d r e de i n n u m e r a b l e s b i e n e s : m á s
p o d e r o s a es la oración que el m i s m o reino.
    La oración q u e asciende hasta el cielo n o es la
oración fría y llena de negligencia, sino aquella
que se h a c e c o n g e n e r o s o e m p e ñ o , c o n m e n t e ele-
v a d a y d o l o r de c o r a z ó n .

    P o r tanto: h a b l a d m u c h o con D i o s y p o c o c o n
los h o m b r e s .

   O r a d , p u e s , t a m b i é n vosotros p o r m í ; p o r q u e
la oración c o m ú n de m u c h o s , h e c h a con amor, es
eficaz p a r a m o v e r al Señor.

     D e j e m o s de l a d o toda p r e o c u p a c i ó n y q u e
n u e s t r o ú n i c o c u i d a d o sea rogar a D i o s , n o sea
que s u furor n o s quite toda solicitud en aquella
v e n g a n z a q u e Él ejecutó contra los de S o d o m a ,

                                   59
60                LA ORACIÓN        EN L O S SANTOS     PADRES




quienes, distraídos c o n otros n e g o c i o s , n o quisie-
ron o c u p a r s e del ú n i c o importante: el de p e d i r la
c l e m e n c i a de D i o s c o n oraciones y p r o m e s a s .

     O r a c i ó n a C r i s t o : C a i g o d e rodillas, Señor, p a -
ra a d o r a r t e . Te d o y g r a c i a s D i o s de b o n d a d , te
i n v o c o , o h D i o s de s a n t i d a d . A n t e ti d o b l o m i s
rodillas.

     Tú a m a s a los h o m b r e s y y o te glorifico, oh
Cristo, Hijo ú n i c o y S e ñ o r d e todas las cosas, que
eres el ú n i c o sin p e c a d o . P o r mí, p e c a d o r e indig-
no, te h a s e n t r e g a d o a la m u e r t e , a la m u e r t e de
cruz. D e este m o d o h a s liberado a las a l m a s de las
ligaduras del m a l . ¿ Q u é te devolveré y o a c a m b i o
de tanta b o n d a d ? (Sal 43).




                       SAN    EFRÉN († 5 7 9 )
ABRIRNOS
          A LOS DONES DE DIOS




    A             p l i q u é m o n o s a la v i d a espiritual a fin
                  de llegar a ser hombres perfectos; só-
                  lo e n t o n c e s s e r e m o s a p t o s p a r a
o r a c i ó n , c u a n d o t e n g a m o s y a sujetas n u e s t r a s
                                                                               la


p a s i o n e s , d e s t r u i d a en n o s o t r o s tal a d i c i ó n n a t u -
ral y v a c i a d o de t o d a p r e o c u p a c i ó n n u e s t r o e s p í -
ritu. E n t o n c e s , e n efecto, h a l l a n d o el E s p í r i t u
S a n t o n u e s t r a a l m a en r e p o s o y c o m u n i c a n d o a
n u e s t r a i n t e l i g e n c i a u n n u e v o poder, e n c e n d e r á
la l u z e n n u e s t r o s c o r a z o n e s , al m o d o c o m o se
enciende una lámpara bien preparada,                                    donde
b a s t a a c e r c a r la l l a m a p a r a q u e l u e g o e m p i e c e a
d e r r a m a r s o b r e t o d o s los asistentes u n a luz b e -
néfica y g o z o s a . D i s p o n g a m o s , p u e s , ante t o d o
n u e s t r a s a l m a s p a r a recibir la luz d i v i n a , y de e s -
te m o d o h a g á m o n o s dignos de recibir los d o n e s
de D i o s . S i n o s d i s p o n e m o s a recibir estos d o n e s ,
el S e ñ o r n o s tratará c o m o a m i g o s y n o s invitará a
las v i r t u d e s m á s perfectas y s u b l i m e s .


                                       61
62                LA ORACIÓN      EN L O S SANTOS      PADRES




   H a b l a d m u c h o c o n D i o s y p o c o c o n los h o m -
bres.

     D u r a n t e toda la vida del h o m b r e n o h a y teso-
ro c o m p a r a b l e a la oración.

     Lo que p o r tu debilidad n o p u e d a s recibir de
D i o s en u n d e t e r m i n a d o m o m e n t o , lo p o d r á s re-
cibir en otra o c a s i ó n si perseveras en la oración.

     La oración es c o m o u n arco con el q u e lanza-
m o s a D i o s d a r d o s de santos y ardientes d e s e o s .
C o n e s t o s d a r d o s h e r i m o s el c o r a z ó n de D i o s y
triunfamos en El, hiriendo al propio t i e m p o y
d e s c o n c e r t a n d o a nuestros e n e m i g o s .

    Si ( m e d i a n t e la o r a c i ó n ) n o s d i s p o n e m o s a
recibir e s t o s d o n e s , el S e ñ o r n o s tratará c o m o
a m i g o s y n o s invitará a las virtudes m á s perfec-
tas y s u b l i m e s , a l e g r á n d o s e nuestro corazón.

     Si p o n e s gran e m p e ñ o en desentenderte de las
cosas del m u n d o c o n a l m a pura, p o d r á s v a c a r a la
c o n t e m p l a c i ó n de las cosas que n o se ven y rega-
larte y regocijarte en el recuerdo de D i o s (De Vit.
Spirit       N.°21).

                        SAN EFRÉN        (379)
LA ORACIÓN CONTINUA




       Y           o le invocaré en m i s días." Este santo
                   rey (David) indica q u e la m e d i d a de
                   su confesión y oración era toda la vi­
da. N o s o t r o s , al contrario, c u a n d o h e m o s o r a d o
u n solo día, y a u n q u e n o sea m á s que u n a hora, o
h e m o s tenido el m e n o r p e n s a m i e n t o de dolor p o r
n u e s t r a s culpas, y a p e n s a m o s que e s t a m o s s e g u ­
ros, c o m o si h u b i é r a m o s e x p i a d o          enteramente
nuestros p e c a d o s .
    H a y q u e orar c o n fervor y perseverancia. E s
preciso i m p l o r a r el auxilio divino, p r o c u r a n d o n o
p e d i r l e c o n t i b i e z a , p o r q u e si se o r a c o n a p l i c a ­
c i ó n , e n v e z d e c o n s e g u i r lo q u e se p i d e , se m e ­
r e c e la i n d i g n a c i ó n d e D i o s , y la o r a c i ó n s e
c o n v i e r t e en p e c a d o .

    " O r a d sin intermisión." Orarás sin intermisión
si tu oración n o se reduce a solas palabras, sino
q u e t o d o el m é t o d o de tu vida es c o n f o r m e a la
divina v o l u n t a d , de tal m o d o q u e p u e d a y m e r e z ­
ca tu v i d a llamarse oración continua.


                                     63
64                 LA ORACIÓN        EN L O S SANTOS       PADRES




     H a y q u e estar libres de todos los t u m u l t o s e x -
ternos y crear la p a z m á s c o m p l e t a en la intimi-
d a d del p r o p i o corazón; sólo entonces p o d r e m o s
e n t r e g a m o s a la c o n t e m p l a c i ó n de la verdad.

     La o r a c i ó n a y u d a a la perfección. P o r esto, n o -
sotros, d á n d o n o s c u e n t a de vuestro d e s e o de lle-
gar a esa perfección, c o n la a y u d a de D i o s y de
vuestras o r a c i o n e s , n o s esforzamos en la m e d i d a
en q u e n o s lo p e r m i t e la luz del Espíritu S a n t o
p o r avivar la chispa del a m o r divino e s c o n d i d a
en vuestro interior.

     C o n f í a , p u e s , en la b o n d a d divina, a g u a r d a
s u a u x i l i o . Ya s a b e s q u e , si n o s c o n v e r t i m o s a É l
de v e r a s , n o s ó l o n o n o s e c h a r á , s i n o q u e c o n la
o r a c i ó n t o d a v í a e n los l a b i o s , n o s dirá: " ¡ M i r a ,
aquí estoy!"




                        SAN    BASILIO ( †      379)
N O A LAS MUCHAS
               PALABRAS
         SINO A LA INTENCIÓN




     P       a r a n o p a d e c e r d i s t r a c c i o n e s e n la o r a -
             ción, h e m o s de persuadirnos,
             D a v i d , de q u e D i o s siempre está presen-
te... P u e s si a u n e n presencia de los h o m b r e s ,
                                                                    como



n u e s t r o s iguales, p r o c u r a m o s g u a r d a r tal c o m -
p o s t u r a y p a l a b r a s q u e n o hallen q u é reprender,
¡con c u á n t a m a y o r razón h a b r e m o s d e ser cir-
c u n s p e c t o s si n o s p e r s u a d i m o s de q u e e s t a m o s
delante de D i o s !
    ¿Por q u é D i o s n o n o s d a enseguida lo q u e le p e -
d i m o s ? P o r q u e el S e ñ o r conoce mejor que nosotros
lo que n o s conviene; y aun p u e d e ser q u e dilate
c o n c e d e m o s lo que n o s concede, con el fin de q u e
se lo p i d a m o s con m á s frecuencia y fervor, o p a r a
que c o n o z c a m o s que es don suyo y que si n o s lo
confiere d e b e r e m o s conservarlo con cuidado.

    El A p ó s t o l dice: " O r a d c o n t i n u a m e n t e " (1 Ts 5,
17). Voy a explicar que h a y que orar continuamen-


                                    65
66                LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES


te y que este m a n d a m i e n t o es posible cumplirlo.
La oración es la petición de un bien hecho a Dios
por personas piadosas. Pero ni la realizamos sólo
con palabras ni Dios necesita que lo invoquemos
hablando, sino que conoce lo que nos conviene,
aunque n o se lo pidamos. Con esto queremos decir
que lo esencial de la oración n o está en los sonidos
que se pronuncian, sino que su fuerza reside m á s
bien en la intención del alma y en las obras virtuo-
sas que se extienden a toda la vida, pues se dice: "Ya
comáis, ya bebáis o hagáis cualquier cosa, hacedlo
todo para gloria de D i o s " (1 C o 10, 31). A l ponerte
a la m e s a , reza; al c o m e r el pan, da gracias al que
te lo h a dado; al t o m a r vino para fortalecer el
c u e r p o débil, acuérdate del que te h a h e c h o ese
regalo p a r a a l e g r a r el c o r a z ó n y aliviar las enfer-
m e d a d e s . ¿ H a s satisfecho la n e c e s i d a d de ali-
m e n t a r t e ? P u e s q u e n o t e r m i n e el r e c u e r d o del
benefactor. Si vistes u n a túnica, dale gracias a
Dios, quien te la regala; si te pones u n m a n t o , a m a
con m á s i n t e n s i d a d a D i o s , p o r q u e n o s h a pro-
p o r c i o n a d o v e s t i d o s a c o m o d a d o s al invierno y al
v e r a n o p a r a p r o t e g e r nuestra vida y cubrir la
desnudez.

                        SAN    BASILIO ( † 3 7 9 )
ESTAR U N I D O A D I O S




                   e h a a c a b a d o el día? D a gracias al q u e
                   n o s h a p r o p o r c i o n a d o el sol p a r a p o -
    ¿S             d e r realizar los trabajos d i u r n o s y n o s
regala el fuego p a r a a l u m b r a r la n o c h e y p a r a
otras n e c e s i d a d e s de la vida. H a s de e n c o n t r a r en
la n o c h e n u e v o s m o t i v o s p a r a la oración: c u a n d o
mires al cielo y c o n t e m p l e s la belleza de los as-
tros, i n v o c a al S e ñ o r de las cosas invisibles y a d o -
ra al Artífice perfecto del universo q u e h i z o t o d o
con sabiduría (cf. Sal 103, 24). Al observar toda la
naturaleza a n i m a l dormida, adora de n u e v o a
A q u e l que m e d i a n t e el sueño n o s relaja de los
c o n t i n u o s trabajos aun sin nosotros quererlo, y
n o s repara el v i g o r y las fuerzas con u n b r e v e d e s -
c a n s o . Q u e la n o c h e n o sea toda ella c o m o propie-
dad p r i v a d a y e x c l u s i v a del sueño, y n o p e r m i t a s
q u e la m i t a d de tu v i d a sea inútil p o r el s o p o r del
s u e ñ o y la oración. M á s aún, hasta los m i s m o s
s u e ñ o s h a n de ser ejercicio de p i e d a d . P o r q u e las
fantasías de los s u e ñ o s suelen ser vestigios y ras-
tros de las o c u p a c i o n e s diurnas; y, p o r tanto, s e -


                                   67
68               LA ORACIÓN      EN L O S SANTOS    PADRES




g ú n sean las p r e o c u p a c i o n e s de nuestra vida, así
serán t a m b i é n nuestros s u e ñ o s . E n conclusión,
orarás c o n t i n u a m e n t e si n o dejas de rezar n o c o n
palabras, s i n o p o r la u n i ó n c o n D i o s en t o d o s tus
q u e h a c e r e s , d e m o d o q u e tu v i d a sea u n a conti-
n u a e i n i n t e r r u m p i d a oración (Sobre el martirio de
santa Julita).

   C u a n d o p i d e s y n o recibes, es p o r q u e p i d e s
mal, o p o r q u e te c a n s a s , o p o r q u e pides lo que n o
te c o n v i e n e (Regla Monástica I ) .




                    SAN    BASILIO ( †   379)
T Ú ERES NUESTRO PADRE




   C         u a n d o reces, procura n o pedir u n a c o -
              sa p o r otra e irritar así al Señor: n o pi-
              das dinero, gloria h u m a n a , poder, ni
n a d a pasajero; pide m á s bien el Reino de Dios y El
te dará todo lo necesario para el cuerpo, c o m o El
m i s m o dice: "Buscad el Reino de Dios y su justicia,
y todo lo d e m á s se os dará por añadidura" (Mt 6,
33). H a y dos clases de oración: la de la alabanza con
humildad y la de petición, que es inferior. Por tan-
to, cuando ores, no pases inmediatamente a la peti-
ción porque entonces demuestras que oras sólo m o -
vido por la necesidad. Cuando entres en oración,
deja a la mujer, a los hijos y a ti mismo, abandona la
tierra y asciende hasta el cielo, deja toda criatura vi-
sible e invisible y comienza a alabar al Creador del
universo y mientras lo alabas n o desvíes tu mente
para acá y para allá ni en fábulas al estilo griego, si-
n o inspírate en la Segunda Escritura y di: "Señor, te
bendigo a ti, que eres clemente y misericordioso,
que cada día tienes paciencia conmigo pecador, y
nos das a todos la posibilidad de la conversión. Por
esto callas y nos aguantas, Señor, para que te alabe-


                            69
70                 LA ORACIÓN        EN L O S SANTOS      PADRES




m o s a ti que administras la salvación del género hu-
mano: unas veces con castigos, otras con amenazas,
otras por los profetas y finalmente nos has visitado
con la venida de Cristo. Tú nos has creado y n o n o -
sotros. Tú eres nuestro Dios."

     C u a n d o h a y a s glorificado y alabado a Dios si-
guiendo las Escrituras según tus fuerzas, c o m i e n z a
con la oración de h u m i l d a d : "Señor, n o s o y d i g n o
de h a b l a r c o n t i g o p o r q u e s o y m u y pecador." Y lo
h a s de decir a u n q u e n o te acuerdes de n i n g ú n p e -
c a d o , p o r q u e n a d i e h a y sin p e c a d o sino sólo
D i o s , p u e s a u n c o m e t i e n d o m u c h o s p e c a d o s , de
la m a y o r í a de ellos n o n o s d a m o s c u e n t a (...). P o r
tanto, ora a D i o s c o n t e m o r y h u m i l d a d . Y c u a n -
d o h a y a s d i c h o la o r a c i ó n de h u m i l d a d , dirás:
"Te d o y g r a c i a s , S e ñ o r , p o r q u e h a s sido p a c i e n t e
con m i s p e c a d o s y n o m e h a s c a s t i g a d o h a s t a
a h o r a , a u n q u e m e h i c e d i g n o de p a d e c e r i n n u -
m e r a b l e s s u p l i c i o s y de ser e c h a d o de tu presen-
cia; p e r o tu b o n d a d c l e m e n t í s i m a fue m a g n á n i m a
c o n m i g o . Te d o y gracias aunque n o p u e d o corres-
p o n d e r a la m a g n i t u d de tu clemencia."


                       SAN BASILIO ( †         379)
REZAR
        EN PRESENCIA DE D I O S




    C             u a n d o h a y a s a c a b a d o las d o s partes
                  p r i m e r a s de la oración — l a a l a b a n z a y
                  la h u m i l d a d — , e n t o n c e s p i d e lo q u e
h a s de pedir, p e r o n o dinero, n i gloria terrena, ni
salud c o r p o r a l , c o m o y a dije, p u e s D i o s , q u e te
creó, c u i d a de tu salud. L o que h a s de pedir, c o -
m o está d i c h o , es el R e i n o de D i o s , p u e s E l p r o -
v e e r á las n e c e s i d a d e s del cuerpo. P u e s n u e s t r o
R e y es de s u p r e m a d i g n i d a d y se indignaría si le
pidiéramos cosas pequeñas o no convenientes.
C u i d a , p o r tanto, c u a n d o ores, que n o se indigne,
y p i d e c o s a s d i g n a s de este R e y que es D i o s . Y
c u a n d o p i d a s cosas dignas de D i o s , n o desistas
h a s t a q u e las consigas, c o m o dice el S e ñ o r en el
E v a n g e l i o (cf. L c 9, 5 - 8 ) . (...) A h o r a bien, c u a n d o
alguien está e n audiencia con u n a autoridad, está
c o n m u c h o t e m o r y tiene tanto la m i r a d a e x t e r n a
c o m o la interna del a l m a atenta p a r a n o distraer-
se o despistarse. ¡ C u á n t o m á s h e m o s de estar c o n


                                   71
72                LA ORACIÓN        EN L O S SANTOS      PADRES




t e m o r y t e m b l o r ante Dios y tener nuestra m e n t e
centrada sólo en Él, evitando cualquier distrac­
ción! Pues Él n o sólo ve el exterior del h o m b r e , c o ­
m o los d e m á s , sino también el interior. P o r tanto,
si así estás en la presencia de Dios, concentrado a
ti m i s m o , n o desistas hasta que obtengas lo que
pides. P e r o si tu c o n c i e n c i a te a c u s a de n e g l i ­
g e n c i a y e s t á s e n la o r a c i ó n c o n la m e n t e distraí­
da, p u d i e n d o e s t a r a t e n t o , n o te atrevas a p o ­
n e r t e en p r e s e n c i a de D i o s p a r a n o c o n v e r t i r tu
o r a c i ó n e n p e c a d o . Pero si, debilitado p o r el p e ­
cado, n o p u e d e s rezar sin distracción de la m e n t e ,
esfuérzate todo lo que p u e d a s y mantente en la
presencia de D i o s , teniendo la m e n t e dirigida ha­
cia Él y reconcentrándote en ti m i s m o . E n t o n c e s
Dios te p e r d o n a r á porque, si n o p u e d e s estar c o ­
m o conviene delante de Dios, n o es p o r desprecio,
sino p o r debilidad. Si así te esfuerzas para toda
b u e n a obra, n o ceses hasta conseguir tu petición
(P. G. 2, 31).



                      SAN    BASILIO (†        379)
PEDIR
                CON CONFIANZA




    C              u a n d o p i d a s algo a D i o s , l l a m a a su
                   p u e r t a c o n constancia, p o r q u e " t o d o
                   el que p i d e , recibe y el que b u s c a , en-
c u e n t r a y al q u e l l a m a , se le a b r e " (Lc 11, 1 0 ) . (...)
P e r o a l g u n o dirá: " h e p e d i d o m u c h a s v e c e s y n o
he r e c i b i d o " . S e g u r o que es p o r q u e h a s p e d i d o
m a l , sin confianza, de m o d o distraído o c o s a s
q u e n o te c o n v i e n e n ; y si h a s p e d i d o c o s a s que te
c o n v i e n e n , n o h a s p e r s e v e r a d o en la oración,
p u e s está escrito: " C o n la p a c i e n c i a salvaréis
v u e s t r a s a l m a s " (Lc 2 1 , 1 9 ) , y "el que p e r s e v e r e
hasta el fin, se s a l v a r á " (Mt 10, 2 2 ) . D i o s c o n o c e
el c o r a z ó n de los que le suplican. E n t o n c e s , m e
dirás, ¿ q u é n e c e s i d a d tiene de nuestra p e t i c i ó n ?
¿ N o c o n o c e n u e s t r a s n e c e s i d a d e s ? ¿Para qué p e -
dirle? C i e r t o q u e D i o s c o n o c e lo q u e n e c e s i t a m o s
y n o s p r o p o r c i o n a c o n a b u n d a n c i a lo n e c e s a r i o
p a r a el c u e r p o y, c o m o es b u e n o , h a c e llover s o -
bre j u s t o s e injustos y quiere q u e el sol salga s o -
bre b u e n o s y m a l o s , antes de que nosotros se lo

                                   73
74                  LA ORACIÓN        EN LOS SANTOS         PADRES




p i d a m o s . P e r o la fe, las o b r a s virtuosas y el R e i -
n o de los cielos n o los o b t e n d r á s si n o los p i d e s
con m u c h a insistencia y p e r s e v e r a n c i a . P r i m e r o
h a y q u e d e s e a r l o , d e s p u é s b u s c a r l o c o n sinceri-
d a d , fe y c o n s t a n c i a , sin q u e la c o n c i e n c i a te a c u -
se de n e g l i g e n c i a o distracción y, c u a n d o D i o s
quiera, los recibirás, p u e s Él s a b e m e j o r q u e tú
c u á n d o te c o n v i e n e . Y q u i z á s se retrasa en darte
lo q u e p i d e s p a r a h a c e r t e m á s p e r s e v e r a n t e y
p a r a q u e c o n o z c a s q u e es regalo de D i o s y lo
c o n s e r v e s c o n c u i d a d o . P u e s lo q u e u n o h a c o n -
s e g u i d o c o n m u c h o trabajo, se esfuerza en g u a r -
darlo, no sea que perdiendo aquello, pierda
t a m b i é n s u m u c h o trabajo y p e r d i e n d o t a m b i é n
la gracia de D i o s se h a g a i n d i g n o d e la v i d a eter-
na. ¿ D e q u é le sirvió a S a l o m ó n h a b e r recibido
p r o n t o el d o n de la sabiduría, si l u e g o lo p e r d i ó ?
(Cont. Asc. c. 1, P. 31).




                        SAN BASILIO ( †         379)
EJEMPLO
                 DE LOS MONJES




    S     a b e n q u e nuestra gloria es la c o m u n i d a d
          m o n a c a l de h o m b r e s y mujeres, que c o n
          su espíritu p e r m a n e c e n ya en el cielo.
Ellos crucificaron su c u e r p o j u n t o con sus p a s i o -
n e s y tentaciones. Ellos ya n o se p r e o c u p a n de
aquello q u e v a n a c o m e r o vestir, sino aquella
oración p o r la que, sin perder el t i e m p o , día y n o -
che, están u n i d o s a D i o s , aun c u a n d o trabajan
c o n sus m a n o s .

     D e s p u é s de la lectura siguen las oraciones. L a s
a l m a s , en las cuales el a m o r a D i o s se originó,
c u m p l e n c o n m á s rapidez y perseverancia. L a
oración q u e e l e v a la m e n t e a D i o s es b u e n a . J u s -
t a m e n t e en esto está la v i d a de D i o s en n o s o t r o s ,
c u a n d o r e c o r d a m o s que el S e ñ o r vive en n o s o -
tros. D e esta forma, s o m o s t e m p l o s de D i o s , p r o -
c u r a n d o q u e esta u n i ó n n o se interrumpa a c a u s a
de las p r e o c u p a c i o n e s terrenales, las inquietudes,
y c u a n d o las p a s i o n e s turban el intelecto. Q u i e n ,


                                75
76                LA ORACIÓN      EN L O S SANTOS      PADRES




pues, a m a a D i o s y h u y e de t o d o esto, se orienta
a D i o s , aleja de su c o r a z ó n las pasiones que lo
c o n d u c e n al p e c a d o y p e r m a n e c e en la lucha que
lo llevó a las v i r t u d e s (Carta a san Gregorio
Nacianceno).

    Y, ¡qué p u e d e dar m á s suerte, aquí en la Tierra,
que imitar los coros de los ángeles! C u a n d o a ca-
da o c u p a c i ó n p r e c e d e la oración, c u a n d o c o n can-
tos, c o m o c o n sal, c o n d i m e n t a m o s las o c u p a c i o -
nes, los cantos h e r m o s o s y espirituales d a n al al-
m a alegría y e s p e r a n z a d a tranquilidad (Carta a
san Gregorio Nacianceno).




                      SAN   BASILIO ( †     379)
EL CANTO
                 DE LOS SALMOS




     E
            m p e z a r el día c o n h i m n o s . Ir a la m a d r u -
            g a d a a la oración c o n cantos e h i m n o s ,
            a l a b a n d o al C r e a d o r y luego, c o m o el sol
m á s c l a r a m e n t e ilumina, volver al trabajo. L o s
s a l m o s s o n tranquilidad para el a l m a , principio
de paz, q u e tranquiliza los atormentados e inquie-
tos p e n s a m i e n t o s , q u e n o solamente d o m i n a n la
turbulenta ira, la despertada cólera espiritual, si-
n o q u e la c o n d u c e a la misericordia. L o s s a l m o s
fortifican a los c o n g r e g a d o s , reconcilian a los
o f e n d i d o s , y entre a m i g o s , i n d u c e n   al amor.
¿ Q u i é n e n t o n c e s p u e d e tener p o r e n e m i g o a
a q u e l c o n el c u a l j u n t o s elevan s a l m o s a D i o s ? Y
el canto de s a l m o s u n e c o n aquel b i e n m á s grande
q u e es el amor. Este canto es c o m o si encontrara
algún porvenir, u n a e s p e r a n z a , u n a p r e d i s p o s i -
ción a una actitud conciliadora. Los himnos ahu-
y e n t a n a los d e m o n i o s y traen la protección de los
ángeles.




                                 77
78                L A O R A C I Ó N EN L O S SANTOS    PADRES




     Es m u y i m p o r t a n t e orar con h u m i l d a d y c o n
fervor. "Tú, hijo, c u a n d o v a y a s a rogar al Señor,
póstrate h u m i l d e m e n t e en su presencia y n o pi-
das n a d a p o r tus propios méritos. A u n q u e t e n g a s
conciencia de h a b e r h e c h o algo b u e n o , ocúltalo,
p a r a q u e en tu silencio te sea restituido a b u n d a n -
t e m e n t e p o r el Señor. N o d e b e s acordarte de lo
b u e n o que h a y a s h e c h o , sino, p o n e n s e g u i d a tus
p e c a d o s a la vista, p a r a que D i o s los borre c u a n -
d o los h a y a s c o n f e s a d o . C u a n d o te v a y a s a confe-
sar, n o te justifiques, p a r a q u e n o salgas c o n d e n a -
do c o m o el fariseo. A c u é r d a t e del p u b l i c a n o y c ó -
m o o r a b a p o r sí, e imítalo p a r a que alcances el
p e r d ó n de tus p e c a d o s " (Hom. Sal, 1).




                     SAN    BASILIO ( †      379)
INVOCAR
                 PRIMERO A D I O S




      N               o ores c o n v o z c l a m o r o s a al que c o ­
                      n o c e los secretos, sino m á s bien llame
                      a sus oídos el c l a m o r de tu corazón.
N o te p r o l o n g u e s ante Él con d e m a s i a d a s pala­
b r a s , p o r q u e D i o s n o será aplacado p o r las m u ­
c h a s p a l a b r a s , s i n o p o r el a l m a i n m a c u l a d a . E n el
t i e m p o de la oración aleja de ti toda malicia del
corazón, y si tienes algo contra tu prójimo, p e r d ó ­
nalo. H a y u n a raza de serpientes que, c u a n d o b e ­
b e n agua, antes de acercarse a la fuente, v o m i t a n
t o d o el v e n e n o . Imita la astucia de esta serpiente
y arroja de tu a l m a t o d o el a m a r g u í s i m o v e n e n o .
P e r d o n a a tu c o n s i e r v o los cien denarios, p a r a
que te sea p e r d o n a d a a ti la d e u d a de los diez m i l
talentos. P u e s , así c o m o quieras que sea D i o s p a ­
ra c o n t i g o , sé tú para tu consiervo.

    C u a l q u i e r acción que e m p r e n d a s , i n v o c a pri­
m e r o a D i o s y n o dejes de darle gracias c u a n d o la
hayas consumado.



                                     79
80                L A O R A C I Ó N EN L O S SANTOS   PADRES




     B u s c a a D i o s e i n v ó c a l o de t o d o corazón y lo
alcanzarás, y n o lo dejes ir c u a n d o lo tengas, p a ­
ra que se u n a tu a l m a c o n su amor.

     Aplícate e n tu v i d a p a r a ofrecer a D i o s u n a
oración p u r a , y n o turben tu corazón los p e n s a ­
m i e n t o s v a n o s , ni tu a l m a sea llevada h a c i a diver­
sos sitios.

     R e c u e r d a q u e estás bajo los ojos de D i o s , q u e
m i r a los secretos del c o r a z ó n y c o n o c e lo oculto
de las a l m a s . M a n t e n t e con atención en la presen­
cia de D i o s d u r a n t e el t i e m p o de la oración y d e
los s a l m o s (P. G. 3 2 ) .




                     SAN    BASILIO ( †     379)
CANTAR
                CON VIGILANCIA
                  Y SABIDURÍA




     N            o te o p r i m a el s u e ñ o del a l m a y n o e s -
                  tén discordes el sentimiento y la len-
                  gua, sino en c o n s o n a n c i a , y de a m b o s
b r o t e n las p a l a b r a s , p o r q u e c o m o es i m p o s i b l e
servir a d o s señores, así t a m p o c o p o d r á elevarse
a D i o s la o r a c i ó n divina.

    N o transcurra para ti t i e m p o a l g u n o ocioso o
v a c í o , de día o de n o c h e . Te c o n v i e n e v e l a r p a r a
q u e p u e d a s h u i r m á s fácilmente de la tentación
inminente.

    Si los p e n s a m i e n t o s s ó r d i d o s t u r b a s e n tu c o -
r a z ó n y te llevaran a h a c e r lo q u e n o es lícito,
sean e x p u l s a d o s de tu a l m a p o r las o r a c i o n e s y
las vigilias. P u e s la o r a c i ó n es la gran defensa del
a l m a . P o r las o r a c i o n e s p u r a s n o s es d a d o t o d o
c u a n t o es útil p a r a n o s o t r o s , y t o d o lo n o c i v o
h u i r á sin d u d a .


                                   81
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres
La oración en los santos padres

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

42 dios demanda_sumision_en_las_relaciones
42 dios demanda_sumision_en_las_relaciones42 dios demanda_sumision_en_las_relaciones
42 dios demanda_sumision_en_las_relaciones
Tito Ortega
 
El Proceso Vocacional de San Francisco de Asís
El Proceso Vocacional de San Francisco de AsísEl Proceso Vocacional de San Francisco de Asís
El Proceso Vocacional de San Francisco de Asís
sercapuchino
 
Aclarando confusiones respecto a la oracion en la idc by eliud gamez
Aclarando confusiones respecto a la oracion en la idc by eliud gamezAclarando confusiones respecto a la oracion en la idc by eliud gamez
Aclarando confusiones respecto a la oracion en la idc by eliud gamez
Eliud Gamez Gomez
 
Los seis encuentros de Francisco. Formación
Los seis encuentros de Francisco. FormaciónLos seis encuentros de Francisco. Formación
Los seis encuentros de Francisco. Formación
framasg
 

La actualidad más candente (20)

La restauracion de todas las cosas
La restauracion de todas las cosasLa restauracion de todas las cosas
La restauracion de todas las cosas
 
42 dios demanda_sumision_en_las_relaciones
42 dios demanda_sumision_en_las_relaciones42 dios demanda_sumision_en_las_relaciones
42 dios demanda_sumision_en_las_relaciones
 
El Proceso Vocacional de San Francisco de Asís
El Proceso Vocacional de San Francisco de AsísEl Proceso Vocacional de San Francisco de Asís
El Proceso Vocacional de San Francisco de Asís
 
Versículo sobre la Santa Trinidad y el don de lenguas
Versículo sobre la Santa Trinidad y  el don de lenguasVersículo sobre la Santa Trinidad y  el don de lenguas
Versículo sobre la Santa Trinidad y el don de lenguas
 
Retiro de junio #DesdeCasa
Retiro de junio #DesdeCasaRetiro de junio #DesdeCasa
Retiro de junio #DesdeCasa
 
4 tiempo ordinario b
4 tiempo ordinario b4 tiempo ordinario b
4 tiempo ordinario b
 
LECTIO DIVINA: 21ro. Domingo del Tiempo Ordinario Ciclo C
LECTIO DIVINA: 21ro. Domingo del Tiempo Ordinario Ciclo CLECTIO DIVINA: 21ro. Domingo del Tiempo Ordinario Ciclo C
LECTIO DIVINA: 21ro. Domingo del Tiempo Ordinario Ciclo C
 
LECTIO DIVINA: 26to. domingo del tiempo ordinario ciclo c
LECTIO DIVINA: 26to. domingo del tiempo ordinario ciclo cLECTIO DIVINA: 26to. domingo del tiempo ordinario ciclo c
LECTIO DIVINA: 26to. domingo del tiempo ordinario ciclo c
 
LIBRO PEPITAS DE ESMERALDA - PADRE ELIECER SALESMAN
LIBRO PEPITAS DE ESMERALDA - PADRE ELIECER SALESMANLIBRO PEPITAS DE ESMERALDA - PADRE ELIECER SALESMAN
LIBRO PEPITAS DE ESMERALDA - PADRE ELIECER SALESMAN
 
Aclarando confusiones respecto a la oracion en la idc by eliud gamez
Aclarando confusiones respecto a la oracion en la idc by eliud gamezAclarando confusiones respecto a la oracion en la idc by eliud gamez
Aclarando confusiones respecto a la oracion en la idc by eliud gamez
 
61 0211 abraham restaurado
61 0211 abraham restaurado61 0211 abraham restaurado
61 0211 abraham restaurado
 
El padrenuestro
El padrenuestroEl padrenuestro
El padrenuestro
 
Los seis encuentros de Francisco. Formación
Los seis encuentros de Francisco. FormaciónLos seis encuentros de Francisco. Formación
Los seis encuentros de Francisco. Formación
 
Tratados
TratadosTratados
Tratados
 
LIBRO CATECISMO BIBLICO PRIMERA COMUNION - PADRE FLAVIANO AMATULLI VALENTE
LIBRO CATECISMO BIBLICO PRIMERA COMUNION - PADRE FLAVIANO AMATULLI VALENTELIBRO CATECISMO BIBLICO PRIMERA COMUNION - PADRE FLAVIANO AMATULLI VALENTE
LIBRO CATECISMO BIBLICO PRIMERA COMUNION - PADRE FLAVIANO AMATULLI VALENTE
 
La vocacion (1)
La vocacion (1)La vocacion (1)
La vocacion (1)
 
LIBRO PEPITAS DE DIAMANTE - PADRE ELIECER SALESMAN
LIBRO PEPITAS DE DIAMANTE - PADRE ELIECER SALESMANLIBRO PEPITAS DE DIAMANTE - PADRE ELIECER SALESMAN
LIBRO PEPITAS DE DIAMANTE - PADRE ELIECER SALESMAN
 
El don de profecía - parte 1
El don de profecía - parte 1El don de profecía - parte 1
El don de profecía - parte 1
 
Porque debemos cuidar la adoración a Dios en el templo y en nuestras vidas pr...
Porque debemos cuidar la adoración a Dios en el templo y en nuestras vidas pr...Porque debemos cuidar la adoración a Dios en el templo y en nuestras vidas pr...
Porque debemos cuidar la adoración a Dios en el templo y en nuestras vidas pr...
 
Manualdeldiadereposo amishav
Manualdeldiadereposo amishavManualdeldiadereposo amishav
Manualdeldiadereposo amishav
 

Similar a La oración en los santos padres

15º+Domin..
15º+Domin..15º+Domin..
15º+Domin..
ayo05
 
Leamos con nuestros hijos
Leamos con nuestros hijosLeamos con nuestros hijos
Leamos con nuestros hijos
Manuel Arzuza
 
16 formación permanente enero 2015
16 formación permanente enero 201516 formación permanente enero 2015
16 formación permanente enero 2015
José Gracia Cervera
 

Similar a La oración en los santos padres (20)

El Pecado
El PecadoEl Pecado
El Pecado
 
Pobreza
PobrezaPobreza
Pobreza
 
Pobreza
PobrezaPobreza
Pobreza
 
El Yoga del V.M.Jesús EPP
El Yoga del V.M.Jesús EPPEl Yoga del V.M.Jesús EPP
El Yoga del V.M.Jesús EPP
 
Sor juana inés de la cruz
Sor juana inés de la cruzSor juana inés de la cruz
Sor juana inés de la cruz
 
15º+Domin..
15º+Domin..15º+Domin..
15º+Domin..
 
FORMACIÓN - Catolicismo
FORMACIÓN - CatolicismoFORMACIÓN - Catolicismo
FORMACIÓN - Catolicismo
 
00001512
0000151200001512
00001512
 
UTPL_EDUCACION_Familia Y El Valor De La Vida Humana
UTPL_EDUCACION_Familia Y El Valor De La Vida HumanaUTPL_EDUCACION_Familia Y El Valor De La Vida Humana
UTPL_EDUCACION_Familia Y El Valor De La Vida Humana
 
Pastoral educativa
Pastoral educativaPastoral educativa
Pastoral educativa
 
Leamos con nuestros hijos
Leamos con nuestros hijosLeamos con nuestros hijos
Leamos con nuestros hijos
 
20 14 la sabiduia de los_antepasados www.gftaognosticaespiritual.org
20 14 la sabiduia de los_antepasados www.gftaognosticaespiritual.org20 14 la sabiduia de los_antepasados www.gftaognosticaespiritual.org
20 14 la sabiduia de los_antepasados www.gftaognosticaespiritual.org
 
La santa trinidad
La santa  trinidadLa santa  trinidad
La santa trinidad
 
16 formación permanente enero 2015
16 formación permanente enero 201516 formación permanente enero 2015
16 formación permanente enero 2015
 
24-09-2017
24-09-201724-09-2017
24-09-2017
 
Lanciano -italia
Lanciano  -italiaLanciano  -italia
Lanciano -italia
 
Adolescentes ebdv-2013-web4
Adolescentes ebdv-2013-web4Adolescentes ebdv-2013-web4
Adolescentes ebdv-2013-web4
 
despertad octubre 2015
despertad  octubre 2015despertad  octubre 2015
despertad octubre 2015
 
G s 201510 (1)
G s 201510 (1)G s 201510 (1)
G s 201510 (1)
 
Nueva era
Nueva eraNueva era
Nueva era
 

Más de BRIAN MOORE

Más de BRIAN MOORE (20)

Entrevista a Malachi Martin
Entrevista a Malachi MartinEntrevista a Malachi Martin
Entrevista a Malachi Martin
 
EL ABAD REBELDE- Brian Moore
EL ABAD REBELDE- Brian MooreEL ABAD REBELDE- Brian Moore
EL ABAD REBELDE- Brian Moore
 
ISABEL, LA CRUZADA- William Th. Walsh
ISABEL, LA CRUZADA- William Th. WalshISABEL, LA CRUZADA- William Th. Walsh
ISABEL, LA CRUZADA- William Th. Walsh
 
MASONERÍA
MASONERÍAMASONERÍA
MASONERÍA
 
MURIÓ EL SENTIDO COMÚN
MURIÓ EL SENTIDO COMÚNMURIÓ EL SENTIDO COMÚN
MURIÓ EL SENTIDO COMÚN
 
LA GUARDIA SUIZA
LA GUARDIA SUIZALA GUARDIA SUIZA
LA GUARDIA SUIZA
 
MÚSICA SAGRADA-STO.TOMÁS AQUINO
MÚSICA SAGRADA-STO.TOMÁS AQUINOMÚSICA SAGRADA-STO.TOMÁS AQUINO
MÚSICA SAGRADA-STO.TOMÁS AQUINO
 
CASTELLANI-FÚTBOL
CASTELLANI-FÚTBOLCASTELLANI-FÚTBOL
CASTELLANI-FÚTBOL
 
EN NOCHEBUENA- Vicente Querol
EN NOCHEBUENA- Vicente QuerolEN NOCHEBUENA- Vicente Querol
EN NOCHEBUENA- Vicente Querol
 
(8)
(8)(8)
(8)
 
LOS 50 PUEBLOS MÁS BONITOS DE ESPAÑA
LOS 50 PUEBLOS MÁS BONITOS DE ESPAÑALOS 50 PUEBLOS MÁS BONITOS DE ESPAÑA
LOS 50 PUEBLOS MÁS BONITOS DE ESPAÑA
 
ACUEDUCTO DE SEGOVIA
ACUEDUCTO DE SEGOVIAACUEDUCTO DE SEGOVIA
ACUEDUCTO DE SEGOVIA
 
MARÍA AUXILIADORA
MARÍA AUXILIADORAMARÍA AUXILIADORA
MARÍA AUXILIADORA
 
INNSBRUCK-TIROL
INNSBRUCK-TIROLINNSBRUCK-TIROL
INNSBRUCK-TIROL
 
Que es el amor
Que es el amorQue es el amor
Que es el amor
 
SANTIAGO DE COMPOSTELA
SANTIAGO DE COMPOSTELASANTIAGO DE COMPOSTELA
SANTIAGO DE COMPOSTELA
 
LAS MANOS DEL ABUELO
LAS MANOS DEL ABUELOLAS MANOS DEL ABUELO
LAS MANOS DEL ABUELO
 
Iglesias rusas
Iglesias rusasIglesias rusas
Iglesias rusas
 
El secreto de la cebolla
El secreto de la cebolla   El secreto de la cebolla
El secreto de la cebolla
 
Cámara acorazada del banco de España
Cámara acorazada del banco de EspañaCámara acorazada del banco de España
Cámara acorazada del banco de España
 

Último

Recuperando el Rumbo Hasta la Transformación Parte #4.pptx
Recuperando el Rumbo Hasta la Transformación Parte #4.pptxRecuperando el Rumbo Hasta la Transformación Parte #4.pptx
Recuperando el Rumbo Hasta la Transformación Parte #4.pptx
jenune
 
El Amor De Dios.................................pdf
El Amor De Dios.................................pdfEl Amor De Dios.................................pdf
El Amor De Dios.................................pdf
QataryPichosLlaqta
 
Sanidad Interior y Liberacion libro de ayuda espiritual y emocional
Sanidad Interior y Liberacion libro de ayuda espiritual y emocionalSanidad Interior y Liberacion libro de ayuda espiritual y emocional
Sanidad Interior y Liberacion libro de ayuda espiritual y emocional
elianapereira284018
 

Último (15)

"espiritu alma y cuerpo" 1 Tesalonicenses 5:23
"espiritu alma y cuerpo" 1 Tesalonicenses 5:23"espiritu alma y cuerpo" 1 Tesalonicenses 5:23
"espiritu alma y cuerpo" 1 Tesalonicenses 5:23
 
Disciplinas espirituales en el Ministerio de Alabanza.pptx
Disciplinas espirituales en el Ministerio de Alabanza.pptxDisciplinas espirituales en el Ministerio de Alabanza.pptx
Disciplinas espirituales en el Ministerio de Alabanza.pptx
 
Marco_EMS.pdfjhhhgffrhhhjjjjjjhgffddddffg
Marco_EMS.pdfjhhhgffrhhhjjjjjjhgffddddffgMarco_EMS.pdfjhhhgffrhhhjjjjjjhgffddddffg
Marco_EMS.pdfjhhhgffrhhhjjjjjjhgffddddffg
 
Luisa de Marillac: cuidado de los enfermos pobres
Luisa de Marillac: cuidado de los enfermos pobresLuisa de Marillac: cuidado de los enfermos pobres
Luisa de Marillac: cuidado de los enfermos pobres
 
ADVOCACIONES MARIANAS EN AMÉRICA LATINA.ppt
ADVOCACIONES MARIANAS EN AMÉRICA LATINA.pptADVOCACIONES MARIANAS EN AMÉRICA LATINA.ppt
ADVOCACIONES MARIANAS EN AMÉRICA LATINA.ppt
 
Recuperando el Rumbo Hasta la Transformación Parte #4.pptx
Recuperando el Rumbo Hasta la Transformación Parte #4.pptxRecuperando el Rumbo Hasta la Transformación Parte #4.pptx
Recuperando el Rumbo Hasta la Transformación Parte #4.pptx
 
El Amor De Dios.................................pdf
El Amor De Dios.................................pdfEl Amor De Dios.................................pdf
El Amor De Dios.................................pdf
 
Retiro de mayo #DesdeCasa (2024)
Retiro de mayo #DesdeCasa (2024)Retiro de mayo #DesdeCasa (2024)
Retiro de mayo #DesdeCasa (2024)
 
Sanidad Interior y Liberacion libro de ayuda espiritual y emocional
Sanidad Interior y Liberacion libro de ayuda espiritual y emocionalSanidad Interior y Liberacion libro de ayuda espiritual y emocional
Sanidad Interior y Liberacion libro de ayuda espiritual y emocional
 
textos difíciles de la biblia-digital.pdf
textos difíciles de la biblia-digital.pdftextos difíciles de la biblia-digital.pdf
textos difíciles de la biblia-digital.pdf
 
CARTA de Dios para ti. Dios hablando contigo
CARTA  de Dios para ti. Dios hablando contigoCARTA  de Dios para ti. Dios hablando contigo
CARTA de Dios para ti. Dios hablando contigo
 
GUÍA PARA EL REZO DEL SANTO ROSARIO, tamaño cuartilla A5 .pdf
GUÍA PARA EL REZO DEL SANTO ROSARIO, tamaño cuartilla A5 .pdfGUÍA PARA EL REZO DEL SANTO ROSARIO, tamaño cuartilla A5 .pdf
GUÍA PARA EL REZO DEL SANTO ROSARIO, tamaño cuartilla A5 .pdf
 
DIOS PUEDE SANAR TUS HERIDAS OCULTAS.pptx
DIOS PUEDE SANAR TUS HERIDAS OCULTAS.pptxDIOS PUEDE SANAR TUS HERIDAS OCULTAS.pptx
DIOS PUEDE SANAR TUS HERIDAS OCULTAS.pptx
 
Luisa de Marillac y la educación de las niñas pobres
Luisa de Marillac y la educación de las niñas pobresLuisa de Marillac y la educación de las niñas pobres
Luisa de Marillac y la educación de las niñas pobres
 
Luisa de Marillac y los niños abandonados
Luisa de Marillac y los niños abandonadosLuisa de Marillac y los niños abandonados
Luisa de Marillac y los niños abandonados
 

La oración en los santos padres

  • 1. P. Luis GLINKA OFM (COMP.) La oración en los santos Padres ichthys bolsillo L U M E N
  • 2.
  • 3. LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES PEDID, LLAMAD Y BUSCAD
  • 4.
  • 5. ichthys bolsillo LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES PEDID, LLAMAD Y BUSCAD PADRE LUIS G L I N K A COMPILADOR LUMEN Grupo Editorial LUMEN Buenos Aires - México
  • 6. Colección: Ichthys bolsillo Compilación: Padre Luis Glinka Coordinación gráfica y diseño: Lorenzo Ficarelli La oración en los santos Padres / compilado por Luis Glinka. a 1. ed. - Buenos Aires : Lumen, 2009. 320 p . ; 18x13 cm. ISBN 978-987-00-0858-3 1. Religión. 2. Patrística. I. Luis Glinka, comp. CDD 200.1 No está permitida la reproducción total o parcial de este libro, ni su tratamiento informático, ni su transmisión de ninguna forma, ya sea electrónica, mecánica, por fotocopia, por registro u otros métodos, ni cualquier comunicación pública por sistemas alámbricos o inalámbricos, comprendida la puesta a disposición del público de la obra de tal forma que los miembros del público puedan acceder a esta obra desde el lugar y en el momento que cada uno elija, o por otros medios, sin el permiso previo y por escrito del editor. © Editorial y Distribuidora Lumen SRL, 2009. Grupo Editorial Lumen viamonte 1674, (C1055ABF) Buenos Aires, República Argentina Tel. 4373-1414 (líneas rotativas) o Fax (54-11) 4375-0453 E-mail: editorial@lumen.com.ar http://www.lumen.com.ar Hecho el depósito que previene la ley 11.723 Todos los derechos reservados LIBRO DE EDICIÓN ARGENTINA PRINTED IN ARGENTINA
  • 7. PRÓLOGO S an P a b l o , dirigiéndose a los fieles de Te- salónica, los exhorta a orar sin interrup­ ción. " R e c e n i n c e s a n t e m e n t e " , les dice (1 Ts 5, 1 7 ) . E l a p ó s t o l n o h a c e otra c o s a q u e t r a n s m i t i r a los fieles v e n i d o s del p a g a n i s m o u n a de las principales exigencias que J e s ú s h a b í a p u e s t o p a r a sus discípulos. L o s que v e n í a n del p a g a n i s m o a c o s t u m b r a b a n rezar c o n m u c h a s p a ­ labras, o c o n interminables repeticiones d e las m i s m a s fórmulas. Ya J e s ú s h a b í a d i c h o a sus discípulos q u e n o rezaran c o m o los p a g a n o s (Mt 6, 7-8). L o s cristia­ n o s d e b í a n rezar de acuerdo con la antigua tradi­ ción q u e se e n r a i z a b a en el A n t i g u o T e s t a m e n t o y q u e tenía su m o d e l o en los S a l m o s , c o m o y a lo h a c í a n los fieles v e n i d o s del j u d a i s m o . P e r o les advirtió que no hicieran como algunos judíos, q u e r e z a b a n e n las p l a z a s o e n las c a l l e s p a r a ser vistos por los demás. La oración de los dis­ cípulos de Jesús se caracteriza por ser interior, 5
  • 8. 6 LA O R A C I Ó N EN L O S SANTOS PADRES y se hace con el deseo de ser vistos sólo por D i o s ( M t 6, 5 - 6 ) . J e s ú s fue c o n o c i d o c o m o h o m b r e de oración. Los E v a n g e l i o s r e c u e r d a n que c o n frecuencia se retiraba a orar, q u e a v e c e s se levantaba m u y t e m - p r a n o p a r a h a c e r l o ( M c 1, 3 5 ) y q u e otras v e c e s " p a s a b a t o d a la n o c h e en o r a c i ó n " (Lc 6, 1 2 ) . E n ciertas circunstancias, lo hacía a c o m p a ñ a d o p o r sus discípulos (Lc 9, 2 5 ) . En algunas o p o r t u n i d a - des, los evangelistas transmiten las palabras q u e el S e ñ o r p r o n u n c i a b a en su oración, c o m o la afec- tuosa acción de gracias al Padre p o r q u e reveló s u misterio a los p e q u e ñ o s (Mt 11, 25-26; L c 10, 2 1 - 2 2 ) , el d e s g a r r a d o r grito en la cruz ( M t 2 7 , 4 6 ; M c 15, 3 4 ) , t o m a d o de u n S a l m o (Sal 2 2 , 2 ) , o el cari- ñ o s o " ¡ A b b á ! " c o n el que revelaba su especial in- t i m i d a d c o n D i o s . E l ejemplo del S e ñ o r resultó atrayente p a r a los discípulos, p o r q u e éstos, al verlo rezar, se dirigieron a él pidiéndole: "¡Señor, e n s é ñ a n o s a rezar!" (Lc 11, 1 ) . J e s ú s e n s e ñ ó a sus discípulos q u é debían decir en la oración y c ó m o debían orar. L o que se d e b e decir e n la oración está resumido en la principal e n s e ñ a n z a de J e s ú s en esta materia, que es el " P a - d r e n u e s t r o " (Mt 6, 9-12; L c 11, 2-4). Entre las ins-
  • 9. PRÓLOGO 7 trucciones sobre la forma en que h a y q u e rezar, se e n c u e n t r a el triple imperativo c o n s e r v a d o en los textos e v a n g é l i c o s que los críticos atribuyen a tina de las m á s antiguas fuentes: "Pidan... busquen... l l a m e n " (Mt 7, 7; L c 11, 9). S o n expresiones que se dirigen a los q u e están en condición de carencia. Si d e b e n p e d i r o buscar, es p o r q u e n o tienen o p o r q u e h a n p e r d i d o lo que tenían. Si deben lla­ mar, es p o r q u e están fuera y desean ser recibidos. L o s tres imperativos van seguidos p o r otros tantos v e r b o s q u e aseguran la respuesta que se d a r á a los que o b e d e z c a n a estos m a n d a t o s : a los q u e b u s q u e n , hallarán, y a los que llamen se les abrirá. S e g ú n la forma de expresarse de los j u d í o s , q u e a t e n d i e n d o al m a n d a m i e n t o evitan, p o r lo ge­ neral, p r o n u n c i a r el n o m b r e de D i o s , los v e r b o s dichos en forma pasiva indican q u e quien realiza­ rá la acción es el m i s m o Dios; al que pide, D i o s le dará, y al q u e l l a m e , Dios m i s m o le abrirá. Se s o b r e e n t i e n d e que el que b u s c a e n c o n t r a r á a D i o s . E l texto c o n c l u y e h a c i e n d o u n a c o m p a r a ­ ción: los seres h u m a n o s , aun s i e n d o m a l o s , s a b e n dar c o s a s b u e n a s a sus hijos. E l Padre celestial, q u e es s ó l o b o n d a d , dará s i e m p r e lo q u e es b u e ­ n o p a r a aquellos q u e se lo piden. P o r eso los t e x -
  • 10. 8 LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES tos del N u e v o T e s t a m e n t o insisten en que el oran- te será e s c u c h a d o , y q u e todo lo que p i d a le será c o n c e d i d o , a u n las c o s a s m a s sorprendentes ( M c 11, 2 4 ) . La s e g u r i d a d q u e debe tener el orante de q u e será a t e n d i d o en la oración está m u y lejos de p a - recerse a la " m a g i a " . N o es sólo decir p a l a b r a s para que las c o s a s sucedan: el q u e reza d e b e c o - m e n z a r p o r liberarse de todo m a l sentimiento. El E v a n g e l i o p o n e u n ejemplo: " C u a n d o te p o n g a s de pie para orar, p e r d o n a a los demás..." ( M c 11, 25). A d e m á s , la o r a c i ó n se debe h a c e r "en el n o m - bre de J e s ú s " (Jn 14, 13; 15, 16). Estar "en el n o m - bre" es c o m o estar m e t i d o s dentro del m i s m o n o m b r e , es decir, c o m o f o r m a n d o u n a sola p e r s o - n a c o n él. E n t o n c e s , si se tienen los m i s m o s senti- m i e n t o s q u e tiene Jesucristo, y se reza en u n i ó n con él, se tiene la s e g u r i d a d de participar de su o m n i p o t e n c i a . P e r o , aun así, es necesario "pedir"; n o es c o m o p r o n u n c i a r u n a palabra m á g i c a , sino p o n e r s e en h u m i l d e actitud de petición p a r a q u e D i o s la c o n c e d a . El A n t i g u o T e s t a m e n t o , c o m o la e n s e ñ a n z a d e J e s ú s y d e l o s a p ó s t o l e s , c o n t r a d i c e la a c t i - t u d d e aquellos fatalistas que aceptan pasiva-
  • 11. PRÓLOGO 9 m e n t e lo que s u c e d e . U n o s p i e n s a n que t o d o su- c e d e i n e x o r a b l e m e n t e de acuerdo c o n las leyes de la naturaleza, y q u e es inútil que los seres h u m a - n o s p r e t e n d a n c a m b i a r el orden de las cosas recu- r r i e n d o a D i o s . O t r o s dicen q u e todo ya fue deter- m i n a d o p o r D i o s ("estaba escrito"), y que El n o va a cambiar sus planes. A u n o s y a otros se les responde que D i o s quie- re q u e le p i d a n y que, para ordenar las c o s a s , D i o s tiene en c u e n t a la súplica de los h u m a n o s . N o se explica c ó m o entra a j u g a r la petición de u n ser h u m a n o en el orden inflexible de las c a u s a s naturales, ni en el s o b e r a n o plan de D i o s . P e r o la Escritura e n s e ñ a q u e los h u m a n o s n o son objetos p a s i v o s ni s o n "juguetes del destino"; D i o s h a q u e r i d o o r d e n a r la historia en diálogo c o n sus hi- j o s , y t o d o s p u e d e n participar c o m o suplicantes. L o s santos P a d r e s c u m p l i e r o n con el misterio de profundizar las e n s e ñ a n z a s del E v a n g e l i o y transmitirlas a los fieles de todas las culturas, aplicándolas a las n u e v a s circunstancias q u e se iban p r o d u c i e n d o en la historia de la Iglesia. D e esa m a n e r a , dejaron sorprendentes enseñanzas sobre la oración. U n o s escribieron tratados sobre la o r a c i ó n en general, o sobre alguna oración en
  • 12. 10 LA ORACIÓN EN L O S SANTOS PADRES particular, e s p e c i a l m e n t e sobre el "Padrenues- tro"; otros escribieron oraciones o dejaron p o r e s - crito las oraciones q u e ellos m i s m o s rezaban, p a - ra q u e sirvieran de ejemplo a los fieles; a l g u n o s c o m p u s i e r o n los textos litúrgicos que se u s a r o n en a l g u n o s t i e m p o s o q u e todavía h o y se rezan y se c a n t a n en las iglesias; finalmente otros, e n s u tarea pastoral, dirigieron s e r m o n e s al p u e b l o p a - ra instruirlo sobre q u é debía rezar y c ó m o d e b í a hacerlo. Las e n s e ñ a n z a s sobre la oración que se en- c u e n t r a n en los escritos de los santos Padres c o n s t i t u y e n u n m a t e r i a l inabarcable. D e t o d o e s - te a b u n d a n t e material, el p a d r e Luis G l i n k a h a extraído u n a c a n t i d a d de ejemplos que a los lec- tores p o d r á n p a r e c e r m u c h o s , pero q u e en reali- d a d s o n u n a p e q u e ñ a m u e s t r a de todo lo q u e se p u e d e leer sobre este tema. El p a d r e G l i n k a h a seleccionado estos e j e m - plos, y a q u í los ofrece traducidos al castellano y o r d e n a d o s c o m o p a r a q u e los cristianos de h o y a p r e n d a n a rezar en la escuela de los santos P a - dres. E s de d e s e a r q u e estos ejemplos susciten el interés p o r la lectura de las obras de aquellos pri- m e r o s testigos y m a e s t r o s de la fe.
  • 13. PRÓLOGO 11 L o s fieles reciben en la actualidad la oferta de m u c h o s m é t o d o s de oración. A l g u n o s se a p o y a n sobre c o n c e p t o s religiosos m u y distantes de la fe cristiana, p o r lo q u e son ciertamente desaconseja- b l e s . L a obra del p a d r e G l i n k a sirve c o m o un v a - lioso indicador, que ubica a los lectores en el c a - m i n o de la auténtica tradición cristiana. C o m o se suele decir, c u a n d o r e m o n t a m o s el c a m i n o , y v o l - v e m o s hacia la fuente, ahí e n c o n t r a m o s el a g u a más pura. Monseñor Luis Heriberto Rivas
  • 14.
  • 15. PRESENTACIÓN P E R M A N E C E R DELANTE DE D I O S A c t u a l m e n t e existe u n a proliferación de o r a c i o n e s p o p u l a r e s p a r a todas las n e ­ cesidades e inquietudes personales, a l g u n a s de las c u a l e s hasta p u e d e n p a r e c e r m á ­ gicas o m a c u m b e r a s a la h o r a de obtener gracias y favores divinos. Estas o r a c i o n e s a p u n t a n e s p e c i a l m e n t e a o b t e ­ n e r trabajo, p o d e r e c o n ó m i c o , salud corporal y, p o r ú l t i m o , al t e m a espiritual e interior del h o m ­ bre. S e organizan procesiones, peregrinaciones, manifestaciones religiosas p a r a rogar p o r " p a n y trabajo", p a r a a g r a d e c e r h a b e r c o n s e g u i d o u n e m p l e o o salud. E s t o es v e r d a d e r a m e n t e n e c e s a ­ rio y b u e n o ; p e r o olvida la parte m á s i m p o r t a n t e de la p e r s o n a h u m a n a que garantiza la salud e s ­ piritual y m o r a l : m a n t e n e r la amistad c o n D i o s d u r a n t e t o d o el t i e m p o , p e r m a n e c e r c o n t i n u a ­ m e n t e ante Dios. 13
  • 16. 14 LA ORACIÓN EN L O S SANTOS PADRES Es n e c e s a r i o p e d i r a D i o s el p e r d ó n de los p e - c a d o s , la c o n v e r s i ó n interior, vivir i n t e n s a m e n t e la c a r i d a d fraternal. L a oración n o es u n a s p e c t o sólo p e r s o n a l , sino t a m b i é n c o m u n i t a r i o , litúrgi- co, q u e n o s u n e a D i o s y n o s h e r m a n a en u n a s o - la c a r i d a d y fe en el Señor. R e z a m o s m u c h o o p o c o pero n o s a b e m o s q u é p e d i r a D i o s . S e h a n tergiversado los valores y las p r i o r i d a d e s de la oración. Los santos P a d r e s tienen aquí u n a importante e n s e ñ a n z a sobre la oración. N o s dejaron preciosos tesoros sobre su p e d a g o g í a que l a m e n t a b l e m e n t e d e s c o n o c e m o s . E l l o s n o s e n s e ñ a n c ó m o rezar, c ó m o p e d i r a D i o s u n a gracia y, p a r t i c u l a r m e n - te, c ó m o p e r m a n e c e r c o n t i n u a m e n t e ante la p r e - s e n c i a de D i o s c o n el corazón y la m e n t e , y conti- n u a r delante de él, día y n o c h e , en m e d i o de n u e s - tras actividades, p r e o c u p a c i o n e s y tareas de c a d a día. Se trata, p u e s , de n o volver a u n p a s a d o h i s t ó - rico, s i n o r e c u p e r a r las ricas e n s e ñ a n z a s de los P a d r e s sobre la o r a c i ó n y aplicarlas a nuestra rea- lidad m o d e r n a materialista, h e d o n i s t a e indivi- dualista p a r a m a n t e n e r un contacto p e r m a n e n t e con D i o s q u e es amor, n o s p e r d o n a y es el S e ñ o r
  • 17. PRESENTACIÓN 15 de t o d o lo c r e a d o . A través de D i o s n o s e n c o n t r a - m o s c o n n u e s t r o prójimo c o m o h e r m a n o e hijo de n u e s t r o Padre. "Oren c o n s t a n t e m e n t e " (1 Ts 5, 17) es la ense- ñ a n z a constante de los Padres que tiene su origen en la S a g r a d a Escritura. Es b ú s q u e d a constante de Dios y descubrir c a d a día m á s , quién es Dios p a r a mí, para la c o m u n i d a d . N o es u n a b ú s q u e d a abs- tracta, teológica de la oración, sino u n a experiencia directa y personal, vivencial, n o m e r a especula- ción racional. U n a vez, un monje preguntaba al anciano M a c a r i o : " ¿ C ó m o d e b e m o s o r a r ? " E l an- ciano respondió: " N o es necesario usar un m o n t ó n de palabras; sólo extiende las m a n o s y di: 'Señor, c o m o tú quieres y c ó m o tú conoces mejor, ten m i - sericordia', o, 'Señor, socorro'." La p e d a g o g í a de los Padres sobre la oración: la espiritualidad es m u y rica en la experiencia d e l m i s t e r i o d e la r e l a c i ó n del h o m b r e c o n la S a n t í - s i m a T r i n i d a d e n espíritu de a d o r a c i ó n y e n v e r - d a d . L a o r a c i ó n e n los s a n t o s P a d r e s tiene s u f u n d a m e n t o y o r i g e n en la S a g r a d a E s c r i t u r a , e s - p e c i a l m e n t e en la oración del Padrenuestro y en los s a l m o s .
  • 18. 16 L A O R A C I Ó N EN L O S SANTOS PADRES Al final de los p r i m e r o s t i e m p o s del cristianis- m o c o m e n z a r o n aparecer p e q u e ñ o s c o m e n t a r i o s sobre la o r a c i ó n s e ñ a l a n d o q u e debía ser h u m i l - de, alegre, confiada y vigilante, orientada e s p e - c i a l m e n t e a p e d i r a D i o s los b i e n e s espirituales p r o m e t i d o s p o r el Señor. L a c o m u n i d a d reza diri- g i é n d o n o s al P a d r e creador y S e ñ o r de los siglos. La o r a c i ó n es a l a b a n z a y acción de gracias p o r el Hijo y recoge las intenciones de toda la Iglesia p o r la m e d i a c i ó n de Jesucristo. E n ella, el Padre y el Hijo están u n i d o s en u n m i s m o culto y en u n a m i s m a fe. D u r a n t e el siglo III, aparecen los p r i m e r o s c o - m e n t a r i o s al P a d r e n u e s t r o (Orígenes, Tertuliano, C i p r i a n o , etc.), d o n d e se insiste en q u e el P a d r e - n u e s t r o es el c o m p e n d i o de t o d o el E v a n g e l i o . E l rezo del P a d r e n u e s t r o tiene que ser a c o m p a ñ a d o con genuflexiones, a y u n o s y hospitalidad, y así n o s h a c e perfectos adoradores de D i o s Padre. El t r a t a d o de O r í g e n e s sobre la o r a c i ó n y el c o m e n t a r i o al P a d r e n u e s t r o es u n " v e r d a d e r o te- s o r o " d e la o r a c i ó n , a d e m á s de ser u n p e q u e ñ o tratado teológico de la oración. P a r a este t e ó l o g o , la o r a c i ó n es el c a m i n o p o r el cual los fieles c a m i - n a n h a c i a D i o s , r e c u p e r a n d o la s e m e j a n z a q u e h a b í a s i d o p e r d i d a a c a u s a del p e c a d o y del odio.
  • 19. PRESENTACIÓN 17 C o n la purificación interior se llega a la perfecta u n i ó n c o n D i o s q u e es el fin de toda oración. Ésta n o p u e d e estar separada de la existencia h u m a n a real, sino que se extiende en situaciones concretas, "de u n a caridad sin límites", hospitali­ dad, repartición de bienes que son manifestaciones de u n a fraternidad en Jesús, m i e m b r o de la Iglesia: "La oración aceptada por Dios es u n a b u e n a obra." En el Oriente cristiano, durante los siglos I V y V, aparecen obras maestras sobre la espiritualidad de la oración especialmente en el ambiente m o ­ nástico. L o s monjes consideran la oración c o m o u n a ciencia p o r excelencia que recoge todo en sí: la fe, la vida, la salvación. Para estos m o n j e s la o r a c i ó n tiene q u e ser un diálogo del h o m b r e c o n D i o s , y lo principal es p e d i r a D i o s los b i e n e s c o n ­ v e n i e n t e s p a r a la s a l v a c i ó n ; e s u n a e l e v a c i ó n d e la m e n t e y el c o r a z ó n a D i o s , n o en el s e n t i d o d e u n a visión platónica sino en u n transformarse en u n " d i á l o g o del espíritu c o n el P a d r e " . P a r a evitar u n a cierta intelectualización h e l é n i c a d e la oración, los m o n j e s unificaron el espíritu c o n el c o r a z ó n p a r a referirse a la totalidad de la p e r s o n a vivificada p o r el Espíritu S a n t o .
  • 20. 18 LA ORACIÓN EN L O S S A N T O S PADRES Los P a d r e s c o m e n t a n las cuatro distinciones que s a n P a b l o h a c e en la oración: petición, ora- ción, súplica y acción de gracias (1 T m 2, a ) . Por petición, e n t i e n d e n rogar a Dios p o r los b i e n e s celestiales y espirituales, y l u e g o , en u n s e g u n d o lugar, p o r las cosas materiales y t e m p o - rales. A la pregunta de p o r qué nuestras oraciones n o siempre son escuchadas, san J u a n C r i s ó s t o m o responde: " P o r q u e r o g a m o s m u y p o c o o n o s en- contramos en pecado." En la tradición m o n a c a l , la oración tiene u n carácter insistente, en p r i m e r l u g a r p a r a p e d i r p e r d ó n p o r los p e c a d o s : "Señor, ten p i e d a d d e mí, p e c a d o r . " La continua oración n o es hablar constante- mente, sino llegar al estado de vida de u n a gran oración, de la cual la oración vocal es parte. O t r o aspecto fundamental para el m o n a q u i s m o oriental es la oración litúrgica y comunitaria, que encuen- tra su lugar teológico en un conocimiento y sabi- duría de la vida mística donde el alma se une a Dios a través de la fe y el amor, aceptando el sufri- miento, el dolor y la cruz en Cristo. El creer nos lle- va a suplicar: cuando m á s viva es la fe, tanto m á s se siente la necesidad de orar y estar u n i d o al Señor.
  • 21. PRESENTACIÓN 19 E n los c o m e n t a r i o s litúrgicos, en las h o m i l í a s , en la catequesis de las cartas pascuales, los P a d r e s insisten en la n e c e s i d a d de rezar c o n t i n u a m e n t e p a r a c o m b a t i r las tentaciones de los espíritus m a ­ lignos, las especulaciones filosóficas, el racionalis­ m o teológico que h a c e n perder la fe v i v a en D i o s Uno-Trino. La oración tiene que salir del corazón. En O c c i d e n t e t u v o gran influencia el t r a t a d o de la oración del t e ó l o g o alejandrino O r í g e n e s . P e r o a d e m á s , los Padres occidentales h a n dejado u n p r e c i o s o l e g a d o sobre la oración: c o m e n t a n d o los s a l m o s , afirmaban "Vox Christi ad P a t r e m " (san A m b r o s i o ) . Los s a l m o s eran presentados c o m o u n c a m i n o espiritual de elevación del a l m a hacia D i o s . L a oración n o es sólo u n a fórmula de oración c o n m u c h a s p a l a b r a s sino u n estilo de vida, u n afecto c o n t i n u o del corazón, u n a actitud p e r m a n e n t e de fe, a u n en los m o m e n t o s difíciles de la vida. D i o s es u n misterio q u e se acepta sólo c o n la oración de fe y n o c o n la especulación teológica. La a d o r a c i ó n silenciosa es mejor que el r a c i o ­ n a l i s m o p a r a encontrarse c o n D i o s .
  • 22. 20 L A O R A C I Ó N EN L O S SANTOS PADRES San A g u s t í n h a d a d o amplios espacios en sus escritos, reflexionando sobre la oración. M e d i t a n d o el comentario a los salmos, la carta a Proba sobre la oración, afirma que la oración de Cristo es n u e s - tra y la nuestra se h a c e en Cristo: "Nuestras ora- ciones s o n e n t o n c e s hacia él, p o r él y en é l " (In Pas, 8 5 , 1). L a oración es el c a m i n o c o n Cristo y e n Cristo p a r a llegar al P a d r e con la a y u d a del E s p í - ritu S a n t o . D e s p u é s de san A g u s t í n siguieron otros c o m e n t a r i o s a la o r a c i ó n , p o r e j e m p l o los d e C a s i a n o , s a n J u a n D i a s a n c e n o , s a n M á x i m o el Confesor, etc. M u c h a s de las oraciones de los P a - dres y del m o n a q u i s m o se h a n recogido en los cuatro t o m o s de la Filocalia, que es u n precioso te- soro p a r a a p r e n d e r a orar con los Padres. La presente edición de compilaciones de o r a c i ó n d e l o s P a d r e s n o tiene otro o b j e t i v o q u e h a c e r c o n o c e r y acercar algunas e n s e ñ a n z a s úti- les p a r a la oración. E s t a m o s p a s a n d o p o r u n t i e m p o de crisis de fe, de n e c e s i d a d de orar. N o sólo c o n los m e d i o s h u m a n o s p o d e m o s resolver nuestros p r o b l e m a s , sino que es necesaria la ora- ción c o n fe. El h o m b r e es creado a i m a g e n y s e m e - janza de Dios, y n o p o d r á encontrar la verdadera
  • 23. PRESENTACIÓN 21 felicidad h a s t a q u e recupere la s e m e j a n z a c o n D i o s , a través de la continúa oración, a y u n o s y obras de misericordia. Los t e x t o s p u b l i c a d o s fueron revisados c o n los o r i g i n a l e s q u e se e n c u e n t r a n en P a t r o l o g í a g r i e g a y latina, o r d e n a d a s c r o n o l ó g i c a m e n t e p o r los P a d r e s . A l g u n a s afirmaciones sobre el misterio de la oración: " L a oración es el m á s grande de todos los b i e n e s , el fin de todos los m a l e s y el funda­ m e n t o y raíz de todas las virtudes." "Todas las virtudes juntas, sin la oración, son p u r a ilusión." " C o m o se h a g a b i e n la oración, que es lo m á s i m p o r t a n t e , n o dejará de h a c e r s e t o d o lo q u e D i o s quiere." " D o n d e e s t é la o r a c i ó n , c o n ella e s t a r á n t o d o s l o s b i e n e s y t o d a s las verdaderas virtudes." "Tú n o vales otra cosa que lo que valga tu oración: ella es la m e d i d a de toda virtud y el fundamento y origen de toda perfección."
  • 24. 22 LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES " A u n q u e repartas todos tus bienes a los pobres, aunque te sacrifiques y entregues tu vida en a y u d a de los necesitados, aunque vivas e n perfecta austeridad y en continuas vigilias y ayunos, y aunque te parezca que posees todas las virtudes, todas ellas n o ten­ drán otro valor q u e lo que valga tu oración." " P o r la oración y sólo en ella y c o n ella re­ c i b i m o s todos los b i e n e s . " " E s t o t a l m e n t e i m p o s i b l e q u e e x i s t a al­ g o b u e n o e n u n a l m a d o n d e n o a n i d a la oración." " U n h o m b r e sin oración es c o m o u n ani­ m a l sin razón." "El q u e a b a n d o n a la oración p r o n t o se convierte en bestia o d e m o n i o . " P. Luis Glinka ofin
  • 25. PIDAN A DIOS CON FERVOR 1 Así, p u e s , a p o y a d o s e n esta e s p e r a n z a , únanse nuestras almas a Aquel que es • fiel e n sus p r o m e s a s y j u s t o en sus jui­ cios. E l q u e n o s m a n d ó n o mentir, m u c h o m e n o s mentirá El mismo, pues nada hay imposible pa­ ra D i o s fuera d e l mentir... T o d o lo h a r á c u a n d o q u i e r a y c o m o q u i e r a , y n o h a y peligro de q u e deje de c u m p l i r s e n a d a de c u a n t o E l h a p r o m e t i ­ a do (Carta 1 ) . 2. P o r c o n s i g u i e n t e , t a m b i é n nosotros, reuni­ d o s y c o n s c i e n t e s de nuestro deber, en c o n c o r d i a y en u n solo lugar, l l a m e m o s fervorosamente a É l (con o r a c i o n e s ) c o m o salidas de u n a sola b o c a , a fin de llegar a ser partícipes de sus magníficas y a gloriosas p r o m e s a s (Carta 1 ) . 3. O r e m o s t a m b i é n p o r los q u e están en p e c a ­ do, a fin d e q u e les sea otorgada la m o d e r a c i ó n y la h u m i l d a d , y c e d a n , n o a n o s o t r o s , s i n o a la v o l u n t a d d e D i o s ; p o r q u e así c u a n d o los r e c o r ­ d e m o s e n espíritu de misericordia delante de 23
  • 26. 24 LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES Dios y de los S a n t o s , nuestra oración será fruc- tuosa y perfecta (1 C o LVI. 1-3, 1 6 ) . 4. A s í , p u e s , oren s a n t a m e n t e y p i d a n a D i o s con fervor y c o n t o d a s o b r i e d a d y castidad, sin odio y sin malicia... C o n vuestros a y u n o s y ora- ciones c o n t i n u a s , d a d en Cristo, visitad a los q u e estén e n d e m o n i a d o s y recitad sobre ellos u n a o r a c i ó n q u e a g r a d e a D i o s . . . P o r q u e esta c a s t a — d i c e el S e ñ o r — sólo se expulsa p o r la oración fervorosa y fe c o n a y u n o . Bello es, p o r tanto, c o m - p a d e c e r a los h e r m a n o s enfermos, c o m o q u e d a dicho, p o r m e d i o de vigilias, a y u n o s y oraciones a continuas... (Carta 1 Virg.). 5. C u a n d o a ú n estés tú h a b l a n d o , diré: H e m e a q u í presente (Is 5 8 , 9 ) . S i g n o es, efectivamente, esta p a l a b r a , de gran p r o m e s a : p u e s n o s dice el S e ñ o r q u e É l está m á s dispuesto a d a r n o s sus do- a n e s que n o s o t r o s a recibirlos (Carta 2 a C o r ) . SAN CLEMENTE ROMANO ( † 99)
  • 27. DEDÍCATE SIN INTERRUPCIÓN A LA ORACIÓN 1 E n c a d e n a d o c o m o estoy p o r a m o r de J e - sucristo, suplicando alcanzar a D i o s , o s • h a g o esta exhortación: p e r m a n e c e d uni- dos en la oración, rogando los u n o s p o r los otros (Carta Tral). 2. P u e s , si tanta fuerza tiene la oración de c a d a u n o en particular, ¿cuánta m á s la que se h a c e pre- sidida p o r el o b i s p o y en unión con toda la Igle- sia? (Carta a los Efesios). 3. Yo te e x h o r t o a que, p o r la gracia de que e s - tás revestido, aceleres el p a s o de tu carrera, y q u e a s i m i s m o exhortes tú, p o r tu parte, a todos p a r a que se salven. D e s e m p e ñ a el lugar que o c u p a s con toda diligencia de cuerpo y espíritu. P r e o c ú - pate de la u n i ó n entre todos, mejor que la cual n a - da existe. Llévalos a todos sobre ti, c o m o a ti te lleva el Señor. Sopórtalos a todos con cariño, c o - m o y a lo h a c e s . D e d í c a t e sin interrupción a la ora- 25
  • 28. 26 LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES ción. P i d e a D i o s m a y o r inteligencia de la q u e tie- nes. Estáte alerta, apercibido del espíritu que des- c o n o c e el s u e ñ o (...). D o n d e m a y o r es el trabajo, allí h a y m a y o r e s g a n a n c i a s (Carta a san Policarpo). SAN I G N A C I O DE A N T I O Q U Í A ( † 1 0 7 )
  • 29. O R E M O S POR TODOS 1 D e s p u é s del b a u t i s m o , l l e v e m o s con n o ­ sotros a nuestros h e r m a n o s , c o n el fin d e • h a c e r preces en c o m ú n p o r nosotros m i s m o s y p o r todos los d e m á s esparcidos p o r to­ d o el m u n d o , o r a n d o con fervor, suplicando se n o s c o n c e d a vivir de acuerdo con la verdad q u e h e m o s c o n o c i d o , siendo h o m b r e s de recta c o n ­ ducta, guardianes de todo lo que se n o s h a m a n ­ a d a d o p a r a conseguir la vida eterna (1 Apolog.). 2. N o s o t r o s v e n e r a m o s al C r e a d o r del u n i v e r ­ so c o n o r a c i o n e s y acciones de gracias, a l a b a n d o al q u e h e m o s a c e p t a d o c o m o ú n i c o d i g n o de este h o n o r d á n d o l e gracias p o r h a b e r n o s creado y p o r t o d o s los b i e n e s , c o n nuestras peticiones p a r a re­ n a c e r l u e g o en la eternidad p o r la fe q u e t e n e m o s en É l (ibíd.). 3. O r e m o s p o r toda la Iglesia, p a r a q u e c o n o ­ c i e n d o la v e r d a d y o b r a n d o el bien, g u a r d a n d o los m a n d a m i e n t o s , n o s h a g a m o s d i g n o s de alcan­ zar la s a l v a c i ó n eterna (ibíd.). 27
  • 30. 28 LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES 4. E n vuestras s i n a g o g a s vosotros m a l d e c í s a todos los q u e se h a n h e c h o cristianos, y las d e m á s n a c i o n e s h a c e n lo m i s m o . Pero nosotros a todos d e c i m o s : "vosotros sois nuestros h e r m a n o s " , y nuestro d e s e o es que todos l l e g u e m o s al conoci- m i e n t o de la v e r d a d e r a vida. P o r eso o r a m o s p o r vosotros, p a r a que Cristo tenga piedad. Él, en efecto, n o s e n s e ñ ó a orar m u c h o p o r nuestros e n e m i g o s (Diálogo con Trifón, 96). O r e m o s p o r vosotros y p o r todos los h o m b r e s sin e x c e p c i ó n , c o n f o r m e n o s enseñó nuestro Cris- to y Señor, q u e m a n d ó orar incluso p o r nuestros e n e m i g o s , a m a r a los q u e n o s odian, y b e n d e c i r a los que n o s m a l d i c e n (ibíd., 1 3 3 ) . SAN JUSTINO ( † 1 6 5 )
  • 31. N O DUDAR EN PEDIR AL SEÑOR A rranca d e ti toda d u d a y n o vaciles e n n a d a a b s o l u t a m e n t e al p e d i r al Señor, ni digas dentro de ti: " ¿ C ó m o p u e d o p e d i r n i recibir n a d a del Señor, h a b i e n d o c o m e t i - d o c o n t r a É l tan g r a n d e s p e c a d o s ? " N o discurras así, s i n o conviértete de todo c o r a z ó n al S e ñ o r y pídele sin vacilación y e x p e r i m e n t a r á s s u g r a n m i s e r i c o r d i a , y n o t e n g a s m i e d o de q u e te a b a n - d o n e , s i n o q u e c u m p l i r á la petición de tu a l m a . P o r q u e n o es el S e ñ o r c o m o los h o m b r e s , q u e g u a r d a n rencor, sino que Él n o es rencoroso, an- tes se c o m p a d e c e de la h e c h u r a de sus m a n o s . P o r tu parte, p u e s , purifica tu c o r a z ó n de t o d a s las v a n i d a d e s de este siglo y de todas las p a l a b r a s q u e a n t e r i o r m e n t e te fueron dichas, y pide al S e - ñ o r y lo recibirás t o d o y n o te v e r á s defraudado de n i n g u n a de sus peticiones, c o m o le pidas c o n fe. M a s si d u d a r a s en tu corazón, n a d a recibirás de c u a n t o pidieres. P o r q u e los q u e d u d a n de 29
  • 32. 30 LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES Dios, son d o b l e s de a l m a y n a d a a b s o l u t a m e n t e tienen de c u a n t o piden. M a s los sencillos de la fe piden c o n confianza en el S e ñ o r y reciben, p o r q u e p i d e n sin vacilación y sin dar lugar a d u d a . P u e s todo h o m b r e doble de a l m a , si n o se arrepiente, difícilmente se salvará. Purifica, p u e s , tu c o r a z ó n de toda d u d a y re- vístete de la fe, p o r q u e es fuerte, y cree en D i o s que recibirás t o d o c u a n t o pidieres. Y si a c o n t e c e alguna v e z que, d e s p u é s de pedir, tardas en reci- bir del S e ñ o r lo que pides, n o d u d e s p o r q u e tarde en d e s p a c h a r t e la petición de tu alma. Porque, sin género de d u d a , p o r a l g u n a tentación o p e c a d o que tú d e s c o n o c e s , tardas en recibir tu petición. Por tu parte, p u e s , n o cejes en tus súplicas, que al fin recibirás. M á s si desfalleces y vacilas al rogar, a ti m i s m o tienen q u e acusarte y n o al que te da. Vigila contra esta d u d a , p o r q u e es m a l a e insen- sata y a m u c h o s desarraiga de la fe, incluso los m u y fieles y firmes en ella. ( E L PASTOR, I X M A N D A M I E N T O ) H E R M I A S ( S . I I )
  • 33. C O N SINCERIDAD E INOCENCIA, OFRECER NUESTRAS OFRENDAS AL SEÑOR 1 C o n simplicidad y conciencia pura, la Iglesia ofrece a D i o s el sacrificio insti- • t u i d o p o r el m i s m o Señor, en el q u e o f r e c e m o s t a m b i é n nuestros c u e r p o s y n u e s t r a oración, glorificando su n o m b r e entre las g e n t e s ( F r a g m e n t o 3 8 ) . Y n o se lo ofrecemos c o m o a u n indigente, sino dándole gracias p o r su dominio..., y para que nos conceda sus bienes..., el p e r d ó n de los p e c a d o s y la vida eterna (Adversus haereses, 1 y Fragmento 38). 2. " E n todo lugar se ofrece incienso y sacrificio p u r o a m i n o m b r e " (MI 1 , 1 1 ) . E n el A p o c a l i p s i s , J u a n dice q u e el incienso es las oraciones de los santos (cf. A p 5, 8 ) . El sacrificio puro y agradable a Dios es la obligación de la Iglesia que el Señor m a n - dó que se ofreciera en todo el m u n d o , n o porque Dios necesite nuestro sacrificio, sino porque el que ofrece es glorificado él m i s m o en lo que ofrece, con tal de que sea aceptada su ofrenda. L a ofrenda que 31
  • 34. 32 LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES hacemos al R e y es u n a muestra de honor y de afec- to y el Señor quiere que ofrezcamos nuestras ofren- das con toda sinceridad e inocencia (...). N o h e m o s de pensar que haya sido abolida to- da clase de oblación, p u e s las oblaciones continúan en vigor ahora c o m o antes: el antiguo pueblo de Dios ofrecía sacrificios y la Iglesia los ofrece tam- bién. L o que h a cambiado es la forma de la obla- ción, puesto que los que ofrecen no son ya siervos, sino h o m b r e s libres. (...) Es necesario, por tanto, que presentemos nuestra ofrenda a Dios y que le seamos gratos en todo ofreciéndole las primicias de su creación con mente sincera, con fe sin mezcla de engaño, con esperanza firme, con a m o r ferviente. Esta oblación pura sólo la Iglesia puede ofrecerla a su Hacedor en la Eucaristía, hecha con frutos de la creación. (...) Y se la ofrecemos n o porque El la ne- cesite, sino para darle gracias por su Providencia y para santificar la creación. Dios n o necesita de lo nuestro, pero nosotros sí necesitamos ofrecer algo a Dios. S e g ú n dice Salomón: "Quien se apiada del débil, presta a D i o s " (Pr 19, 17), pues Dios, que n o necesita de nada, acepta nuestras buenas obras pa- ra correspondemos con sus beneficios (...). SAN IRENEO ( † 2 0 2 )
  • 35. REZA EN T O D O M O M E N T O 1 P a r a u n v e r d a d e r o s a b i o (o c r i s t i a n o i n s t r u i d o ) , t o d a la v i d a es u n a fiesta • s a c r a . S u s sacrificios c o n s i s t e n , p o r t a n t o , e n las o r a c i o n e s y en las a l a b a n z a s (a D i o s ) , e n la l e c t u r a d e la S a g r a d a E s c r i t u r a , e n las r e c i t a c i o n e s d e los Salmos..., a n t e s de a c o s - tarse y e n la o r a c i ó n d e la n o c h e . A s í se u n e a la m i l i c i a celestial c o n s u i n c e s a n t e m e d i t a c i ó n y c o n t e m p l a c i ó n (...). Durante la oración que recitará en alta voz, n o usará m u c h a s palabras, p o r haber aprendido del Señor c ó m o se debe rezar. Reza, pues, en todo lugar, pero n o públicamente y delante de los ojos de to- dos. Y reza en todo m o m e n t o y en toda circunstan- cia, bien cuando pasea, y cuando va en compañía de otros, y cuando se acuesta y cuando comienza alguna obra espiritual. Y cuando en el interior de su alma le preocupa algún pensamiento, con gemi- dos inenarrables invoca al Padre (Stromata, 7). 33
  • 36. 34 LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES 2. Es evidente que la vida de un cristiano h a de estar ligada a la permanente oración. Nadie p u e d e discutir la importancia fundamental del recogi- miento en la oración en la vida diaria de los cristia- nos...; p u e s el alma tiene que dar incesantemente gracias a Dios p o r los dones que le hace y también tiene que pedir perdón de sus continuos pecados. E s t a n d o obligados a aspirar a la perfección, n e - cesitamos indiscutiblemente recurrir a la oración, de la q u e j a m á s p o d e m o s prescindir... E n nuestra oración, a ejemplo del Señor, h e m o s de pedir p o r todos los h e r m a n o s , a m i g o s y e n e m i g o s , y p o r la conversión de todo el m u n d o al verdadero Dios. La oración n o s debe a c o m p a ñ a r siempre en todo nuestro obrar, p u e s n o s une íntimamente con D i o s y n o s h a c e c a m i n a r a D i o s (Stromata, 6). 3. L a oración es "trato y c o n v e r s a c i ó n con D i o s " . D e ahí q u e el cristiano, al g u a r d a r escru- p u l o s a m e n t e los t i e m p o s de oración, c o n s a g r a a Dios t o d o su q u e h a c e r diario, y así da testimonio del S e ñ o r c o n su vida entera... (Stromata, 7). SAN C L E M E N T E DE ALEJANDRÍA ( † 2 1 4 )
  • 37. ¿CUÁNDO SE DEBE ORAR? S o b r e los m o m e n t o s de la o r a c i ó n n o te- n e m o s n a d a prescrito; tan s ó l o q u e t e n e - m o s q u e o r a r en t o d o t i e m p o y lugar. P e r o , si se n o s p r o h i b e o r a r en p ú b l i c o , ¿ c ó m o se d i c e e n t o d o l u g a r ? S e e n t i e n d e en t o d o l u g a r d o n d e se considere o p o r t u n o o necesario. P u e s los A p ó s t o l e s n o creyeron que q u e b r a n t a b a n el p r e c e p t o c u a n d o oraron y cantaron a D i o s en la cárcel, o y é n d o l e s los guardianes (Hch 16, 2 5 ) , n i t a m p o c o P a b l o , q u e celebró la Eucaristía en el b a r c o en p r e s e n c i a de todos (Hch 2 7 , 3 5 ) . R e s p e c t o al t i e m p o , n o estará de m á s tener s e - ñ a l a d a s u n a s horas: las q u e c o m ú n m e n t e se c o n - sideran c o m o intermedias del día: tercia, sexta y n o n a , q u e en la Escritura aparecen c o m o m á s s o - l e m n e s . E n la h o r a de tercia, el Espíritu se infun- dió p o r v e z p r i m e r a a los discípulos c o n g r e g a d o s . Pero, el día q u e tuvo la visión de toda la c o m u n i - d a d en a q u e l lienzo, h a b í a subido a orar a la plan- ta alta d e la casa a la h o r a sexta (Hch 10, 9 ss.). 35
  • 38. 36 LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES Él m i s m o iba al t e m p l o a la h o r a de n o n a c u a n d o dio la salud a u n paralítico ( H c h 3 , 1 ss.). A u n q u e t o d o esto está d i c h o s e n c i l l a m e n t e y sin n i n g ú n p r e c e p t o q u e lo prescriba, p a r e c e q u e constituye u n a p r e s u n c i ó n que n o s exhorta a orar y que n o s i m p o n e c o m o u n a ley de interrumpir nuestras o c u p a c i o n e s p a r a la oración, lo m i s m o que h a c í a D a n i e l , c u m p l i e n d o la n o r m a t i v a j u d í a (Dn 6, 11); p o r tanto, h e m o s de orar al m e n o s tres veces p o r día, p u e s h e m o s de dar culto al Padre, al Hijo y al Espíritu S a n t o ; esto aparte de las ora­ ciones r e g l a m e n t a d a s q u e se h a n de hacer, aun­ q u e n o se diga n a d a de ello, al c o m i e n z o del día y de la n o c h e . A d e m á s , n o está bien q u e los fieles c o m a n o se aseen antes de rezar, p u e s h a y q u e atender el a l i m e n t o y el c u i d a d o del espíritu an­ tes que el d e la carne, p o r q u e lo celestial es prio­ ritario a lo terreno (Tratado de la Oración, 25). TERTULIANO ( † 220)
  • 39. LA ORACIÓN ES UN ARMA PODEROSA E l q u e cree en la palabra de Jesús, q u e n o p u e d e mentir, n o d u d a r á un instante e n h a c e r oración, p u e s Él dice: P e d i d y se os d a r á (...), p o r q u e t o d o el q u e p i d e r e c i b e ( M t 7, 7-8; L c 11, 9-10). P i e n s o q u e las palabras de las oraciones de los santos tienen gran p o d e r p o r q u e oran con espíri- tu y m e n t e (1 C o 14, 1 5 ) . Salen de la b o c a c o n el p o d e r de D i o s p a r a debilitar el v e n e n o de las p o - testades adversas. Estos p o d e r e s m a l i g n o s influ- y e n en la m e n t e de quienes descuidan la oración y n o tienen en c u e n t a el m a n d a t o de orar s i e m p r e (1 Ts 5, 1 7 ) . Salen de la b o c a c o m o u n d a r d o q u e hiere los espíritus e n e m i g o s de Dios. L o s derrota y aniquila c u a n d o ellos quieren e n r e d a r n o s c o n lazos de p e c a d o (Sal 8, 3; Pr 5, 2 2 ) . Y ¿ c ó m o c u m p l i r e m o s el p r e c e p t o de orar s i e m p r e ? O r a c o n s t a n t e m e n t e el que u n e la ora- 37
  • 40. 38 LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES ción al c u m p l i m i e n t o de los deberes y las b u e n a s obras a la oración. L a única m a n e r a de e n t e n d e r el m a n d a t o de "orar s i e m p r e " (1 Ts 5 , 1 7 ) , tenien- d o en c u e n t a nuestras limitaciones, es considerar que la vida del santo en conjunto es u n a gran ora- ción. L o que a c o s t u m b r a m o s llamar oración es, p o r consiguiente, parte de la oración. A t e n i é n d o n o s a la noción c o m ú n de oración, h a y que practicarla tres veces al día. Esto se ve cla- ro en la historia de Daniel, que oraba tres veces p o r día, aun c u a n d o p o r ello corriese gran peligro su vida (Dn 3, 13). San Pedro subió a la terraza para hacer oración a la hora sexta cuando vio el lienzo que bajaba del cielo atado por las cuatro puntas. Practicaba el s e g u n d o de los tres tiempos de ora- ción, c o m o dice David: "Porque a ti suplico, Señor, ya de m a ñ a n a oyes m i voz; de m a ñ a n a te presen- to m i súplica y m e q u e d o a la espera" (Sal 5, 3 ) . El ú l t i m o t i e m p o de oración q u e d a indicado así: " E l alzar de m i s m a n o s c o m o oración de la t a r d e " (Sal 141, 2 ) . (Tratado de la Oración.) ORÍGENES (†254)
  • 41. LO QUE DEBEMOS PEDIR Y a q u e h e m o s h a b l a d o de los beneficios q u e p o r la oración reciben los santos, p e n s e m o s en el dicho: " B u s c a d lo gran- de; las c o s a s p e q u e ñ a s os v e n d r á n p o r a ñ a d i d u r a (Mt 6, 3 3 ) . B u s c a d las c o s a s del cielo, las de la tie- rra os v e n d r á n p o r añadidura." C u a l q u i e r s í m b o - lo o tipo de c o m p a r a c i ó n en relación c o n a lo v e r - d a d e r o y espiritual, es p e q u e ñ o y terreno. E l v e r - b o de D i o s n o s e x h o r t a a que i m i t e m o s las oracio- n e s de los santos y p i d a m o s la v e r d a d de lo q u e ellos c o n s e g u í a n en figura. Esto es, que p i d a m o s las celestiales y g r a n d e s cosas indicadas p o r las terrenas y p e q u e ñ a s . El texto e v a n g é l i c o quiere decir: "Vosotros, q u e deseáis ser espirituales, b u s - c a d e n vuestras oraciones las c o s a s celestiales y g r a n d e s , p a r a que, obteniéndolas, heredéis el rei- n o de los cielos y disfrutéis g r a n d e m e n t e de las cosas b u e n a s . E n c u a n t o a las cosas que n e c e s i t a vuestra v i d a corporal, el Padre os la c o n c e d e r á e n la m e d i d a q u e las necesitéis." P o r tanto, el q u e pi- 39
  • 42. 40 LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES de a Dios c o s a s terrenas y sin importancia, n o ha­ ce lo q u e dice Dios, quien sin p r o m e t e r cosas te­ rrenas o r d e n ó p e d i r las celestiales. Todos c u a n t o s se d e d i c a n c o n a s i d u i d a d a la o r a c i ó n , s a b e n m u y b i e n c ó m o ésta los a p a r t a del p e c a d o y c ó m o los invita al ejercicio de las virtudes. H a y q u e orar, n o p a r a dejar de ser tentados, cosa i m p o s i b l e , sino p a r a n o ser e n r e d a d o s en la tentación, c o m o s u c e d e a los que son atrapados y v e n c i d o s p o r ella. C r e o q u e , si el que v a a la oración, se recoge u n instante y se c o m p r o m e t e a sí mismo... si se es­ fuerza c o n t o d o interés en recordar la majestad de A q u e l a q u i e n se va a acercar, y p i e n s a en lo i m ­ p í o q u e sería acercarse a El con cierto a b a n d o n o y desprecio, se hallará m á s dispuesto y atento a lo largo de t o d a la oración (Tratado de la Oración). ORÍGENES (†254)
  • 43. PERMANECER FIEL A LA ORACIÓN A u n q u e t e n g a m o s dificultades para orar, d e b e m o s imitar a Daniel, del que está escrito: " E n t r ó en su casa. L a s v e n t a n a s de su c u a r t o superior estaban orientadas h a c i a J e - rusalén, y tres v e c e s al día se p o n í a de rodillas o r a n d o y a l a b a n d o a su D i o s , c o m o h a b í a h e c h o s i e m p r e " (Dn 6, 11). A p r i m e r a vista, sus obligaciones p a r a c o n el E s t a d o parecían o c u p a r todo su t i e m p o . N o o b s - tante, p e r m a n e c í a fiel a la oración diaria, d a n d o así al C é s a r lo q u e es del César, y a D i o s lo q u e es de D i o s (Mc 1 2 , 1 3 - 1 7 ) . Objetará a l g u n o : " ¿ P a r a qué ese riesgo? ¿ N o p o d í a h a b e r o r a d o d u r a n t e el día en el interior de su c o r a z ó n , y de n o c h e , si quería, dedicarse a la oración en el secreto de su c a s a ? " Yo contesto: Podría haberlo h e c h o , pero n o qui- so. Si h u b i e r a p r o c e d i d o así, ministros y sátrapas del E s t a d o p u d i e r a n h a b e r dicho con razón: " ¿ C ó - 4 1
  • 44. 42 LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES m o ? ¿Teme a su Dios pero al m i s m o tiempo tam- bién al rey, p u e s acata sus ó r d e n e s ? " ¡Eso hubiera sido hipocresía y n o sincera fe de un creyente! Así d e m o s t r ó Daniel q u e temía m á s a D i o s que a los h o m b r e s , y fue valiente ante la m u e r t e , y u n ángel le salvó e n la fosa de los leones. Si, p o r el contrario, se h u b i e s e s o m e t i d o servilmente du- rante los treinta días al decreto real, n o h u b i e r a d e m o s t r a d o fidelidad a D i o s según aquello q u e sostiene q u e n a d i e p u e d e servir a dos señores. Ésa fue s i e m p r e la artimaña del d e m o n i o : per- siguió, a t o r m e n t ó a los santos, para que n o pu- diesen elevar a D i o s sus m a n o s limpias. Él sabe m u y b i e n q u e la oración de los santos trae al m u n d o p a z , y al m a l v a d o la ira de Dios. Así ocurrió cierta vez en el desierto: C u a n d o Moisés alzaba las m a n o s , vencía Israel; m á s si las bajaba un p o c o , vencía Amalee. Es lo que al presen- te sucede entre nosotros: siempre que aflojamos en el fervor de nuestra oración, vence el adversario; pero cuando p e r m a n e c e m o s con valentía, fieles a ella, el poder y la fuerza de los perseguidores se re- ducen a nada. (Comentario al Libro de Daniel, a. 222). SAN HIPÓLITO († 2 3 5 )
  • 45. PRACTICAR LA ORACIÓN Y LA ASCESIS S olía decir a los h e r m a n o s q u e v e n í a n al m o n t e , y recordarles, c o n frecuencia, q u e t u v i e r a n fe y a m a r a n a Cristo, q u e se g u a r d a r a n d e t o d o p e n s a m i e n t o i m p u r o y de los p l a c e r e s c a r n a l e s , y s e g ú n el consejo de los P r o - v e r b i o s " q u e n o fueran e s c l a v o s del v i e n t r e " (Pr 2 4 , 15), q u e h u y e r a n de la v a n a g l o r i a , y q u e " o r a - s e n sin c e s a r " (1 Ts 5, 1 7 ) , q u e c a n t a r a n s a l m o s antes de dormir, e i n t e r r u m p i e r a n el s u e ñ o p a r a orar y s a l m o d i a r , m e d i t a r a n lo q u e s a b í a n de m e - m o r i a , r e c o r d a r a n los e j e m p l o s de los santos, p a - ra q u e s u a l m a e m p a p a d a en D i o s se a n i m a r a a imitarles. Y añadía: Para probarnos, lo mejor es obedecer al A p ó s t o l que dice: " E x a m i n a o s y probaos a v o s o - tros m i s m o s " (1 C o 13, 5); que cada u n o lleve dia- riamente la cuenta de las acciones del día y de la noche; y si alguno h a pecado, que p o n g a fin a sus pecados; y el que n o h a pecado, que n o se gloríe de ello, sino que persevere en el bien y en la oración. 43
  • 46. 44 LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES O r a b a m u c h o , p o r q u e había aprendido que "es preciso orar i n c e s a n t e m e n t e " (1 Ts 5 , 1 7 ) ; y e s ­ c u c h a b a con tanta atención lo que se lee en la iglesia que n o se le e s c a p a b a n a d a de las Escritu­ ras, sino que lo c o n s e r v a b a todo en su m e m o r i a y le servía de libro. Decía: "Necesitamos, pues, practicar m u c h o la oración y la ascesis para poseer la perfección (...) " C o n t r a los d e m o n i o s , la mejor a r m a para ata­ carlos es u n a v i d a h o n e s t a y la confianza en D i o s . T i e m b l a n ante el ayuno, la ascesis, las vigilias, la oración, la p a z y la m a n s e d u m b r e , el a m o r a los pobres, la b o n d a d , la misericordia, y sobre todo, la obediencia a Cristo (Ibíd., 5 5 ) . M a n t e n e o s firmes y orad. También decía que n o era perfecta la oración del que se acuerda que ora, porque la perfecta oración arrebata el espíritu, de m o d o que no hace estas re­ flexiones ni se acuerda de otra cosa que de su Dios con el que trata (san Atanasio, Vita Antonii, 5 5 ) . SAN ATANASIO ( † 3 5 6 )
  • 47. IMPORTANCIA DE LA ORACIÓN DOMINICAL E l Señor, entre otros p r e c e p t o s y consejos s a l u d a b l e s c o n que p r o v e y ó a la salva- ción de s u p u e b l o , le e n s e ñ ó t a m b i é n la m a n e r a d e orar, y É l m i s m o aconsejó y e n s e ñ ó t a m b i é n lo q u e d e b í a m o s pedir. El q u e n o s dio la vida, con la m i s m a b e n i g n i d a d c o n q u e se h a d i g n a d o d a m o s todas las cosas, n o s e n s e ñ ó también a orar, para que m á s fácilmente s e a m o s e s c u c h a d o s c u a n d o h a b l a m o s al Padre c o n las súplicas y oraciones enseñadas p o r el Hijo. P u e s , ¿qué oración p u e d e h a b e r m á s espiritual q u e la q u e n o s h a e n s e ñ a d o el m i s m o D i o s ? Y ¿qué súplica m á s verdadera para con el Padre q u e aquella q u e h a p r o c e d i d o de la b o c a de su Hijo? D e m a n e r a q u e el orar de distinto m o d o del q u e É l n o s e n s e ñ ó , n o sólo es ignorancia, s i n o t a m b i é n culpa. P o r e s o dijo: " H a b é i s r e c h a z a d o el m a n d a t o de D i o s p a r a establecer v u e s t r a tradi- ción" (Mt 7 ) . 45
  • 48. 46 LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES O r e m o s , p u e s , h e r m a n o s carísimos, del m o d o que Él, n u e s t r o M a e s t r o , n o s enseñó. Es oración a m i g a y familiar el rogar a D i o s con lo suyo. H a g a m o s que llegue a sus oídos la ora- ción de Cristo, de m o d o que reconozca el Padre las palabras de su Hijo en nuestras oraciones. P u e s si Él h a d i c h o que cualquier cosa que pidié- r a m o s al Padre en su n o m b r e , n o s la dará, ¿con cuánta m a y o r eficacia c o n s e g u i r e m o s lo que pi- d a m o s si lo h a c e m o s con su oración? Pues, ¿ c u á n t o s son, h e r m a n o s carísimos, los misterios de la oración dominical? ¡Oh, cuántos y c u á n g r a n d e s , y c u á n c o m p e n d i o s a m e n t e resumi- dos, y t a m b i é n , c u á n copiosos en virtudes espiri- tuales! N o q u e d a absolutamente n a d a de doctri- n a celestial sin ser c o m p e n d i a d o en esta oración (De oratione dominica). SAN CIPRIANO ( † 2 5 8 )
  • 49. A LA ORACIÓN HAN DE ACOMPAÑAR LAS OBRAS L os q u e o r a n n o h a n de presentarse ante D i o s con preces estériles y v a n a s . E s b a l - día la petición si se ruega a D i o s c o n o r a c i o n e s sin obras. P u e s , c o m o t o d o árbol q u e n o d a fruto, d e b e ser cortado y e c h a d o al fuego, n o h a y d u d a q u e las palabras sin el fruto de las obras n o p u e d e n m e r e c e r la aprobación de D i o s , p o r q u e es infecunda en obras. P o r lo m i s m o lo advierte la S a g r a d a Escritura c o n estas palabras: " B u e n a es la oración j u n t o c o n el a y u n o y la li- m o s n a " (Jb 12, 8 ) . P u e s t o que, en el día del juicio h a de p a g a r la r e c o m p e n s a p o r las obras y l i m o s - nas, ahora también Dios escucha con benignidad al q u e llega a la oración con b u e n a s obras. D e ese m o d o , en fin, c u a n d o oraba el c e n t u - rión C o r n e l i o , m e r e c i ó ser e s c u c h a d o . H i z o m u - c h a s l i m o s n a s al p u e b l o y siempre estaba o r a n d o 47
  • 50. 48 LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES a Dios. A éste, c u a n d o un día estaba o r a n d o h a c i a las tres de la tarde, se le presentó un ángel d á n d o ­ le t e s t i m o n i o d e sus b u e n a s obras y diciéndole a Cornelio: "Tus oraciones y l i m o s n a s h a n s u b i d o hasta la p r e s e n c i a de D i o s , que las tiene presen­ tes" (Hch 1 0 , 2-4). N o tardan en subir a D i o s las oraciones a las que los méritos de nuestras obras acrediten ante Dios. P o r eso, el ángel Rafael dio testimonio de la oración continua de Tobías y de sus continuas obras diciendo: " E s honroso manifestar y recono­ cer las obras de Dios. E n efecto, cuanto tú y Sara orabais, y o presenté vuestras oraciones en el acata­ miento de Dios. Y c u a n d o sepultabas piadosamen­ te a los muertos, levantándote al p u n t o de la m e s a para enterrarlos, por eso fui enviado para probar­ te, y de n u e v o m e h a enviado Dios a curarte a ti y a Sara, tu nuera. Yo soy Rafael, u n o de los siete án­ geles que asistimos en la presencia de Dios (Tb 12, 11-15)" (De oratione dominica). SAN CIPRIANO ( † 2 5 8 )
  • 51. FRECUENCIA DE LA ORACIÓN E n lo q u e toca a la frecuencia de la ora­ ción, v e m o s q u e los j ó v e n e s c o n D a n i e l , c o n s t a n t e s en la fe y v e n c e d o r e s e n el cautiverio, o b s e r v a r o n las h o r a s tercia, sexta, n o ­ n a , prefigurando el misterio de la Trinidad, q u e se revelaría en los últimos tiempos. E n efecto, d e s d e la h o r a p r i m a a la tercia, llena el n ú m e r o tres; lo m i s m o de la h o r a cuarta a la sexta t a m b i é n c u b r e tres, y de m a n e r a semejante de la s é p t i m a a la n o n a , es decir, q u e p o r grupos ternarios de h o ­ ras se c u e n t a u n a perfecta trinidad. D e s d e m u y atrás h a b í a n d e t e r m i n a d o estos in­ tervalos d e h o r a s c o n sentido espiritual los a d o r a ­ dores d e D i o s y d e d i c a b a n a la oración e s o s tiem­ p o s prescritos. Y d e s p u é s se p u s o de manifiesto q u e h a b í a m i s t e r i o en lo q u e hacían anteriormen­ te los j u s t o s , o r a n d o de tal m a n e r a . C i e r t a m e n t e , a la h o r a tercia, d e s c e n d i ó s o b r e los d i s c í p u l o s el Espíritu S a n t o , que realizó lo 49
  • 52. 50 LA ORACIÓN EN L O S S A N T O S PADRES p r o m e t i d o p o r el Señor, con sus dones. A s i m i s m o Pedro, a la h o r a sexta, subió a la azotea de la ca- sa, avisado p o r u n a visión y l l a m a d a de Dios, pa- ra q u e admitiese la gracia del b a u t i s m o p a r a to- dos, p u e s antes h a b í a vacilado en recibir a los gentiles e n esa purificación. El S e ñ o r fue crucificado a la hora sexta, a la h o - ra n o n a lavó c o n s u sangre nuestros p e c a d o s , y p a r a r e d i m i m o s y d a m o s vida, dio c i m a a la vic- toria c o n la p a s i ó n , a esa hora. Pero a d e m á s de las horas q u e g u a r d a b a n los antiguos, h e r m a n o s a m a d í s i m o s , a nosotros se n o s h a n a u m e n t a d o los t i e m p o s de orar a la v e z q u e los m i s t e r i o s . P o r q u e t a m b i é n se h a de orar a la m a ñ a n a m u y t e m p r a n o , para c o n m e m o r a r c o n esa oración de la m a ñ a n a la resurrección del S e - ñor. Esto y a lo e n s e ñ a el Espíritu S a n t o en los sal- m o s c u a n d o se dice: " R e y m í o y Dios m í o , oraré a ti p o r la m a ñ a n a ; Señor, oirás mis palabras, p o r la m a ñ a n a estaré en tu presencia y te c o m p l a c e r é " (Sal 4 , 3-5). Y en otro lugar, h a b l a p o r el profeta: " A la aurora velarán, diciendo: V a m o s a volver- n o s al S e ñ o r n u e s t r o D i o s (Os 6, 1 ) " (De oratione dominica, 34-36). SAN C I P R I A N O ( † 2 5 8 )
  • 53. ORAR SIN DISTRACCIONES S ea, p u e s , nuestra ocupación u n c o n t i n u o llanto y u n a continua oración. Éstas s o n las a r m a s celestiales con q u e p e r s e v e r a n y defienden nuestras almas. A y u d é m o n o s u n o s a otros c o n o r a c i o n e s y c o n s o l é m o n o s c o n recípro- ca c a r i d a d en nuestros trabajos. C u a n d o o r a m o s d e b e m o s h a c e r l o con t o d o n u e s t r o corazón, desterrando todos los p e n s a - m i e n t o s c a r n a l e s y del siglo, a t e n d i e n d o ú n i c a - m e n t e a la a c c i ó n q u e e s t a m o s e j e c u t a n d o . P a r a esto, el sacerdote u obispo, antes de e m p e z a r la o r a c i ó n , p r e p a r a los espíritus c o n esta a d v e r t e n - cia: " E l e v a d los c o r a z o n e s . " Y el p u e b l o r e s p o n - de: " Y a los t e n e m o s levantados al S e ñ o r " , c o n lo q u e se n o s indica q u e p o r entonces s o l a m e n t e en D i o s h e m o s de pensar. H a y que orar sin distracciones. ¿ C ó m o queréis que Dios os atienda en la oración, si vosotros m i s - m o s n o os entendéis? Y ¿ c ó m o os atrevéis a pedir 5 1
  • 54. 52 LA ORACIÓN EN L O S SANTOS PADRES a Dios que n o os olvide, al m i s m o tiempo que v o ­ sotros m i s m o s os estáis olvidando? El que así ora, con tanta negligencia, ofende a la Divina Majestad. E m p l e e m o s nuestros ojos en la lección de las D i v i n a s Escrituras; nuestras m a n o s en el ejercicio de las b u e n a s obras; y nuestro espíritu en p e n s a r en D i o s . O r e m o s sin cesar, a p l i c á n d o n o s conti­ n u a m e n t e a las santas acciones, para dar gracias a D i o s , n o c e s e m o s de orar y dar gracias t a m b i é n a q u í (ibíd., 3 4 - 3 6 ) . SAN C I P R I A N O ( † 2 5 8 )
  • 55. GRACIAS A LOS MONJES L os monjes sois constantes en los ayunos y m á s constantes aun en las oraciones (...). Vosotros sois bienaventurados ante Dios y el m u n d o m i s m o lo es p o r vosotros: gracias a v o - sotros, los desiertos son lugares de culto y p o r vuestras oraciones el orbe de la tierra p e r m a n e c e i n c ó l u m e . Gracias a vuestras oraciones cae lluvia sobre la tierra, el cielo verdea de hierba, los á r b o - les proporcionan su fruta sana; y m u e s t r a la efica- cia de vuestras súplicas el río que c a d a a ñ o c r e c e r e g a n d o t o d o E g i p t o , dejando e m p a n t a n a d a la tierra y p r o p o r c i o n a n d o a g u a a b u n d a n t e al mar. Pues si Elias, c o m o está escrito, q u e se dejaba lle- var de las pasiones h u m a n a s , sin embargo p o r su oración impidió la lluvia y luego hizo que lloviera n u e v a m e n t e t a m b i é n mediante su oración y así la tierra dio su fruto, ¿cuanto m á s vuestra interce- sión n o s será útil en nuestras peticiones? ¡Feliz c i u d a d de Alejandría que os tiene p o r interceso- 53
  • 56. 54 LA ORACIÓN E N LOS S A N T O S PADRES res! S o d o m a y G o m o r r a n u n c a habrían sido redu­ cidas a cenizas si hubieran habitado en ellas diez justos; y t a m p o c o otras ciudades habrían sido des­ truidas si hubieran tenido en su interior vuestra santidad. Vosotros estáis en el ejército de D i o s y c o n s ­ t a n t e m e n t e p o n é i s vuestras oraciones en su pre­ sencia. " L o s ojos de D i o s m i r a n a los j u s t o s y s u s oídos e s c u c h a n sus o r a c i o n e s " (Sal 3 3 , 1 6 ) . P o r tanto, orad p o r el m u n d o , conscientes de que Dios inclina su o í d o a las oraciones de los b u e n o s y que la intercesión del h o m b r e justo tiene m u c h o valor. A c o r d a o s siempre de nosotros. Vosotros te­ néis a c c e s o libre al paraíso de las delicias; y las p u e r t a s del p a r a í s o q u e el p e c a d o de A d á n cerró, las abre vuestra entrega a D i o s " (Carta a los Mon­ jes, XI: P. 40, 937). SAN SERAPIÓN DE T H M U I S (†360)
  • 57. REZAR EN SILENCIO Y o m e acordé de vuestro n o m b r e p o r la n o c h e . " El Profeta sabía m u y b i e n que, en especial d u r a n t e la n o c h e , d e b e m o s recurrir a D i o s . Sabía q u e e n t o n c e s es p r e c i s o a t e n d e r m á s a o b s e r v a r la ley, p o r s e r el t i e m p o e n q u e los deseos i m p u r o s se introducen en el a l m a (Sal 118). E n el E v a n g e l i o , n o s p i d e el S e ñ o r q u e o r e m o s en silencio en el secreto de nuestras a l m a s p a r a q u e n u e s t r a oración sea m á s b i e n obra del c o r a - zón q u e de la lengua. ¿Podría ser esto contrario a las p a l a b r a s del Profeta: " Y o h e c l a m a d o c o n t o d o m i c o r a z ó n " ? N o , p o r cierto, p u e s sabía m u y b i e n aquel Profeta q u e m á s consiste (la oración) en el c l a m o r del c o r a z ó n que en el de la b o c a . Es la oración u n grito que n o ofende ni hiere los oídos; p o r q u e es u n grito de la fe, un grito del a l m a q u e penetra en los cielos y s u b e hasta el tro- n o de D i o s , n o c o n el esfuerzo de la v o z , sino c o n la virtud d e la fe. 55
  • 58. 56 LA ORACIÓN EN L O S SANTOS PADRES A q u e l , p u e s , c l a m a a D i o s con todo su c o r a z ó n si le pide g r a n d e s cosas, si le suplica que le dé los b i e n e s celestiales, que espera los b i e n e s eternos y v i v e e n t r e t a n t o en la i n o c e n c i a y t e m o r de D i o s (Sal 118). Los ángeles están atentos a las oraciones de los fieles y las ofrecen a D i o s diariamente ( H m 13 in mat.). Es preciso ser tan loco c o m o impío para dejar de conocer que d e p e n d e m o s absolutamente de Dios, y para creer, por el contrario, que cuanto hace, lo podrá conseguir con sus propias fuerzas. Porque si en nosotros h a y algún bien, sin duda viene de Dios. Por lo cual, es preciso poner en Él toda nuestra es- peranza, y confesar que del Señor nos viene todo, a ejemplo del Profeta que clama: "Señor, vos sois m i protector y m i redentor" (Sal 51). SAN HILARIO († 367)
  • 59. REZAR C O N EL CORAZÓN C u a n d o r e z a m o s , la iniciativa p a r a q u e D i o s c o n c e d a su don, parte de n o s o - tros; y si el d o n de D i o s d e p e n d e de n u e s t r a iniciativa, d e p e n d e t a m b i é n de n o s o t r o s b u s c a r l o , obtenerlo y que p e r m a n e z c a . S o b r e t o d o p o r la n o c h e h a y que rezar a D i o s e i m p l o r a r su favor. E l espíritu n o se d e b e a b a n - d o n a r al r e p o s o p e l i g r o s o de las v e l a d a s n o c t u r - n a s , s i n o q u e d e b e c o n s a g r a r s e a las p l e g a r i a s y s ú p l i c a s y a la confesión de los p e c a d o s a fin d e q u e , s o b r e t o d o c u a n d o se presenta u n a o c a s i ó n de satisfacer los vicios del c u e r p o , tales v i c i o s sean c o m b a t i d o s p o r el recuerdo de la ley divina. Entre los n u m e r o s o s preceptos de la doctrina e v a n g é l i c a , figura el silencio que el S e ñ o r n o s h a e x i g i d o en la oración p a r a que nuestra petición s e a s i l e n c i o s a , v e n g a de lo s e c r e t o de n u e s t r o c o r a z ó n y la p a l a b r a o c u p e m e n o s lugar q u e el e s - 57
  • 60. 58 LA ORACIÓN EN L O S S A N T O S PADRES píritu. L o s secretos de nuestra oración son escu- c h a d o s p o r D i o s p o r q u e Él penetra los secretos. Parecería q u e h a y contradicción entre lo q u e en- seña el E v a n g e l i o y lo q u e dice el profeta: " H e gri- tado c o n t o d o m i corazón, e s c ú c h a m e S e ñ o r " (Sal 118, 145). P e r o el profeta sabe que es preciso q u e su grito sea m á s del c o r a z ó n que de s u v o z ; p o r eso su grito v i e n e del corazón. N o se trata a q u í del s o n i d o e l e v a d o de la v o z , ni de u n a audición en el s e n t i d o físico de la palabra, sino del grito de la fe, del grito del espíritu h e c h o para ser e m i t i d o n o p o r el esfuerzo de la v o z , sino p o r el espíritu de la fe. G r i t a a D i o s c o n s u c o r a z ó n q u i e n le pi- de g r a n d e s c o s a s , q u i e n i m p l o r a b i e n e s c e l e s t i a - les, quien espera bienes eternos, quien vive c u m p l i e n d o sus deberes c o n inocencia y t e m o r de D i o s (Sal 118, 19, 1 ) . SAN H I L A R I O ( † 3 6 7 )
  • 61. LA ORACIÓN ES EFICAZ PARA M O V E R AL S E Ñ O R G ran a r m a d u r a es la oración, tesoro in- deficiente, riqueza inagotable, p u e r t o sereno, fundamento de tranquilidad, raíz, fuente y m a d r e de i n n u m e r a b l e s b i e n e s : m á s p o d e r o s a es la oración que el m i s m o reino. La oración q u e asciende hasta el cielo n o es la oración fría y llena de negligencia, sino aquella que se h a c e c o n g e n e r o s o e m p e ñ o , c o n m e n t e ele- v a d a y d o l o r de c o r a z ó n . P o r tanto: h a b l a d m u c h o con D i o s y p o c o c o n los h o m b r e s . O r a d , p u e s , t a m b i é n vosotros p o r m í ; p o r q u e la oración c o m ú n de m u c h o s , h e c h a con amor, es eficaz p a r a m o v e r al Señor. D e j e m o s de l a d o toda p r e o c u p a c i ó n y q u e n u e s t r o ú n i c o c u i d a d o sea rogar a D i o s , n o sea que s u furor n o s quite toda solicitud en aquella v e n g a n z a q u e Él ejecutó contra los de S o d o m a , 59
  • 62. 60 LA ORACIÓN EN L O S SANTOS PADRES quienes, distraídos c o n otros n e g o c i o s , n o quisie- ron o c u p a r s e del ú n i c o importante: el de p e d i r la c l e m e n c i a de D i o s c o n oraciones y p r o m e s a s . O r a c i ó n a C r i s t o : C a i g o d e rodillas, Señor, p a - ra a d o r a r t e . Te d o y g r a c i a s D i o s de b o n d a d , te i n v o c o , o h D i o s de s a n t i d a d . A n t e ti d o b l o m i s rodillas. Tú a m a s a los h o m b r e s y y o te glorifico, oh Cristo, Hijo ú n i c o y S e ñ o r d e todas las cosas, que eres el ú n i c o sin p e c a d o . P o r mí, p e c a d o r e indig- no, te h a s e n t r e g a d o a la m u e r t e , a la m u e r t e de cruz. D e este m o d o h a s liberado a las a l m a s de las ligaduras del m a l . ¿ Q u é te devolveré y o a c a m b i o de tanta b o n d a d ? (Sal 43). SAN EFRÉN († 5 7 9 )
  • 63. ABRIRNOS A LOS DONES DE DIOS A p l i q u é m o n o s a la v i d a espiritual a fin de llegar a ser hombres perfectos; só- lo e n t o n c e s s e r e m o s a p t o s p a r a o r a c i ó n , c u a n d o t e n g a m o s y a sujetas n u e s t r a s la p a s i o n e s , d e s t r u i d a en n o s o t r o s tal a d i c i ó n n a t u - ral y v a c i a d o de t o d a p r e o c u p a c i ó n n u e s t r o e s p í - ritu. E n t o n c e s , e n efecto, h a l l a n d o el E s p í r i t u S a n t o n u e s t r a a l m a en r e p o s o y c o m u n i c a n d o a n u e s t r a i n t e l i g e n c i a u n n u e v o poder, e n c e n d e r á la l u z e n n u e s t r o s c o r a z o n e s , al m o d o c o m o se enciende una lámpara bien preparada, donde b a s t a a c e r c a r la l l a m a p a r a q u e l u e g o e m p i e c e a d e r r a m a r s o b r e t o d o s los asistentes u n a luz b e - néfica y g o z o s a . D i s p o n g a m o s , p u e s , ante t o d o n u e s t r a s a l m a s p a r a recibir la luz d i v i n a , y de e s - te m o d o h a g á m o n o s dignos de recibir los d o n e s de D i o s . S i n o s d i s p o n e m o s a recibir estos d o n e s , el S e ñ o r n o s tratará c o m o a m i g o s y n o s invitará a las v i r t u d e s m á s perfectas y s u b l i m e s . 61
  • 64. 62 LA ORACIÓN EN L O S SANTOS PADRES H a b l a d m u c h o c o n D i o s y p o c o c o n los h o m - bres. D u r a n t e toda la vida del h o m b r e n o h a y teso- ro c o m p a r a b l e a la oración. Lo que p o r tu debilidad n o p u e d a s recibir de D i o s en u n d e t e r m i n a d o m o m e n t o , lo p o d r á s re- cibir en otra o c a s i ó n si perseveras en la oración. La oración es c o m o u n arco con el q u e lanza- m o s a D i o s d a r d o s de santos y ardientes d e s e o s . C o n e s t o s d a r d o s h e r i m o s el c o r a z ó n de D i o s y triunfamos en El, hiriendo al propio t i e m p o y d e s c o n c e r t a n d o a nuestros e n e m i g o s . Si ( m e d i a n t e la o r a c i ó n ) n o s d i s p o n e m o s a recibir e s t o s d o n e s , el S e ñ o r n o s tratará c o m o a m i g o s y n o s invitará a las virtudes m á s perfec- tas y s u b l i m e s , a l e g r á n d o s e nuestro corazón. Si p o n e s gran e m p e ñ o en desentenderte de las cosas del m u n d o c o n a l m a pura, p o d r á s v a c a r a la c o n t e m p l a c i ó n de las cosas que n o se ven y rega- larte y regocijarte en el recuerdo de D i o s (De Vit. Spirit N.°21). SAN EFRÉN (379)
  • 65. LA ORACIÓN CONTINUA Y o le invocaré en m i s días." Este santo rey (David) indica q u e la m e d i d a de su confesión y oración era toda la vi­ da. N o s o t r o s , al contrario, c u a n d o h e m o s o r a d o u n solo día, y a u n q u e n o sea m á s que u n a hora, o h e m o s tenido el m e n o r p e n s a m i e n t o de dolor p o r n u e s t r a s culpas, y a p e n s a m o s que e s t a m o s s e g u ­ ros, c o m o si h u b i é r a m o s e x p i a d o enteramente nuestros p e c a d o s . H a y q u e orar c o n fervor y perseverancia. E s preciso i m p l o r a r el auxilio divino, p r o c u r a n d o n o p e d i r l e c o n t i b i e z a , p o r q u e si se o r a c o n a p l i c a ­ c i ó n , e n v e z d e c o n s e g u i r lo q u e se p i d e , se m e ­ r e c e la i n d i g n a c i ó n d e D i o s , y la o r a c i ó n s e c o n v i e r t e en p e c a d o . " O r a d sin intermisión." Orarás sin intermisión si tu oración n o se reduce a solas palabras, sino q u e t o d o el m é t o d o de tu vida es c o n f o r m e a la divina v o l u n t a d , de tal m o d o q u e p u e d a y m e r e z ­ ca tu v i d a llamarse oración continua. 63
  • 66. 64 LA ORACIÓN EN L O S SANTOS PADRES H a y q u e estar libres de todos los t u m u l t o s e x - ternos y crear la p a z m á s c o m p l e t a en la intimi- d a d del p r o p i o corazón; sólo entonces p o d r e m o s e n t r e g a m o s a la c o n t e m p l a c i ó n de la verdad. La o r a c i ó n a y u d a a la perfección. P o r esto, n o - sotros, d á n d o n o s c u e n t a de vuestro d e s e o de lle- gar a esa perfección, c o n la a y u d a de D i o s y de vuestras o r a c i o n e s , n o s esforzamos en la m e d i d a en q u e n o s lo p e r m i t e la luz del Espíritu S a n t o p o r avivar la chispa del a m o r divino e s c o n d i d a en vuestro interior. C o n f í a , p u e s , en la b o n d a d divina, a g u a r d a s u a u x i l i o . Ya s a b e s q u e , si n o s c o n v e r t i m o s a É l de v e r a s , n o s ó l o n o n o s e c h a r á , s i n o q u e c o n la o r a c i ó n t o d a v í a e n los l a b i o s , n o s dirá: " ¡ M i r a , aquí estoy!" SAN BASILIO ( † 379)
  • 67. N O A LAS MUCHAS PALABRAS SINO A LA INTENCIÓN P a r a n o p a d e c e r d i s t r a c c i o n e s e n la o r a - ción, h e m o s de persuadirnos, D a v i d , de q u e D i o s siempre está presen- te... P u e s si a u n e n presencia de los h o m b r e s , como n u e s t r o s iguales, p r o c u r a m o s g u a r d a r tal c o m - p o s t u r a y p a l a b r a s q u e n o hallen q u é reprender, ¡con c u á n t a m a y o r razón h a b r e m o s d e ser cir- c u n s p e c t o s si n o s p e r s u a d i m o s de q u e e s t a m o s delante de D i o s ! ¿Por q u é D i o s n o n o s d a enseguida lo q u e le p e - d i m o s ? P o r q u e el S e ñ o r conoce mejor que nosotros lo que n o s conviene; y aun p u e d e ser q u e dilate c o n c e d e m o s lo que n o s concede, con el fin de q u e se lo p i d a m o s con m á s frecuencia y fervor, o p a r a que c o n o z c a m o s que es don suyo y que si n o s lo confiere d e b e r e m o s conservarlo con cuidado. El A p ó s t o l dice: " O r a d c o n t i n u a m e n t e " (1 Ts 5, 17). Voy a explicar que h a y que orar continuamen- 65
  • 68. 66 LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES te y que este m a n d a m i e n t o es posible cumplirlo. La oración es la petición de un bien hecho a Dios por personas piadosas. Pero ni la realizamos sólo con palabras ni Dios necesita que lo invoquemos hablando, sino que conoce lo que nos conviene, aunque n o se lo pidamos. Con esto queremos decir que lo esencial de la oración n o está en los sonidos que se pronuncian, sino que su fuerza reside m á s bien en la intención del alma y en las obras virtuo- sas que se extienden a toda la vida, pues se dice: "Ya comáis, ya bebáis o hagáis cualquier cosa, hacedlo todo para gloria de D i o s " (1 C o 10, 31). A l ponerte a la m e s a , reza; al c o m e r el pan, da gracias al que te lo h a dado; al t o m a r vino para fortalecer el c u e r p o débil, acuérdate del que te h a h e c h o ese regalo p a r a a l e g r a r el c o r a z ó n y aliviar las enfer- m e d a d e s . ¿ H a s satisfecho la n e c e s i d a d de ali- m e n t a r t e ? P u e s q u e n o t e r m i n e el r e c u e r d o del benefactor. Si vistes u n a túnica, dale gracias a Dios, quien te la regala; si te pones u n m a n t o , a m a con m á s i n t e n s i d a d a D i o s , p o r q u e n o s h a pro- p o r c i o n a d o v e s t i d o s a c o m o d a d o s al invierno y al v e r a n o p a r a p r o t e g e r nuestra vida y cubrir la desnudez. SAN BASILIO ( † 3 7 9 )
  • 69. ESTAR U N I D O A D I O S e h a a c a b a d o el día? D a gracias al q u e n o s h a p r o p o r c i o n a d o el sol p a r a p o - ¿S d e r realizar los trabajos d i u r n o s y n o s regala el fuego p a r a a l u m b r a r la n o c h e y p a r a otras n e c e s i d a d e s de la vida. H a s de e n c o n t r a r en la n o c h e n u e v o s m o t i v o s p a r a la oración: c u a n d o mires al cielo y c o n t e m p l e s la belleza de los as- tros, i n v o c a al S e ñ o r de las cosas invisibles y a d o - ra al Artífice perfecto del universo q u e h i z o t o d o con sabiduría (cf. Sal 103, 24). Al observar toda la naturaleza a n i m a l dormida, adora de n u e v o a A q u e l que m e d i a n t e el sueño n o s relaja de los c o n t i n u o s trabajos aun sin nosotros quererlo, y n o s repara el v i g o r y las fuerzas con u n b r e v e d e s - c a n s o . Q u e la n o c h e n o sea toda ella c o m o propie- dad p r i v a d a y e x c l u s i v a del sueño, y n o p e r m i t a s q u e la m i t a d de tu v i d a sea inútil p o r el s o p o r del s u e ñ o y la oración. M á s aún, hasta los m i s m o s s u e ñ o s h a n de ser ejercicio de p i e d a d . P o r q u e las fantasías de los s u e ñ o s suelen ser vestigios y ras- tros de las o c u p a c i o n e s diurnas; y, p o r tanto, s e - 67
  • 70. 68 LA ORACIÓN EN L O S SANTOS PADRES g ú n sean las p r e o c u p a c i o n e s de nuestra vida, así serán t a m b i é n nuestros s u e ñ o s . E n conclusión, orarás c o n t i n u a m e n t e si n o dejas de rezar n o c o n palabras, s i n o p o r la u n i ó n c o n D i o s en t o d o s tus q u e h a c e r e s , d e m o d o q u e tu v i d a sea u n a conti- n u a e i n i n t e r r u m p i d a oración (Sobre el martirio de santa Julita). C u a n d o p i d e s y n o recibes, es p o r q u e p i d e s mal, o p o r q u e te c a n s a s , o p o r q u e pides lo que n o te c o n v i e n e (Regla Monástica I ) . SAN BASILIO ( † 379)
  • 71. T Ú ERES NUESTRO PADRE C u a n d o reces, procura n o pedir u n a c o - sa p o r otra e irritar así al Señor: n o pi- das dinero, gloria h u m a n a , poder, ni n a d a pasajero; pide m á s bien el Reino de Dios y El te dará todo lo necesario para el cuerpo, c o m o El m i s m o dice: "Buscad el Reino de Dios y su justicia, y todo lo d e m á s se os dará por añadidura" (Mt 6, 33). H a y dos clases de oración: la de la alabanza con humildad y la de petición, que es inferior. Por tan- to, cuando ores, no pases inmediatamente a la peti- ción porque entonces demuestras que oras sólo m o - vido por la necesidad. Cuando entres en oración, deja a la mujer, a los hijos y a ti mismo, abandona la tierra y asciende hasta el cielo, deja toda criatura vi- sible e invisible y comienza a alabar al Creador del universo y mientras lo alabas n o desvíes tu mente para acá y para allá ni en fábulas al estilo griego, si- n o inspírate en la Segunda Escritura y di: "Señor, te bendigo a ti, que eres clemente y misericordioso, que cada día tienes paciencia conmigo pecador, y nos das a todos la posibilidad de la conversión. Por esto callas y nos aguantas, Señor, para que te alabe- 69
  • 72. 70 LA ORACIÓN EN L O S SANTOS PADRES m o s a ti que administras la salvación del género hu- mano: unas veces con castigos, otras con amenazas, otras por los profetas y finalmente nos has visitado con la venida de Cristo. Tú nos has creado y n o n o - sotros. Tú eres nuestro Dios." C u a n d o h a y a s glorificado y alabado a Dios si- guiendo las Escrituras según tus fuerzas, c o m i e n z a con la oración de h u m i l d a d : "Señor, n o s o y d i g n o de h a b l a r c o n t i g o p o r q u e s o y m u y pecador." Y lo h a s de decir a u n q u e n o te acuerdes de n i n g ú n p e - c a d o , p o r q u e n a d i e h a y sin p e c a d o sino sólo D i o s , p u e s a u n c o m e t i e n d o m u c h o s p e c a d o s , de la m a y o r í a de ellos n o n o s d a m o s c u e n t a (...). P o r tanto, ora a D i o s c o n t e m o r y h u m i l d a d . Y c u a n - d o h a y a s d i c h o la o r a c i ó n de h u m i l d a d , dirás: "Te d o y g r a c i a s , S e ñ o r , p o r q u e h a s sido p a c i e n t e con m i s p e c a d o s y n o m e h a s c a s t i g a d o h a s t a a h o r a , a u n q u e m e h i c e d i g n o de p a d e c e r i n n u - m e r a b l e s s u p l i c i o s y de ser e c h a d o de tu presen- cia; p e r o tu b o n d a d c l e m e n t í s i m a fue m a g n á n i m a c o n m i g o . Te d o y gracias aunque n o p u e d o corres- p o n d e r a la m a g n i t u d de tu clemencia." SAN BASILIO ( † 379)
  • 73. REZAR EN PRESENCIA DE D I O S C u a n d o h a y a s a c a b a d o las d o s partes p r i m e r a s de la oración — l a a l a b a n z a y la h u m i l d a d — , e n t o n c e s p i d e lo q u e h a s de pedir, p e r o n o dinero, n i gloria terrena, ni salud c o r p o r a l , c o m o y a dije, p u e s D i o s , q u e te creó, c u i d a de tu salud. L o que h a s de pedir, c o - m o está d i c h o , es el R e i n o de D i o s , p u e s E l p r o - v e e r á las n e c e s i d a d e s del cuerpo. P u e s n u e s t r o R e y es de s u p r e m a d i g n i d a d y se indignaría si le pidiéramos cosas pequeñas o no convenientes. C u i d a , p o r tanto, c u a n d o ores, que n o se indigne, y p i d e c o s a s d i g n a s de este R e y que es D i o s . Y c u a n d o p i d a s cosas dignas de D i o s , n o desistas h a s t a q u e las consigas, c o m o dice el S e ñ o r en el E v a n g e l i o (cf. L c 9, 5 - 8 ) . (...) A h o r a bien, c u a n d o alguien está e n audiencia con u n a autoridad, está c o n m u c h o t e m o r y tiene tanto la m i r a d a e x t e r n a c o m o la interna del a l m a atenta p a r a n o distraer- se o despistarse. ¡ C u á n t o m á s h e m o s de estar c o n 71
  • 74. 72 LA ORACIÓN EN L O S SANTOS PADRES t e m o r y t e m b l o r ante Dios y tener nuestra m e n t e centrada sólo en Él, evitando cualquier distrac­ ción! Pues Él n o sólo ve el exterior del h o m b r e , c o ­ m o los d e m á s , sino también el interior. P o r tanto, si así estás en la presencia de Dios, concentrado a ti m i s m o , n o desistas hasta que obtengas lo que pides. P e r o si tu c o n c i e n c i a te a c u s a de n e g l i ­ g e n c i a y e s t á s e n la o r a c i ó n c o n la m e n t e distraí­ da, p u d i e n d o e s t a r a t e n t o , n o te atrevas a p o ­ n e r t e en p r e s e n c i a de D i o s p a r a n o c o n v e r t i r tu o r a c i ó n e n p e c a d o . Pero si, debilitado p o r el p e ­ cado, n o p u e d e s rezar sin distracción de la m e n t e , esfuérzate todo lo que p u e d a s y mantente en la presencia de D i o s , teniendo la m e n t e dirigida ha­ cia Él y reconcentrándote en ti m i s m o . E n t o n c e s Dios te p e r d o n a r á porque, si n o p u e d e s estar c o ­ m o conviene delante de Dios, n o es p o r desprecio, sino p o r debilidad. Si así te esfuerzas para toda b u e n a obra, n o ceses hasta conseguir tu petición (P. G. 2, 31). SAN BASILIO († 379)
  • 75. PEDIR CON CONFIANZA C u a n d o p i d a s algo a D i o s , l l a m a a su p u e r t a c o n constancia, p o r q u e " t o d o el que p i d e , recibe y el que b u s c a , en- c u e n t r a y al q u e l l a m a , se le a b r e " (Lc 11, 1 0 ) . (...) P e r o a l g u n o dirá: " h e p e d i d o m u c h a s v e c e s y n o he r e c i b i d o " . S e g u r o que es p o r q u e h a s p e d i d o m a l , sin confianza, de m o d o distraído o c o s a s q u e n o te c o n v i e n e n ; y si h a s p e d i d o c o s a s que te c o n v i e n e n , n o h a s p e r s e v e r a d o en la oración, p u e s está escrito: " C o n la p a c i e n c i a salvaréis v u e s t r a s a l m a s " (Lc 2 1 , 1 9 ) , y "el que p e r s e v e r e hasta el fin, se s a l v a r á " (Mt 10, 2 2 ) . D i o s c o n o c e el c o r a z ó n de los que le suplican. E n t o n c e s , m e dirás, ¿ q u é n e c e s i d a d tiene de nuestra p e t i c i ó n ? ¿ N o c o n o c e n u e s t r a s n e c e s i d a d e s ? ¿Para qué p e - dirle? C i e r t o q u e D i o s c o n o c e lo q u e n e c e s i t a m o s y n o s p r o p o r c i o n a c o n a b u n d a n c i a lo n e c e s a r i o p a r a el c u e r p o y, c o m o es b u e n o , h a c e llover s o - bre j u s t o s e injustos y quiere q u e el sol salga s o - bre b u e n o s y m a l o s , antes de que nosotros se lo 73
  • 76. 74 LA ORACIÓN EN LOS SANTOS PADRES p i d a m o s . P e r o la fe, las o b r a s virtuosas y el R e i - n o de los cielos n o los o b t e n d r á s si n o los p i d e s con m u c h a insistencia y p e r s e v e r a n c i a . P r i m e r o h a y q u e d e s e a r l o , d e s p u é s b u s c a r l o c o n sinceri- d a d , fe y c o n s t a n c i a , sin q u e la c o n c i e n c i a te a c u - se de n e g l i g e n c i a o distracción y, c u a n d o D i o s quiera, los recibirás, p u e s Él s a b e m e j o r q u e tú c u á n d o te c o n v i e n e . Y q u i z á s se retrasa en darte lo q u e p i d e s p a r a h a c e r t e m á s p e r s e v e r a n t e y p a r a q u e c o n o z c a s q u e es regalo de D i o s y lo c o n s e r v e s c o n c u i d a d o . P u e s lo q u e u n o h a c o n - s e g u i d o c o n m u c h o trabajo, se esfuerza en g u a r - darlo, no sea que perdiendo aquello, pierda t a m b i é n s u m u c h o trabajo y p e r d i e n d o t a m b i é n la gracia de D i o s se h a g a i n d i g n o d e la v i d a eter- na. ¿ D e q u é le sirvió a S a l o m ó n h a b e r recibido p r o n t o el d o n de la sabiduría, si l u e g o lo p e r d i ó ? (Cont. Asc. c. 1, P. 31). SAN BASILIO ( † 379)
  • 77. EJEMPLO DE LOS MONJES S a b e n q u e nuestra gloria es la c o m u n i d a d m o n a c a l de h o m b r e s y mujeres, que c o n su espíritu p e r m a n e c e n ya en el cielo. Ellos crucificaron su c u e r p o j u n t o con sus p a s i o - n e s y tentaciones. Ellos ya n o se p r e o c u p a n de aquello q u e v a n a c o m e r o vestir, sino aquella oración p o r la que, sin perder el t i e m p o , día y n o - che, están u n i d o s a D i o s , aun c u a n d o trabajan c o n sus m a n o s . D e s p u é s de la lectura siguen las oraciones. L a s a l m a s , en las cuales el a m o r a D i o s se originó, c u m p l e n c o n m á s rapidez y perseverancia. L a oración q u e e l e v a la m e n t e a D i o s es b u e n a . J u s - t a m e n t e en esto está la v i d a de D i o s en n o s o t r o s , c u a n d o r e c o r d a m o s que el S e ñ o r vive en n o s o - tros. D e esta forma, s o m o s t e m p l o s de D i o s , p r o - c u r a n d o q u e esta u n i ó n n o se interrumpa a c a u s a de las p r e o c u p a c i o n e s terrenales, las inquietudes, y c u a n d o las p a s i o n e s turban el intelecto. Q u i e n , 75
  • 78. 76 LA ORACIÓN EN L O S SANTOS PADRES pues, a m a a D i o s y h u y e de t o d o esto, se orienta a D i o s , aleja de su c o r a z ó n las pasiones que lo c o n d u c e n al p e c a d o y p e r m a n e c e en la lucha que lo llevó a las v i r t u d e s (Carta a san Gregorio Nacianceno). Y, ¡qué p u e d e dar m á s suerte, aquí en la Tierra, que imitar los coros de los ángeles! C u a n d o a ca- da o c u p a c i ó n p r e c e d e la oración, c u a n d o c o n can- tos, c o m o c o n sal, c o n d i m e n t a m o s las o c u p a c i o - nes, los cantos h e r m o s o s y espirituales d a n al al- m a alegría y e s p e r a n z a d a tranquilidad (Carta a san Gregorio Nacianceno). SAN BASILIO ( † 379)
  • 79. EL CANTO DE LOS SALMOS E m p e z a r el día c o n h i m n o s . Ir a la m a d r u - g a d a a la oración c o n cantos e h i m n o s , a l a b a n d o al C r e a d o r y luego, c o m o el sol m á s c l a r a m e n t e ilumina, volver al trabajo. L o s s a l m o s s o n tranquilidad para el a l m a , principio de paz, q u e tranquiliza los atormentados e inquie- tos p e n s a m i e n t o s , q u e n o solamente d o m i n a n la turbulenta ira, la despertada cólera espiritual, si- n o q u e la c o n d u c e a la misericordia. L o s s a l m o s fortifican a los c o n g r e g a d o s , reconcilian a los o f e n d i d o s , y entre a m i g o s , i n d u c e n al amor. ¿ Q u i é n e n t o n c e s p u e d e tener p o r e n e m i g o a a q u e l c o n el c u a l j u n t o s elevan s a l m o s a D i o s ? Y el canto de s a l m o s u n e c o n aquel b i e n m á s grande q u e es el amor. Este canto es c o m o si encontrara algún porvenir, u n a e s p e r a n z a , u n a p r e d i s p o s i - ción a una actitud conciliadora. Los himnos ahu- y e n t a n a los d e m o n i o s y traen la protección de los ángeles. 77
  • 80. 78 L A O R A C I Ó N EN L O S SANTOS PADRES Es m u y i m p o r t a n t e orar con h u m i l d a d y c o n fervor. "Tú, hijo, c u a n d o v a y a s a rogar al Señor, póstrate h u m i l d e m e n t e en su presencia y n o pi- das n a d a p o r tus propios méritos. A u n q u e t e n g a s conciencia de h a b e r h e c h o algo b u e n o , ocúltalo, p a r a q u e en tu silencio te sea restituido a b u n d a n - t e m e n t e p o r el Señor. N o d e b e s acordarte de lo b u e n o que h a y a s h e c h o , sino, p o n e n s e g u i d a tus p e c a d o s a la vista, p a r a que D i o s los borre c u a n - d o los h a y a s c o n f e s a d o . C u a n d o te v a y a s a confe- sar, n o te justifiques, p a r a q u e n o salgas c o n d e n a - do c o m o el fariseo. A c u é r d a t e del p u b l i c a n o y c ó - m o o r a b a p o r sí, e imítalo p a r a que alcances el p e r d ó n de tus p e c a d o s " (Hom. Sal, 1). SAN BASILIO ( † 379)
  • 81. INVOCAR PRIMERO A D I O S N o ores c o n v o z c l a m o r o s a al que c o ­ n o c e los secretos, sino m á s bien llame a sus oídos el c l a m o r de tu corazón. N o te p r o l o n g u e s ante Él con d e m a s i a d a s pala­ b r a s , p o r q u e D i o s n o será aplacado p o r las m u ­ c h a s p a l a b r a s , s i n o p o r el a l m a i n m a c u l a d a . E n el t i e m p o de la oración aleja de ti toda malicia del corazón, y si tienes algo contra tu prójimo, p e r d ó ­ nalo. H a y u n a raza de serpientes que, c u a n d o b e ­ b e n agua, antes de acercarse a la fuente, v o m i t a n t o d o el v e n e n o . Imita la astucia de esta serpiente y arroja de tu a l m a t o d o el a m a r g u í s i m o v e n e n o . P e r d o n a a tu c o n s i e r v o los cien denarios, p a r a que te sea p e r d o n a d a a ti la d e u d a de los diez m i l talentos. P u e s , así c o m o quieras que sea D i o s p a ­ ra c o n t i g o , sé tú para tu consiervo. C u a l q u i e r acción que e m p r e n d a s , i n v o c a pri­ m e r o a D i o s y n o dejes de darle gracias c u a n d o la hayas consumado. 79
  • 82. 80 L A O R A C I Ó N EN L O S SANTOS PADRES B u s c a a D i o s e i n v ó c a l o de t o d o corazón y lo alcanzarás, y n o lo dejes ir c u a n d o lo tengas, p a ­ ra que se u n a tu a l m a c o n su amor. Aplícate e n tu v i d a p a r a ofrecer a D i o s u n a oración p u r a , y n o turben tu corazón los p e n s a ­ m i e n t o s v a n o s , ni tu a l m a sea llevada h a c i a diver­ sos sitios. R e c u e r d a q u e estás bajo los ojos de D i o s , q u e m i r a los secretos del c o r a z ó n y c o n o c e lo oculto de las a l m a s . M a n t e n t e con atención en la presen­ cia de D i o s d u r a n t e el t i e m p o de la oración y d e los s a l m o s (P. G. 3 2 ) . SAN BASILIO ( † 379)
  • 83. CANTAR CON VIGILANCIA Y SABIDURÍA N o te o p r i m a el s u e ñ o del a l m a y n o e s - tén discordes el sentimiento y la len- gua, sino en c o n s o n a n c i a , y de a m b o s b r o t e n las p a l a b r a s , p o r q u e c o m o es i m p o s i b l e servir a d o s señores, así t a m p o c o p o d r á elevarse a D i o s la o r a c i ó n divina. N o transcurra para ti t i e m p o a l g u n o ocioso o v a c í o , de día o de n o c h e . Te c o n v i e n e v e l a r p a r a q u e p u e d a s h u i r m á s fácilmente de la tentación inminente. Si los p e n s a m i e n t o s s ó r d i d o s t u r b a s e n tu c o - r a z ó n y te llevaran a h a c e r lo q u e n o es lícito, sean e x p u l s a d o s de tu a l m a p o r las o r a c i o n e s y las vigilias. P u e s la o r a c i ó n es la gran defensa del a l m a . P o r las o r a c i o n e s p u r a s n o s es d a d o t o d o c u a n t o es útil p a r a n o s o t r o s , y t o d o lo n o c i v o h u i r á sin d u d a . 81