3. Padrões
• Mononeuropatias: Grupo das lesões
isoladas de nervos periféricos. Podem ser:
- única: lesão de um único nervo.
- múltipla: lesões múltiplas isoladas.
• Polineuropatias: Grupo em que as
lesões manifestam distúrbios bilaterais
simétricos das funções motoras e sensitivas.
4.
5. Fisiopatologia
• As lesões nos nervos podem ser por:
- Degeneração axonal (NEUROPATIA
AXONAL ou NEURONAL)
- Desmielinização paranodal ou segmentar
(NEUROPATIA DESMIELINIZANTE)
16. POLINEUROPATIAS
• Formas:
- Leve: com dor, dormência, formigamento, sem
paresia ou hipoestesia ou hiporeflexia.
- Moderada: somam-se a paresia, a hipoestesia
(em bota e em luva), hiporreflexia.
- Severa: somam-se a plegia, a anestesia, a
arreflexia, a pele vermelha, lisa, brilhante e seca,
impotência, bexiga atônica (retém), hipotensão ort.
17.
18. Tratamento
• Remover a causa determinante.
• Terapia física: fisioterapia, proteger contra
queimaduras e traumatismos
• Terapia sintomática: analgésicos, carbamazepina,
fenitoina e drogas tricíclicas antidepressivas.
• Hipotensão ortostática: meias elásticas, a
fludocortisona, a midrodrina.
• Bexiga atônica: Cloreto de betanecol.
19. Síndrome De Guillain-Barré
• É uma polirradiculoneuropatia motora.
• Acompanhada de doença infecciosa, vacinas ou
procedimentos cirúrgicos.
• Manifesta-se por fraqueza progressiva, simétrica,
ascendente podendo atingir a respiração e a
deglutição.
• Líquor com aumento de proteína.
• Usar: plasmafarese, Imuglobulina, hospitalização,
medidas de suporte.
22. Doença de Charcot-Marie-Tooth
• Deformidade no pé ou distúrbio da marcha
na infância ou na puberdade.
• Mais tarde polineuropatia iniciando nos
MIS.
• Pode surgir tremor.
• Tipo I desmielinizante. Tipo II axonal.
• Diferençar da: Atrofia Muscular Espinhal
Progressiva Distal.
23. Doença de Dejerine-Sottas
• Manifesta uma Polineuropatia sensitivo-
motora. (Tipo III).
• A forma mais comum é a autossômica
recessiva, que começa na infância.
24. Ataxia de Friedreich
• Inicia na infância ou puberdade. Ataca
cerebelo, coluna lateral e posterior, gânglios
espinhais, fibras sensitivas, etc.
• Mostra ataxia e demais sinais cerebelares,
• Fraqueza nas pernas e Babinski,
• Perda das sensibilidades e reflexos
diminuídos,
25. Doença de Refsun
• Distúrbio do metabolismo do ácido fitânico.
• Mostra degeneração pigmentar da retina
com polineuropatia sensitivo-motora e
sinais cerebelares. (Tipo IV).
• Pode ter disfunção da audição,
cardiomiopatia e alterações cutâneas.
26. Polineuropatias dos distúrbios
sistêmicos e metabólicos
• Da diabete.
• Da uremia.
• Do alcoolismo.
• Da deficiência nutricional.
• Do Mieloma Múltiplo.
• Da macroglobulinemia.
• Da amiloidose.
27. Polineuropatia da diabete
• A polineuropatia sensorial é a mais
freqüente.
• Pode mostrar: polineuropatia mista,
neuropatia motora assimétrica, radiculopatia
tóraco-abdominal, neuropatia autonômica e
lesões isoladas de nervos.
• Tratamento: controle da diabete e da dor.
28. Polineuropatias Das Doenças
Inflamatórias
• Da Lepra.
• Da AIDS.
• Dos soro-positivos em HIV.
• Da Doença de Lyme.
• Da Sarcoidose.
• Da Poliarterite.
• Da Artrite reumatóide.
30. Mononeuropatias
• Do Mediano (Túnel do Carpo).
• Do Interósseo Anterior ou Pronador Redondo.
• Do Ulnar.
• Do Radial.
• Do Femural.
• Do Ciático.
• Do Peroneal Comum.
• Do Tibial Posterior (Canal do Tarso).
• Do Facial.
31. Síndrome Do Túnel Do Carpo
• Causa traumática, a maioria das vezes.
• Provocada pelo retináculo dos flexores.
• Compressão do nervo mediano.
• manifesta dor na mão, depois antebraço,
dificuldade da fechar a mão, hipoestesia na
face interna da mão.
• Tratamento cirúrgico
32.
33. Síndrome do Interósseo Anterior
ou do Pronador Redondo
• Por lesão entre as duas cabeças do M.
Pronador Redondo.
• Fraqueza desse músculo e do flexor longo
do polegar e flexor profundo dos dedos para
o segundo e terceiro dedos, sem dor.
• Tratamento cirúrgico: descompressão.
34. Lesão Do Nervo Ulnar
• Ocorre no epicôndilo medial.
• Perda sensitiva do 5 e metade do 4 dedo, borda
medial da mão e antebraço.
• Fraqueza nos músculos flexor profundo dos dedos
e flexor ulnar do carpo, abdutor e flexor do dedo
mínimo, oponente do dedo mínimo, todos os
interósseos, terceiro e quarto lumbricais, o adutor
do polegar e o flexor curto do polegar (mão em
garra).
• Tratamento cirúrgico.
35.
36. Lesão Do Nervo Radial
• Por muletas ou pendente nas costas das cadeiras e
deitar sobre o braço, no cotovelo, no antebraço e
no punho.
• Perda sensitiva nas costas da mão, entre o polegar
e o indicador, somente.
• Perdas motoras depende da altura da lesão. Em
axila perde a extensão do antebraço, do punho e
das falanges proximais e polegar.
• Tratamento: geralmente cirúrgico.
37.
38. Lesão Do Nervo Femural
• Ocorre no diabete, por pressão do ligamento
inguinal, hematomas, neoplasias e
aneurismas retro-peritoniais.
• Perda sensitiva da face ântero-mediana da
coxa e em pequena faixa até o calcanhar.
• Fraqueza e atrofia do M. Quadríceps da
Coxa, perda do reflexo patelar.
39. Meralgia Parestésica
• Lesão do Nervo Cutâneo Femural Lateral.
• Em obesos, diabéticos ou na gestação.
• Manifesta dor, parestesias, hipoestesia ao
longo da face externa da coxa, unilateral e
melhora quando o paciente senta.
• Tratamento cirúrgico: descompressão do
nervo na altura do ligamento inguinal.
40.
41. Lesão do Nervo Ciático
• Por injeções profundas, traumas. Incomum
a lesão completa.
• Perda da extensão da coxa, da flexão do
joelho e de todos os movimentos do pé e do
calcanhar.
• Perda das sensibilidades abaixo do joelho.
• Reflexo aquiliano perdido.
42. Lesão do Nervo Fibular Comum
• Lesão na cabeça e colo da fíbula.
• Perda da dorso-flexão e eversão do pé, que
resulta da queda do pé.
• Perda sensitiva no dorso do pé e face lateral
da perna.
43.
44. Síndrome do Canal Tarsal
• O canal tarsal é na altura no maléolo
medial, onde passa o N. tibial posterior
(ramo do anterior).
• Manifesta dor, parestesias, hipoestesia na
parte inferior do pé, deixando de fora o
calcanhar. Pouca fraqueza muscular.
• Tratamento cirúrgico: descompressão.
45. Lesão Do Facial
• Ocorre no HIV, sarcoidose, Doença de
Lyme. Mais freqüente é a de Bell.
• Mostra paralisia dos músculos da hemiface
ipsilateral ao nervo lesado, com desvio da
boca para o outro lado, perda das rugas da
testa ipsilateral e fenda palpebral aberta.
• Tratamento: antiinflamatórios e fisioterapia.
46. Plexopatias
• Neuropatia do plexo braquial.
• Síndrome da Costela cervical.
• Neuropatia do Plexo lombo-sacro.
47. Neuropatia Do Plexo Braquial
• Ocorre por neoplasias, traumas, anomalias.
• A forma idiopática ataca C5 e C6, com
perdas motoras, sensitivas e reflexas.
- Pode haver atrofias.
- Causa desconhecida.
- Tratamento sintomático.
48.
49. Síndrome Da Costela Cervical
• Comprime C8 e T1 ou tronco inferior.
• Provocado por costela em C7 ou processo
transverso longo.
• Dor no trajeto do nervo ulnar.
• Atrofia dos músculos intrínsecos da mão e
eminência tenar.
• Pulso radial diminuído ou obliterado ao respirar
fundo e virar a cabeça.
• Tratamento cirúrgico.
50. Lesão Do Plexo Lombo-Sacro
• Ocorre no diabete, câncer, hemorragias e
traumatismos ou de forma idiopática.
• Causa dor, fraqueza, alterações motoras,
sensitivas e reflexas.
• Depende da parte do plexo afetado.
51.
52. Perfil laboratorial das neuropatias
• Eletro-diagnóstico
• Biópsia de nervo
• Exame do líquido cefalorraquidiano
53. Eletrodiagnóstico
• Eletroneurografia: Estuda a velocidade de
condução nervosa. Está diminuída nas
neuropatias
• Eletromiografia: Estuda o neurônio motor
inferior (neurônio motor somático, no corno
anterior da medula), as fibras motoras
(axônios desses neurônios), a placa motora
o os músculos esqueléticos
54. Biópsia do nervo
• Mostra as degenerações axonais ou da
mielina, assim como a evolução
55. Exame do líquor
• Importante nas polirradiculoneurites como a
de Guillain-Barré
56. Exame dos nervos
• Devem ser pesquisados:
- A sensibilidade
- A consistência
- a Forma
57. Sensibilidade dos nervos
• Pela palpação com pressão com os dedos
testa-se a sensibilidade, principalmente a
dor.
• Faz-se nos trajetos superficiais e nos
profundos, entre a musculatura
• A dor está presente nos processos
inflamatórios e traumáticos. Ex: o nervo
ciático é positivo a dor em caso de hérnia de
disco
58. Consistência do nervo
• A palpação revela uma consistência firme
nos normais
• A consistência está alterada nas neuropatias
59. A forma do nervo
• Forma normal: Cilíndrica e constante
• Presença de algumas bolinhas: Neuromas
no seu trajeto
• Presença de bolinhas generalizadas:
Neurofibromatose de Von Reckinghausen